Narrador's P.O.V.
* Alguns dias depois *
Passado o dia em que Louis e Harry admitiram seus sentimentos um pelo outro, a relação de ambos os garotos passou a ficar cada vez mais... Séria... Digamos assim. Styles estava sempre com o ômega ao seu lado, porém por mais que quisesse mostrar a todos que havia algo entre os dois, ele não o fazia, afinal ainda era o "professor de matemática" e se focasse apenas em Louis, logo os outros alunos iriam dizer que o menino estava sendo privilegiado ou algo assim.
Porém isso não significava que ele não dava seu jeitinho para estar sempre alerta e cuidando de Louis...
Com o passar dos dias, os sintomas de seu heat aumentavam cada vez mais e mais rápido, e vinham cada vez com mais intensidade, tanta que eles não conseguiam mais se beijar sem que o ômega perdesse o controle e aflorace seu cheiro peculiar. Styles estava numa batalha constante para controlar seus instintos, visto que o ômega tinha tanto poder sobre si que o fazia agir de maneiras que nunca imaginou antes. Talvez fosse pelo heat, talvez fosse pelo imprinting, mas o fato era que Louis praticamente o controlava.
Era quinta feira e nesse dia Tomlinson teria sua tão amada aula de educação física, e digo "tão amada" pelo fato do de olhos azuis amar esportes, principalmente futebol. Quando estava em campo Louis parecia esquecer-se completamente de seu status, e não importava se fosse ômega, alfa ou beta, ele dava tudo de si e se necessário explodia com qualquer um que fizesse alguma merda. Mesmo sendo taxado de ômega tímido e frágil, ele conseguia mostrar que em quadra aquilo era completamente diferente!
Como de costume os meninos haviam escolhido futebol, enquanto as garotas optaram por vôlei, e ambos tiraram na sorte pra saber qual grupo iria usar a quadra primeiro, tendo os meninos como vitoriosos. Todos já estavam em campo há alguns minutos, e logo seria apitado o final do primeiro tempo, e obviamente Louis estava dando seu melhor no jogo. Por ser um dos melhores jogadores do colégio ele sempre era nomeado o capitão, e lógico que isso trazia certa responsabilidade sobre si, porém o ômega simplesmente amava e comandava seu time da melhor forma possível.
Aquele dia em específico não estava sendo um dos melhores para Louis. Desde que acordou sua cabeça doía e a irritação tomava conta de si, tanto que nem mesmo Harry conseguiu escapar de receber algumas patadas do pequeno, mas relevou por saber o motivo de tanta rispidez. Mesmo estando nessas condições o menino de olhos azuis decidiu jogar futebol, afinal o esporte é algo que o relaxa e relaxar era tudo o que ele mais precisava!
- LOU, PASSA PRA MIM! - Um garoto gritou mostrando que estava completamente livre, mas mesmo assim Tomlinson continuou investindo sozinho até o gol do time adversário.
- PASSA, LOUIS! O QUE VOCÊ TÁ ESPERANDO? - O treinador já estava completamente desesperado.
Quando estava se preparando para chutar a bola no gol o ômega foi jogado ao chão por Bryan, este que esbarrou no outro com toda sua força.
- VOCÊ TÁ MALUCO, GAROTO? - O mais novo se levantou rapidamente e já partiu para cima do alfa.
- Olha, parece que a princesa ficou irritadinha... - Bryan riu. - Vai fazer o que, nanico?
Louis pensou em responder, mas parou quando sentiu uma forte fisgada em seu baixo ventre. O garoto se sentia desnorteado e logo começou a ver tudo girando, tanto que caiu de joelhos no chão por conta da tamanha dor que estava sentindo. Se desesperar foi algo inevitável, afinal ele sabia que aquilo era seu heat que havia finalmente chego, contudo em todas as outras vezes ele teve Niall, Ashton, Dylan ou Tyler para o amparar e mesmo assim nunca havia acontecido em público. Justo naquele bendito dia seus amigos faltaram e ele estava no meio da quadra, com vários alfas por perto...
As fisgadas continuavam e se tornavam cada vez mais fortes. A dor era quase insuportável, e logo Louis sentiu sua lubrificação natural começar a escorrer em grande quantidade. Ele ouviu quando todos os alfas começam a rosnar e tentar chegar até ele, mas por sorte estavam sendo impedidos pelos professores (também alfas mas todos com seus ômegas, por isso não eram afetados pelo cheiro do menino). Por ser um cheiro extremamente forte e diferente dos comuns, era mais fácil dos alfas sentirem e ainda mais fácil deles perderem o controle.
