O Plano Dos Reis Demônios

"Irmão Leonard! Esta ideia é fascinante!"

"Isso mesmo, este será nosso plano, para não sermos exterminados e assim, dominar o continente novamente."

"Também achei esplendido." Bateu palmas.

"Realmente, a irmã Zannith desta vez bateu as botas!"

Todos concordaram.

O Restante dos Reis Demônios, discutiam seus planos, para dominar o continente mais uma vez. Várias planos passaram por eles, mas aquele, era realmente imbatível. Os Reis Demônios estão com uma leve pena de sua irmã, que os traiu e foi para o lado inimigo, parece que eles terão que dar uma lição a ela.

"Irmão Fuse, essas ordens podem ser um pouco grosseiras, mas você será o primeiro a entrar em combate... Bom, não será tão difícil, afinal são humanos."

"Aceitarei com prazer qualquer ordem, nunca ficaria tão feliz em exterminar a raça humana."

"Ótimo... Preciso que descubra quem é a pessoa de túnica preta saindo do reino de Lálario, se for uma pessoa forte, podemos derrotá-lo e acabar com uma das forças de Aros Silverstein."

A pessoa desconhecida na carroça, causava um pouco de preocupação ao irmão mais velho dos Reis Demônios, Leonard. Isso porque ninguém em pleno guerra, esconderia seu rosto, a não ser que fosse uma pessoa para uma estratégia importante. Por isso pensou consigo mesmo que aquilo devia ser eliminado na hora. A estratégia estava bem planejada, não tinha nenhum furo que eles consideravam, tudo isso podia acabar com apenas a derrota emocional do inimigo.

"Continuando... Eu e o Irmão Kauhs, iremos para o reino Borogh, e fazê-los se render a nós, assim como planejado."

"Com prazer Irmão Leonard."

"E por último, Irmão Chronos... Você irá esperar e ver as movimentações de outros reinos, já que seu feitiço de clones é altíssimo comparado a nós. Você fara um trabalho menos excitante, infelizmente."

"Deixa disso Irmão Leonard, aceitarei com prazer estas condições."

Agora, todos estavam com suas definitivas funções acertadas. Portanto, era apenas fazer o plano funcionar assim como disseram.

"Bom... E também Irmão Chronos, qualquer movimentação que favoreça ao reino de Lálario ou até mesmo Aros Silverstein, intercepte imediatamente."

"Sem dúvidas Irmão Leonard."

"Então vamos começar! A aniquilação da raça humana, a mais medíocre das raças existentes!"

"Claro!" Disseram todos em uníssono.

Assim que entenderam a ordem, todos eles começaram a voar em direção aos seus destinos. Realmente um plano quase infalível que pensaram, não tinha nenhuma brecha na qual eles podiam se dar mal, exceto se...

Exceto se Aros Silverstein já tenha se antecipado de tudo.

Esse medo corria bem lá no fundo dos cérebro do Irmão Leonard, já que Zannith se aliou a ele, e como eles são irmãos, talvez Zannith já saiba o plano e antecipou Aros Silverstein. Tal preocupação não podia ficar de fora da sua cabeça.

...

"Vocês são tolos até para se prevenirem de um ataque, patético assim como o Irmão Leonard disse."

A voz vinha de cima deles, pairando sobre as árvores baixas da floresta. Por reação, todos que estavam dentro da carroça olharam imediatamente. Mas não foi uma boa visão. Todos pensaram que estariam tendo um pesadelo, e assim, queriam acordar logo, pois essa é a pior das visões que eles queriam ter naquele momento.

Tanto os guardas como Asura, estava paralisados, o suor frio escorreu no rosto de todos. Os seus olhos estavam arregalados, e nem conseguiam tremer de medo, já que seus corpos se petrificaram na hora. Porém como ato de confiança para os outros cavaleiros, um se moveu e apontou sua lança para a criatura que estava pairando pelos ares.

"Q-Quem é você? E por que está aqui?"

O tom de bravura surpreendeu a criatura que estava pairando aos altos das árvores.

"Seu estúpido, não sabes quem sou? Patético!"

