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EU NÃO QUERO SER UM LORDE!!

Um trabalhador comum tem sua vida arruinada após ser despedido de seu emprego e ver o amor de sua vida com outro cara. Por conta desses acontecimentos, ele decide virar um NEET por um completo. Ficando em casa jogando jogos online, RPGs e etc. Sua vida já estava ladeira abaixo, nenhum emprego lhe chamava. Sua irmã mais nova, procurava empregos de meio-período, mas nada adiantava. Em um dia, seu corpo não aguentava mais essa vida e adoeceu. De alguma forma, ele morreu no hospital. Ao abrir seus olhos, ele avistou uma visão que nunca imaginava. Um reino medieval populosa e fantasiosa. Seu corpo já não era o mesmo de antes, era um corpo esguio e vívido. Ele havia reencarnado em outro mundo. Agora, ele era um jovem garoto chamado Aros Silverstein. Lorde de Lálario, um dos reinos humanos mais importantes do continente. Quais serão suas fantásticas aventuras?

ShirouSahashi · Fantasia
Classificações insuficientes
59 Chs

A Convivência

Visão de Asura Seith:

Ao me levantar da cama, olhei para o lado, no entanto ninguém estava lá. Quando me mudei para este castelo, eu tenho dormido na mesma cama de um garoto. Se eu não estivesse preparada mentalmente, surtaria ali mesmo.

Em uma grande cama de casal, dormia eu e Aros Silverstein, lorde de Lálario. Fiquei super empolgada nos primeiros dias. Sentindo o calor debaixo dos cobertores, passei algumas noites sem dormir, era difícil pois meu coração acelerava quando realmente percebia a situação.

Porém neste momento, ele não está aqui.

Parecia uma rotina. Sempre que eu acordava, Aros não estava ali. Toda noite nós dormíamos juntos, porém nunca tive a oportunidade de dar um bom dia a ele. Era triste, porém não tinha o que fazer.

O sol estava no centro do céu, os sinos da cidade tocaram, isso significava que era meio-dia. Eu havia colocado meu avental de sempre e estava neste momento em frente de meu estabelecimento, colocando a placa de madeira que continha o menu do dia.

A rua comercial já estava começando a lotar de pessoas, isso queria dizer que meu dia novamente seria corrido. E isso não era nem um pouco ruim. Quando eu me estabeleci no castelo, Lola havia me perguntado do porque eu ainda continuo trabalhando nesse restaurante, já que eu podia viver tranquilamente sustentada por Aros.

Isso era fácil de responder. Este aqui era o restaurante da minha família, está aqui a mais de três gerações. Eu cresci vendo meu pai e minha mãe cuidar desse restaurante com tanto carinho, que durante minha infância sonhei em ter aquilo para mim.

Agora ele era meu.

Olhei para cima institivamente por conta de meus pensamentos e olhei a placa de madeira que fora pregada em cima da porta.

"Seith's Restaurant"

Este era meu orgulho, mesmo que agora eu more um castelo, ainda quero ter meus dias agitados em um estabelecimento apenas meu. Talvez, esta era a minha engrenagem. Sem contar, que fora aqui que conheci Aros, então eu tinha agora um apego muito mais forte por ele do que antes.

"Asura-san, já terminei de arrumar, vou para a cozinha começar os preparativos."

"Certo." Respondi.

A garota que abriu a porta do restaurante e conversou comigo, era Lola, minha filha adotiva. Como a academia de cavaleiros ainda não estava aberto para o ano em que estava, ela insistiu em me ajudar aqui no restaurante. De primeira eu não estava de acordo, não queria colocar mais pressão nela. No entanto, ela insistiu tanto que deixei.

Ainda não havia caído a ficha de que ela era minha filha. Aconteceu tudo tão rápido que minha mente estava tentando processar. Ela e Tess viraram minhas filhas oficialmente por meio da adoção. Quando Aros me pediu para ser a mãe das duas, eu concordei de primeira.

Naquela hora meus sentimentos tomaram conta das minhas ações e disse sem pensar. Eu realmente queria ser mãe das duas, mas também surgia a dúvida se eu era realmente capaz de ser uma boa mãe. Aros me disse que eu seria uma boa mãe do meu jeito e que ele nunca se arrependeu de ter me escolhido. Já Cássiria-san me disse que do jeito que eu sou, já pareço uma boa mãe.

