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Sacred Gear Creator (PT-BR)

Sacred Gear: Creator, é a primeira Sacred Gear criada por Deus como ferramenta para fazer as outras, mas nenhum ser em seu universo poderia usar seus poderes, então quando ele morreu uma parte de seu poder enviou a Sacred Gear em busca de um Hospedeiro. Eu posto essa fanfic neste outro site e resolvi ver como me sairia aqui. https://www.spiritfanfiction.com/historia/sacred-gear-creator-20411360 https://www.wattpad.com/story/240038941-sacred-gear-creator-pt-br

L4DR1X · Anime e quadrinhos
Classificações insuficientes
67 Chs

Rider

Em pouco tempo estávamos em frente à minha escola, luzes apagadas e um prédio sem vida nós recepciona, poucos são os clubes com atividades no fim de semana e nenhum desses tem atividades noturnas, além de haver apenas um ou dois vigilantes noturnos para fazer a segurança da escola em casos de emergência, que podem ser facilmente enfeitiçados ou mortos em caso de emergência.

"Você já sabe o que fazer, espalhe esses cristais nos pontos que eu expliquei durante o caminho, nos encontramos no campo de baseball quando terminarmos", eu retiro uns cristais do bolso e entrego para Mordred, eles são o pagamento por um serviço de sequestro que fiz a muito tempo, magos sempre estão atrás de circuitos mágicos raros para estudo e esses serviços dão ótimos pagamentos.

"Vê se não morre enquanto estou longe", diz ela rindo, pega os cristais e some rapidamente. Eu ignoro o comentário e sigo o plano, espalhar os cristais em pontos específicos da escola e criar uma barreira, se fosse por meu mérito próprio dificilmente conseguiria criar uma barreira de alto nível, mas esses cristais foram previamente encantados e qualquer um poderia usar.

Durante a noite eu não precisava me segurar, era o meu momento de felicidade, sem olhares curiosos sobre mim, por causa disso consegui percorrer metade do grande terreno da escola em menos de dez minutos.

"Tudo pronto, você já pode aparecer agora Shinji", digo calmamente terminando de enterrar o último cristal no centro do campo de baseball e observo Shinji surgir de cima topo do prédio e pousando no campo de baseball carregado por uma mulher com chame maduro, cabelos lilás, usando roupas predominantes pretas com pequenos detalhes lilás, vestido sem alças e curto, bastante colado ao corpo, botas que se estendem até o fim de suas coxas e luvas que deixam os dedos descobertos cobrindo completamente seus braços, além de uma venda sobre seus olhos, "se Sakura fosse mais velha ficaria assim", penso, apesar dos seios da mulher a minha frente serem menores que o dela.

"Yan, que bom encontrar você aqui, posso ver que tivermos ideias similares", o sorriso e a voz de Shinji transbordam confiança, isso apenas o deixa mais nojento que o de costume, mas não comento sobre isso.

"Sim, pensamos parecido, mas a pergunta aqui que eu tenho que fazer para você é simples", digo calmamente, aquela mulher era uma serva, posso sentir pelo padrão de mana do Shinji, ele apenas estica as costas e começa a gargalhar.

"Você já sabe a resposta, nossa amizade acaba aqui, tome isso como prova de minhas palavras", ele tira do bolso algo bem simples, um pedaço de pano fino rasgado e um pouco ensanguentado e joga no chão a minha frente, uma declaração de guerra.

"Entendo, não resta esperanças para ela então", solto um suspiro de desanimo, tinha certeza que Sakura poderia ser capaz de dar um passo à frente sozinha, mas parece que ela irá depender de outras pessoas para seguir em frente e eu não posso fazer esse papel, sou alguém que poderia a ajudar a melhorar a si própria caso ela quiser, porém ela não quer o controle de sua vida, ela quer um herói e eu não me encaixo nesse quesito.

"Shinji, em nome da nossa antiga amizade vou te fazer uma proposta, apenas renegue seu controle sobre a sua serva e devolva para Sakura e eu irei fingir que nada aconteceu", eu digo encarando-o em seus olhos, não vou atacar um amigo sem dar a chance de terminar em paz, derramar sangue desnecessário não faz meu estilo ou já teria me livrado de Sakura e provado todas as mulheres de Fuyuki até encontrar uma de melhor qualidade e personalidade.

