webnovel

Capítulo 17- Mais um dia como outro dia 

Em um entardecer do sol. 

Os homens sombras esperavam pacientemente, eles veem que está quase na hora para que eles pudessem sair e ir para a floresta.

Mas os vampiros no geral ainda não podem ter esse luxo, tendo que esperar a noite chegar para poderem usar todo seu real poder.

Vários acampamentos sendo montados e desmontados, carroças de venda de poções recebendo reclamações dos aventureiros, mais aventureiros saindo da floresta bastante ferido, já outros nem tanto. 

Dois grupos bem grandes saíram da floresta quase ao mesmo tempo. 

Um dos grupos é da raça das fadas e o outro grupo da raça dos onis. 

Ambos os lados se encaram intensamente. Na frente das fadas, tem seu líder, alto, de cabelos loiros, vestindo uma armadura dourada segurando um machado dourado, que tem um desenho de sol que liga o cabo a lâmina. 

Enquanto na frente dos onis, se encontra também seu líder, alto, de cabelos pretos, que cobria um pouco seus olhos, vestindo uma armadura de samurai preta, segurando sua alabarda prateada, com detalhes pretos, que tem uma ponta de lâmina em ambas as extremidade, mas apenas um dos lados, tem uma lâmina em forma de machado.

Ambos os líderes não param de se encararem, parece que estão prontos a pular um no pescoço do outro. 

Não muito longe, os aventureiros vêem os dois grupos saindo da floresta, até que um aventureiro comenta para o outro.

-Olha eles lá.

O outro aventureiro que está organizando suas coisas, se virou para trás vendo os dois grupos saindo da floresta.

-Sim, parece que eles realmente passaram a noite na floresta. 

O aventureiro percebe que esses dois grupos, estão com alguns de seus colegas feridos, que variam desde feridas leves e superficiais até ferimentos graves.

Mas como ele é um aventureiro experiente, percebe que essas feridas não foram causadas por garras ou mordidas de monstros, mas sim, foram feitas por armas.

E além do mais, percebe-se que o grupo dos onis está com feridas irradiando um pouco de luz(que é a fraqueza natural dos onis), enquanto o outro grupo das fadas tem feridas causadas pelo atributo escuridão(que é a fraqueza natural das fadas).

-Rum! Não acho que aqueles machucados foram feitos por monstros. 

O aventureiro que organiza as coisas, coloca na bolsa uma bússola.

-Também acho isso.

Continuaram observando os dois grupos, se afastando da floresta, tomando direções opostas. 

-Não seria nada de estranho que estivessem se matando lá dentro. 

Arruma a bolsa de poções.

-Eh, esses dois grupos com certeza representam bem o ódio que as duas raças têm um pela outra. Porque será que elas não se entendem? 

Seu colega cruza os braços.

-Vai saber… 

Ao longe, um grupo de homens feras do tipo felino saíram da floresta, nota-se que alguns homens feras estão um pouco machucados, mas ninguém está com feridas graves. Todos eles carregavam centenas de caças de vários monstros e outros recursos, como plantas, ouro e prata, mostrando que eles caçaram e encontraram tantos materiais, que nem em seus anéis de armazenamento couberam seus ganhos. 

Na frente do grupo, tem sua líder leoa de pelo mais escuro, de armadura pesada, carregando em ambas as mãos cordas grossas, que arrastam vários corpos de minotauros mortos. 

As pessoas em volta abrem caminho para o grupo passar. Muitos aventureiros e grupos de aventureiros olham este grupo de felinos com muita admiração e inveja.

Os mesmos aventureiros olham para o grupo indo embora. 

-Olha eles, não ficaram nem sequer três dias e já conseguiram tudo isto? 

O aventureiro que arrumava as mochilas, agora terminou de arrumá-las.

-Rum! Que inveja, se pelo menos tivéssemos metade da força que eles tem, com certeza teríamos mais dinheiro.

-Eh… 

-Mas você já organizou tudo? Podemos ir? 

O aventureiro que arrumou as mochilas se levanta.

-Sim, vamos!

E os dois aventureiros foram em direção às carroças para irem embora. 

….

..

.

Os vampiros viram que a noite chegou e prontamente foram para a floresta.

As carroças estão se fechando devido ao horário, e muitas carroça foram embora, mas outras carroças, como o clã das carroças, ficaram no lugar, esperando que alguns dos aventureiros que fizeram encomendas viessem, eles costumam ficar um tempo em uma área específica antes de ir embora.

À medida que as carroças de viagem estão indo embora, alguns aventureiros estão chegando e montando suas barracas nos locais, que são considerados seguros para se passar a noite, claro, locais estes onde se paga por noite.

Alguns aventureiros vão para as carroças das guildas que recebem o dinheiro, tanto do aluguel dos carroceiros de comércio, como dos aventureiros que querem montar suas tendas. 

Um aventureiro desembolsa o dinheiro, pagando seu lugar que quer ficar (pelo menos é o que queria).

O carroceiro, representante de uma das guildas, olha a mixaria de dinheiro que o aventureiro mostra.

-...

O carroceiro pega o dinheiro e ordena para um de seus ajudantes guiar o aventureiro.

De imediato, um ajudante, guia o aventureiro para o lugar que o dinheiro dele pode pagar.

O aventureiro e o ajudante passaram por algumas barracas e carroças no caminho.

O aventureiro percebe que tem barracas aqui que mais parecem casas ou mansões, seus olhos viam que tinha grupos de aventureiros montando barracas que vão da esquerda à direita de tão grandes que são. 

Mas o aventureiro percebe que o ajudante o guia para longe das demais barracas que eles acabaram de passar.

Seus olhos vêem o lugar que estão chegando, tem aventureiros montando barracas um do lado do outro, porque a falta de espaço. 

Ajudante.

-Senhor, é bem aqui.

O aventureiro olha para a área que vai ficar.

-...

Aponta o dedo.

-Eeeh… é aqui mesmo?

Ajudante.

-Sim senhor, o chefe me ordenou que o guiasse para o lugar que seu dinheiro poderia pagar.

Ajudante.

-Não se esqueça senhor, aqui é considerado uma das áreas seguras de se estar, mas não a garantia de que nada irá te acontecer.