Eu não sabia se eles estavam apenas sendo gentis comigo ou dizendo a verdade, mas eu precisava me convencer de ser uma boa mãe, já que tenho a responsabilidade pelo crescimento das duas.

O sino da porta tocou.

Isso anunciava mais um cliente. Veio um casal um pouco mais de idade e se sentaram na mesa no fundo. Hoje particularmente estava em um movimento normal, então não precisava me apressar. Eu tinha funcionários, contratei-os depois do movimento ter ficado maior.

Tinha um garoto que era de uma vila ao sul de Lálario, seu nome era Rooke. Ele atendia todos com uma extrema velocidade e precisão, nunca tinha me arrependido de tê-lo contratado. E tinha uma garota, Lily, sua velocidade incrível de servir bebidas tão rapidamente dava uma ajuda grande, já que muitos guardas frequentavam aqui. Ela e Rooke estavam tendo um caso, todo dia eles iam embora juntos de mãos dadas.

Quando será que poderei fazer isso com Aros?

Opa, pensei em algo embaraçoso.

Lily atendeu o casal de idade e eles foram extremamente simples em seus pedidos. O homem pediu uma caneca média de cerveja e o prato com carne e uma salada, a mulher pediu uma simples água e o mesmo prato.

Como Lily e Rooke eram mais do que suficientes no atendimento, eu ficava na cozinha, já que os clientes vinham especialmente por minha comida. Desde que Lola decidiu gastar esforços aqui, ela me ajudava na preparação dos pratos e o trabalho ficou muito mais leve para mim.

Os dois pratos estavam prontos e as bebidas já haviam sido preparadas por Lily. Entreguei os pratos a ela, assim com extremamente rapidez e precisão, ela levou a bandeja com tudo para a mesa do casal de idade.

"É bom ver que você não está tão carregada quanto antes, Asura-san." Quem diz isso é Rooke.

"Vocês me ajudaram muito. Lola decidiu ajudar na cozinha e isso praticamente deixou meu trabalho mais fácil. Posso aproveitar e ver o rosto de meus clientes enquanto saboreiam minha comida."

"Este era o proposito desde do começo, não é?" Quem diz dessa vez, era Lily.

Nós começamos a olhar para todos os clientes que saboreavam a comida e em seus rostos estavam estampados a satisfação. Talvez ver esta cena me lembra dos clientes de quando meus pais serviam neste restaurante. Esse com certeza era o meu proposito desde o começo.

"Rooke-san, você vai para sua casa lá na vila amanhã? Pergunta Lily.

"Ah, sim, faz tempo que não os vejo. Que tal ir também?"

"Hã?" Indaga Lily corada.

"Você disse que queria que eu te apresentasse a minha família, não? Essa é uma boa oportunidade para isso."

"M-M-Mas precisa ser um momento mais adequado!"

"Hmmm..." Murmurei.

"O que foi Asura-san?" Ela pergunta a mim.

"Este amor jovial de hoje, parece bonito." Digo.

"Nós que precisamos falar isso. A dona aqui está tendo um caso com nada mais nada menos com Aros Silverstein." Diz Rooke.

"Ei! Diga isso em voz baixa! Eu disse para não contarem a ninguém!"

Eu estava corada e desesperada para que eles parassem de dizer isso em voz alta.

Não era surpresa de ninguém ali, mas eu e Aros estávamos saindo oficialmente. Quando eles descobriram, eu não soube explicar de primeira, fiquei com medo de eles me julgarem por tentar com um homem com tanta influência assim. Mas eles entenderam e disseram que não contariam para ninguém.

"Aros-sama, me leve em seus braços até o castelo."

"Sim Asura, você é a minha amada, minha salvadora."

Eles tentavam nos imitar. Lógicamente era uma brincadeira, o tom de voz deles mudaram para tentar chegar ao timbre parecido ao meu e de Aros. Por dentro, eu estava envergonhada de mais.

"Parem com isso! Vão trabalhar vão." Balancei minha mão para eles saírem daqui.

Os dois saíram rindo e começando a trabalhar novamente.