"Yan-chan, não me venha com essa, agora eu tenho um Servo, não sou o mesmo de antes!", para quem visse de fora poderia pensar que o estado descontrolado dele agora era loucura, porém eu sabia que ele estava perfeitamente são enquanto gritava, sua loucura era perfeitamente calculada, mas ele nunca viu meu poder real.

"Eu sou um mestre, vou vencer essa guerra e atingir meu desejo e nem você vai me parar, Rider, mate-o!", ele aponta o dedo para mim, e a sua serva avança sem demonstrar nenhuma emoção, materializando duas adagas com correntes, se não fosse por como Shinji se referiu a ela antes eu poderia a confundir com uma serva da Classe Assassin, pela sua agilidade, modo de caminhar que mistura bestialidade e furtividade.

Eu nem me movo e a deixo se aproximar, "Não a mate", digo essa simples frase pouco antes da adaga da Rider que iria atingir minha jugular pelas costas ser parada pela espada de Mordred.

"Mas mestre", ela retruca um pouco chateada, matar e morrer é um dos meios para atingir um proposito e se livrar da Rider é a escolha mais lógica, porém "não seria divertido para você a enfrentar nesse estado enfraquecido, por ter um mestre inútil", digo encarando Shinji e sorrio.

Ele ficou visivelmente irritado com minhas palavras, mas ele esqueceu de algo, suas emoções eram grandes demais para pensar em uma simples coisa, como ele iria lidar comigo e isso ficou claro quando Saber apareceu e estava mantendo Rider ocupada.

"Shinji, você cometeu muitos erros, não deveria ter se intrometido na guerra do santo Graal", não paro de andar, posso escutar Mordred entrar em transe na batalha enquanto o som de metal colidindo substitui o silêncio da noite e a face de Shinji começa a ficar aterrorizada se afastando de mim.

Shinji estava com suas pernas tremendo, sua serva estava sendo dominada por Mordred, e impossibilitando de vir em seu socorro. A ferocidade de Mordred e sua intensidade impediam que Rider conseguisse tirar proveito de sua velocidade ou desengajar da batalha sem sofrer ferimentos sérios.

"O segundo erro foi não ter aceitado minha proposta, além de ter tocado no que é meu sem permissão", eu piso na calcinha ensanguentada de Sakura no chão sem olhar, nunca gostei de que tocassem no que é meu sem permissão e eu já havia dito para ele parar com seus abusos contra ela.

"Saia de perto de mim! Saia!", ele dá alguns passos de costa assustado e horrorizado, até cair de bunda no chão e começar a rastejar, como o verme que ele é.

"Mas seu maior erro foi ter adicionado Chan ao meu nome", eu piso em sua cabeça a esfregando no chão, nunca gostei de ter minha imagem ser pisada e usar Chan no meu nome sempre me irritou muito, "Eu gosto da sua ganância e esse é o único motivo para sermos amigos, mas ganancia sem medidas acabou te deixando incapaz de ver a diferença entre nós", eu cuspo em seu rosto, nossa amizade nunca foi verdadeira, era apenas uma forma de conseguir informações e passar o tempo, mas posso dizer que foi divertido enquanto durou.

Dou um chute em seu estomago com força suficiente para o jogar contra as grades de aço em volta do campo de baseball e as entortar, mas ante dele cair no chão o pego no ar pelo pescoço e o levanto olhando em seus olhos, "Eu não vou te matar, eu não quero sujar as minhas mãos com seu sangue", aumentei a força do meu aperto sobre o seu pescoço, o fazendo se debater por falta de ar, ele tentou pegar algo em seu bolso sem sucesso e desmaiou, o jogo no chão.

Eu vasculho o corpo dele a procura de qualquer coisa que possa ser usada como arma ou vantagem futura e em pouco tempo encontro um caderno, "entendo, truques sujos como esse, mas você fez bem", digo isso sorrindo e faixar de luz azul surgem da minha mão enfeixada e cobrem o caderno.

