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Guerreiro Real

Visão de Hugo:

À tarde mandei dois jovens garotos, atrás de um animal que estava atormentando a cidade. Um deles, é um jovem que tenho treinado por algum tempo.

O outro apareceu do nada, rodeado de sangue em suas roupas, mas eu vi uma marcação em seu braço, ele foi marcado por um deus. Não consegui ver ao certo qual foi o deus que fez isso, entretanto, não vi maldade vindo dele.

Ele deve ter seus motivos para estar cheio de sangue. Quando era jovem, gostava de me aventurar, talvez o garoto tenha sofrido um ataque.

Se for esse o caso, ele é uma pessoa com grande resistência, eu consegui ver seus machucados, porém conseguia mexer por completo.

"Onde eles estão? Não deveriam demorar tanto".

Preocupado com os dois jovens, vou até a floresta. Saio da minha casa, que fica perto da entrada da cidade. Para atravessar a noite pego uma tocha.

"Eu disse que esperaria por eles no bosque, mas Éder sabe onde é minha casa. Não deveria ser problema".

Conheço perfeitamente esse lugar, melhor do que ninguém. O único problema seria a magia conceitual, mas acredito que eles já devem ter encontrado uma forma de resolver.

Chego na entrada da floresta, conheço onde a cobra fica escondida. Mesmo a noite, a escuridão não é problema, minha visão é boa, e estou com a tocha para melhorar a iluminação.

Enquanto vou indo até a "casa" da cobra, encontro um local, onde há bastante sangue pelo chão, e perto do sangue, tinha uma flor que foi arrancada.

"Eles passaram por aqui".

Me desespero coma situação, que me encontro. Eles provavelmente estejam em perigo. Preciso chegar ao local logo.

Enquanto chegava perto do ambiente, acabei mesmo sem querer, achando um livro de cor verde e detalhes dourados.

Lembro rapidamente do Lucas, ele estava carregando isso quando veio até aqui.

"Eles estão lá dentro!".

Pego a tocha com minha mão esquerda, e entro na caverna.

"GHHHHYYYYYY!".

Consigo escutar o grito da cobra, ela foi ferida gravemente. Eles ainda estão lutando com ela.

Ao chegar no local, vejo Lucas ensanguentado no chão, e ao lado, estar a cobra caída no chão.

Quando olho para o lado, vejo Éder sem o seu braço direito.

"Que merda, eu deixei acontecer".

Enquanto chegava perto de Lucas, conseguia ver que ele estava ainda acordado.

"Não acha que está muito cedo para morrer, senhor Lucas?".

Fico com um sorriso no rosto, tentando esconder a amargura que se intensifica no meu coração. Eu... Quase os matei, a cobra não era tão forte assim, eu não lembro dela assim.

Quando era um dos guarda real do rei, meu serviço era treinar os mais novos e fazer reconhecimento de área. Lembro perfeitamente do dia que cheguei nessa cidade, porém, eu não me lembro de uma cobra como essa.

Tento falar algo com Lucas, mas ele perde a sua consciência, sem aguentar mais.

"Vocês foram muito bem, rapazes".

Quando olho para o lado, tento analisar a cobra. Suas escamas são de cores preta e roxa, e é bem grande. Alguém intensificou o seu poder, ela não era tão forte assim.

Independente disso, preciso manter a segurança desses dois.

Deixo a tocha no chão, apagando o fogo. Mesmo nessa escuridão, minha visão ainda é boa. Tenho sorte que minha época de guarda real, me deu muitos ensinamentos.

Pego Lucas, e o coloco sobre meu ombro direito. Vou até Éder, e coloco ele sobre meu ombro esquerdo.

"Aguentem, garotos. Sejam fortes como nunca".

Saio da caverna, e logo quando saio, lembro do livro de Lucas. Vou até trás da árvore, e pego ele, coloco ele preso na minha cintura.

***

São quase três da manhã, tive sorte de não precisar de fila para entrar no hospital. Todos aqui me conhecem, e me respeitam.

Ao verem dois garotos extremamente machucados, alguns ficaram com nojo, por causa dos sangue. Outros ficaram felizes.