Era uma relação bem amigável que eu tinha com os dois, nunca me arrependi de tê-los contratado. Rooke e Lily eventualmente se tornariam casados no futuro, eu podia claramente imaginar isso, espero estar lá para parabeniza-los.

Ao entardecer, eu fechei o restaurante.

Como de costume, Rooke e Lily foram embora de mãos dadas conversando como dois jovens normalmente apaixonados. No restaurante, ficou apenas eu e Lola, que agora me ajudava a lavar toda a louça para amanhã nós termos que apenas arruma-los. Eu ia limpando as mesas e depois varrendo o chão para deixar aquele lugar que tanto adoro, limpo.

O sino tocou novamente.

"Ah, estamos fechados." Anunciei.

"Me desculpe, sou eu Asura-san."

Na porta, estava uma mulher de cabelos ruivos presos em um belo rabo de cavalo. Ela usava sapatos rígidos e resistentes, uma calça um pouco apertada e um vestido branco. Era um conjunto incomum, vestido e calça não era o típico conjunto que se via por aí.

"Deed-san! Por que está aqui tão tarde?" Perguntei.

"Por conta de alguns protestos, os comerciantes tiveram que desviar de rota e foi muito demorado. Quase desisti de vir, mas aí lembrei de você."

Deed, a mulher de cabelos curtos, era uma comerciante viajante que viajava diversos reinos para vender mercadorias de diversos lugares. Ela está aqui por que meu estoque de comida vem dela.

"As mercadorias estão todas lá fora na carroça, fico feliz se você der uma revisada antes." Ela diz.

"Claro, irei conferir."

Fomos para fora e começamos a conferir se tudo que eu havia pedido estava ali. E sim, todos os ingredientes que eu listei para ela trazer, estava ali. A maior prioridade era as batatas, já que o solo onde fica Lálario é desfavorável para as batatas crescerem. Por conta disso, o carregamento que eu pedia era sempre de batatas.

"Quer ajuda Asura-san?" Quem apareceu foi Lola.

"Apenas para levar as caixas para dentro, consegue?"

"Sim!" Ela acena com a cabeça e pega a primeira caixa de batatas.

"Sua filha é bem forte, um dia quero alguém assim da minha família me ajudando. Confesso que as mercadorias são pesadas e as vezes cansa levar de um lado a outro."

"Eu imagino, ultimamente está tendo vários pedidos não?"

"Correto. O grupo rebelde que tem em Sagólia está fazendo com que o fluxo de mercadorias que passam por lá diminuírem. Em Sagólia também é um reino que mexe com a economia do continente, então aquele grupo está atrapalhando tudo."

Abaixei a cabeça.

Eu sabia que tudo isso estava sendo causado por causa das ações de Aros. Fiquei bastante triste quando ouvi que eles estavam querendo matar Aros e ainda usavam essa rebelião para saquear lojas e comerciantes.

"Bom, mas como vai o relacionamento de vocês?"

"Ainda no estágio inicial." Eu apoiei minhas mãos na carroça e olhei para Deed que ali estava de braços cruzados. "Não... Não é isso, acho que avançamos as coisas muito rápido e isso fez com que não sobrasse tempo para nosso desenvolvimento. Acho que é isso."

"Hmm, entendo. Então quer dizer que vocês já vivem um relacionamento avançado sem ter desenvolvido isso primeiro, então acaba que vocês não fizeram nada ainda. Certo?"

"... É isso aí..."

Era exatamente isso. Eu e Aros estávamos vivendo uma vida de casados sem ao menos ter passado pelas outra etapas. Isso fez com que parecesse que estamos em um estágio inicial do relacionamento. Eu não conheço tudo dele e provavelmente ele também não sabe nada sobre mim.

Isso até dificulta a nossa conversação...

"Falando no príncipe..." Diz Deed dando um sorriso.

Eu me virei e na rua, estava um homem andando para a nossa direção. A sua capa azul balançava pelo vento gélido da noite, seus cabelos também se mexiam. Sua postura era diferente de todos os homens de que já vi. Mas tudo isso, não tinha como confundir quem era.

"Eaí Asura?" Ele diz.

"Aros..." Eu sorri quando eu o vi.