Rider sente um grande perigo e virá o rosto em direção a Yan quando ele começa a analisar o caderno e por causa dessa distração quase perde a cabeça, mas desvia por pouco da lâmina de Mordred, "Ele disse para não te matar, mas eu não vou ter culpa se você cometer suicídio por causa de distração", Mordred fala em um tom monótono através do seu capacete, enquanto avaliava a serva a sua frente.

Essa luta era muito inferior à que ela teve contra Yan que estava constantemente evoluindo durante a batalha e foi capaz de sobreviver contra seu fantasma nobre apesar de não ser um servo, mas a maior culpa pela monotonia dela era por causa da capacidade dele como mestre, sendo capaz de dar poder magico de alta qualidade e em proporção suficiente para Mordred estar em excelentes condições físicas superando em muito Rider que não tinha um mestre adequado.

"Eu não queria usar isso, mas é uma emergência", Rider diz serena e por detrás dessa serenidade estava as feições serias de seu rosto e aproveitou os poucos segundos que Mordred parou de lutar para falar para retirar sua venda, revelando seus olhos prateados com retina retangular negra, "Isso não vai funcionar, mas agora eu vou com tudo", diz ela disparando em uma velocidade superior em direção a Saber

"Olhos místicos da petrificação, Medusa", murmurou Mordred, por causa de sua mãe Morgana, ela conhecia um pouco sobre muitas mitologias e Medusa era uma das mais conhecidas, a lenda da bela mulher que se transformou em serpente, mas sua lenda varia muito sendo uma das mais conhecidas a que ela e Posseidon consumaram seu amor em um templo de Atenas que amaldiçoou a mulher a transformando em uma serpente.

havia muita diferença entre agora e antes, os movimentos de Saber pareciam mais robóticos enquanto Rider se movia livremente ao seu redor, porém ambos estavam em um empasse, ninguém estava acertando golpes e essa demorar estava beneficiando Yan.

Medusa desviou por pouco da espada de Mordred e acabou derrubando uma de suas armas, não sendo possível recuperar uma de suas adagas que estavam sobe os pés de Saber que estava de prontidão, "Seus olhos místicos não funcionam em mim, mas ainda causam um pouco de cócegas", disse Saber sem tirar o capacete, mas visivelmente incomodada, os olhos místico dela não eram uma simples petrificação, mas também rouba energia vital e poder magico do oponente.

"Imaginei que fosse o caso", o brilho prateado em seu olhar não sumiu, mas ela não se intimidou e ficou de quatro como um animal selvagem e pronta para atacar. "Mas o que um animal, sem presas ou garras poderia fazer?", pensou Mordred, sem abaixar a guarda.

Em um segundo Mordred estava de pé, pronta para lutar e em uma bela pose de batalha, em outro, estava deitada no chão olhando as estrelas, "A adaga!", exclamou a filha bastarda de Arturia, enquanto notava as correntes movendo-se sozinha enrolada em seus pés.

O sorriso no rosto de Rider era evidente, seu objetivo havia sido concluído, pegou a adaga restante e enfiou em seu pescoço liberando uma grande quantidade de luz e sangue que formou um círculo magico de invocação da qual surgiu um cavalo alado, Pegasus. Que erroneamente é relacionado a outros seres mitológicos quando na verdade foi um presente de Posseidon para Medusa.

O tempo de invocação foi curto, mas sem uma abertura iria ser impossível convocar a besta e não ser derrotada ao mesmo tempo e o elemento surpresa dela ser capaz de conseguir mover suas correntes apenas com a mente foi o suficiente para criar uma chance e assim conseguiu desequilibrar Mordred a dando tempo suficiente para chamar Pegasus.

"Esse seu alazão não parece ser a besta certa para levar para uma batalha", diz Mordred enquanto levanta do chão observando Rider montada no Pegasus a sobrevoar.

"Sim ele é manso, jamais faria mal a qualquer ser vivo por vontade própria", Rider falou acariciando o pescoço do animal, os pelos brancos do animal destacam a figura obscura dela sobre ele, aumentando seu apelo sexual, destacando principalmente suas cochas.