- Harry... - Louis sussurrou na tentativa falha de chamar o alfa.
Por fim, juntando todo os resquícios de sua força, ele encheu seus pulmões de ar e gritou o mais alto que conseguiu...
- HARRY!
~*~
Harry's P.O.V.
- E esse problema pode ser resolvido facilmente se vocês aplicarem o teorema de... - Paro de falar quando ouço, meio que ao longe, a voz de Louis me chamando e junto com sua voz um leve resquício de seu cheiro.
E, como se algum instinto ou certa intuição me dissesse para eu procurar Louis imediatamente, eu apenas deixo a sala e me ponho a correr pelos corredores do enorme colégio. Não sei porque mas uma sensação de desespero se instalou em meu peito, e isso só me faz procurar por ele mais freneticamente, porém não sei como encontrá-lo.
De repente é como se minha mente tivesse tido um estalo e algo dissesse para farejar seu cheiro...
E bingo!
Quadra. Louis está na quadra!
Corro feito um louco até a quadra, que se localiza praticamente do outro lado do colégio, e vou esbarrando em alunos e professores, mas por fim chego. Assim que entro, posso sentir o cheiro de jasmim que só Louis tem por todo o lugar, literalmente! Vários alfas rosnam e tentam chegar até o pequeno corpo deitado exatamente no meio da quadra, porém são impedidos por alguns professores e funcionários... E só então eu entendo toda a situação...
O heat de Louis começou.
Puta. Que. Me. Pariu.
Preciso fazer algo!
- CHEGA! - Rosno extremamente alto e vejo todos se calarem. Ômegas abaixam a cabeça e alfas recuam. - ELE É MEU ÔMEGA, NÃO OUSEM CHEGAR PERTO! - Digo e vou até Louis.
Me ajoelho ao lado do mais novo e o vejo chorar, provavelmente pelo dor. Meu coração se parte em mil pedaços ao vê-lo daquela forma tão quebrada e necessitada...
- Hey, amor... - O chamo, e assim que ele escuta minha voz abre os olhos e pula no meu colo, se esfregando e tentando de toda forma se aliviar.
- Hazz... F-Faz parar... Por fav-vor... Faz a d-dor p-passar... - Ele praticamente implora, e isso faz meu peito se apertar. Nunca havia visto de perto o quão doloroso pode ser um heat de um ômega, mas tenho uma leve noção quando tenho meus huts.
- Shhh... Eu vou cuidar de você, Boo! - Levanto com o menino ainda em meu colo e vou em direção ao estacionamento.
No caminho até o carro tenho que lidar com vários e vários filhotes de alfa querendo chegar até Louis, uns até mesmo se atrevem a rosnar pra mim e tentam me encarar, mas apenas com um olhar os faço recuar. Porém, ainda assim, eu não os julgo. O cheiro desse ômega é o único que em todos esses anos foi capaz de burlar o efeito das pílulas supressoras e despertar meus instintos de alfa de uma tal maneira a ponto de me deixar fora do ar, assim como todos eles. E também, sua lubrificação natural está escorrendo aos montes, e isso com certeza só piora a situação.
Quando finalmente chego no meu carro ponho Louis no banco traseiro e corro para o do motorista, logo dando partida e seguindo para sua casa. Sei que poderia ir para a minha, mas nunca levei nenhum ômega lá e também não acho que seria uma boa ideia com Luke e Josh por perto, e eu sinceramente odiaria ter que brigar com meus próprios irmãos. Durante o percurso Louis choraminga e se contorce, o que me deixa muito agoniado. Vê-lo sentir dor me deixa simplesmente desesperado!
Pouco tempo depois já estou estacionando em frente a sua casa. Rapidamente eu desço e vou até o lado do carona, maa mal tenho tempo de abrir a porta e o garoto já se agarra em mim novamente.
- Ah meu Deus... - Vejo Dylan abrir a porta de casa desesperado, correndo até nós.
- Como sabia? - Pergunto.
- Tyler sentiu o cheiro dele há uns três minutos atrás. - Ele responde, me guiando para dentro da casa.
- Louis tem um odor tão forte assim? - Questiono e o olho. Ele ainda chora e sussurra coisas desconexas que eu não faço muita questão de tentar entender.
