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Coroa de Brandon - [PT-BR]

Esperando ansiosamente, Brandon pensava em seu amado que havia partido para a guerra. Três longos anos foi o período que não o via. Eles se comunicavam às vezes por cartas, mas não era o mesmo que tê-lo ao lado em seu dia a dia. No entanto, o momento esperado havia chegado. O fim da guerra foi anunciado e era naquele dia que ele chegaria. Toda a mansão estava se arrumando para a chegada dos jovens mestres, e o casal Miller e o jovem James estava em frente a porta, pois foram informados que seu grupo havia chego às terras. Brandon não demonstrava o que realmente estava sentido em seu rosto, porém seu interior estava em um estado de euforia. E como se seus pensamentos felizes e animados fossem poeira ao vento, o que ele teve que ouvir foi chocante e perturbador para ele. O homem que ele amava estava noivo. * Desacreditado no que tinha ouvido da própria boca daquele que um dia amou lindamente, ele não conseguiu pensar além daquelas palavras. Como ele pensava que aceitaria aquilo? Era isso a extensão de sua consideração por ele? No fim, Brandon decidiu-se. Não havia como pensar, esquecer e até superar estando em tal lugar. Ele tinha que mudar. Um lamento cresceu em seu peito ao pensar nas pessoas com quem viveu por longos anos, mas era necessário para si e seu coração. O rapaz só não pensaria que ao se mudar, um lobo de olhos vermelhos eventualmente tomaria seu coração para si. {Boys Love | Fantasia Romântica}

MundosdeL · LGBT+
分數不夠
39 Chs

4.8

O tom escuro no céu a muito tempo pilhava o espaço que antes estava alaranjado. As estrelas começaram a brilhar por todos os lugares e a lua ainda não estava alta, mas permanecia bela ao olhá-la. Estava agradável. Limpo. Uma boa noite para o festival ocorrer.

O vento fresco da noite passeava pelas ruas, brincando, aliviando o calor que originava-se do verão. Uma ótima sensação para a população que caminhava alegremente por elas.

Brandon assistia tudo com um tanto de ânimo, sem mostrar. A animação das pessoas alegremente saindo de suas casas e andando por todo o festival, indo de barraca em barraca para jogar e comer era uma emoção diferente de ficar em seu quarto lendo, mas ainda lhe trazia felicidade.

E ele estava compartilhando os mesmos sentimentos que elas. Ele estava grato por Nott tê-lo chamado para sair e ir até ali.

O espadachim estava ao seu lado, observando como ele, mas diferente dele, havia um sorriso explícito em seu rosto, querendo se divertir tanto quanto quem observava. O outro estava animado e queria principalmente ir para as barracas de teste de força, acerte ao alvo e as de comidas que parecem saborosas somente de olhar. O estômago parecia atiçar seu apetite, mesmo que tenha jantado não muito tempo desde que veio até ali.

Brandon desviou seus olhos e continuou caminhando pelo lugar, aproveitando a sensação. Ele aproximou-se de uma das barracas na calçada com um senhor de idade fazendo carne. Tinha muitos espetos com carnes e vegetais enfiadas sob o espeto e pareciam muito bem feitas, chegava a gordura natural brilhava sob a iluminação das ruas e da própria barraca. O senhor sorriu para seu cliente em potencial e deixou-o observar, enquanto focava-se no que estava preparando.

"Dois, por favor." O ruivo pediu, apontando para os dois que achou mais belos. Ele escolheu um com muita carne para Nott, pois o cavaleiro é um amante da comida. O senhor habilmente o entregou e recebeu o dinheiro.

"Tenha um bom festival."

"Pra você também." Desejou em retribuição.

Com os dois espetos na mão, ele afastou-se e caminhou até Nott que estava parado o procurando. Seus passos eram leves, causando pequenos ruídos que eram abafados pelo som da multidão conversando, mas sua presença logo foi sentida pelos sentidos do castanho, fazendo-o virar para ele, somente para ver um pequeno sorriso em seu rosto branco e os dois pedaços de madeira com comida.

"Pra você." O ruivo entregou o que escolheu para ele, causando uma surpresa ao ver o que ele mais gostava na madeira.