Rédeas douradas em formato de corrente surgem nas mãos de Rider, "Mas eu posso torna-lo tão forte quando um dragão e agressivo também", ela disse com confiança em sua voz, quando o animal começou a tornar-se feroz, a aura serena que o envolvia ficou violenta, mas não em direção a sua dona.

"Então venha!", exclamou Mordred preparando sua espada e revelando seu rosto, preparada para usar seu fantasma nobre.

"Até poderia ser divertido, mas não é você quem eu quero", Rider disse suavemente, apesar da distância ser muito grande, Mordred conseguiu escutar as palavras de sua adversária, mas já era tarde demais.

As you command

I'll destroy you gently

Bellerophon!

Ao final das palavras de Rider uma espessa camada de energia magica cobriu ela e seu Pegasus que começaram a descer em uma velocidade superior a reação de Saber, fazendo parecer um meteoro caindo em direção a Yan completamente indefeso, por estar concentrado no livro em suas mãos.

Mordred estava em um dilema, poderia salvar seu mestre facilmente se sacrificando, pois era impossível para ela ativar seu fantasma nobre até o impacto ou simplesmente matar pessoas inocentes interceptando o ataque, destruindo a escola e casas próximas.

Em seu interior, por um segundo, ela se pergunto, "O que meu pai faria?", essa dúvida em seu coração a fez ficar irada, no fim, ela ainda o admirava como rei e era um exemplo a ser seguido, apesar de toda a magoa que guarda em seu coração.

"Eu não sou ele, eu sou melhor que ele e vou utilizar o desejo do Graal para provar que sou digno de ser Rei!", exclamou mentalmente e correu em direção a Yan, enquanto raios vermelhos encobrem o seu corpo.

O corpo de um servo é algo imaterial, uma imitação de vida, reproduz perfeitamente todas as funções que o corpo humano tem, mas é capaz de sobreviver apenas utilizando magia e precisando respirar para manter a circulação de poder magico no corpo e essa é uma faca de dois gumes, pois quando uma saída de energia mágica em grande escala supera e danifica o corpo do mesmo causando danos possivelmente irreversíveis e pode custar a vida do mesmo.

E isso que Mordred estava experimentando.

Clarent Blood

Seu corpo em estava constantemente fortalecido com magia, para ser capaz de chegar à frente de seu mestre protege-lo ao mesmo tempo que seu fantasma nobre estava sendo carregado, a imensa quantidade de poder era impressionante a fazendo tossir sangue, mas era impossível, mesmo chegando à frente de Yan o mais rápido possível a velocidade do Pegasus era muito superior e Mordred poderia apenas servi de um escudo de carne para que Yan sobrevivesse.

"Esse tipo de lealdade é invejável", ela escutou uma voz sedutora surgir em suas costas.

Rhos Aias

Mais uma vez ela escutou a mesma voz, mas dessa vez a sua frente, uma jovem na flor da adolescência estava lá parada a sua frente enquanto parava a investida do Alazão com um escudo floral rosa de sete camadas.

"Até quando você vai ficar aí admirada? Usa logo isso", disse a garota de cabelos rosas prateados enquanto estava visivelmente se esforçando para manter o escudo de pé, uma gota de suor escorria por sua pele bronzeada.

"Obrigado", disse Mordred sorrindo, ela sabia que a garota, vestindo um colã escuro com abertura nas costas em formato de losango e detalhes vermelhos sem mangas e botas pretas curtas revelando suas coxas perfeitas e munhequeiras vermelhas com abertura na palma, era uma serva, mas não era o momento de duvidar da ajuda que estava recebendo.

O estado de Mordred estava era um pouco preocupante, seu corpo foi além dos limites para conseguir proteger seu mestre e isso causo uma sobrecarga que a estava destruindo de dentro para fora, contudo mesmo assim sua vontade de lutar era maior, o campo de batalha é o lugar onde ela pode ser autêntica, não existe distinção de sexo, nome, linhagem ou idade, apenas viver ou morrer.

Por isso ela é capaz de lutar o quanto for necessário, ela sempre vai dar um passo a frente e entrar em posição de combate, ela vai manejar sua espada em prol daquilo que deseja e nesse momento Mordred deseja apenas uma coisa, "Vou bater nessa vadia".

