Primeiro Encontro

A cidade de Naamah era a maior cidade do Reino de Antares. Conhecida por sua arquitetura bela e bem desenvolvida, a cidade era amplamente conhecida como a Joia do Reino, com muitos viajantes comentando sobre sua beleza sem igual à noite.

Havia uma variedade de raças agitando-se por aí.

Desde os homens-bestas extremamente comuns, até os raros elfos e anões, seguidos pelos ainda mais raros humanos.

Sempre havia uma atmosfera animada presente nas ruas, mas hoje, a aura de excitação estava ainda mais prevalente.

Isso porque a carruagem real da Princesa Yara foi vista nas ruas após alguns meses sem aparições.

Ela era vista como a mulher mais bela de Antares e era extremamente popular entre os locais.

A princesa era tão graciosa e calorosa que os homens não a desejavam freneticamente, as mulheres a admiravam e as crianças barulhentas a ouviam.

Então, naturalmente, todos estavam animados para ver a beleza inigualável de sua deusa mais uma vez!

Uma grande multidão vinha seguindo atrás da carruagem desde que foi avistada na cidade.

Após vinte minutos, a carruagem parou em frente a uma pequena livraria chamada 'O Refúgio Escrito'.

Era de propriedade e gerenciada por uma belíssima dragão menor chamada Lisa e sua filha.

Dragão menor é um termo utilizado para descrever dragões que não despertam um elemento mágico.

Apesar do menor em seu nome, eles geralmente são tratados como cidadãos comuns por outros cidadãos, mas são severamente discriminados pelos dragões nobres.

"Parou!"

"Ela é realmente tão bonita quanto dizem os rumores?"

"Até a rainha vampira empalidece em comparação."

"Eu tenho que perguntar onde ela compra sua maquiagem."

"Frank... por quê?"

"N-não olhe para mim assim, eu só quero que minha esposa se pareça com ela!"

Creak!

Quando a porta da carruagem finalmente se abriu, a rua ficou mortalmente silenciosa.

Este era o momento que todos queriam ver.

O momento em que uma deusa descia do plano imortal para agraciar seus seguidores com sua beleza.

Eles iam gravar bem esse momento em suas mentes pelos anos vindouros.

Quem sabe quando seria a próxima vez que veriam sua deusa?!

O que aconteceu a seguir chocou a todos.

Um homem desceu repentinamente da carruagem.

Ele vestia uma longa túnica preta sem camisa por baixo, de modo que seus abdominais e peitoral tatuados estavam totalmente visíveis. Em volta de seu pescoço pendia um caro colar cerimonial que dizia-se ter sido comprado ontem.

Calças escuras e um par de sandálias pretas bem-feitas completavam seu visual, dando-lhe uma aparência simples, mas elegante.

Seus longos cabelos vermelho-vinho estavam amarrados em um rabo de cavalo que descia pelas costas, permitindo que todos tivessem uma boa visão do homem mais bonito que já haviam visto.

Seus olhos brilhavam como duas gemas perfeitas, uma rubi e outra ametista.

Ele tinha dois pares de chifres orgulhosos no topo da cabeça, e suas mãos escamosas e garridas deixavam claro que ele era um dragão, e um bastante poderoso por sinal.

"Quem é ele?"

"Havia alguém assim no castelo?"

"Primeira vez que ouço falar..."

"Eu me pergunto qual é a rotina de exercícios dele..."

"Por quê? Você está em boa forma, Mia."

"Ah, eu só quero que meu marido se pareça com ele."

Quando o homem desceu da carruagem, ele ergueu a mão para auxiliar alguém dentro que ainda não havia sido visto.

Seria agora a sua deusa? Então quem era esse homem?

A Princesa Yara uma vez disse à velha senhora da floricultura que nenhum homem ou mulher ainda vivo nesta terra poderia ter seu coração.

Todo mundo sabia que ela conheceu algum homem quando desapareceu vários anos atrás e voltou com uma criança.

Eles tinham assumido que seu amante havia perecido, porque quem em sã consciência abandonaria uma beleza tão incrível?

Lentamente, uma figura que a multidão realmente reconhecia pegou a mão do homem e também desceu.

"É a senhora Lailah!"

"Oh? Ela não é casada com o príncipe?"

"Então, esse homem poderia ser...?"

"Eu pensei que ele era supostamente doente?"