"Obrigado." Nott sorriu e deu uma mordida, deliciando-se com o sabor da carne e dos molhos que o senhor havia colocado. Era muito bom. "Delicioso."

"Sim." Brandon concordou ao também comer. Era muito bom.

Se ele tivesse que dizer, não esperava que a comida do festival fosse tão boa. Mas dava para inferir que não era ruim ao ver uma pequena fila em cada estante na rua. Na do velho de agora, eram poucas, mas devia ser porque ainda era só o começo do festival. Com certeza, ele ganharia uma boa quantidade esta noite se os outros espetos estivessem tão bons quanto os de agora.

"Onde vamos?" Indagou para o castanho. Brandon não tinha ideia de onde ir primeiro e, como foi Nott que o chamou, ele deveria ter a decisão de escolher.

"Hm, não sei." O castanho observou em volta e decidiu ir no 'acerte o alvo'. "Que tal aquele?"

"Ok."

A barraca que ambos escolheram não estava tumultuada e nem com muitas pessoas, tinha somente três adolescentes, uma garota por volta de 16 anos, um jovem da mesma idade e um menor, da mesma altura que James, talvez 12 ou 13 anos. O rapaz jogava os dardos com cautela e força, tentando acertar o alvo, mas toda vez falhava. Ou o dardo passava fora do grande círculo que tinha que acertar, ou não chegava ao centro, que é onde ele tinha que acertar para ganhar o prêmio. Ele estava ficando frustrado.

O garoto de 12 anos assistia tudo aquilo com um pouco de tédio, mas curioso. Ele queria tentar também, mas seu irmão estava se esforçando tanto para conseguir o prêmio para sua namorada que ele não queria atrapalhá-lo, afinal, era um pouco engraçado ver sua expressão um pouco zangada e a vergonha por estar falhando na frente de quem gosta.

A jovem, por outro lado, não estava triste nem nada, ela estava feliz por seu namorado estar se esforçando tanto para conseguir algo que ela disse casualmente. Vê-lo tentar assim fazia seu coração amolecer e achá-lo muito bonito. Quem não gosta de ser mimado ou ver a pessoa que gosta de trabalhar tanto para si? Mesmo que ele não consiga, não há problema, apenas por sua atitude já tinha a conquistado, ela o confortaria por seus esforços.

Brandon os viu e ficou ao lado, pedindo três tentativas, assim como Nott ao seu lado. O cavaleiro foi primeiro, posicionando-se com os dois pés um tanto afastados e o braço levantado, seu polegar e indicador apertavam um pouco o objeto de madeira, jogando-o. O dardo voou, mas errou o centro, acertando somente a área branca mais externa do círculo.

Sua segunda tentativa foi um tanto melhor, mas ainda próximo do primeiro acerto. No entanto, para decepção de Nott e um pouco de surpresa para Brandon, o terceiro não acertou o alvo. Ele passou o círculo grande e acertou a madeira atrás do objeto, ficando com a ponta presa na parede.

"Você devia ficar só na espada mesmo, Nott." Brincou o ruivo. Nott o olhou um tanto desagradado pelo fato de sua pontaria não ser boa. Ele queria tentar de novo, mas era a vez do amigo.

"Por que não tenta?" Desafiou-o, julgando que ele seria igual a ele. O castanho sabia que o ruivo nunca tinha jogado um jogo como esse, por isso, não deveria ser tão bom quanto ele. Suas palavras e tom tinham confiança quase imperceptíveis para aqueles que não o conhecem, mas Brandon ainda viu.

O ruivo via a confiança de Nott com olhos semicerrados, mas não falou nada. Apenas posicionou-se no mesmo lugar que o amigo ficou antes. Se fosse para acabar com a confiança dele, a melhor forma seria provar.

O primeiro dardo saiu de sua mão e voou para o centro do alvo, surpreendendo tanto ele, quanto Nott e as três pessoas ao lado dele que estavam no meio da jogada. O rapaz que estava atirando o dardo viu aquilo e não conseguiu evitar de encarar Brandon pelo que acabou de fazer. Ele estava surpreso que o homem não muito mais velho que ele fez isso logo na primeira tentativa, enquanto ele não conseguia uma mesmo depois de tentar mais de dez vezes.