-Lembre-se que estamos perto da floresta mais perigosa do mundo.

-E mais uma coisa, a estadia é só a noite, de manhã o senhor deve retirar suas coisas, senão, serão retiradas a força.

O aventureiro olha para o ajudante, compreendendo o que ele disse e entendendo como as coisas funcionam por aqui.

O ajudante saiu da presença do aventureiro.

O aventureiro olha desanimado, não gostando do cubículo de terra que terá que passar a noite, mas é melhor do que ter que pagar uma viagem de ida e de volta em uma carroça de viagem.

Ele então montou a barraca, assim que a montou, entrou nela.

-...

Entrou no saco de dormir.

-(Pobreza é triste…)

E foi dormir.

….

..

.

Muitos aventureiros ainda estão no lado de fora da floresta, aguardando o retorno de seus grupos que entraram na floresta.

Um líder de grupo olhava a floresta.

-...

Ele bate o pé no chão impacientemente.

-...

Olhou para um de seus colegas.

-Eí! Quantos dias já se passaram?

Seu colega do grupo.

-Já se passaram dez dias desde a partida deles.

-Contando com hoje, serão onze dias, senhor.

Líder do grupo.

-Quantas horas agora?

Ele olhou para o relógio de bolso.

-Quase 18:00 horas, senhor.

O líder voltou a atenção para a floresta.

-(Eles estão atrasados 1 dia e 18:00 horas do que foi planejado…)

A ansiedade do líder era clara, ele não está com raiva do atraso no grupo, mas sim, ansioso e nervoso, o grupo que ele e seus colegas estão esperando, é um grupo singular de aventureiros, selecionados pela guilda para uma exploração mais profunda da floresta.

Mil aventureiros, com os melhores equipamentos, poções e preparos para as mais adversas alterações climáticas, tudo isso comprado com o dinheiro disponível que a guilda forneceu e levaram os mapas mais atualizados que tem sobre a floresta, somente os mapas que a guilda selecionou e aprovou como o certificado de válidos e confiáveis.

Os aventureiros selecionados para esta exploração são os mais capazes e experientes, que esta região tem a oferecer.

Líder do grupo.

-(Espero que nada tenha acontecido… mas infelizmente não é assim que funciona).

-(Pode haver diversas situações que levam ao fracasso dessa missão, mesmo que foi a guilda que forneceu os mapas, nada impede de haver erros nos mapas, e algumas outras anormalidades que não são conhecidas, ou que não foram corretamente calculadas, sem contar com a mudança estrutural que alguns pontos da floresta tem, podendo mudar de uma hora para outra…)

Um aventureiro olhava os binóculos, via um grupo sair da floresta reconhecendo que eram eles.

-Senhor! São eles!

O líder puxa um ar de alívio, ao saber que eles retornaram, mas quando seus olhos viram o grupo de exploração, o líder do grupo quase teve um infarto, ele arregala os olhos quase não acreditando no que vê, seu grupo que estava com ele, também está em choque. 

Todos os aventureiros que estão em volta da floresta, até alguns dos carroceiros, viam aquela equipe de exploração voltar.

Todos os aventureiros e carroceiros presentes quando viram aquela grande equipe irem para a floresta, sabiam que era uma expedição da guilda, visando explorar a floresta, provavelmente com o objetivo de descobrir mais segredos e novos recursos que a floresta tem a oferecer.

Mas agora, vendo eles voltarem neste estado, já sabem que foi um fracasso total.

Tanto o líder, como o seu do grupo, sabiam que haveria baixas na missão, porque a floresta é realmente a mais letal e perigosa do mundo, plantas mortais com diversos tipos de venenos e toxinas, climas anormais e monstros com poderes e capacidades únicas que vão além do senso comum e lógica.

Mas ele e seu grupo jamais pensariam, nem em seus piores pesadelos, que dos mil aventureiros selecionados pela guilda.

Apenas retornaram dez homens! 

O líder desperta-se do seu espanto.

Olha para sua equipe.

-O que estão fazendo seus idiotas!!

-Ajudem-os!

Os olhos do grupo voltam-se para seu líder, obedecendo às ordens dele.

Correram para socorrer o grupo de exploração.

O líder de exploração seria o primeiro a ser tratado, mas ele recusou o tratamento e forçou seu corpo ferido a andar mais rápido, indo se apresentar para o líder de grupo.

O líder também se apressou e andou em direção ao líder de exploração.

O líder do grupo olhou para o líder de exploração.

-O que houve lá?

O líder de exploração organizou seus pensamentos e palavras. 

Puxou um ar, se acalmando.

-Um ifrit mutante nos atacou… 

-E-ele era…

-Ele era muito forte.

-Nosso grupo estava indo na direção que a guilda nos disse para explorar, uma região mais afastada, onde segundo algumas fontes, poderia haver possivelmente minas de ouro e de outros metais raros na região mencionada.

Líder do grupo.

-Sei disso, prossiga.

Líder de exploração.

-Nosso grupo foi confrontado por monstros no caminho, mas sem grandes perdas ou danos, mas quando mais fundo formos, monstros cada vez mais perigosos viam nos atacar.

-Mas os piores foram os gatos verdes, com sua alta velocidade e invisibilidade.

-Nos causando as primeiras baixas.

O líder do grupo balançou a cabeça indicando para ele continuar.

O líder de exploração tremia um pouco, quase não se aguentava em pé, mas o líder do grupo o segurava.

-Quando nós chegamos na terra que nos foi dita…

-Mas aquela terra… Não era a terra descrita pela guilda. Aquela terra é um outro parque de vulcões! 

-Vulcões de tamanhos exorbitantes…

-Foi então que sentimos uma intenção assassina monstruosa, tão poderosa que muitos dos nossos se perderam em desespero e correram de medo, mas foi a pior decisão deles, porque assim que essa parte do grupo correu, foram emboscados por ifrits.

-Vendo essa situação, ordenei meu grupo para bater em retirada, antes que estes ifrits nos cerquem.

-Mas quando vimos… Aquele monstro!…

-Um grande ifrit de escamas saiu das profundezas de um vulcão.

