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O demônio Kohoka - parte 6

Berto esta muito surpreso. Ele não acredita na possibilidade ou à afirmação, de poder ter visto o corpo de Kohoka sem roupa. Ele esta muito nervoso e corado, então ele solta um leve suspiro e diz:

-pare de mentir Kohoka... - ela se surpreende por ele não acreditar em suas palavras.

-ahm...? você acha que é mentira, você acha que eu ter acidentalmente mostrado minha calcinha para você, é mentira? - Kohoka encara Berto profundamente.

-claro, alias...não era sem roupa que eu tinha visto você, Kohoka? - Kohoka se sente abalada.

-bom, eu posso ter exagerado em dizer que você me viu sem roupa, mesmo que só tenha visto minha calcinha e me beijado... - ela suspira. - ...mas o que eu ganharia mentindo para você?

-você ficaria feliz?

-você acha que eu sou sádica? olha, eu não gosto de ficar vendo as reações dos outros e se sentir feliz, dependo da expressão que ele fizer.

-sim, eu não vejo outro motivo de você estar mentindo.

-mas eu não estou.

-esta sim.

-não estou não. - Kohoka começa a ficar irritada.

-então prove, que isso que você esta dizendo não é mentira. - Berto solta um sorriso.

-eu não tenho como provar...mas eu posso dizer o que aconteceu, antes de você perder as memorias.

-e como eu vou saber que você não mentira?

-confiança...você simplesmente pode confiar em mim...

-confiança...Kohoka eu sinto... - Kohoka o interrompe.

-você vai querer escutar ou não o que aconteceu? - Kohoka se senta. Berto faz o mesmo.

-sim...eu vou confiar em você, e vou acreditar em todas as palavras que dirá.

-mesmo...lembrando que será meu ponto de vista, algumas coisas podem estar errado comparado ao que realmente aconteceu, vai querer escutar?

-sim, eu acabei de dize...ahr, esta bem, eu vou confiar em você e escutar tudo o que tem a dizer, do seu ponto de vista, mas... - Kohoka presta muita atenção no "mas" de Berto.

-o que? - Berto abaixa seus olhos, incapacitando que Kohoka visse seu rosto.

- por que você me deixou pra traz? - Kohoka se sente muita surpresa. Seus olhos se arregalam ao pensar que Berto de alguma maneira pode ter se lembrado daquele triste dia...em que ele morreu.

-"como assim...não estou entendo, ele esta falando daquele dia, mas..."

-por que...Kohoka, por que você me deixou morrer e correu para si salvar...? - Kohoka começa a ficar assutada.

-eu...não estou entendo o que você esta falando? - Kohoka começa a suar.

-como assim você não se lembra...- "isso é...". - ...de deixar um amigo morrer? - "...assustador!"

-eu...como você sabe disso?

-aconteceu comigo, e foi algo trágico...não é normal eu lembrar disso?

-sim, mas isso não aconteceu...ainda, então como você sabe de algo que ainda não aconteceu?

-não sei...há coisas sem explicações não é? como por exemplo...você estar aqui. - Kohoka solta um leve suspiro de medo.

-ei! você esta muito estranho, Berto... - "como ele sabe..."

Ao pensar um pouco Kohoka se lembra, se lembra de o que ela esta vivendo agora, não é real. Ela sabe disso, desde do começo ela sabe disso, mas como que ela veio parar ali. As memorias de Kohoka aos poucos iam fugindo de sua cabeça, e enquanto mais ela tentava achar um explicação, suas memorias iam indo embora.

-"o que esta acontecendo? por que eu não me lembro de nada. Eu sei que de alguma maneira estou aqui para salvar meus pais, mas e antes disso, o que aconteceu antes de eu vim para cá. Que confuso...eu...eu não consigo achar uma resposta." - Kohoka encara Berto e ele ainda esta com sua cabeça abaixada.

-ei, Berto...desculpe... - com uma voz alegre e confusa:

-por que esta pedindo desculpas? - Berto fala.

-"ah, parece que ele voltou ao normal...o que foi aquilo?"

-você parece assutada, viu algum vampiro? - ele pergunta a Kohoka com um sorriso de empolgação no rosto.

-não, se eu tivesse visto um vampiro eu teria o matado, não foi nada... - "que estranho..."

-você teria o matado? serio, eu acho que você não é capaz de fazer isso. - Kohoka solta um sorriso.

-ah, pense assim...eu sou uma an... - "ah, é mesmo, se eu dizer isso fará menor diferença." Kohoka solta um sorriso desanimado.

-ahm? o que você é? - Berto esta muito curioso.

-nada.

-fala, você ia se gabar de algo, não é? mas lembrou que é algo muito idiota ou é uma mentira, não foi isso? - Berto faz um sorriso sarcástico.

-"ele acertou em cheio." - Kohoka esta surpresa.

-seu rosto já diz tudo. - Kohoka fica envergonhada. Berto rir da situação.

Kohoka decide ir ao ponto e resolve contar a ele sobre acidentalmente ter mostrado sua calcinha para ele. Berto ao escutar suas palavras, por um momento, ele fica em duvida, mas logo em seguida diz concordar com que Kohoka.