A criatura fez apenas um gesto, esticou seus braço e moveu para o lado oposto com força em um brusco movimento. Assim que terminou, a cabeça do guarda que tinha o questionado, voou para dentro da carroça, e todos que estavam dentro ficaram ainda mais em choque.

A criatura que estava apenas sobrevoando, decidiu se mover e ficar em uma pose que o vangloriasse.

"Eu sou um dos Reis Demônios, Fuse! Imaginei que mesmo vocês, de uma raça tão inferior, nos conhecesse. Mas vocês são exatamente a escória entre as raças."

Todos ouviram a declaração do Rei Demônio, mas queriam não ter ouvido. A primeira que decidiu olhar ao invés de presenciar a horrível cena a sua frente, foi Asura. Ela deu uma olhada por baixo de sua túnica preta e com seus olhos arregalados, pensou que ali seria seu fim de imediato.

O Rei Demônio era similar a aquilo mostrado em livros, seus cabelos acinzentados , com as escleras negras e sua pupila carmesim ardente. Sem contar sua aura assustadora que transbordava pelo local.

Logo em seguida, um dos cavaleiros também decidiu se mover, em compensação a bravura do antigo que acabara de ser decapitado. Ele se levantou, ficou a frente de Asura e apontou a espada para o Rei Demônio.

"Fuja Asura-dono, iremos protegê-la daqui!"

Tanto Asura quanto os cavaleiros ouviram. Então todos que estavam sentados, se levantaram e apontaram suas armas para o Rei Demônio. Menos Asura, que ainda ficou sentada sem saber como reagir aquilo. Ela não queria ser protegida, ela queria salvar todos que vieram com ela. Afinal, foi sua insistência que os trouxeram até ali.

"Não posso fugir com vocês aqui."

"Não se preocupa Asura-dono, estamos aqui para protegê-la, e se vamos morrer cumprindo nossas missões, eu já estou feliz o suficiente."

Todos estavam a protegendo, criando basicamente um escudo humano para Asura fugir. Mas sua mente estava em conflito, ela não queria que nenhum deles morressem, ela queria que fugissem junto. Asura pensou e pensou. Não em estratégias, mas sim em todos eles como seres humanos. Cada um deles deve ter uma família na qual se importa, uma esposa para quando chegarem, ser recebidos da melhor forma, ou até mesmo filhos na qual amam muito.

Ela não podia deixá-los morrer ali.

"Não, vocês vão comigo!"

Asura se levantou afastou os cavaleiros que estava a sua frente e estendeu a mão para o Rei Demônio.

"Ardhentes!"

Quando soltou seu recito, o círculo mágico abriu de sua mão e disparou um projetil de fogo para o Rei Demônio que ainda estava observando aquela baboseira humana. Fuse nem se preocupou com aquele feitiço fraco, ele apenas deixou se aproximar e para dispersar, apenas assoprou. E no mesmo instante, o projétil de fogo se desfez no ar.

"Patético."

Mas foi quando ele se enganou, assim que ele dispersou o feitiço, ele percebeu que não desapareceu completamente. Os resquícios do feitiço ainda pairavam ao ar e começaram a sair faíscas. Fuse percebeu que tinha algo errado, mas antes de puder fazer alguma coisa, os resquícios do feitiço explodiram, criando uma grande cortina de fumaça.

"Que ousados..."

Ele riscou o ar com seu braço e a fumaça dispersou, quando ele olhou para a carroça novamente, todos os cavaleiros e Asura tinham sumido. Mas nem precisou procurar muito, metros a frente tanto ela quanto os cavaleiros estavam correndo em direção oposta a floresta, para entrar em outra.

O Rei Demônio decidiu acabar com aquilo logo, afinal se demorasse muito, talvez o plano falhasse. Ele apontou com seu dedo indicador, como se estivesse com uma arma, um círculo mágico abriu na frente de seu dedo e ele nem recitou nada, apenas disparou um projetil em direção a eles.

Em sua cabeça, só aquele projétil iria acabar com todos ali, então era basicamente como o trabalho terminado. Ou era o que pensava.