- Sim, muito... - Dylan fala mas não presto muita atenção pois minha cabeça começa a girar, e eu paro subitamente de andar para não correr o risco de cair com Louis em meus braços. - Harry?!
- Ele está perdendo o controle. - Tyler diz aparecendo de repente.
- Eu nem sei como consegui me segurar até agora...
- Vai, sobe. O quarto dele é o último do corredor! - O'brien mal termina seus dizeres e eu já estou subindo as escadas, correndo contra o tempo e lutando para me manter lúcido o suficiente.
* Dia 01 *
Ando com certa dificuldade. Meus instintos de alfa começam a tentar me controlar e sei que é apenas uma questão de tempo para que eu perca o único resquício de sanidade que ainda tenho. Meu corpo e mente praticamente imploram para que eu foda Louis aqui mesmo, mas por sorte consigo chegar em seu quarto. Ponho o mais novo sobre a cama e tranco a porta, já tirando minhas roupas e observo Louis fazer o mesmo porém com certo desespero.
- Hazz... Sexo... - Ele sussurra com certa dificuldade. Confesso que adorei vê-lo implorar por mim mas não vou enrolar tanto. Ele precisa de mim!
- Calma, bebê, eu estou aqui... - Digo e me sento na cama. - Eu vou cuidar de você amor, vem cá.
Estendo os braços e ele vem sem hesitar. Tomlinson sobe no meu colo e sem delongas leva meu pau até sua entrada e senta de uma só vez, sem dificuldade nenhuma já que sua lubrificação natural está escorrendo feito louca. Uma onda de prazer me atinge de forma tão intensa quando sinto que estou completamente dentro dele que eu acabo gemendo alto. Noto que mesmo tendo sido fácil de entrar, ainda assim ele sente um pouco de dor...
Afinal, ele não está acostumado com o tamanha de um alfa, não é?
Sem querer esperar mais o ômega começa a subir e descer em um ritmo veloz, por vezes me fazendo sair por completo de dentro de si, mas logo sentando com ainda mais força. Louis é extremamente apertado e quente, e me arranca gemidos o tempo todo... O pequeno mantém ambas as mãos em meus ombros e por vezes finca suas unhas curtas ali, enquanto eu o seguro pela cintura e o ajudo em seus movimentos.
- Hm... Tão bom... - Ele diz e ronrona feito um gatinho.
Conforme ele mesmo se fode usando meu membro, o ômega solta gemidos finos e arrastados, demonstrando o quão satisfeito está. Enquanto o ouço e o vejo subir e descer de maneira ritmada, sinto minha consciência lentamente se esvaindo, porém tento lutar pra me manter lúcido. Quero gravar esse momento em minha mente, e faço questão de lembrar de cada pequeno detalhe da nossa primeira transa!
O mais novo já está completamente suado. Suas bochechas levemente rosadas e sua boca avermelhada de tanto morder são uma bela visão! Louis joga sua cabeça para trás e solta um gemido arrastado e tão manhoso, sua pele do pescoço exposta é tão atrativa que não resisto e lhe marco algumas vezes. Tomlinson é tão, tão gostoso, que eu sinto que posso explodir e gozar a qualquer momento!
- Harry, eu acho... E-Eu acho que vou go... - O de olhos azuis mal termina suas falas e já se desmancha em um maravilhoso orgasmo, melando completamente nossas barrigas.
Sem aguentar mais eu acabo gozando dentro do mesmo e sinto quando meu membro incha e se prende nas "paredes" dele. O menino choraminga por conta da dor e até deixa que algumas lágrimas solitárias escorram, mas eu o acaricio e afago seus cabelos até que possa finalmente sair de dentro de si, me jogando na cama e o puxando para se deitar ao meu lado.
Essa será uma semana longa. Bem longa...
* Dia 02 *
Sinto alguém se remexer ao meu lado na cama e acabo sorrindo. As lembranças da noite anterior invadem minha mente e logo sinto um líquido com um forte cheiro de jasmim tocar minha coxa. Louis se encolhe um pouco por causa da dor e ainda de olhos fechados passa a buscar por mim.
- Hey, Lou... - O chamo e vejo quando me encara com seus olhos totalmente negros por conta do heat.
Ele choraminga um pouco e eu entendo a mensagem, e não demora muito para que eu me sinta extremamente excitado também. O ponho de quatro na cama e me posiciono atrás de si, logo levando meu membro a sua entrada e penetrando lentamente... Louis se agarra nos lençóis e se impulsiona para trás, fazendo com que eu o penetre de uma vez, e então o ômega passa a rebolar e se movimentar. Sua impaciência chega a ser algo fofo e engraçado, mas entendo que ele esteja literalmente necessitando que eu o foda.