-Ele nos atacou com um monstruoso poder…

O líder de exploração tremeu a boca lembrando do acontecimento vividamente. Sua respiração descontrolada, gradualmente perdendo a consciência.

O líder de grupo deitou o líder de exploração no chão e ordenou ao seu grupo para curá-lo.

-...

Ele olhou para um de seus companheiros.

-Tragam-me um pergaminho de teleporte.

-Mais uma calamidade foi descoberta na floresta.

….

..

.

Na manhã seguinte.

Outras carroças se aproximam, levando e trazendo vários aventureiros. 

Saído de uma carroça antiga, Rixas e sua equipe se despedem do senhor. 

Rixas.

-Até mais vô! 

Matheus.

-Tchau vô.

O vovô virou para ele ser despedido.

-Até mais jovens.

E vimos vô saído com sua carroça movida a pecopeco, são animais bem difíceis e chatos de domar, queria saber como ele conseguiu, um dia deste pergunto para ele, mas agora estamos na Wald prontos para ganhar dinheiro. 

Rixas se virou para sua equipe.

-Então vamos pessoal.

Matheus.

-Sim, vamos!

Rixas se virou andando para entrar na floresta e Matheus o acompanhou logo atrás, ambos parecem animados e cheios de energia. 

Já atrás deles… 

Maria, Camila e Ricardo se arrastam segurando um no outro para não cair. 

Maria.

-Onde eles tiraram tanta energia? 

Ricardo.

-Acho que só dormimos nem sequer três horas, para que possamos chegar aqui o mais cedo possível. 

Camila. 

-Até entendo que Matheus tenha resistência para poder ficar dormindo pouco, mas meu pai.

Rixas se virou para os três se arrastando.

-Ei! Vamos pessoal, animação aí!

Matheus fez um movimento de mão indicando para virem.

-Vamos pessoal. 

Maria olha cansadamente para Rixas e Matheus.

-Ele é realmente humano? 

Ricardo. 

-Temo que não.

Ricardo tirou de seu anel de armazenamento uma poção e a tomou um pouco, logo entregou para Maria, que olhou para a mão de Ricardo. 

Maria. 

-É uma poção, de recuperação física não é? 

Ricardo. 

-É... sei que tomar algo assim não faz lá muito bem, mas acho que em uma situação dessa vale o risco. 

Maria pegou da mão de Ricardo e tomou um pouco da poção, entregando para Camila, que nem olhou para a poção, apenas pegou a poção e a tomou. 

Os três logo se recuperaram, desgrudando-se um do outro e foram acompanhando Rixas. 

Quando estávamos prestes a entrar na floresta, encontramos certas pessoas saindo dela, um grupo feito de homens fera, o líder lobo logo quando nos viram mudaram de direção para nossa, não esperava encontrá-los aqui e agora, se me lembro bem, escutei que eles estavam participando da guerra contra Silencioso na cidade Wiley. 

Quem se aproxima de Rixas é um grupo formado por cinco homens fera. 

Um lobo marrom, alto com o pêlo claramente bem cuidado, sendo ele, o líder do grupo. 

No lado dele, há uma raposa fêmea alta, mas não tão alta quanto o lobo, carregando um arco. 

No outro lado, a uma viera branca(coelha), carregando duas adagas. 

Atrás deles tem alguém com roupas que cobriam todo corpo, não dá para ver seu rosto, mas pode-se ver as mãos, que são de pelo preto. 

E no lado dele, tem um demi humano, com orelhas e cauda de raposa. 

Os dois grupos se encontraram um de frente para o outro, ambos os líderes deram um passo à frente, eles se encaram. 

Rixas inclina um pouco a cabeça para cima, olhando nos olhos do lobo, e o lobo vagamente olha nos olhos de Rixas, como se tivesse olhando com superioridade. 

Rixas expressando seriedade ao falar.

-E aí Marlos, tudo bem? 

Marlos com seu sorriso mas raivoso. 

-Sim Rixas, estamos bem. 

O clima entre eles está bem pesado, ambos os lados estão um pouco nervosos, Camila olha seu pai e esse outro cara chamado Marlos, percebendo que algo vai acontecer.

-(Que clima é este?… Quem são eles? E por que pai e os demais estão tão tensos?) 

Ricardo. 

-(Aí não... vai começar...).

Matheus já prepara seus ouvidos, tapando-os.

-(Pelo jeito vai ter que ser aqui...).

No outro grupo, todos, exceto o cara vestido de manto e a raposa, taparam os ouvidos.

Raposa.

-...

Enquanto isso, o cara vestido de manto olha para uma borboleta ao longe, que misteriosamente morreu envenenada. 

-(Áh não… O-o que eu fiz!?).

Rixas e Marlos não param de se encararem. 

-... 

-... 

-... 

-... 

-... 

-... 

Maria desceu um soco em Rixas e ao mesmo tempo, a raposa fez o mesmo em Marlos. 

Ambas.

-Vocês estão fazendo uma competição de quem pisca primeiro!!!!?? 

Rixas.

-Ai!!

Marlos um pouco enfurecido. 

-Pra que isso!? Estava prestes a ganh... 

Marlos olhou para a sua companheira vendo-a brilhar em vermelho, decidiu que a mais sábia decisão é não dizer mais nada. 

Tanto Matheus, como o outro grupo, destapam os ouvidos, porque sabia que este grito aconteceria.

Matheus.

-Ufa. (Ainda bem que fui rápido).

Rixas. 

-Mas falando sério… Marlos, vocês estão bem? 

-Tinha escutado boatos que vocês tinham participado da luta lá. 

Marlos.

-Está correto, participamos sim na guerra, mas mesmo que tenha sido uma derrota avassaladora para a gente, tivemos a sorte de termos sobrevivido, além de não ter nenhuma ferida grave.

-Mesmo que já tenha se passado mais de cinco meses, tem pessoas que estão até hoje em camadas e outros com graves sequelas, nós podemos ser considerados o grupo mais sortudo por não ter sofrido nenhuma perda.

-Nem temos mais as feridas dessa luta.

Rixas. 

-Ah.

