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Capítulo de n°. 05 - A Nobreza de Katrina.

Munique, nos anos 2000, era uma cidade que respirava modernidade sem perder sua essência histórica. Com suas ruas bem cuidadas e a arquitetura que mesclava o antigo com o contemporâneo, a capital da Baviera exalava um charme único. No coração da cidade, a Marienplatz continuava sendo o ponto de encontro dos muniquenses e visitantes, com seu famoso relógio Glockenspiel que encantava turistas todos os dias às onze horas da manhã.

À medida que o sol se punha sobre os telhados de cobre das igrejas e os arcos góticos das cervejarias tradicionais, Munique ganhava uma nova vida. Os cafés ao ar livre na Odeonsplatz ficavam lotados de pessoas que discutiam arte, política e filosofia, enquanto os biergartens convidavam os moradores locais para uma cerveja gelada e um pretzel ao final do dia.

Nos parques espaçosos como o Englischer Garten, ciclistas e corredores percorriam os caminhos arborizados, aproveitando a tranquilidade proporcionada pela natureza no coração da cidade. À medida que a tecnologia avançava, Munique também se destacava como um centro de inovação e empreendedorismo, atraindo mentes brilhantes de todo o mundo para suas universidades e empresas de alta tecnologia.

Para aqueles que se aventuravam além do centro histórico, bairros como Schwabing ofereciam uma mistura vibrante de arte de rua, lojas independentes e cafeterias descoladas. A cena cultural era efervescente, com galerias de arte exibindo obras contemporâneas e teatros encenando produções tanto clássicas quanto experimentais.

Em meio a esse cenário dinâmico e pulsante de Munique nos anos 2000, uma figura se destaca:

Katrina Darling, uma jovem estudante de arquitetura na Universidade Técnica de Munique. Com seus cabelos loiros e um olhar curioso, Katrina percorria as ruas da cidade com uma câmera fotográfica sempre à mão, capturando os contrastes entre o antigo e o novo, o tradicional e o moderno que faziam de Munique um lugar tão fascinante.

Katrina tinha um fascínio especial pela história da cidade e sua arquitetura, mergulhando nas bibliotecas e museus em busca de inspiração para seus próprios projetos. Seus amigos a conheciam como uma entusiasta da vida noturna, frequentadora assídua de bares e clubes que pulsavam com música eletrônica e ritmos internacionais. Entretanto, após uma crise econômica ela migrou para o Brasil. Seus pais, Josephine Darling e Simon Darling, deixaram sua terra natal para abrir uma nova empresa no Rio de Janeiro. Josephine era uma empreendedora de sucesso no mundo da moda, enquanto Simon se dedicava à criação de robôs auxiliares para os humanos e também projetava automóveis de luxo.

A família vivia em um apartamento no Rio, mas quando Katrina começou a se destacar na escola, eles decidiram se mudar para São Paulo. Lá, ela continuou a se desenvolver, mostrando habilidades excepcionais em comunicação e sociabilidade. Aos 14 anos, já praticava Jiu-Jitsu e havia se formado como cabeleireira, conseguindo emprego em um salão de beleza.

No entanto, Katrina não tinha sorte no amor. Seus relacionamentos anteriores foram marcados por traições e violência. Fred Richards, um jovem problemático, a traiu com uma colega de trabalho. Spencer Gonzales, outro namorado, tentou machucá-la durante uma discussão. Mas então, aos 16 anos, Dean Jensen entrou em sua vida.

Dean parecia ser o parceiro ideal. No início, o relacionamento era agradável, mas logo ele revelou seu lado violento. Seus pais a alertaram sobre ele, mas Katrina acreditava que ele poderia mudar. Até que, em uma noite, ao voltar para casa após o trabalho, Katrina foi seguida por quatro homens mascarados. Ela lutou bravamente, mas ao desmascarar um deles, teve uma revelação chocante seria Dean Jensen. Katrina se perguntou por que acreditara que ele estava trabalhando naquela noite.