-"o Berto não parece se lembrar o que aconteceu, parece que ele foi forçado a dizer aquilo, mas não porque algum mandou, e sim porque seu corpo simplesmente quis dizer, mesmo sua mente não querendo, é isso que eu acho. Ah, eu me lembrei...aquele demônio, Koiki. Ele é responsável por tudo isso. Ele que me colocou aqui, mas por que, ele queria me dar uma chance para salvar minha família?"

-ei, Kohoka parou de chover... - disse Berto com um tom de voz vazia.

-verdade... - Kohoka o respondeu automaticamente.

-ah, sim Kohoka...eu disse a você que iriamos caçar frutos, não é? - Kohoka se surpreende por ter esquecido.

-sim, é verdade, você que fazer isso agora?

-por que esta perguntando, não é um dia ou hora boa para isso?

-não é isso...eu não quis dizer isso.

-então...? - Kohoka vira seu rosto paro o lado, onde Berto estava e o encara.

-então o que? - perguntou Kohoka.

-não é um dia bom ou hora boa para caçar alguns frutos?

-não...é uma boa hora.

-então por que você perguntou aquilo?

-não sei...mas eu acho que eu não esperava uma resposta, por isso eu perguntei assim...tão vagamente... - o vento soprou e balançava os cabelos de Kohoka, o vento era frio. Berto tinha ficado boquiaberto com a visão que tinha.

-que linda... - Kohoka novamente vira seu rosto e diz:

-acho que não... - a expressão de maravilhado de Berto, muda para uma com um suave sorriso.

"Nós depois daquilo, como Berto havia dito, fomos pegar alguns frutos. Ele chama isso de caçar, mas...'- Kohoka solta um sorriso. - '...simplesmente pegamos alguns frutos que estão próximo a altura que nossos braços, junto a ponta dos pés, podem alcançar."

-ei, Kohoka você já pegou quantos? - disse Berto com um tom de empolgação.

-acho que... - Kohoka olha para seu cesto que tinha alguns frutos. - ...8?

-humhum...parece que você é ruim em algumas coisa, não é? - Berto solta um sorriso sarcástico.

-"algumas coisas"? Alias, não tem como eu ser ruim nisso. Eu só não consegui achar muitos? - Kohoka se surpreende.

-o que foi, vai dizer que "algumas coisas" é pouco pelo que você sabe fazer...? presunçosa. - Kohoka fica um pouco frustada.

-não, eu achei que você esta me superestimando demais, eu não consigo fazer de tudo.

-ah, você esta admitindo uma coisa na qual eu posso usar isso de uma forma que possa prejudicar você. - Kohoka solta um riso debochado.

-cala a boca. - Berto esta um pouco corado.

-por que esta querendo falar de maneira complexa? - Kohoka rir da situação de Berto. E ele fica envergonhado e frustado.

-isso não foi nenhuma tentativa...e eu falei certo. - Kohoka rir.

-eu acho que você falou errado.

-isso não importa, mas me diz algo que... - Kohoka olha para Berto. Ele dar as costa para Kohoka. - ...hum, deixa pra lá.

Depois de pegar algumas frutas e conversar por um tempo, Berto disse algo que por um momento, por mais que tenha sido pouco, despertou minha curiosidade.

-ei, Kohoka você já ouviu falar da casa da proteção?

-hum, não o que é?

-você não sabe...cada vez que vou conhecendo mais sobre você, eu vou me decepcionando.

-ahm...? o que você acha que eu sou? - Kohoka esta um pouco frustada.

-eu pensei que você seria aquele tipo de menina que sabe de tudo, mas só tem um pequeno conhecimento geral, você só sabe o que sab... - Kohoka o interrompe.

-não...fale...isso. - Berto fica levemente assutado.

-esta bem, esta bem, mas voltando para a "casa da proteção"...

-você fala isso de uma maneira, que diz esta falando algo e eu mudei de assunto, mas você nem falou nada sobre essa casa... - Berto solta um sorriso desanimado.

-bom, voltando... - Berto solta um sorriso. - ...a casa de proteção, como o nome diz, ela protege, não importa a situação, de quem estiver dentro dela se machucar.

-e...como isso funciona?

-eu não sei, mas eu ouvir de meus...que foi uma casa construída para se abrigar de ataques de vampiros. Parece que a proteção dela vem da magia.

-é claro...

-hum, o que foi? - Berto vê a expressão pensativa de Kohoka.

-nada não, só estava pensando...quem poderia ter feito essa magia? - diz Kohoka com um sorriso sereno.

-ah, sim...deve ter sido um feiticeiro bem antigo, que com o pouquíssimo poder que Deus lhe deu, usou um encantamento para proteger a casa.

-"hum...ele pode estar certo, parece que ele não é simplesmente um doido por desafios."

-e onde essa casa esta?

-do outro lado do rio. - quando Berto diz essas palavras, Kohoka tem uma curta lembrança daquela casa.

Kohoka já esteve nessa casa, foi lá onde ela se protegeu dos vampiros que atacaram a vila.

-"talvez...talvez esse seja o jeito de salvar eles..."