Continuamos a colocar o papo em dia e discutir, faz alguns anos que eu não via eles, cheguei a pensar que ele tinha até morrido. Mas com esta guerra contra Silencioso, eu ouvi falar de grupos que tinham participado e entre os nomes ditos, estava o grupo de Marlos.

E agora, coincidentemente nós nos encontramos aqui. 

Durante nossa conversa, eles nos contaram onde foram nesses últimos meses, e seus grandes feitos. Nós também contamos onde estávamos estes últimos dias, e é claro, às nossas extraordinárias conquistas, não tendo mais nada para conversarmos, nos despedimos e fomos para a floresta enquanto eles saíam. 

Rixas.

-Vê se não some, cheguei a pensar que estivesse morrido.

Marlos.

-Beleza, nós nos vemos por aí então.

Camila viu o grupo de Marlos ir embora. 

-Pai, quem são eles? 

Rixas. 

-Hum? Espera. Nunca contei sobre eles? 

Camila.

-Não pai.

Rixas deu um tapa na testa.

-Ah, é mesmo, você nunca o tinha visto antes, já que era muito jovem para poder ser uma aventureira.

-Então vou te contar agora. 

…. 

… 

.. 

Dentro da floresta.

Rixas e sua equipe lutam com alguns monstros do tipo orcs de pele vermelha e goblins da cor verde escuro.

Maria.

-Pronto Rixas!! 

Rixas.

-Então vamos! 

Rapidamente criamos fortes lâminas de vento com nossas espadas, matando vários monstros. Outros monstros se aproximaram e mandamos eles novamente pelos ares. 

Na espreita, um orc está prestes a bater em Rixas, quando desceu seu punho, um escudo repeliu o soco do orc, que o fez cair para trás. 

Quem defende Rixas foi Matheus. 

Rixas olhou para trás.

-Obrigado Matheus!

Matheus.

-Tudo em cima!

O orc estava para se levantar, mas antes que ele firmasse os pés, Matheus bateu seu escudo na cabeça dele, matando-o rapidamente. 

Rixas. 

-Eí Matheus! Às cabeças dos orcs valem algo também! 

Matheus olha para o orc sem a cabeça, percebendo que simplesmente desapareceu sem deixar rastros. 

Coçou a cabeça. 

-Opa… Foi mal.

Maria balança a espada, criando uma lâmina de vento que decepa a cabeça de dois goblins, dois orc pulam por trás de Maria.

Maria virou-se, tirou de seu anel de armazenamento, duas facas de arremesso. Logo as facas foram cobertas com sua habilidade de vento, Maria arremessa as facas que acerta o olho de um dos orcs e o pescoço do outro, antes que tivessem reação, Maria finaliza ambos com um corte profundo de espada.

Maria viu que matou os últimos monstros, mas logo ela viu mais monstros se aproximando.

 -Gente está vindo mais monstros!

 

Toda a equipe olhou para onde Maria olha. Uma horda de goblins e orcs se aproxima rapidamente. 

Mas a preocupação de Rixas não é grande. Olhou para cima.

-Pronto Ricardo? 

Ricardo que está flutuando, estendeu o cajado para os monstros.

-Obrigado pelo tempo que conseguiram.

-Fogo serpente! 

Instantaneamente as chamas formaram uma serpente gigante, o fogo em forma de serpente saiu do cajado, incinerando e queimando a horda de monstros e um pedaço da floresta por completo. 

Matheus, novamente, coçou a cabeça.

-Mandou bem Ricardo!

Camila que estava escondida, se aproxima.

-Ninguém se feriu? 

Maria olhou para todos.

-Não. 

Todos elogiaram Ricardo e sua poderosa magia.

-Obrigado gente, estava aperfeiçoando esta magia e… ela é relativamente simples, mas se eu continuar treinando, vai se tornar uma magia bem poderosa.

Antes de terminarem os elogios, Rixas se vira para eles que estão comemorando.

-Gente… 

Todos olham para o semblante de Rixas.

Rixas aponta para a parte da floresta queimada com os monstros.

-Qual tipo de recompensa teremos agora? 

Todos observavam os monstros derretendo nas chamas, até que virassem carvão. 

Ricardo. 

-Opaaa… 

Camila, Maria e Matheus. 

-... 

-... 

-... 

Rixas, suspirando de desânimo.

-Agora nós vamos ter que procurar outra horda de monstros. 

Toda a equipe desgostou em ter que procurar mais monstros, mas não podemos sair sem nada, nosso objetivo é recolher os materiais que os monstros mortos tem, para que possamos às vender, mas como vamos vender os materiais, se não tiver monstros?

Claro que a magia de Ricardo é poderosa e perfeita para lutas, principalmente se o pedido foi extermínio de monstros, mas agora estamos à procura e coleta de recursos para vender, se os materiais virarem carvão, qual será o ganho? 

Mas agora isso não importa mais, teremos que passar mais um tempo neste lugar, ordenei para meu grupo que seguíssemos um pouco mais ao fundo na Wald. 

Rixas e sua equipe pegaram os materiais que provavelmente dava para vender e colocaram em seus anéis de armazenamento. 

….

… 

.. 

Nas profundezas da floresta... 

Em terras caracterizadas com grandes vulcões e magma descendo como se fossem cachoeiras. 

A terra tinha leves tremores quando eles caminhavam, seus corpos musculosos de pele vermelha misturada com escura, tendo um par de chifres longos um pouco tortos para trás, se encontrando nas laterais de suas cabeças. Eles eram verdadeiramente monstruosos. 

É um exército a perder de vista, feito por Ifrits, marcham seguindo uma direção, e repentinamente pararam de andar, um ifrit maior que os demais, caminha mais a frente do exército e dá um rugido estrondoso. 

No outro lado, marchava um exército gigantesco feito por orcs gigantes, diferente dos orcs normais que tem diferentes tons de rosa, estes orcs aqui são vermelhos bem escuro, quase que alguns deles são da cor preta. 

A frente do exército orc, um orc maior que os demais, caminha à frente, subindo em um monte, em cima do monte, tem um pedregulho com ponta. 

O orc cruzou os braços, ele vira o rosto para um lado e para o outro, como se estivesse analisando os seus inimigos. 