Clarent Blood Arthur!

No momento em que ela termina de invocar seu fantasma nobre, que é a representação da lenda de um herói, sendo o de Mordred uma representação direta de seu ódio pelo rei da Grã Bretanha, Arturia Pendragon, o escudo rosa desapareceu restou a disputa de poder entre a investida de Pegasus e a Clarent de Mordred.

Se por um lado Mordred estava arriscando a própria existência por sobrecarregar seu corpo com uma utilização muito acima do limite, por outro lado Rider estava arriscando a vida de seu mestre utilizando uma quantidade de poder magico muito superior ao que Shinji conseguiria dar sem arriscar as funções vitais do seu corpo tudo servindo de combustível para o Pegasus.

A disputa de ambos os poderes nunca foi igual, apesar de tudo, Saber ainda era superior até nesse quesito sendo capaz de engolir gradualmente. Os gritos de ambas eram ensurdecedores, um espetáculo de vermelho e branco que poderia cegar os mais sensíveis.

A derrota de Rider era inevitável suas últimas forças estavam se esvaindo, assim como a vida de Shinji, que estava indefeso no chão e se contorcendo de dor. Os gritos de ambas as mulheres se sobrepunham, a derrota de Rider estava decretada e isso fez Mordred ficar feliz, pois apesar de ser uma adversária inferior ainda conseguiu a colocar em maus lençóis.

O brilho que envolvia Pegasus começou a desaparecer, a aura branca que os envolvia estava tornando-se mais fina, até que um surto de poder revitalizou ambos e o feixe de luz de Mordred pareceu perder força, empatando o nível de força deles momentaneamente.

O poder destrutivo de ambos gerou uma enorme explosão de energia magica e abriu uma gigantesca cratera no chão do campo de basebol e causou danos a estrutura do prédio, pequenas rachaduras poderiam ser vistas nos prédios escolares próximos.

No interior da cratera estava Rider desmaiada sobre o chão queimado, parte de sua roupa destruída, seu braço esquerdo em uma posição antinatural e sangue escorrendo de sua boca.

Servos não sangram de verdade, trata-se de uma alta concentração de poder magico que assume a forma de sangue e isso pode ser comprovado pelo sangue que escorre de Rider estar se desmaterializando pouco tempo após entrar em contato com o ar.

"Você está bem?", Yan perguntou segurando Mordred em seus braços, enquanto olhava para a destruição a sua frente bastante impressionado, por algum motivo ele estava animado e isso refletia no sorriso e no olhar penetrante em seu rosto.

A armadura de Mordred havia sido desmaterializada por causa dos danos causados pela explosão repentina, o que causa a maior parte dos danos e destruição não é o excesso de poder magico, mas a onda de choque extremamente poderosa e por Mordred estar um pouco distante do epicentro, ao contrário de Rider, teve ferimentos menores.

Era a primeira vez de Mordred nos braços de um homem, senco carregada como uma princesa, nunca em sua vida isso ocorreu, tendo vivido como uma máquina de matar e seguir ordens de sua mãe, jamais experimentou qualquer emoção parecida com amor, sendo apenas uma ferramenta viva para usurpar o trona de seu pai e quando finalmente pensou em ter amor paterno suas esperanças foram por água abaixo, por causa de seu julgamento equivocado.

Por um único momento, apenas um único momento, Mordred queria sentir sua pele tocar a de seu mestre, sem armadura apenas uma peça de roupa vermelha, similar a um sutiã, cobre seus seios modestos, o calor de outro corpo desperta em seu interior emoções conflitantes.

A muito tempo ela havia descartado sua identidade feminina e jamais voltaria atras, mas apenas naquele momento, ela iria aproveitar o mix de emoções, adrenalina, força de vontade, ansiedade, pela batalha e ao mesmo tempo, segurança, serenidade e aconchego, nos braços de Yan. Um calor incomum desceu de sua cabeças até chegar entre suas pernas inquietas, que estavam cobertas apenas por um tira de pano vermelha e uma armadura lateral de mesma cor.

"Você está bem?" repetiu Yan retirando sua atenção da destruição que presenciou e examinando Mordred com o olhar.

