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Game Of Thrones: Jon Snow (Sage)

No vasto e perigoso mundo de Game of Thrones, um ano antes da misteriosa morte de Jon Arryn e dos eventos que desencadeariam a Guerra dos Tronos, Jon Snow enfrenta uma febre rara que quase o leva à morte. Porém, ao se recuperar, Jon desperta habilidades extraordinárias, que alterariam para sempre seu destino. Agora, ele caminha em direção ao seu destino, de se tornar o herói que irá derrotar o grande inimigo e que irá salvar o mundo. Enquanto muda o destino de milhões de pessoas e do mundo inteiro.

TiredCollegeStud · Book&Literature
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11 Chs

Capítulo 8

O frio matinal penetrava pelas muralhas de Winterfell, o vento gélido assobiando baixinho, como se os próprios deuses antigos do Norte quisessem lembrar Eddard Stark do peso que sempre carregaria. Seus passos firmes ecoavam pelos corredores de pedra, enquanto ele se dirigia ao seu escritório, perdido em pensamentos. Já fazia dois dias desde que Jon deixara Winterfell, partindo ao amanhecer, e, embora Eddard mantivesse a compostura diante dos filhos, uma sensação de vazio persistia, como se algo essencial tivesse se distanciado junto com o bastardo que ele criara como seu.

 

A ausência de Jon era palpável. Não apenas para ele, mas para todos na fortaleza. Robb carregava a dor em silêncio, Bran e Rickon faziam perguntas, e Arya... Arya parecia ter perdido parte de sua alegria desafiadora.

 

Eddard, entretanto, não podia se permitir lamentar por muito tempo. Havia sempre responsabilidades a cumprir, decisões a tomar, e segredos a proteger. Como o frio que nunca deixava Winterfell, o fardo do dever era uma constante.

 

Enquanto caminhava, perdido em seus pensamentos, uma figura conhecida chamou sua atenção. A septã Mordane, visivelmente perturbada, movia-se apressada pelo corredor, como se procurasse algo com urgência.

 

"Lorde Stark," a voz da septã o alcançou antes mesmo que ele pudesse perguntar. Ela se aproximou rapidamente, fazendo uma breve reverência antes de continuar. "É Arya, milorde. Ela fugiu de suas aulas novamente. Já procurei por todo o castelo, mas não consigo encontrá-la."

 

Eddard conteve um suspiro. Arya tinha um espírito indomável que ele admirava, embora causasse grande frustração à septã e, especialmente, à sua esposa, Catelyn. Fugir das aulas já não era novidade, mas a situação exigia sua atenção, especialmente agora, com a partida de Jon deixando uma lacuna no coração da garota.

 

"Eu vou procurá-la, septã. Não se preocupe," respondeu ele, com um aceno de cabeça, dispensando a mulher, que se afastou agradecida, embora ainda visivelmente frustrada.

 

Assim que a septã desapareceu, Eddard começou a caminhar em uma direção que conhecia bem. Havia apenas um lugar onde Arya provavelmente estaria. Não era nos salões, nem nas muralhas de Winterfell. Arya sempre buscava consolo no mesmo lugar em que ele encontrava paz em meio à tempestade de responsabilidades: o Bosque Sagrado.

 

Depois de andar por algum tempo, Ned finalmente chegou ao Bosque Sagrado. As antigas árvores coração estavam lá, imóveis, como sentinelas silenciosas dos segredos e das preces de gerações de Starks. O vento sussurrava entre os galhos, e o murmúrio suave do pequeno riacho ao longe trazia uma estranha paz ao lugar. No entanto, em meio à tranquilidade, Eddard logo percebeu uma movimentação. Seus olhos captaram Arya, mas ela não estava ajoelhada ou sentada em contemplação. Não, ela estava praticando com uma espada.

 

A espada prateada em suas mãos era lindamente adornada, o brilho do metal reluzindo à luz suave que atravessava as árvores. Arya se movia com precisão, seus golpes ágeis, embora ainda inexperientes, revelavam sua determinação. A lâmina cintilava, cada movimento executado com o cuidado e a força de alguém que claramente vinha treinando em segredo.

 

Ned ficou parado por um momento, observando-a. Ele reconhecia o espírito indomável em sua filha, a mesma chama que ardia em Lyanna, sua irmã. E como Lyanna, Arya recusava o destino que tentavam lhe impor. Eddard podia ver que não havia medo nos olhos dela, apenas uma vontade feroz de ser mais do que aquilo que esperavam.

 

Ao perceber a presença do pai, Arya congelou por um instante, os olhos arregalados. Num movimento rápido, ela tentou esconder a espada atrás das costas, como se pudesse esconder o que estava fazendo e se proteger de uma possível repreensão. Seu medo não era apenas de perder a espada, mas de desapontar o pai que sempre a tratara com mais compreensão que os outros.

 

Eddard suspirou ao se aproximar, o som carregado tanto de cansaço quanto de um meio sorriso que ele não pôde conter. "Fugiu das aulas de novo, Arya?"

 

A menina o olhou com desconfiança, apertando ainda mais a espada contra o corpo. "Eu não gosto de escutar as besteiras da septã," disse ela, sua voz firme, mas com um traço de desafio. Era como se ela já estivesse pronta para defender sua posição, independentemente do que Ned dissesse.