Assim que o projétil ficou um metro de distância deles, uma círculo mágico gigante se abriu e assim, desviou o projétil para o lado esquerdo. Atingido uma árvore bem distante e fazendo uma explosão.

"Tsc... Esses truques baratos."

Fuse reclamou.

Seu feitiço foi desviado com muita facilidade. Então ele pensou. Ninguém dos cavaleiros tinha mostrado magia, apenas as armas que apontaram a ele que não fariam a mínima diferença se o atingisse. Isso porque os cavaleiros normais usam pouca magia, pois não tem muita aptidão para usar mana. Por isso existe uma classe de cavaleiros mágicos, mas nenhum acompanhou Asura naquilo.

O Rei Demônio entendeu que era a pessoa de túnica preta que fazia esses feitiços, e talvez era por isso que foi mandado matá-la.

Eles estavam próximos de chegarem na floresta para se esconderem, então Fuse decidiu usar um feitiço de um nível mais acima. Ele estendeu sua mão e abriu sua palma, neste momento começou a surgir um arco negro que ondulava como ondas do mar. Ele esticou a corda e mirou nos cavaleiros.

E assim disparou a primeira flecha.

Uma rajada de vento como a onda de uma explosão, foi em direção aos seu lado oposto. A flecha percorreu o ar rapidamente até que foi atingir o grupo, mas o círculo mágico novamente surgiu e a flecha atingiu. Porém ao invés de se desviar ele penetrou ao círculo mágico e atingiu o chão onda eles corriam.

Uma enorme explosão aconteceu e jogou todo o grupo para os lados.

"Que droga, essa flecha é poderosa." Um dos cavaleiros falou.

"Desculpa a defesa não foi o suficiente." Asura se lamentou.

Todos estavam jogados pelo gramado que era perto da outra floresta. Os cavaleiros não conseguiam se levantar, estavam com muitos ferimentos, Asura conseguia pelo menos ficar de pé, mas suas forças ainda estavam reduzidas. Ela andou para frente e fez de defesa para os cavaleiros. Um rastro de sangue começou a cair de sua testa.

"Você é mais durona do que eu pensava." Disse Fuse.

Asura não respondeu, estendeu suas duas mãos e colocou uma palma na frente da outra. A túnica que usava, foi queimada até as cinzas então ela estava com sua roupa de trabalho, que ainda sim, era bela como sempre. Seus olhos já carmesins piscavam mais fortes do que já brilhavam.

"Ardhentes Holo." Recitou.

Um círculo mágico apareceu na frente de suas palmas. Era um vermelho ainda mais intenso do que já era, tanto que até Fuse desconfiou em que nível estava Asura para ter uma última carta na manga.

Ela fez uma cara séria. Em seguida o círculo mágico aumentou e sua mana começou a transbordar pelo ar, conflitando com a aura de Fuse. Asura respirava fundo com os olhos fechados, todo o espetáculo de sua magia mais forte era impressionante. O Rei Demônio esticou a corda do arco para disparar mais uma flecha, assim o feitiço de Asura e a flecha de Fuse se colidiriam.

O Rei Demônio estava confiando que sua flecha era muito mais potente do que qualquer magia que ela disparasse, então apontou com extrema tranquilidade para o círculo mágico de Asura. Por outro lado, ela, pensava no qual era o limite dessa sua magia que aprendeu apenas uma vez. Os cavaleiros que estavam sendo protegidos ficaram impressionados com a bravura que Asura demonstrou, mesmo estando na frente de um lendário Rei Demônio.

E assim que os dois fizeram sua preparações, dispararam.

Um grande feitiço de fogo foi rasante para cima de Fuse, e por outro lado, a sua flecha foi rápida e poderosa para cima de Asura. Assim que os feitiços se colidiram, uma enorme onda de uma explosão se espalhou pelo local juntamente de um grande estrondo. O que se passava na cabeça do Rei Demônio era que aquilo já estava ganho.

Mas não foi isso que ocorreu.