"Eu estou b...", Mordred tentou responder com confiança, não deixando transparecer suas emoções e colocando uma fachada de durona, sem sucesso, pois nem conseguiu terminar suas palavras sem torci sangue.

Yan a colocou no chão calmamente tirou a camisa e usou para fazer um travesseiro improvisado, até começar a utilizar magecraft de cura simples para sanar danos menores e deixar ela se curar naturalmente de seus ferimentos e mapear os ferimentos, tanto internos quanto externos.

"Agora eu tenho duas servas em frangalhos", disse ele suspirando e ao terminar de examinar Mordred.

Seus órgãos internos estavam destroçados, ela sobreviveria, mas precisaria de dois ou três dias de descanso para se recuperar e para não falar de sua outra serva que estava jogada no chão, em estado pior que Mordred.

"Vou avaliar primeiro, se não for possível usá-la vou apenas terminar seu sofrimento", Yan pensou enquanto se dirigia até Rider, o livro na posse de Shinji pode ser considerado um código místico, mas o que importa não é ele e sim o selo de comando em seu interior o que possibilitou um não mago assumir como mestre.

Demorou um pouco para destituir Shinji e tomar posse como novo mestre e foi por causa disso que Rider teve um súbito aumento de poder, enquanto Mordred teve seu poder reduzido, um mestre normalmente não consegue materializar mais de um servo sem causar uma diminuição do seu poder de combate pela metade, porém Yan consegue manter dois ao mesmo tempo sem muitas perdas e ambos ainda serem superiores a outros servos, devido ao talento natural de Yan com magia, apesar da sua falta de treinamento especializado.

Yan estava ciente da presença do servo de outro mestre que os estavam observando de longe, porém, até para ele isso era impressionante, pois a distância era muito grande para ser capaz de notar e mesmo assim a presença do servo adversário era clara como o dia.

O deslizar de terra enquanto descia na cratera despertaram Rider que tentou se mover sem sucesso, seu corpo estava muito enfraquecido, no seu estado atual até mesmo um humano comum conseguiria a matar sem muita resistência e um pouco de sorte.

"Olhos místicos", disse Yan olhando diretamente nos olhos de Rider que estava surpresa, um ser vivo foi capaz de olhar em seus olhos sem medo algum, mesmo Mordred, um espírito heroico, sofreu de letargia apesar de resistir a petrificação, mas aquele a sua frente nem precisou disso, um feito impossível.

"Medusa, eu esperava algum monstro sendo sincero", Yan estava analisando cada detalhe do corpo dela, seu braço quebrado, suas pernas que mal conseguiam se mover, sua boça ensanguentada e a grande ferida na barriga dela, "Você é minha serva agora, então me diga, posso contar com você?", a voz dele era calma.

Yan tinha no total 4 selos de comando para ordenar Rider, três de seu contrato original com Mordred e um de Rider, sendo possível usar os quatro selos para comandar ambos os servos algo que tornava ele muito superior a Shinji que dependia de apenas um selo para controlá-la.

"Sakura me falou d hug... Você", Rider se forçou a falar, mesmo com a dor excruciante que estava sentindo.

"Não tenho tempo para ladainha sem sentido", ele disse visivelmente chateado, depois de uma destruição brutal como ocorreu na escola não iria demorar muito tempo para olhares curiosos chegarem e por isso Yan deu um soco no esmago da Medusa e aplicou cuidados de emergência, seu estado era grave, mas o tratamento para ela se recuperar era muito mais simples.

Medusa é uma Sugadora de Sangue assim como Yan e poderia acelerar sua recuperação com a alimentação certa, "Parece que Sakura só serve como uma bolsa de sangue ambulante", pensou ele e carregou ambas de volta para sua casa, ele poderia forçar elas a se desmaterializar cortando o poder magico, mas isso poderia causar piora no quadro de ambas.

Antes de sair ele não esqueceu de ativar a barreira com uma simples gota de sangue caindo no chão, talvez fosse um gasto desnecessário e talvez idiota ativar algo tão complexo e de certa forma poderoso nessa escola ao invés de fortalecer as defesas da residência, mas para o que ele estava planejando no futuro isso era algo necessário.

