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CAPÍTULO EX2 – GUERRA CIVIL DO PAÍS DOS GRANDES MUROS

Há cerca de dezessete anos, o país dos grandes muros se tornava alvo de um contra ataque dos moradores dos vilarejos que rodeavam o país, os quais decidiram invadir o grande país em busca de dominá-lo através de uma guerra.

Euder era o atual rei no comando do país, que ainda funcionava em forma de monarquia naquele tempo. Durante o ataque pensado e profundamente executado, Euder não se opôs a lutar para defender seu país, o qual amava em sinceridade.

• • • • •

Correndo o mais rápido que pôde, Euder finalmente chegou no auge da batalha de invasão do país. Ele tinha deixado sua casa e família para lutar com seu país.

— Como está a situação?

— Por enquanto eles estão vencendo, mas podemos reverter.

— Ótimo!

Empunhando firmemente a espada em sua mão direita, Euder correu para o centro da guerra que ocorria em meio aos portões do país dos grandes muros.

Rapidamente, ele perfurou o peito de diversos invasores, os quais foram derrotados em apenas um ataque.

A cada movimento e ataque dado, Euder mostrava ter mais intimidade em relação ao uso de uma espada, algo raro em meio a pessoas criadas aprendendo apenas a se defenderem.

— Chefe!

Percebendo o chamado que vinha de algum dos que estavam derrotados por fora da guerra, apurou os sentidos enquanto girava seu corpo para defender o ataque que podia surgir de qualquer das direções.

Girando o corpo enquanto segurava sua espada com a lâmina para baixo, defendeu o ataque que vinha de trás em busca de o cortar no meio ao fio da espada.

Recebendo o forte impacto do ataque adversário, Euder levantou sua espada enquanto a apontava diretamente para a frente, furando diretamente o pescoço do homem que tinha lhe atacado.

— Isso está ficando difícil.

Murmurando em voz alta, Euder finalizou outros dois que tentavam o atacar usando espadas, porém, não tinham habilidade o suficiente para atravessar sua defesa, que usava apenas a mesma espada de ataque.

No total, ele já havia abatido cerca de Vinte invasores sozinho, porém, o número de pessoas que entravam pelo portão principal aumentava cada vez mais.

Diferente de Euder, os soldados do reino não podiam resistir a tantos homens e ataques múltiplos de espada que surgiam de direções alternadas. Haviam sobrado pouco mais de dez soldados do império que ainda tinham condição de batalha.

— Isso é um caminho sem volta.

Euder recuava em passos lentos enquanto continuava matando diversos dos que tentavam o atacar. Eram tantos que em certo momento ele não podia vencê-los sozinho e apenas se defendia enquanto esperava que outro soldado pudesse os matar.

Por mais do extermínio de diversas vidas inimigas, o número de pessoas de fora que estavam dentro do país dos grandes muros só aumentava.

Respirando fundo, Euder viu seu último soldado em condição de luta cair ao fio da espada, o obrigando a tomar sua decisão.

— Eu sou Euder…

Deixando de andar para trás, Euder empunhou em sua mão direita a sua espada, enquanto segurava em sua mão esquerda o cristal da Defesa.

— Sou rei desse país e garanto que isso não foi uma obra do destino.

Partindo de olhos fechados para o meio da multidão que entrava pelo portão principal, criou em volta de si mesmo um escudo branco, enquanto girava sua espada para que pudesse matar o maior número possível de inimigos de uma só vez.

Em volta do seu ambiente de luta que havia se diminuído drasticamente, soldados sem condição de luta correram por sua vida, indo para fora do país e para dentro dele.

Apenas um dos soldados que observava tudo sem condições decidiu ficar e usar toda sua força restante em batalha.

— Você não vai morrer sozinho.

Buscando forças em seu próprio corpo, o jovem garoto de cabelo branco segurou o machucado na lateral esquerda de sua barriga, correndo freneticamente em direção ao círculo em que Euder estava.

— Chefe!

Percebendo a aproximação do garoto através de seu grito, Euder abriu o escudo circular para que o garoto pudesse entrar.

— Me deixe ser sua espada.

— Você é corajoso assim como seus antepassados foram.

— Não posso me comparar ao dono desse lugar, mas sinto prazer em ser chamado da mesma forma que ele foi.

O jovem, vindo da linhagem do homem que criou o cristal da Defesa, sorriu. Sua vida estava sendo jogada fora naquele momento. Por mais da força que pudessem ter naquela luta, eram muitos homens que estavam ao seu redor e era impossível vencê-los.

— Um…

Os dois estavam prontos para morrer desde que receberam o chamado para aquela guerra.

— Dois…

Eles estavam dispostos a isso e fariam de sorriso no rosto. Mesmo que isso significasse deixar sua família de lado por toda a eternidade.

— Três!

Levantando o cristal para acima de sua cabeça, Euder expandiu o escudo que estava ao seu redor, lançando grande parte dos homens para longe usando o impacto do vento branco fino da barreira. Apenas os que tiveram estabilidade suficiente puderam continuar ali por perto.

Eles porém, se tornaram alvos da espada do jovem garoto Matary, o qual os cortou ao meio através de um corte horizontal na região média do abdômen.

De uma só vez, Matary tinha levado cerca de Cinco soldados juntamente ao fio da espada.

— Morreremos com honra!

— Nossas gerações escolheram isso!

Euder e Matary se lançaram ao clima de final de ciclo, comemorando sua coragem e todo o caminho que fizeram até aquele momento.

Logo, os que foram lançados a grande distância pelo ataque de Euder retornavam para o centro da luta, sendo acompanhados por um novo exército que entrava na cidade.

Juntos, por mais de perderem cerca de Trinta homens, eles puderam matar Matary com um corte em seu pescoço e Euder, através de um envenenamento por um ataque de flecha.

— …

Caído no chão após o ataque sofrido, Euder não tinha mais esperança de viver. Mesmo que pudesse vencer a fraqueza de seu envenenamento rápido, ele não poderia lutar contra tantos homens sozinho.

— Antes…

Segurando sua própria consciência viva, Euder engoliu o cristal que estava em sua mão, o fazendo sumir da vista de qualquer que entrasse no país.

• • • • •

Mesmo após morrer, a luz de Euder brilhou. Sua luz era um brilho branco que surgia do Cristal da Defesa, o qual atravessou sua barriga de forma agressiva para que voltasse a se fundir com outros fragmentos do Cristal que ainda estavam espalhados pelo país.

Naquele ponto, todo o país já havia sido tomado. Os novos líderes que estavam à frente do país implantaram desde aquele instante a nova forma de viver no país dos grandes muros.