No grande estrondo, a flecha negra se desfez e a rajada forte de fogo ainda vinha em sua direção. Asura continuava ilesa, ela sabia que aquilo tinha dado certo já que não estava morta ainda. Mas só esse feitiço, já demandou demais de sua mana e agora ela estava suando de cansada. Fuse arregalou seus olhos e viu o grande disparo vindo em sua direção. Ele rangeu sua testa e se desviou para o lado.

O feitiço de Asura passou raspando por ele e atingiu um pouco de seu paletó que rasgou na hora pelo alto calor do fogo.

"Tsc... Humana imbecil, olha o que fez ao meu paletó."

Mesmo estando cansada, Asura não perdeu sua postura séria e ainda estava com o círculo mágico ativado. O Rei Demônio não gostou nem um pouco de se sentir subestimado e ativou um nível mais acima de sua magia, ainda era seu nível mediano, mas era bem potente para um humano.

Ainda com seu arco, ele esticou a corda e mirou em direção a Asura. Desta vez, a flecha parecia muito maior que até era impossível um arco normal suportar algo daquele tamanho. Ele deu apenas uma suspirada e disparou uma flecha.

Novamente a flecha veio rápida, mas ao invés dela ir direto, uma pequena explosão aconteceu antes. E assim, se partiu em várias, criando várias outras flechas. Asura não tinha poder para rebater todas com aquele disparo de antes, então decidiu bloquear com uma magia forte de defesa.

O círculo mágico expandiu mais, aponto de cobri-la inteira. E assim a primeira flecha veio.

A primeira flecha veio em um impacto forte, porém ela conseguiu resistir, porém só aquela flecha já tinha trincado sua defesa. Então Asura usou mais mana para restaurar a defesa, porém outra flecha veio e não dava tempo. Novamente um segundo impacto ocorreu, porém, sua defesa não se quebrou, ela tentou usar mais mana para restaurar mais rápido. E funcionou, quando a outra flecha veio, o escudo tinha se restaurado e assim que atingiu, ele se trincou novamente.

Tanto Asura quando Fuse perceberam que iriam ficar em um loop Infinito com aqueles ataques. Então o Rei Demônio decidiu aumentar a potência e ao invés de uma flecha que se dividia, ele atirou duas. E assim continuou.

O braço de Asura não estava aguentando, como estava usando muita mana, ela estava transbordando em seus braços em chamas e a queimando.

"Meu braço..." Ela reclamou.

Mas ela precisava aguentar, caso ao contrário, todos os cavaleiros atrás dela iriam morrer brutalmente. Então mesmo tendo seus braços queimados pela própria chama, ela forçou o escudo mágico ainda ficar inteiro, mas todas as flechas estavam vindo rápidas demais. Mesmo usando muita mana para restaurar rapidamente, o escudo estava se partindo.

"Eu... Não vou aguentar..."

A última flecha estava vindo rasante, aquela na visão de Asura veio em câmera lenta assim como seus movimentos. Ela pensou que não teria nada o que fazer, então fechou os olhos esperando sua terrível derrota.

Porém.

Quando a flecha ia atingi-la, ela ouviu um som de uma espada e da flecha rebatida. Por instinto ela abriu os olhos e quando viu o que estava a frente dela, ela imaginou ainda mais que seria seu fim.

Uma mulher segurando uma espada estava de costas a ela. Tinha cabelos cinzentos assim como o Rei Demônio, seu corpo era sexy e atraente, sem contar sua aura que era ainda mais feroz do que Fuse estava emitindo. Sua postura era forte que Asura começou a se sentir segura por algum motivo. Quando ela desativou seu feitiço de defesa, sentiu seu corpo desmoronar, sua consciência apagar e seus olhos fechar.

"Parabéns humana, você foi forte."

Foi a mulher que falou com ela, em um tom sério. Pensou talvez ser outro inimigo, mas quando estava fechando os olhos, Asura conseguiu ver rapidamente o rosto da mulher e ela estava sorrindo. A mulher com chifres em sua têmporas, escleras negras, sorria para ela, mas não com um sentimento de maldade, mas sim de protetora.

E assim, Asura apagou.