Ele esqueceu de Shinji, mas poderia cuidar dele a qualquer momento e esse momento seria o mais cedo possível.

No caminho de volta podia sentir a presença do outro servo, isso não o incomodava, ser observado de longe pode ser sinistro, mas a sensação era de segurança, como se fosse uma escolta, algo que o deixou grato, algo raro de acontecer.

Antes de entrar na residência ele sussurrou, "Mande seu mestre vir ao meu encontro amanhã nesse horário", e fechou a porta deslizante e arrumou os quartos, colocando Medusa em um quarto e Mordred no seu.

Servos não precisam dormir, mas podem entrar em uma espécie de hibernação quando são gravemente feridos para auxiliar na recuperação acelerada, se um mestre comum estivesse na situação de Yan, sua derrota já haveria sido decretada a muito tempo.

Contudo esse não era o caso, sua força rivaliza com a de um servo, o Magecraft apesar de se ater ao básico ainda é muito efetivo e consegue rivalizar com feitiços complexos, possuir um alto poder magico e afinidade fraca com todos os elementos, tendo excelente afinidade com a espada, água e gelo, além de ter anos de treinamento como assassino de magos.

Yan é um nome conhecido e desconhecido ao mesmo tempo, os poucos que o conhecem não duvidam de sua habilidade e prova disso é que nenhum dos Magos que participaram da Guerra do Santo Graal atacaram ainda.

Yan tinha se acostumado a dormi todos os dias, não era necessário, fazendo apenas para não ficar entediado e passou a noite toda cuidando das duas mulheres e isso lembrou dos últimos dias de seu pai adotivo, sendo cuidado por ele todos os dias, até o dia de sua morte, isso o amoleceu um pouco e acabou por tratá-las melhor do que deveria, forçando suas roupas a desmaterializar e as limpando sem segundas intenções.

Em algum momento enquanto ele cuidava delas o sol nasceu, fazendo-o se incomodar um pouco e foi fazer o café da manhã, ele não era um expert na cozinha, sabendo apenas o básico para poder sobreviver, omelete, ovos, bacon e suco de laranja, para ele, para as garotas mingau de arroz.

O contraste entre o quarto onde estava hospedado Rider e onde estava Mordred era muito grande, enquanto o Rider era sombrio por causa da janela estar fechada e bastante silencioso, no de Yan, Mordred estava em um quarto bastante iluminado e muito barulhento e ela era a causa desse barulho horrendo, pois estava roncando tão alto que parecia um trator passando por cima de alguns carros.

"Antes para fora do que para dentro", os ideais de vaidade estavam muito presentes na vida de Yan, seja com Sakura agindo como sua namorada perfeita ou ele no clube de Kendo, sendo aplaudido por todos, mas isso não quer dizer que ele buscasse algo como a perfeição, apenas que ele gosta de ser o centro das atenções e servi de inspiração para as pessoas em geral, mesmo não se importando com o bem estar deles.

Por isso ver uma característica que poderia ser dita um defeito não era questão de alarde ou algo do tipo, mesmo o barulho sendo muito incomodo, "Ainda bem que servos não precisam dormir", disse feliz antes de se sentar de pernas cruzadas ao lado do futon e colocar a bandeja no chão.

O cheiro da comida preencheu o ambiente e serviu de despertador para Mordred que estava apreciando o cheiro e sentou-se como tivesse acabado de reviver e estava babando, "Comida", falou ela e pegou a bacon com a mão e ia meter direto na boca, mas antes que disso acontecer Yan roubou e comeu.

"para você é o mingau", falou depois de terminar de comer e engolir o bacon, deu a tigela para ela e começou a tomar seu desjejum.

"Eu não vou comer isso, quero carne, carne!", ela gritou irritada, visivelmente melhor, Yan tinha um pouco de inveja da anatomia dos espíritos, mas não tinha muito que reclamar do próprio corpo.

Ele levantou o dedo indicador e disse, "Tudo bem, te dou carne, com uma condição, você vai ter que terminar de comer essa tigela rapidamente", recebendo uma resposta imediata dela que começou a engolir todo o mingau sem restrição culminando nela se engasgando e mingua vazando por seu nariz.

