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Descobertas e Surpresas

Após sair do banheiro, me sinto extremamente recuperado. Afinal de contas... Quando foi a última vez que tomei banho? Enfim, o banho me fez ficar extremamente positivo, o que ajudou nisso foi, com certeza, a sua atmosfera extremamente organizada, o que me deixa bem satisfeito, pois odeio bagunça. Volto ao meu quarto para terminar de ler o outro livro. Pensando com clareza agora, percebo que não olhei o nome do livro. O que será que ele deve falar?

Ao chegar no meu quarto, vou até a estante e pego o livro. Ainda em pé, tento encontrar alguma coisa que remeta ao seu conteúdo.

[Anotações de um jovem sonhador].

Escrito bem no canto do livro, está um nome, mas é difícil descobrir o que diz. Sentindo o livro mais firme nas minhas mãos, noto que ele está descascando.

"Onde ele conseguiu esse livro? Ele parece estar caindo aos pedaços. Não me surpreenderia se dentro tivesse besouros ou insetos".

Bem, hora de ler... Que merda, eu não consigo ler este livro. Tenho pavor de insetos, e ele está todo acabado. Talvez por dentro esteja cheio de poeira, preciso limpar isso imediatamente. Enquanto pensava sobre isso, sinto algo subindo pelos meus dedos. Que merda, meus olhos instintivamente se voltam para o que está subindo. É uma aranha.

"AAAAAAAAAAAH!".

Dou um grito extremamente alto e solto o livro. Começo a chacoalhar a minha mão enquanto fico em cima da cama.

"HUGO, ÉDER, SOCORRO!".

Enquanto chacoalhava minha mão, a aranha caiu, mas agora está em algum lugar do meu quarto. Fico olhando de um lado para outro, em pé no canto da cama, tentando encontrar a aranha e querendo ir para o lugar mais longe do mundo.

"Oi?".

Enquanto estava focado, vejo Hugo adentrar o meu quarto, com uma cara preocupada.

"HUGO, RÁPIDO. TEM UMA ARANHA NO MEU QUARTO!".

Enquanto eu dizia isso, Hugo que andava até mim acabou pisando na aranha sem querer.

"Essa aranha você está dizendo?".

Ele levanta seu pé e a aranha morta cai. Tento recuperar o meu fôlego. Ele olha para mim com um sorriso sem graça.

"Hugo, eu preciso urgentemente de produtos de limpeza".

Ele olha para mim confuso.

"É só isso? Tenho alguns guardados no meu quarto. Espera um pouco, por acaso, já pode sair de cima da cama".

Quando ele fala isso, percebo que estava esse tempo todo em cima da cama. No mesmo momento, saio de cima da cama e recobro minha postura.

***

Hugo logo chega com várias coisas de limpeza e deixa do lado da porta.

"Eu trouxe tudo o que você vai precisar para limpar. Bem, tá tudo aqui. Qualquer coisa, você pode me chamar".

Ele dá um sorriso e sai, deixando as coisas. Quando chego perto das coisas, vejo vassoura, pá, repelente e outros produtos de limpeza, junto com luvas. Cuidadosamente, ponho as luvas, pego o repelente e aproveito para pegar um pano, molhando-o no balde que ele trouxe.

"Ele trouxe tudo de uma só vez. Esse cara é insano".

Me aproximo cuidadosamente do livro e começo a tirar a poeira da capa. Com as luvas, pego o livro e começo a chacoalhá-lo no ar, esperando cair algo, mas tenho a grande sorte de não cair nada.

"Bem, pelo visto era só uma aranha".

Dou um suspiro aliviado. Tiro as luvas e deixo-as no canto, junto com o restante dos equipamentos de limpeza.

"Bom, finalmente posso ler o livro. Agora, que provavelmente não vou correr risco de vida com esses malditos insetos".

Sento no chão, ao lado da cama, e abro o livro.

[Aqui estão descritas todas as minhas vivências em minhas aventuras e um pouco sobre mim].

"Quem quer que seja, provavelmente é alguém bem importante para Hugo guardar esse livro".

[Despertei minha afinidade durante a morte de minha mãe. Aos cinco anos, ela foi morta durante a guerra. Estava me carregando para um lugar seguro quando uma magia acertou uma casa e, para me proteger, ela me empurrou para longe. Lembro perfeitamente do momento: ao cair no chão, vejo ela gritando para eu viver enquanto a casa desabava sobre ela].

Isso deve ter sido algo traumatizante, e essa escrita... Cada segundo que leio, sua escrita fica cada vez mais bonita.

[Ela estava no momento errado, no tempo errado. Senti uma tristeza vendo a sua morte, mas não posso ficar parado, o tempo não para. Apenas aos cinco anos, tive que conseguir uma forma de ganhar dinheiro. Fui jogado ao mundo cheio de cachorros, e eu era o seu alimento. E cabia a mim descobrir como esses cachorros eram. A minha afinidade é o tempo. Não tive mestres, então tive que aprender tudo sozinho].

Enquanto meus olhos devoravam o livro, principalmente após saber que o dono desse livro era o antigo usuário do tempo, escuto alguém na porta.

"Lucas? Hugo está chamando para jantarmos. Ele disse que precisa nos avisar sobre algo".

É Éder logo atrás da porta.

"Tudo bem, estou chegando".

Guardo o livro e vou em direção à porta. Ao abrir, está Éder me esperando.

"O que você acha que ele vai dizer? Acho que é uma missão, e você?".

Ele diz isso enquanto dá um tapinha nas minhas costas.

"Acredito que seja isso também, estou bastante ansioso. Mas queria ler mais o meu livro".

Ele arregala os olhos quando digo isso.

"O seu falava sobre o quê?".

"O meu conta sobre a vida do antigo usuário da minha afinidade, o tempo. Porém, eu não consigo saber o nome dele".

Ao tocar nesse assunto, ele fecha o seu sorriso e fica sério.

"Sério? Que sorte a sua. Acho que era o antigo mestre de Hugo. Ele me disse que o seu mestre tinha afinidade do tempo".

Eu consigo sentir uma certa raiva dele enquanto ele fala isso.

"E o seu? Ele falava sobre o quê?".

Ele respira fundo.

"Ele fala sobre as individualidades e só isso".

Ele abre um sorriso e me dá outro tapa nas costas. Será que ele está bem? A sua troca de emoções, a conversa que escutei antes... Algo está acontecendo com ele.

Ao chegarmos na sala, vejo Hugo sentado no sofá e, na mesa em volta do sofá, algumas comidas. Mas o que chama a nossa atenção são as armas que ele está segurando. Ele está em pé, olhando para nós, segurando duas espadas.

"São o meu presente para vocês".

Gostou da leitura? Adicione a sua livraria! Caso tenha alguma idéia ou sugestão, por favor me mande!

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