"Se ele está doente de algo, eu também quero."

O casal estava tão enamorado pelo encontro que nem notou que eram o tópico de conversa entre os cidadãos e entraram na livraria de mãos dadas.

-

Ao entrar na livraria, o casal foi recebido com uma atmosfera quente e aconchegante que poderia relaxar instantaneamente os nervos de um casal em seu primeiro encontro.

Fileiras de livros até onde a vista alcançava decoravam cada canto.

Tudo, desde histórias fictícias, fábulas e até livros de feitiços.

"Bem-vind- Oh! Senhora Lailah faz tanto tempo!" Uma vozinha foi ouvida correndo em direção a eles em velocidade alucinante.

Uma pequena criança de cabelos castanhos mergulhou em direção a Lailah e deu à jovem bruxa o maior abraço que conseguia reunir.

Isso fez com que Lailah risse alegremente e retribuísse o abraço. "Pequena Mira, você cresceu tanto!"

A menina, ao ouvir isso, deu um passo para trás e estufou o peito com orgulho. "Isso aí, Mira já é uma menina grande agora, eu já tenho seis anos!"

Ao dar um passo para trás, Exedra finalmente conseguiu ter uma boa olhada na menina.

Ela tinha longos cabelos castanhos e um par de olhos âmbar. Seu pequeno e fofo rosto estava decorado com sardas e ela tinha um pequenino chifre marrom em sua testa.

Saindo de suas costas estavam duas pequenas asas azuis escuras com uma cauda correspondente.

De repente, Mira percebeu que ela e sua cliente favorita não estavam sozinhas e ficou muito curiosa sobre o homem que estava ao lado dela.

Ao encarar nos seus olhos de duas cores diferentes, tudo que ela conseguia pensar era, "Que legal..."

Exedra, ao ouvir isso, riu levemente antes da menina se aproximar dele e fazer um gesto para que a pegasse no alto, erguendo seus braços para o ar.

Ele olhou brevemente para a esposa e para a jovem criança desconhecida, e ambas pareciam estar esperando que ele aceitasse o pedido.

Exedra não tinha problemas com crianças, mas achou a falta de cautela desta um tanto preocupante. "Você não deveria ter mais cuidado com estranhos, pequenina?"

Mira olhou de Exedra para Lailah antes de responder.

"Bem, você está com a senhora Lailah, então você não pode ser uma má pessoa!" Ela assentiu, satisfeita, como se tivesse feito a dedução mais brilhante da história do pensamento independente.

Exedra deu de ombros e pegou-a hesitante, permitindo que ela tivesse uma melhor visão de seus olhos diferentes.

"Ooohh! Um é vermelho e o outro é roxo!" Ela exclamou animada.

"De fato são. Eu acho que você também gostou deles?"

"Sim! Você nasceu com eles?"

"Não, estes são um pouco de um presente."

"Um presente? Como do Papai Gnomo?"

"Não exatamente."

"Eu quero um presente assim!"

"Ah é? Então devo arrancar meus olhos e dar para você então?" Ele brincou

"Senhor não, você não pode fazer isso!"

"Eu estava só brinca-"

Antes que ele pudesse terminar a piada, a menina se remexeu em seus braços e tirou uma colher de prata do bolso de trás. "Use isso para tirar! Vai doer menos!"

Exedra olhou em branco para a menina antes de virar o olhar para a esposa, que assistiu a cena com um grande sorriso.

"Ela está falando sério?"

Lailah: "Com certeza."

Mira: "Sim, estou!"

"Mira! Você está ajudando os clientes adequad-"

De repente uma mulher apareceu à vista de uma porta atrás do balcão.

Era obviamente a mãe de Mira, compartilhava seus brilhantes olhos âmbar e longos cabelos castanhos ondulados.

Ela tinha dois chifres brilhantes em sua cabeça, e atrás de suas costas balançava uma cauda dracônica com belas escamas azul-ciano.

Seu corpo era extremamente curvilíneo, com seios grandes no tamanho H e um bumbum redondo e empinado.

Exalava o charme sensual de uma mulher mais velha sem nem mesmo tentar.

A mulher congelou quando viu o homem mais bonito que ela já havia visto segurando sua filha enquanto ela tinha sua colher de prata na mão.

"Mãe, adivinha só?! Eu vou conseguir os olhos desse cara!"