Ele chegou mais perto e pude comparar seu tamanho. Eu era um pouco mais baixa que Deed, e Aros era mais alto que ela. Deed assim que o viu chegando, ela se curvou para frente e só não se ajoelhou por que eu disse antes que não precisava nada disso. Mesmo assim, ela decidiu se curvar.

"Olá, Silverstein-sama." Ela diz.

"Não precisa de tanta formalidade, pode me chamar de Aros apenas. Você é Deed, não é? Asura já me contou sobre você." Diz ele.

"Sim, estou lisonjeada de você saber meu nome." Ela já havia levantado o rosto.

Deed também tinha respeito por Aros. Isso por que ela já foi ajudada por ele. Quando as rotas de comércio estavam interditadas por manutenção depois do incidente passado, Aros pediu para que fizessem uma rota mais rápida e simples para os comerciantes. E ele só fez isso para que Deed chegasse com as minhas mercadorias.

"Que isso, não precisa disso tudo. Estou feliz que esteja aqui, eu soube o que aconteceu com as rotas."

"É um imprudente esses protestos contra o senhor, espero que isso não afete em nada o seu posto."

"Com certeza não vai afetar. Na verdade, peço desculpas, por conta disso você chegou bem tarde aqui. Isso afetou seu tempo, não é? Posso compensar isso com algumas mercadorias a mais e—"

"Não se preocupe Silver... Aros-sama, eu já pretendia passar algum tempo aqui para reconcertar minhas rotas. Nunca foi culpa do senhor, imprevistos em meu trabalho acontece frequentemente."

Deed conversava de um jeito mais formal com Aros. Ela sabia que nós estávamos saindo e que poderia sem problemas se dirigir a ele de um modo informal. Aros também falava como se fosse realmente um menino, nunca chegou a falar de um jeito mais formal. Pelo menos, não comigo. A verdade era que essa atitude de Deed, de querer ter um respeito exagerado por Aros, estava me constrangendo.

Depois de uma conversa tranquila, ela saiu com sua carroça e foi em direção a uma estalagem que ficava próximo daqui. Aros ofereceu para que ela ficasse lá no castelo, para redesenhar suas rotas, mas ela recusou e quis ficar em uma estalagem.

"Esta era última, né?" Pergunta ele.

"Sim."

Aros estava sem a sua capa e com as mangas de sua camisa para cima. Ele havia ajudado a carregar as mercadorias para dentro do restaurante. Vê-lo assim desse jeito, fazia com que eu me envergonhasse um pouco. Já que fiz o lorde do reino carregar as caixas para mim.

"Aros, a Tess está com a Cássiria-san?" Quem pergunta é Lola.

"Ah sim, neste momento ela já adormeceu." Diz ele.

"Que ótimo, então vamos para casa?" Eu digo desta vez.

"Vamos." Aros e Lola disseram em uníssono.

Eu vivia uma vida tranquila. Morava em um castelo, tinha duas filhas adotivas e era acompanhada com um homem que podia-se dizer o mais forte do mundo. Ele era tão forte que derrotou quatro reis demônios com um feitiço poderoso. Eu me sentia segura, mas não era isso que fazia eu gostar dele.

Sua gentileza e sua despreocupação diante tudo era algo que me encantava. Mesmo sendo um lorde, tendo que administrar o reino que antes estava em um caos, na minha visão ele era apenas um garoto normal, o garoto na qual eu me apaixonei.

Olá, obrigado por lerem este capítulo!

Um mês sem postar capítulo, me perdoem. A verdade era que tinha desanimado um pouco, porém voltei depois de lembrar o quão gratificante é para mim escrever esta história. Sem dúvidas é a história na qual eu mais gosto de escrever. Eu tenho basicamente mais duas histórias guardadas aqui em meu computador, porém esta aqui que me dá novamente a vontade de escrever tudo.

Já estamos no final de 2021, o ano que comecei a postar I Don't Want to Be a Lord!!, e já tenho um volume terminado e postado aqui no Webnovel. Posso afirmar que mesmo com tudo acontecendo, com a pandemia, esse foi o melhor ano da minha vida. E espero que em 2022, você esteja comigo, acompanhando a jornada de Aros Silverstein.

Muito obrigado para quem leu isso.

Vejo você nos próximo capitulo!

ShirouSahashicreators' thoughts