- Vai, Harry! - Ele manda quando eu seguro em sua cintura, impedindo seus movimentos.
- O que você quer, Louis? - Pergunto com a voz completamente carregada de luxúria.
- Eu...
- Você...?
- Eu quero que você me foda, Hazzy... Com força!
Ele sussurra a última frase de uma forma tão sexy e sedutora, mas ao mesmo tempo com uma expressão tão inocente e pura...
Não posso com isso!
Decido acatar ao pedido, ou melhor... A ordem de Louis e passo a estocar com velocidade e força, literalmente me enterrando dentro de si. Faço movimentos rítmicos e contínuos, seguro em ambos os lados da pequena cintura do de olhos azuis para que possa ter mais estabilidade, e com certeza a área ficara com algumas marcas... O menino já está completamente suado e geme a todo momento. Me debruço sobre ele colando suas costas em meu peito e passo a beijar seu pescoço.
- Você é muito gostoso, sabia? - Sussurro, porém não espero uma resposta do mesmo pois sei que ele não está em completa consciência.
Passo a masturbar o ômega com uma de minhas mãos enquanto passo meu braço envolta de seu pescoço, o fazendo se empinar completamente pra mim e o masturbo na mesma velocidade das estocadas... Louis já está uma completa confusão de gemidos, suor e perfume de jasmim, suas bochechas estão completamente vermelhas, seu cabelo cola em sua testa... Literalmente uma visão dos deuses!
Como é possível esse garoto ser tão bonito até mesmo numa hora dessas?
- Ah... HARRY... - Louis grita quando mordo seu pescoço, e m por fim goza na minha mão. Apenas mais algumas estocadas e eu por fim gozo dentro dele, e novamente ficamos presos.
Quando consigo sair de dentro do ômega, o deixo na cama dormindo e decido tomar um banho para depois descer e trazer algo para que ele possa comer. Um ômega geralmente passa todo o seu heat trancado no quarto, não sai nem para comer, mas não quero que ele fique fraco por conta da falta de comida... Não mesmo!
Vou até o banheiro do quarto de Louis, e como já estou nú me direciono direto até o box, entrando no mesmo e abrindo o chuveiro. Relaxo quando sinto a água morna correr por todo o meu corpo e só então percebo o quanto estava precisando de um banho! Me ensabôo lentamente e encosto minha testa na parede de azulejos frios, levando um leve choque por causa da quebra de temperatura, mas sinceramente não me importo!
- Harry... - Ouço o ômega me chamar, e quando dou por mim ele já está abraçado a minhas costas.
- Oi, Lou... Daqui a pouco vou descer e pegar comida pra gente, ok?
- Hm... Ok... - Murmura e desce suas mãozinhas até meu pau, começando a me masturbar lentamente.
- Loueh, acabamos de transar... - Digo e me viro para ele, que em nenhum instante para seus movimentos.
- Eu sei, mas eu quero... - Louis me olha nos olhos e vejo o exato momento em que suas pupilas se dilatam tanto que deixam seus olhos negros novamente. Provavelmente ele já não está mais tão consciente quanto antes, mas mesmo assim não aguento e por fim dou o que ele precisa.
E lá vamos nós mais uma vez...
(...)
Desço as escadas lentamente, afinal não conheço muito a casa. Ouço algumas vozes vindas de onde parece ser a cozinha e decido ir até lá...
- Hey, finalmente você desceu. - Dylan diz e sorri quando me vê. Ele, Tyler e uma mulher que reconheço ser Johanna estão sentados na mesa de jantar, e como já passam das nove da manhã eles estão tomando café.
- Bom dia, gente. - Digo e solto um sorrisinho tímido que é retribuído por todos.
Não entendo essa sensação, mas talvez seja assim que é se sentir... Normal?
Confesso que a presença da mãe de Louis aqui me deixa ainda mais envergonhado. Por mais que eu não seja alguém facilmente abalável, devo reconhecer a aura poderosa que ela possui.
- Você deve ser o Harry, não? - A mulher me pergunta e arqueia uma de suas sobrancelhas.
- Sim... E você deve ser a famosa Johanna, não? - Digo num tom brincalhão, e ela ri.
- Já gostei de você, mas devo lhe perguntar quais são suas intenções com meu filho! - Por mais que estejamos num momento descontraído sei que sua fala tem um tom de seriedade.