Ele ficou triste.

A garota ficou surpresa e sua expressão explicitamente mostrava isso, com sua boca aberta e olhos arregalados, mas logo saiu do transe e virou a cabeça para fitar seu namorado, vendo-o com as sobrancelhas franzidas e a cabeça levemente abaixada. Não precisava pensar muito para adivinhar as caraminholas que o garoto pensava. Ela deu um pequeno passo e estendeu a mão para a mão livre do rapaz, atraindo sua atenção, dando um sorriso e apertando seus dedos.

O namorado viu isso e não pode deixar de se comover, suas orelhas começando a ficar com um tom rosado.

O garoto não percebeu a intimidade do casal, apenas olhava para o ruivo que acertou o centro. Ele queria fazer o mesmo, igual a ele.

"Como fui?" Brandon fitou Nott que estava surpreso por ele ter acertado. O cavaleiro tinha certeza que o amigo não tinha jogado antes, mas isso o fazia se sentir em dúvida quanto a isso.

"Você não jogou isso antes, não é?" Questionou, curioso pela resposta.

"Não." Negou. Ele realmente nunca tinha pegado em um dardo antes. Era sua primeira vez e, por isso, também estava surpreso por ter acertado logo de primeira. Mas isso foi o suficiente para ver que a confiança de Nott estava abalada.

"Tenho certeza que foi sorte." Disse, provocando o ruivo. "Isso, sorte de principiante."

Brandon nunca achou que Nott fosse competitivo desta forma, além das espadas. Ele sabia que o cavaleiro não aceitava a derrota tão facilmente em duelos de habilidade ou em competições, e muitas vezes pedia uma revanche caso perdesse, mas era só um jogo de dardos, nada demais. Dizer que era sorte é o mesmo que não admitir que ele foi melhor que ele por habilidade.

Ele tinha que se provar novamente.

Nott estava fazendo isso apenas para provocar o cara na sua frente. Ele conhecia seu amigo e sabia que por baixo do rosto frio estava uma pessoa que sentia muito, por isso, queria vê-lo tentar e expressar algum temperamento, mesmo que pouco. E também, queria ver sua reação, fazê-lo se divertir; e competir não era uma má ideia. Tinha várias barracas de jogos diferentes no festival e ver quem dos dois ganha nos jogos era um bom método de diversão.

No fim, se ele ganhar, poderia brincar com o amigo que ele era melhor que ele nos jogos. E Brandon somente poderá aceitar, sem refutar.

A posição foi tomada novamente e todos na barraca tinham sua visão no ruivo que se preparava. O dono da barraca também olhava com curiosidade para saber se o jovem acertaria ou não. Todo o ano ele monta sua barraca como forma de fazer um dinheiro extra e muitas pessoas vem até ele e tentam acertar o alvo, mas com exceção de arqueiros e alguns cavaleiros, quase ninguém acerta os alvos e levavam os prêmios, por isso era bem lucrativo. E, ao seu ver, os dois que vieram não eram arqueiros ou especialistas em longa distância, embora o castanho tivesse a postura de um cavaleiro.

Brandon encarou com seus olhos verdes o alvo vermelho com afinco e com concentração. Assim como na primeira vez, ele queria acabar com a confiança de Nott e comprovar que ele é melhor e que o outro deveria focar somente em espadas. Seus braços dobraram-se e o polegar e o indicador apertaram, com o dardo, indo de trás para frente, ao jogá-lo.

O objeto cortou o ar ao voar e acertou novamente o alvo vermelho, bem embaixo do primeiro que ele jogou.

Para não perder sua concentração, Brandon não desfocou e respirou fundo, acalmando-se e não deixando se abalar. Ele pegou o terceiro e último dardo de sua mão e movimentou-se assim como na anterior, acertando novamente. Com o acerto, ele virou-se para Nott e sua expressão tinha um leve ar arrogante, com um sorriso pequeno para o cavaleiro.