"Hahahaha". A gargalhada genuína de Yan fez Mordred se sentir envergonhada e torcer os lábios.

"Você pode estar bem por fora, mas seu interior estar uma bagunça, por isso nada de comida pesada por hoje, amanhã eu reavalio seu estado e digo se você vai poder ou não comer", ele terminou de comer e saiu, um pouco decepcionado, dois dias seguidos sem sua sobremesa era um pouco complicado depois de ter se acostumado a tomar um pouco de sangue todos os dias.

"Sakura...", murmurou, quando sentiu a presença de alguém invadir a barreira de vigilância e ilusão ao redor da residência Emiya, era Sakura que parecia ter escutado as preces de seu mestre.

A porta da casa se abriu e entrou Sakura vestindo o uniforme escolar e com algumas compras em sua sacola, "Mestre, você já comeu?", perguntou ela sem força de vontade alguma e olhos vazios de sempre.

"Já, tome lave a louça", ele fingiu desinteresse, não queria dar a ela a ilusão de que sentia algo e passou a bandeja com a louça suja para ela cuidar, "vou verificar o estado de Medusa, quando terminar venha até o quarto de hospedes", virou-se e foi ver como estava sua recém adquirida serva.

"Vejo que está acordada, tome o mingau antes de continuarmos nossa conversa de ontem", ele sentou-se na cama ao lado dela, ao contrário de seu quarto que não tinha muitos moveis e tinha apenas uma escrivaninha de móvel, esse tem uma estrutura completa ocidental que vai de contra ao estilo tradicional do resto da casa.

"Eu não preciso de comida", ela negou, arrancando um suspiro de Yan, que ainda estava um pouco mexido por estar cuidando das duas durante a noite toda e por reflexo pegou o mingau e começou a esfriar um pouco, os utensílios tinha pequenos feitiços que impediam o alimento de esfriar, por isso apesar dele ter ficado muito tempo conversando com Mordred o mingau parecia que foi feito a pouco tempo, e colocou a colher frente ao rosto de Rider que estava deitada ainda despida por baixo das cobertas, mas em seus olhos estava sua venda, assim como a outra serva que não percebeu sua situação e conversou com seu mestre despida por um bom tempo.

"Eu já disse, nã...", Yan meteu a colher goela abaixo dela que não teve reação, apesar de sentir a movimentação dele por seus outros sentidos, que a muito superaram a visão, mas seu corpo ainda estava bastante letárgico e não respondeu nem mesmo para conseguir simplesmente fechar a boca.

"Gostoso", sussurrou ela ao sentir o Mingau em sua língua, abrindo inconscientemente sua boca para receber outra colherada e assim eles continuaram por um tempo até que o conteúdo da tigela terminasse.

"Obrigado", disse ela agradecendo o gesto de seu novo mestre, um pouco controversa se devia ou não agradecer ao homem que causou seu estado atual, mas resolveu deixar esse sentimentalismo barato de lado, a posição de ambos mudou radicalmente em menos de um dia e aceitar a realidade era a melhor escolha.

"Então vamos aos negócios, Sakura entre", ao terminar suas palavras a garota de cabelos roxos que mais parece uma versão mais nova de Medusa entrou no quarto e se sentou em seiza, sentando-se ajoelhada, próxima a cama, apesar de ter uma cadeira, talvez por força do hábito, esse é o único cômodo da casa que tem estrutura ocidental e nunca foi usado desde a morte de Kiritsugu Emiya.

"Antes de tudo, Sakura você que continuar nessa guerra?", perguntou Yan, relaxado, todos os magos que participam da guerra têm algum desejo, menos os das três famílias principais que apenas deveriam ter as qualificações mínimas como mestre para serem escolhidos.

"Não, eu quero sair", respondeu ela e Yan sentiu nojo pela primeira vez em sua vida e esse nojo estava se transformando em fúria, ele não suportava olhar para Sakura ter ânsia de vomito.

Um estrondo bastante alto foi seguido pelo barulho de moveis caindo, Yan havia dado um chute em Sakura forte o suficiente para a jogar contra o armário, mas não a matar, "Eu desisto de você", disse ele decepcionado.