O líder dos ifrits olha bem enfurecido para aquele orc, que ousadamente vem em seu território com um grande exército, claramente os orcs querem reconquistar o território.

O líder ifrit está com muita raiva, mas ele sabe que não importa quantos orcs venham, os ifrits não vão perder. Por conta disso, o líder ifrit pensou um pouco.

-...

Ele sorri ao ver os orcs, pois agora ele agora tem a chance de exterminá-los de uma vez por todas.

Mas o ifrit observava melhor a situação dos orcs, ele percebeu que aquele orc não parecia ser mais o líder dos orcs. 

Seus olhos então desviaram do orc, dando uma atenção para um outra presença que se aproximava. 

Líder ifrit.

-... 

-Rénh! Rénh! Rénh! Rénh! Rénh!

O Líder ifrit gargalhava ao ver quem se aproximava, pois parece que os orcs estão contando com este anão de jardim para ajudá-los?

O líder orc está enfurecido, pois o líder ifrit ousa rir de seu salvador, mas o orc se acalma, tentando não se importar com a risada do ifrit, ao invés de dar atenção para o ifrit, sua atenção foi para seu salvador, os orcs no geral davam sorrisos para seu salvador que está chegando. 

No meio dos orcs, um ser mais baixo que todos os presentes, seus olhos da cor roxa incomum, tendo agora cabelos ondulados, ele parece ter a altura de um menino de uns catorze ou quinze anos, andando em direção ao monte. 

O céu nublado pela fumaça preta causada por vulcões, começou a chover cinzas, os cabelos ondulados deste menino balançavam ao vento. 

Quem é este salvador? 

Só podia ser ele. Nagaro com seu atípico rosto neutro, não tendo um pingo de expressão, nem parece ter emoções, não! Ele nem parece que está vivo! 

Nagaro olha em volta, mas não para os ifrits ou orcs, era um olhar que parecia ver o que tinha além, mas infelizmente(ou felizmente) ele não via nada de anormal.

-...

-(Por alguma razão sinto que alguém me descreveu de maneira hedionda).

Parei de pensar sobre esta repentina sensação de alguém descrevendo (insultando) meu rosto, subiu em uma pedra pontuda para ter melhor visão, olhei para os inimigos, vejo uma quantidade que parecia ser infinita de ifrits e depois olhei para trás, vendo que também tem uma quantidade absurda de orcs. 

-(Com certeza vai ser uma guerra daquelas de tremer a floresta). 

Nagaro olhou para a expressão do orc ao seu lado. 

-(Vejo que o líder orc está bem sorridente, será o "Por quê? Porque eu estou aqui"?) 

Tirando essa piada, com toda certeza esse orc está contando com minha força para ajudá-lo nesta guerra.

Mas minha atenção foi desviada ao escutar uma risada feia, parece a mistura de grunhidos e risos ou algo do tipo.

-(Aquele ifrit está rindo? Porque será?)

O líder ifrit ainda deu mais algumas gargalhadas, mas logo sua expressão mudou, pois apesar de ser engraçado, isto não muda o fato que esses orcs estão querendo as terras de volta. Ele e seu grupo conquistaram esta terra, por isto o líder ifrit deu um rugido alto e intimidante e sua sede de sangue é bem clara. 

No lado dos ors, alguns dos orcs foram afetados pelo medo, mas a confiança deles é maciça, impedindo-os de sentir o verdadeiro medo, mas eles não podem baixar a guarda, qualquer vacilo, e esta aura do líder ifrit pode atordoá-los.

Nagaro que quase bocejou.

-...

Vejo que aquele ifrit, que provavelmente é o líder deles, dá um grito estrondoso, e este grito até gera uma ventania que consegue balançar meus cabelos. 

Um segundo depois, o exército ifrits correm em nossa direção, fazendo toda a terra tremer. 

-(Ah, quase esqueci, tem este grito de guerra).

Imediatamente o líder orc olha para mim.

-(Espera…) 

-(Ele quer que eu dê um rugido?)

O orc parece entender o que Nagaro pensa, por isto ele fez um sinal de "sim", balançando a cabeça. 

-O que?!

-Nem vem, vai ser broxante isso, não farei isso nem a pau! 

Nagaro firmemente decidido a não rugir, apenas deu alguns passos à frente e apontou o dedo em direção aos inimigos. 

O líder orc decepcionado, mas entendendo o que significa as ordens de Nagaro, decidiu rugir por ele. 

Rapidamente os orcs, ao escutar o rugido de guerra, correram para a luta. 

As passadas dos orcs são semelhantes ao dos ifrits, também criam tremores na terra. 

Os orcs e ifrits estão correndo tão rápido que nuvens de poeira se formam, cobrindo tanto os orcs quantos os ifrits.

Quando os dois lados se encontram, estrondos e explosões sem fim ocorrem. 

Olhei para o lado e para o outro, vejo crateras e lava surgindo da terra, e no céu, trovões caindo por terra. Parece que o mundo está prestes a desmoronar. 

Observo minha esquerda, um ifrit abre a boca, e de sua boca, lançou um canhão de lava, seu ataque devasta um pouco o campo de batalha, mas rapidamente, um orc chega perto deste ifrit, e desfere um ataque elétrico contra o ifrit.

A eletricidade fez o ifrit rugir miseravelmente, mas o ifrit consegue se levantar e acertar um soco que deixa um buraco no corpo do orc, jogando-o longe, o orc consegue lançar um ataque final de eletricidade, o ifrit sofre mais danos graves, impedindo-o de fazer ataques iguais ao de antes.

Já o orc. Ele nem sequer se mexia, morrendo ali mesmo.

No outro lado, eu vi um orc criar um rachadura no chão engolindo vários ifrits e com muito esforço, ele rapidamente fecha o chão esmagando-os. Mas quando menos se esperava, todos os ifrits que foram engolidos pela rachadura, saíram do solo, sem nenhum problema, não sofreram praticamente nenhum arranhão.

Não muito adiante deles, um ifrit gigante corre um carreirão nos orcs, matando-os instantaneamente com sua força física descomunal, mas rapidamente foi detido por um orc, a colisão dos dois, fez com que cada um fosse jogado em direções opostas, às mãos deste orc formaram uma onda elétrica que segundos depois, foi arremessada em direção ao grande ifrit, o ifrit foi coberto pela eletricidade, pulverizando-o na mesma ora, só resta a fumaça no lugar do ifrit. 