Os olhos cor de uísque viram a expressão no rosto branco de Brandon e não pôde deixar de sentir um pouco do gosto amargo de perceber que perdeu. Ainda mais por saber o que Brandon queria dizer-lhe ao encará-lo daquele jeito. É como se o estivesse provocando para fazer melhor que ele e fazê-lo reconhecer sua habilidade.

"Aceita que é melhor ficar na espada?" Pergunta, com o tom levemente malicioso e brincalhão.

"Sim. Você é melhor que eu." Admitiu, embora não parece que não quisesse.

"Oi, o senhor vai escolher qual prêmio?" O dono da barraca aproximou-se e parou em frente aos dois, sorrindo e sendo educado. Não é todo dia que ele vê alguém com habilidades para acertar as três seguidas e tem que reconhecer que o jovem à sua frente é realmente algo. Talvez seja talentoso nessa área.

"Eu…"

Brandon ia falar, mas parou ao notar as visões intensas do trio em cima dele, esperando que ele escolhesse e torcendo para que não fosse o deles. Os olhos dele pousaram nos três e balançou a cabeça, parando no garoto que estava ao lado do irmão. Ele parecia ter a idade de James e seus olhos brilhantes o fazia lembrar do garoto de cabelos roxos. Eles tinham admiração e curiosidade direcionada a ele, fazendo-o se sentir um pouco tímido, já que era um desconhecido olhando daquela forma.

Seu irmão, o rapaz com feições ainda levemente infantis, mas ficando nítidas, olhava-no com inveja, mas foi ignorado. E a garota ao lado dele, que podia-se notar como parceira do rapaz, o encarava curiosa.

Decidindo de última hora, ele aponta para um urso não tão grande.

"Vou querer aquele." O homem assentiu e sobe em um banquinho para retirar o prêmio, entregando ao seu devido ganhador.

Brandon, com seu prêmio em mãos, vira-se para o trio e se agacha, parando na altura do jovem garoto. Ele não sorri, mas sua expressão neutra e seus olhos verdes esmeraldas, que mesmo com a iluminação da rua não sendo das melhores e caindo sombras neles, ainda brilhavam como dois faróis na escuridão, trazia uma espécie de calmaria e confiança, sem nenhuma malícia, para o outro. Ele estica as mãos para o garoto e balança, indicando que era para pegar.

"É seu. Pegue." Disse.

O garoto o fitou por alguns segundos, intercalando entre o urso e seu rosto, antes de esticar seus dedos gordinhos e infantis e pegar o brinquedo. Ele achava que estava um pouco grande para brincar com bichos de pelúcia, mas não queria recusar. Ele fitou novamente o homem ruivo e sorriu para ele.

"Obrigado." Agradeceu um tanto contido, mas sincero.

"Obrigado, moço." O garoto maior falou, agradecendo mais uma vez por seu irmão.

Brandon levantou-se e observou a reação dos três, assentindo, sem falar mais nada. Ele não tinha o costume de falar com desconhecidos fora do trabalho ou sem necessidade. Ele apenas falou com o garoto porque o mesmo o fazia lembrar de James, que a essa hora ainda deveria estar sofrendo na festa que estava ocorrendo no palácio.

Um movimento chamou sua atenção ao seu lado. Nott tinha ficado no lugar em que eles prepararam-se para jogar. Parecia que ele iria tentar de novo as três tentativas e já tinha pago o dono da barraca novamente. Brandon não se surpreendeu com isso, pois sabia que seu desempenho na primeira vez foi muito frustrante para o castanho.

O rapaz do trio também tinha se posicionado para jogar mais uma vez e provar que ele também conseguia um prêmio para sua namorada. Um fogo queimava em seus olhos e uma força de determinação crescia em seu peito. A vontade de vencer era grande.

Nott tentou e tentou, e mais uma vez tentou. Ele usou as três tentativas e nenhuma tinha acertado no alvo vermelho. O primeiro dardo estava na primeira faixa preta, abaixo da última área branca do círculo. O segundo estava na faixa branca abaixo de tal faixa preta e o último tinha acertado a primeira área branca. Dessa vez, não havia acertado a parede atrás do alvo.