 

Ele parou diante da filha, cruzando os braços e olhando para ela com uma expressão que misturava tanto a exasperação quanto o afeto. "Sim," suspirou ele, "imaginei que diria isso."

 

Então, seus olhos pousaram na espada que Arya segurava com tanta força. Ele a estudou por um momento antes de dizer, em um tom mais brando: "Parece uma bela espada."

 

Ao ouvir essas palavras, Arya, que já estava preparada para ser repreendida, imediatamente reagiu. "Por favor, não a tome," suplicou ela, a voz carregada de preocupação. "É minha! Não vou deixá-la com a septã, eu prometo. Eu cuido dela."

 

Ned não pôde evitar um sorriso, mas manteve a compostura. "Não vou tomar sua espada, Arya," disse ele, calmamente, estendendo a mão. "Mas deixe-me vê-la."

 

Hesitante, ela olhou para o pai, buscando qualquer sinal de que aquilo pudesse ser uma armadilha, mas a sinceridade nos olhos de Eddard a tranquilizou. Relutante, ela entregou a espada a ele, ainda mantendo um pé atrás, como se estivesse pronta para tentar recuperá-la a qualquer momento.

 

Ned pegou a espada com cuidado, sentindo o peso e admirando o trabalho. A lâmina era perfeitamente equilibrada, o fio afiado como uma navalha. O punho era bem ajustado, adornado com detalhes simples, mas elegantes. Era uma obra-prima, apesar de sua simplicidade. Ele passou o polegar pela lâmina com cuidado, reconhecendo a precisão do trabalho.

 

"Foi um presente de Jon, não foi?" ele perguntou, mantendo os olhos na espada enquanto a girava suavemente em sua mão.

 

Arya assentiu, baixando os olhos por um instante. "Sim," respondeu, a voz suave, mas carregada de emoção. "Ele me deu antes de partir."

 

Eddard suspirou novamente, desta vez com um toque de melancolia. Ele sabia o quanto Arya idolatrava Jon, o quanto ela estava sofrendo pela ausência do irmão. O presente era mais do que uma simples arma; era um laço que a unia a Jon, mesmo com ele tão longe de Winterfell.

 

"Jon sempre soube o que você precisava," disse Eddard, entregando a espada de volta à filha, sem retirar o leve sorriso de seus lábios. "Ele sabia que você é diferente... assim como ele."

 

Arya olhou para o pai, um brilho de surpresa em seus olhos. Ela parecia esperar uma repreensão, uma ordem para se comportar como as outras meninas, mas, em vez disso, sentiu o reconhecimento de sua natureza.

 

Com a espada de volta em suas mãos, Arya sorriu discretamente, ainda um pouco desconfiada, mas aliviada por não ter perdido o presente de Jon. "Eu prometo cuidar dela, pai," disse ela, com uma firmeza que era típica de Arya.

 

Eddard se agachou, ficando à altura da filha, e colocou a mão gentilmente em seu ombro. "Eu sei que você vai cuidar, Arya. E também sei que não vai parar de ser quem você é. Mas saiba que, embora eu não a tome de você, sua mãe não vai reagir da mesma forma."

 

Arya revirou os olhos. "Eu sei. Por isso vou escondê-la."

 

Ned riu suavemente, admirando a determinação de sua filha. Ela era teimosa, incontrolável, mas ele sabia que o mundo precisava de pessoas assim. "Certifique-se de que a septã também não a veja. Ela pode ser tão rígida quanto sua mãe quando se trata dessas coisas."

 

Arya assentiu com um sorriso travesso. "Não se preocupe. Eu sou boa em me esconder."

 

Eddard se levantou, estendendo a mão para ela. "Vamos, sua mãe vai querer saber onde você esteve, e é melhor termos uma explicação convincente."

 

Enquanto caminhavam lado a lado de volta ao castelo, Eddard não pôde deixar de pensar em como sua filha crescia cada dia mais parecida com Lyanna. E isso, embora o enchesse de orgulho, também trazia um aperto em seu coração.

 

Ele também não podia deixar de pensar em Jon, ele podia não demostrar mas ficava irritado com o fato de Catelyn mostrar visivelmente estar mais feliz com a ausência de Jon. Ele não podia dizer nada, afinal ele entendia o motivo dela o odiar, mas isso não impedia que ele se sentisse incomodado.

 

Ele também se preocupava com Jon e qualquer perigo que ele possa enfrentar, mas ele também confia nas habilidades de seu sobrinho. Jon já é muito mais habilidoso que muitos cavaleiros e pode cuidar de si mesmo, seja onde ele for, os deuses antigos o protegerão.

Eu sei, eu sei...Mais de uma semana sem sinais de mim, mas aqui estou eu! Esse universitário cansado.

Aqui temos mais um capítulo, apenas para apronfundar a imersão com Ned e Arya. Mas não se preocupem, no próximo capítulo que não irá demorar muito para eu terminar de escrever, teremos Jon novamente, com alguma ação bem-vinda, depois de 8 capítulos de lentidão.

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