- Mamãe, vai constranger ele. - Dylan diz enquanto separa panquecas em um prato.
- Ela fez a mesma coisa comigo, Dylan... - Tyler ri.
- Sim, tenho que saber com quem meus filhos se envolvem, não acha? - Johanna me olha novamente, sei que espera uma resposta minha.
- Minhas intenções com seu filho são as melhores, pode ter certeza disso! Eu nunca havia encontrado um ômega como Louis! Desde a primeira vez que o vi fiquei completamente fascinado e encantado pelo pequeno garoto tímido e desajeitado, e desde a primeira vez que nos beijamos tudo o que tenho vontade de fazer é de cuidar dele e o proteger da melhor maneira possível! Eu não posso dizer que amo seu filho ou algo assim, afinal nos conhecemos há pouquíssimo tempo, mas sei que é uma questão de tempo para que eu possa dizer isso com total convicção, pois mesmo que não tenhamos nada sério já sinto como se Louis fosse meu! É como se estivéssemos predestinados a ficar juntos, sabe? E ficar ao lado dele é tudo o que mais desejo! - Digo calmamente e só então percebo que tinha a atenção de todos sobre mim. Dylan e Johanna estão com os olhos cheios d'água e Tyler mantém um sorriso brincalhão no rosto.
- Essa é a coisa mais bonita que eu já ouvi! - A mais velha fala, limpando as lágrimas solitárias que escorreram por seu rosto.
- Por que você não me diz coisas bonitas assim?! - O'brien dá um tapa em seu namorado, que não entende absolutamente nada.
Eu sorrio satisfeito. A família de Louis já me aceitou bem, o ômega me aceitou bem... Agora só preciso terminar meus assuntos pendentes na "outra vida" e contar a verdade ao ômega, e isso o mais rápido possível!
* Dia 03 *
- Alô... - Ouço a voz do meu irmão mais novo e automaticamente sorrio.
Hoje, depois de dois dias, me lembrei de que ainda não havia avisado a Josh ou Luke sobre o heat de Louis e muito menos que eu estou passando com ele. Por mais que eles não demonstrem e neguem, sei que se preocupam comigo, assim como eu me preocupo com eles, e caso um de nós três suma no mapa já é motivo de total alvoroço.
- Hey, Lukey... - E o surto vem em três, dois...
- HAROLD EDWARD STYLES, SEU GRANDE FILHO DA PUTA! ONDE DIABOS VOCÊ ESTÁ QUE NÃO TEM A MÍSERA CAPACIDADE DE RESPONDER ÀS MINHAS DEZENAS DE LIGAÇÕES E TALVEZ CENTENAS DE MENSAGENS? VOCÊ TEM NOÇÃO DE QUE DESAPARECEU POR DOIS FODIDOS DIAS, SEU ESCROTO? EU ESTAVA QUASE SURTANDO, E O JOSH ATÉ PASSOU MAL! - Ele grita. Normal.
- Desculpa, eu...
- DESCULPA O CARALHO, SUA QUENGA! EU QUERO MUITO TE MATAR, ENTÃO ME DÊ UM BOM MOTIVO PRA NÃO FAZER ISSO! - Luke me interrompe.
- Louis entrou no cio. - Digo de uma vez, e ele se cala.
- E o que você tem a ver com isso? Não me diz que está passando com ele?
- É exatamente isso.
- Porra, Harry... - Suspira. - Podia ter me avisado antes, né?
- Foi mal irmão, é que aconteceu meio do nada, e pra melhorar ainda estávamos no colégio, mas consegui chegar a tempo e o trouxe pra casa dele, e agora cá estamos nós. - Respondo.
- E como ele está?
- Bem... É a primeira vez que ele passa com um alfa então é tudo muito intenso. Louis realmente fica fora do ar, mas creio que a partir de amanhã tudo diminua... - Digo e o olho novamente. Louis parece um anjinho dormindo, algo extremamente bom de se ver e se pudesse passaria minha vida toda aqui apenas o observando. - Sexta-feira que vem eu estou voltando, então segura as pontas aí...
- Pode deixar! - Ele fala. - Se cuida, tá?
- Você também, Lukey... Te amo, viu?
- Olha, esse ômega está mesmo mudando você, em... - Ri e eu o acompanho. É verdade que Louis está me mudando, e eu não me importo nem um pouco com isso. - Mas também te amo, Hazz...