Foi o que eu pensei, mas quando a fumaça abaixou, vi o grande ifrit com um burado no corpo que atravessa até o outro lado, mas mesmo com um buraco deste, ele se levanta e corre para atacar o orc que o machucou.

Nagaro avalia os ifrits.

-(São bem resistentes se comparado com os orcs).

Nagaro continua a ver a guerra se intensificar.

-(É impressionante que tudo isso tenha acontecido em poucos minutos... mas ... não é o mais importante agora, e sim...)

Um explosão fez a terra tremer e um rio de magma aparece logo em seguida, e em cima do rio, tem um ifrit, que manipula o rio de fogo para a batalha, sem se importar com aliados ou inimigos, mas igualando ao ataque, um orc cria e manipula feixes elétricos, lançando-os em direção ao rio de magma, os dois elementos colidem e explodem.

No meio do fogo cruzado, Nagaro fecha os olhos, tentando lembrar.

-(...Como eu acabei no meio disso!?) 

…. 

… ((Alguns dias antes…)) 

.. 

Nagaro já está a dias de distância dos lizards.

E agora está lutando com um minotauro cinza. 

O minotauro desce seu punho, mas não acerta Nagaro, Nagaro surge por trás do minotauro, rapidamente o minotauro virou para trás tentando acertá-lo, mas não consegue sequer encostar nele, isso só está deixando-o mais furioso. 

O minotauro batia seus punhos furiosamente, mas só acertava o chão e nada mais, nenhum deles sequer encostou em Nagaro.

Nagaro olha para o furioso minotauro. 

-(Engraçado, até me lembro dos dias que eu apanhava miseravelmente para eles).

Continua a esquivar sem dificuldades, esperando quanto tempo mais ele aguentaria continuar assim, eu vejo que ao contrário do que pensei, o minotauro está é na verdade ficando mais furioso, aumentando sua velocidade e força.

Percebendo que ele não vai se cansar facilmente, pensei em aproveitar esta oportunidade para testar algo.

Olhei mais uma vez para o minotauro, na hora que ele desceu seu golpe, eu avancei instantaneamente até ele.

Levantei minha palma da mão tocando no minotauro, e o empurrei. 

O minotauro voou a metros de distância, aproveitei também e decidi me distanciar.

Ambos estão a quilômetros de distância. 

-(Vamos testar o alcance de minha habilidade).

O minotauro procura por mim, pois parece que ele perdeu-me de vista, quando percebeu onde eu estou, corre em alta velocidade. Mas eu não deixei ele se aproximar, lancei logo meu ataque de vapor.

Uma extensa nuvem de vapor se locomove até onde o minotauro está, acertando-o em cheio.

A nuvem de vapor devasta a floresta junto.

-...

-Uau…

-(Nem usei tanto força no ataque, mas já o mandei para bem longe, só com a pressão que o vapor fez).

Pelo visto, minha prática e esforços em melhorar minha habilidade deram resultados, agora ela tem maior alcance sem que eu precise me aproximar do alvo. 

Mas vejo que junto com o minotauro a floresta sofreu danos.

-Hum…

-(Se eu compactar meu ataque, percebo que a durabilidade aumenta, além de que, o dano fica maior. Vou fazer semelhante ao que faço com minhas outras habilidades, comprimir e liberar em instantes).

Olhei minha palma da mão e invoquei uma nuvem de vapor, comecei a dar forma à nuvem, deixando-a no formato de esfera.

-(Vou compactar até o máximo que der).

De imediato sinto uma resistência em compactar mais do que isto. Mas eu forcei ainda mais a compactação, compactei mais e mais vapor, tornando uma imensa quantidade de vapor em uma minúscula esfera, que deve ser do tamanho de uma bolinha de gude.

Nagaro olhou a bolinha de gude que tremia sem parar.

-...

Nagaro, percebe que a bolinha de gude está muito instável, o vapor comprimido, mesmo não escapando de sua mão, ainda pode sair do controle, por isso Nagaro não vai mais compactar vapor.

-...

Nagaro.

-...

Nagaro.

-...

Nagaro levanta um leve sorriso no canto da boca.

-(Não explodiu, quer dizer que dá para compactar mais um pouco).

A mão de Nagaro treme com a densa compactação que ele está fazendo.

-Mais um pouco…

A bolinha de gude recebeu mais uma extensa nuvem de vapor compactada, a bolinha tremia sem parar, prestes a perder o controle, mas Nagaro inspira ar pelo nariz e expira pela boca.

-Mais um pouco!

Sem vacilar, Nagaro exerce seu controle sobre a habilidade vapor.

-(Como eu disse, vapor é só a junção de minhas duas habilidades: fogo e água. Se eu já controlo bem estas habilidades, então vapor não será diferente!)

Nagaro sentiu seu corpo rígido, mas não perdeu o controle da pequena bolinha.

A bolinha continua a tremer de instabilidade, Nagaro olha a bolinha de vapor fixamente, e exerce mais vontade sobre ela, em instantes a bolinha de vapor parou de tremer e de se mexer.

Umas linhas de suor escorrem do rosto. Seus olhos percebem que a bolinha de vapor agora estabilizou, não dando sinal de perigo.

-Agora sim.

Apesar que ainda sinto que posso compactar mais vapor, vou por enquanto parar por aqui. Vou me concentrar agora em manter esta esfera controlada e depois dispensá-la sem causar danos. 

Dispersei gradualmente a esfera compacta e logo me desafiei a criar duas esferas semelhantes ao que fiz agora pouco, uma esfera compacta para cada mão. 

Nagaro então caminha em um ritmo acelerado em direção ao seu ataque que levou o minotauro. 

-(Quando eu estabilizar estas esferas de vapor, meu próximo desafio será fazer múltiplas esferas de água, fogo e vapor, pretendo deixá-las flutuando em volta de mim). 

-(Estou curioso em saber se posso controlar minhas habilidades a longas distâncias da forma que estou imaginando).

…. 

… 

.. 