"Esse é o nosso defensor! Boa, Hugo. Salvou os dois garotos? Você é um exemplo!".

Não me deixo levar com esses elogios, sou o tipo de pessoa que não me importo com elogios ou insultos. Se eu me importar, vou me tornar uma pessoa arrogante.

O hospital estava cheio de pessoas, enquanto passava com eles, conseguia ver pessoas sentadas enquanto choravam. Odeio hospitais, só de pisar aqui, sinto um ar de tristeza, talvez isso seja por causa da minha infância.

Voua até a área de atendimento, e peço para os médicos cuidarem dos garotos

"Tomem cuidado deles!".

O médico logo, se surpreende com o estado de ambos. Éder sem o braço, e Lucas estava ensanguentado, com feridas abertas e costelas quebradas.

Mas não se intimidou, consigo perceber que ele ao olhar a situação, dá um sorriso.

"Certo, Hugo. Vamos fazer o nosso melhor".

Vejo o médico chamar duas pessoas, para o levarem ao seu respectivo quarto, e receberem os tratamentos.

Enquanto isso, preciso investigar o que acabou de acontecer. Alguém intensificou o poder da Cobra do Leste.

Saio rapidamente do hospital, e vou até a minha casa. Ela não é muito grande, e é bem bagunçada. Não gosto de arrumar as coisas, sou uma pessoa bem preguiçosa quando se trata isso.

Ao entrar nela, a sala está toda suja. Com comida em cima de mesa, roupa em cima do sofá. Não só ela está assim, como o resto da casa inteira.

"Tenho que me lembrar de limpar tudo isso".

Digo isso, mas sempre me esqueço no fim.

Vou até o meu quarto, e coloco o livro de Lucas ao lado da minha estante. Mas antes, uma curiosidade sobe minha cabeça.

"O que será que esse livro tem? Ele é bem bonito."

Ao falar isso começo a ler o livro. E é inacreditável, o livro que esse garoto possuí. Ele explica o que é a afinidade, e as propriedades da magia. É raro encontrar um livro assim, vejo também que tem uma página que foi marcada com uma gota de sangue.

Tal página está falando sobre a afinidade do tempo.

"Será que esse garoto, possui o tempo como afinidade? Isso, é incrível".

A afinidade do tempo, era do meu antigo mestre, ele lutou contra os espectros durante o roubo da Vida Primordial.

Enquanto encaminhava para deixar o livro, caí dele o mapa que tinha entregado antes.

Deixo o livro na mesa ao lado da minha cama, e guardo o mapa em uma gaveta logo em baixo.

"Faz tempo, que coisas assim não acontecem. Ele é marcado, e possuí uma afinidade do tempo".

Enquanto dizia isso, escuto alguém bater na porta. Vou até a porta, e abro.

"Olá. Quem é-".

Ao abrir a porta, vejo Lawrence, o meu antigo companheiro. Ele usa uma armadura verde, mas mostrando o seu rosto, ele possui olhos verdes, e cabelos brancos. Sua pele é branca, como a neve

"Olá, Hugo. Quanto tempo?".

Uma raiva sobe na minha cabeça quando o vejo.

"O que você quer aqui? Trair o nosso rei e o nosso mestre, não foi o suficiente? Vá embora".

Vejo ele dá uma risada enquanto eu digo isso.

"Se acalme, meu velho amigo. Só venho te dar um aviso. Eu sei muito bem o que você vem tentando fazer, está indo contra nós, Espectros? A morte dos dois garotos, foi apenas um aviso. Não entre em nosso caminho novamente".

Nesse momento, um raio caí sobre ele, e some completamente.

"Que merda. Como... Não tem como eles saberem".

Após toda a guerra, eu venho treinando Éder, para conseguir de volta a vida primordial. Infelizmente, somos só nós dois. Era mais que óbvio que eles iriam descobrir.

Porém, eu não vou desistir. Após esse encontro inusitado, volto para o hospital. Esperando os garotos acordarem.

Gostou da leitura? Adicione a sua livraria! Caso tenha alguma idéia ou sugestão, por favor me mande!

WendellzDcreators' thoughts