O loiro por fim desliga o telefone e eu vou me deitar novamente ao lado do pequeno ômega.
* Dia 04 *
Acordo com uma luz intensa em meu rosto. Provavelmente já amanheceu mas não me sinto disposto a levantar, então apenas cubro meu rosto novamente com o lençol e me viro para o lado, mas me surpreendo ao não achar o pequeno Tomlinson.
- Onde será que ele foi? - Me pergunto e decido ir atrás dele.
Levanto lentamente, a preguiça ainda toma conta de mim, mas mesmo assim em minutos já estou fora da cama. Apanho uma calça de moletom minha que Luke e Josh haviam feito questão de trazer ontem a noite (junto com outras roupas mais) e decido ficar sem camisa mesmo, logo saindo do quarto em busca do ômega perdido.
Piadinha ruim, eu sei...
A casa está silenciosa, pelo visto não há ninguém além de nós dois aqui e realmente isso é bom. É um lugar consideravelmente grande e fácil de se perder, mas mesmo sendo grande tem um ar extremamente aconchegante... Eu viveria aqui com Louis sem problema algum.
É engraçada a forma como todos os meus pensamentos agora envolvem Louis, direta ou indiretamente. Se eu penso em sair é com Louis, se penso no futuro é num futuro com Louis, se penso em sexo é com Louis... Chega a ser ridículo e eu me sinto um bobinho apaixonado, mas não poderia me importar menos! Faziam anos que não me sentia dessa forma, mesmo que com ele pareça ser absurdamente mais intenso desde o primeiro momento.
Eu gosto disso!
Assim que chego a cozinha encontro o mais novo parado quase dentro da geladeira, devorando um pedaço enorme de bolo. Imaginei que ele estaria aqui, afinal, estamos nos... Exercitando... Bastante, então é normal que ele sinta muita fome.
- Oi, Harry! - Ele diz e morde outro grande pedaço, e eu rio.
- Nossa, você está faminto, em. - Chego e o abraço por trás. - Como você está?
- Tô bem, mas com muita, muita fome! - O garoto me olha com seus olhinhos brilhando. Ele ainda está apenas de cueca, mas não vejo problema nisso. Na verdade até facilita meu trabalho.
- Eu estou vendo... - Rio e me sento num banquinho que há rente a uma espécie de mureta, mais como uma bancada.
- E você? Está com fome? - O de olhos azuis pergunta enquanto guarda seu bolo.
- Um pouco, mas não sei se quero comer...
- Hm... Então tá...
Louis vem até mim e se senta em meu colo porém de frente para mim, me abraçando pela cintura com as pernas e passando seus braços envolta do meu pescoço. Eu o seguro pela cintura para evitar que caia e lhe dou um selinho na testa, e o mais novo sorri com meu ato.
- Ah, lembrei que tenho que te agradecer. - Fala de repente.
- Me agradecer pelo que? - Pergunto confuso.
- Por ter me ajudado lá na quadra, por ter me trago pra casa e principalmente por passar meu cio comigo.
- Mas isso não foi nada demais, Lou. Você acha que eu iria deixar você lá no meio daquele monte de filhotes de alfa? E você acha que eu iria deixar você passar seu heat sozinho, sabendo o quanto você iria sofrer? - A cada palavra minha vejo seu sorriso aumentar, e o garoto responde minhas perguntas com um beijo.
Tomlinson inicia um beijo calmo, porém quente. Suas mãozinhas logo se agarram em meus cabelos, embolando meus cachos em seus dedos, mas ele não puxa. Eu, por minha vez, desço minhas mãos de sua cintura para sua bunda farta e aperto ali, arrancando um suspiro satisfeito do outro.
- Você é muito gostoso, sabia, Harold? É gostoso e grande... - Ele morde meu lábio e logo em seguida o chupa de forma provocante. - Você é grande mas eu amo te ter dentro de mim.
- Hm... É? - Sussurro e sinto sua lubrificação escorrer entre meus dedos.
Ajeito Louis em meu colo e desço um pouco minha calça, e como estou sem cueca tudo fica mais fácil. Levo meu membro até a sua entrada e gemo quando estou completamente dentro dele...
- É isso que você queria, Lou? - Pergunto enquanto o ajudo a "cavalgar" no meu pau.
- S-Sim... Hm... - Ele começa a se tocar.
Não é preciso muito até que nós dois cheguemos à nossos ápices. Nunca havia transado em uma cozinha, e algo me diz que essa não será a última vez...