Não muito longe de Nagaro. Um pequeno grupo de Orcs estão sendo derrotados por um grupo de ifrits. 

Todos os firts se aproximam dos orcs feridos, mas dois orcs de pé defendem os seus aliados, mas os dois também não estão nas melhores condições. 

Um deles se ajoelha após receber um soco de um ifrit, o outro vira o rosto para seu colega, mas foi um erro, sem perceber, um ifrit soca a cara dele também.

E ambos os orcs caídos foram chutados, os dois orcs rolaram na terra. 

Com muita dificuldade, os dois se levantaram, apoiando um no outro, mas agora todos eles estão incapazes de se defenderem, só podendo ver os ifrits se aproximando, dois dos ifrits parecem que vão atacar com sua habilidade de fogo pela boca. E outros dois ifrits estão apertando os punhos. Os orcs sabem que será seu fim.

Mas quando menos se esperava, um minotauro veio voando, colidindo-o com os ifrits e os levando para longe, desaparecendo no meio da floresta. Os orcs acompanharam com os olhos o sumiço deles.

Todos os orcs olhavam admirados com este golpe de sorte, quem imaginaria que um minotauro viesse voando e acertaria justamente os ifrits. Mas os orcs sabem muito bem que os minotauros do jeito que são, não ajudariam eles, pelo contrário, mataria tanto eles com os ifrits. Então a pergunta fica no ar: "Que nos ajudou?" 

Minutos depois, os orcs viram um menino andando, perdido em seus pensamentos.

De imediato acharam que não era ele, mas logo sentiram a massiva quantidade de força que o garoto emana, então logo chegaram à conclusão. 

Nagaro vê que consegue compactar as duas esferas de vapor, logo as dispersa.

-(Tá certo, agora vamos fazer mais esferas, desta vez uma esfera para cada habilidade diferente).

Nagaro teve uma sensação estranha. 

-Hum…(por que sinto olhares em mim?)

Olhei para meu lado vendo um grupo de orcs olhando para mim, eles parecem bem machucados.

-(Será que estavam brigando entre si?)

-(Mas porque esses monstros... espera, monstros não, lembre-se da decisão sua Nagaro. Porque estes "Seres Mal Compreendidos" estão olhando para mim?) 

-(E sinto também um toque de… admiração?)

Fui surpreendido com abraços deles, alguns estavam até se ajoelhando, como se eu fosse algum tipo de salvador ou algo assim, escuto até choros vindo deles. 

Os empurrei para sair do meio destes abraços estranhos.

-EÍ! 

-Saiam! 

-Nem os conheço!

Tentei sair dos braços, mas os orcs são maiores que eu, e estão me dando aqueles típicos abraços de urso, bom, já que são só abraços, decidi aceitá-los. 

…. 

…((momento presente…)) 

.. 

Até aquele ponto eu não entendo o porquê me abraçaram, mas depois disso os orcs me levaram para a vila deles, chegando até a vila, fomos recebidos por outros orcs e pelo líder da vila, imediatamente o líder orc não gostou de mim, mas se acalmou quando os orcs que me levaram até ele grunhiu algo. 

Mas mesmo assim, não demorou muito para o líder querer lutar comigo, e por alguma razão nossa luta acabou em festa, não sei como isso sempre acaba deste jeito, mas logo depois da comemoração, de alguma forma, o líder me explicou que estavam em alguma guerra com monstros vermelhos, não entendia o que era, mas surpreendentemente ele desenhou algo para explicar. 

Foi então que entendi que eram os ifrits que ele estava falando, o líder orc também me explicou que as terra de vulcões nesta área pertenciam a eles, mas os ifrits barbaramente vieram e tomaram esta terra, matando e expulsando os orcs. 

Tudo isto aconteceu porque, supostamente, um bom tempo atrás, um grupo de ifrits foram mortos. No local do ocorrido, um grupo de orcs estava caçando por perto quando viram os ifrits sendo mortos e os culpados pelo assassinato fugiram, mas para a infelicidade dos orcs, assim que os assassinos fugiram, uma horda de ifrits vieram. Não preciso nem dizer né? 

Claro que imediatamente os ifrits julgaram que foram os orcs que os mataram, levaram as informações até o líder deles e imediatamente uma guerra aconteceu, fazendo os orcs perderem suas terras. 

Mas o problema é que o líder orc me explicou que não foram eles, mas sim, outros tipos de monstros, pelo desenho que o líder fez, pareceu que eram um tipo de lobo de duas pernas segurando uma tábua como escuto e mais quatro outros monstros de duas pernas, pareciam lizards sem calda e com cabelos. 

-(Não entendi o que eram, mas o importante é que isso tudo foi um mal entendido, mas agora não dá mais para resolver só com conversa).

Uma explosão chamou a atenção de Nagaro, ele via um ifrit matar três orcs de uma vez, no outro lado, um grupo de orcs tentam a todo custo matar o ifrit, mas está sendo difícil para eles.

Olhei mais a frente e vi dois ifrits varrendo os orcs.

-(Apesar de parecer que a luta está equilibrada, na verdade são os orcs que estão perdendo). 

Só basta olhar, para saber que é necessário mais orcs para deter um ifrit, porque caso contrário não conseguirão. 

Mais explosões foram criadas. 

-(Bom, já que estou aqui… vamos fazer bonito, ainda bem que deixei minhas roupas na vila dos orcs).

Exatamente, Nagaro está pelado agora, mas os monstros também estão pelados e ninguém diz nada.

Nagaro desceu da montanha.

Todos perceberam, uma explosão estrondosa surgir, os orcs e ifrits olharam para a direção do som, vendo Nagaro. Lava estava descendo de seu corpo, e em um instante, partiu para o campo de batalha, criando explosões seguidas de explosões, mandando centenas de ifrits voando. 

Os orcs vendo Nagaro derrotando facilmente tantos ifrits, sentiram uma forte motivação para continuarem a lutar fervorosamente, agora sim eles tinham a certeza da vitória. 