Isso era um avanço e um resultado um tanto bom para Nott. Embora ele não conseguisse acertar o meio que tanto queria, estava contente.

Um sorriso surgiu em seu rosto quando olhou para Brandon que também estava feliz pelo amigo ter ido bem.

"Eu consegui!" Um grito animado soou ao lado dos dois. "Eu consegui. Cat, vou pegar o que você quer."

"Parabéns, amor." Ela riu da expressão de felicidade de seu namorado. "Você foi muito bem."

"Ei, Senhor Wilson, eu quero a abelha branca." Ele apontou para a pelúcia.

"É pra já, garoto." Respondeu o dono da barraca.

O prêmio escolhido pela garota era uma pelúcia de uma abelha de cor branca. Ela é uma criatura que é relativamente rara e geralmente existe em países com baixa temperatura, sendo encontrada principalmente no país Nasviti, um lugar coberto de neve e bem ao norte. Sua preciosidade é devido à produção de mel-branco, um ingrediente muito utilizado em comidas de altas classe e difíceis de ser conseguido.

A pelúcia era feita de um material bom e bem produzido. Além disso, por ser branca, era exótica e sua forma era um pouco fofa. Fazia sentido a garota tê-la escolhido como prêmio. Era uma boa escolha e provava que a menina tinha bons olhos.

"Obrigada, Pedro." Ela chegou perto dele e beijou sua bochecha, causando um rubor avermelhado nas bochechas e pescoço. O garoto parecia um tomate por sua coloração vermelha que tomou conta dele, deixando-o tímido, mas feliz por ter ganhado um beijo.

"Não foi nada." Ele disse, orgulhoso. No fundo, ele desejava mais um beijo em sua bochecha.

"Eu estou com fome, irmão." O menino falou pela primeira vez. Finalmente o irmão conseguiu o prêmio que queria ganhar e estava livre. Sua barriga queria lanchar e ele estava de olho em uma barraca do outro lado da rua.

E não queria ficar de vela mais do que já é para o casal.

"É verdade. Tudo bem. Você quer algo também, Cat?" Pela pergunta, a garota assentiu. "Tudo bem, vamos. Tchau moços."

Ele acenou para Brandon e Nott, sendo educado, afinal, o ruivo deu para seu irmão um prêmio. Os outros dois fizeram o mesmo gesto e o seguiram, afastando-se da barraca e da dupla.

Brandon virou-se para Nott, percebendo que ele encarava ainda o trio.

"Você vai tentar novamente?" Questiona, mas Nott o fitou e apenas negou com a cabeça. "Certo. O que fazemos agora?"

"Hm…" Nott parou por um momento, a ideia anterior surgiu em sua mente novamente e um sorriso gentil também em seu rosto. Ele não demonstrava a determinação e vontade de vencer que eram mascaradas perfeitamente. "Que tal um jogo?"

"Um jogo?"

"Sim." Ele assentiu. O sorriso em seus lábios só crescia, mostrando os dentes brancos. "Vamos ver quem mais ganha nos jogos das barracas. Quem for o melhor, tem que ser reconhecido como o melhor pelo perdedor."

Brandon nada disse, apenas o observou. Os olhos de Nott brilharam nítidos, como uma criança com vontade de fazer travessura.

"Não concorda? Está com medo? Não precisa, eu serei misericordioso com você."

Brandon, pela primeira vez, sorriu para o amigo desde que saiu. Ele achou engraçado o cara que nem conseguiu acertar o alvo vermelho no jogo da barraca há alguns minutos queira desafiá-lo em um jogo de competição e o provoca dizendo que ele estava com medo. Ele sentia que não tinha tido muito resultado em mostrar a ele que ele era melhor nisso.

Sua vontade de vencer também estava crescendo.

"Tudo bem, eu concordo. Terei que mostrar que você devia somente ficar usando espadas."

"Só diga isso quando vencer, Brandon." Retrucou a provocação do outro. Depois, ele apontou para outra barraca de jogo. "Vamos naquela ali."

"Tudo bem, mas saiba que eu vou vencer." Proferiu com confiança. Seus passos eram leves, mas determinados.

"Vamos ver."