Olhei para minha direita e esquerda. Vejo centenas de ifrit se aproximando de mim, sem demora os congelei por completo, dei um pulo saindo no meio dos ifrits congelados, mas assim que meus pés tocam no chão, fui surpreendido por mais ifrits, eles lançam diversos golpes de lava e chamas em mim, enquanto outra centena se aproximava. Logo disparei lava neles, nossos golpes explodiram o lugar, deixando só uma cratera no chão.

Sai da cratera segurando o corpo de um dos ifrits, vejo que não se mexia. 

-(Está inconsciente).

Larguei o corpo do ifrit no chão e olhei em volta, mas todos os ifrits que me atacaram estão inconsciente no chão.

…. 

… 

.. 

No outro lado do campo de batalha, o líder ifrit dispara fortes rugidos e poderosas chamas que incineram milhares de orcs, o líder orc chega perto do ifrit e o soca, mas o ifrit defender do golpe. 

Os olhos deles se encontram. O olhos do ifrit transmitem um ódio tão intenso que até assusta ligeiramente o líder orc, mas rapidamente o orc foi jogado para trás, ele então dispara vários raios elétricos no ifrit, criando uma nuvem densa de poeira, mas a nuvem de poeira abaixa, o líder orc vê que seus ataques não causaram nenhum dano no líder ifrit. 

Em rápidos segundos, o ifrit chega até o orc e dá um soco, o orc se defende, mas foi arrastado a vários quilômetros de distância com a pressão que o soco fez. Mesmo defendendo do ataque, o líder orc sente seu corpo muito dolorido.

Não dá mais para o líder orc fazer nada, o líder ifrit rapidamente dá centenas de golpes consecutivos mandando-o há centenas de metros, antes do orc pudesse desacelerar o corpo, o líder ifrit soca o estômago do orc.

O líder orc treme de dor, ele tenta atacar, mas o ifrit o golpeia mais uma vez, um soco tão forte que o líder orc cuspe uma poça de sangue, antes que percebesse, as garra do ifrit desce na cara do orc, dilacerando o rosto, fazendo-o rodopiar no ar e cair por terra.

O orc se esforça para se levantar, muito sangue do líder orc desce de seu corpo, não tendo forças para continuar lutando.

Os olhos do orc embaralham, não entendendo como o líder ifrit ficou tão forte.

Na primeira vez que ele enfrentou o líder ifrit, a força de ambas eram semelhantes, o líder orc só foi obrigado a recuar porque o exército ifrit era mais forte que o exército orc.

Mas agora… o líder ifrit está muito mais forte, nem se parecendo mais com aquele ifrit que tinha força semelhante ao dele.

Mas logo o orc, à medida que sua visão de desembaralhar, percebeu algo de muito diferente na aparência do líder ifrit.

Ao invés de ter pele vermelha e escura como de costume da raça ifrit, os olhos do líder orc veem que o líder ifrit está coberto de escamas!

Ele não tem mais pele vermelha, mas agora tem escamas vermelhas!

Antes que o orc pudesse ver mais da aparência do líder ifrit, o ifrit já estava atrás dele e deu um chute lateral nas costas do orc, jogando-o para os vulcões, o orc bateu seu corpo nos vulcões, que logo entraram em erupção. 

Percebendo que o líder ifrit, é muito para ele enfrentar, não tinha como vencê-lo, o líder orc imaginou que o ifrit tivesse ficado mais forte, mas não imaginaria que tinha ficado tão mais forte. 

Agora só há uma pessoa que pode enfrentá-lo, seu salvador, Nagaro. A confiança e esperança dos orcs. 

E no meio da lava fumegante, o líder orc desmaia.

Após humilhar o líder orc, o líder dos ifrits se virou para lidar com verdadeiro problema aqui, ele vê Nagaro derrubar centenas de seus ifrits facilmente.

Sua percepção sobre aquele anão de jardim mudou significativamente, agora ele vai enfrentar aquele anão com sua força esmagadora. 

Não demorou muito para o líder ifrit emanar um calor infernal, que devasta tudo que encontra no caminho, as chamas vermelha do ifrit matavam os orcs só com a barreira de calor. 

Ele caminha, batendo fortemente o pé no chão, criando visivelmente terremotos para chamar a atenção de Nagaro. 

…. 

… 

.. 

Derrotei mais uma horda deles, explodindo- os, a poeira se abaixou e olhei em volta, vendo que a guerra não parece que vai acabar hoje, o campo de batalha está um caos.

-(Com certeza este lugar não vai ser mais o mesmo). 

Aqui tinha vulcões, mas agora não tem mais nenhum, só um monte de buracos preenchidos com lava e vários sons de trovões no ar. 

Rapidamente sinto uma presença sem igual. 

-(Está vindo até mim).

Virei-me para trás, vendo ele, aquele ifrit que gargalhou e que também deu o rugido de guerra, o líder ifrit anda em minha direção.

-(Pelo jeito já vou enfrentar o "boss final"). 

Nagaro também avança na direção dele. Correspondendo a altura, cria uma aura vermelha usando suas habilidades de fogo e lava, e anda fazendo forças nos pés, cada passo que dava também cria terremotos no meio da guerra. 

Ambos se aproximam um de frente para o outro, todos os demais na guerra não estão se aproximando, pelo contrário, estão abrindo caminho para eles. 

Até que todos estavam pelo menos a quilômetros de distância de Nagaro e o do líder ifrit. 

Os dois estão cada vez mais rápidos, deixando buracos em cada passo… 

Mais rápidos…. 

… Mais rápidos… 

Estão tão rápidos que ninguém presente consegue vê-los, viraram dois pontos vermelhos em alta velocidade, quando estavam prestes a se chocarem um no outro, tanto Nagaro quanto o líder ifrit sumiram.

Todos pararam de lutar olharam em volta, procurando eles, um orc olhou para o céu, logo em seguida quatro ifrits olharam na mesma direção que o orc olhava, e como efeito em cadeia, todos olharam para o céu. 

Todos veem Nagaro e o líder ifrit no ar. 

Nagaro segura em cada mão uma esfera contendo vapor compactado, prestes a lançá-las contra o ifrit. 

Já o ifrit, está com as duas mãos abertas à frente do corpo, prestes a disparar um canhão de magma. 

O vapor compacto foi lançado e o magma também foi lançado, os dois golpes explodem no céu…

….

..

.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------