Há duas semanas, antes do terrível incidente, Dean Jensen recebeu uma ligação em seu celular. Ela o observou em casa, verificando se ele estava se relacionando com outra mulher. Parecia ser um assunto relacionado ao trabalho, então não deu muita importância. De repente, em um ataque de fúria, ele agrediu Katrina após ela retirar sua máscara.

Katrina lutou bravamente, mas Dean e os outros homens a dominaram. Ela perdeu a consciência e, antes de desmaiar, testemunhou os abusos que sofreu. Seus pais, Sr. e Sra. Darling, tentaram ligar para ela, mas não obtiveram resposta. Preocupados, ligaram para sua casa e foram encaminhados para a caixa postal. O Sr. Darling acionou a polícia, e a busca por Katrina começou.

Duas semanas depois, encontraram Katrina desmaiada na rua, com roupas rasgadas e marcas de agressões. Por sorte, suas feridas não eram graves. No hospital, após um exame de corpo de delito, a triste notícia que sua filha. Durante sua recuperação, Katrina revelou aos investigadores os detalhes do ocorrido, chorando e lutando para respirar.  Ela segurava o telefone com uma mão trêmula, enquanto lia e relia a mensagem que havia recebido. Seu coração batia forte no peito, e uma mistura de raiva, choque e descrença dominava seus pensamentos.

Katrina: (sussurrando para si mesma) Não pode ser verdade...

A porta do quarto se abre lentamente, e sua mãe, entra, percebendo imediatamente a expressão perturbada no rosto de Katrina.

Josephine: (com preocupação) Querida, você está bem?

Katrina  levanta os olhos para encarar sua mãe, segurando a mão dela a abraçou chorando. Josephine se aproxima e faz o mesmo com uma expressão que rapidamente se transforma em grande dor em seu coração pelo sofrimento de sua filha.

Josephine: (com a voz embargada) Meu Deus, Katrina... Eles fizeram isso com você?

Ela sente as lágrimas escorrerem por seu rosto, enquanto a realidade do que aconteceu se afunda cada vez mais fundo em sua mente.

Katrina: (com a voz trêmula) E-eu não sabia o que fazer, mãe... Eu estava com tanto medo...

Josephine envolve Katrina em um abraço apertado, sentindo o coração partido pela dor de sua filha. Ela acaricia os cabelos dela com ternura, tentando transmitir todo o amor e apoio que pode em um momento tão angustiante.

Josephine: (com voz suave) Oh, querida... Você não precisava passar por isso sozinha. Nós estamos aqui para você, sempre.

Katrina se agarra à sua mãe, buscando conforto em seu abraço. Ela nunca se sentiu tão vulnerável e exposta, mas também nunca se sentiu tão amada e protegida como naquele momento.

Katrina: (com um suspiro trêmulo) Eu... eu não sei o que fazer agora... Eu estou com medo de retornar ao trabalho, mãe.

Josephine se afasta gentilmente para olhar nos olhos de Katrina, segurando suas mãos com firmeza.

Josephine : (com determinação) Nós vamos cuidar disso juntas, querida. Vamos fazer com que eles paguem pelo que fizeram com você.

Ela assente, sentindo um pequeno raio de esperança atravessar a escuridão que a envolve. Ela sabia que o caminho à frente seria difícil, mas ter sua mãe ao seu lado lhe dava a coragem de enfrentar o que quer que viesse.

Josephine: (com ternura) Você não está sozinha nisso, Katrina. Nós vamos superar isso juntas.

Katrina sorri fracamente, sentindo um pouco de alívio ao saber que não estava sozinha. Ela sabia que o apoio de sua mãe seria fundamental para ajudá-la a se recuperar e seguir em frente após essa terrível experiência.

Nesta narrativa, explorei a reação de uma vítima através da personagem Katrina Darling ao descobrir que foi vítima de um crime sexual, mostrando a mistura de emoções e o suporte emocional essencial que recebe de sua mãe, Josephine.  A abordagem é sensível à complexidade emocional da situação, enfatizando a importância.

Uma semana após sua liberação do hospital, Katrina foi para a casa dos pais, em busca de conforto, Reymond começou sua caçada pela cabeça de Dean Jensen definitivamente. O Sr. Darling, cheio de raiva, prometeu que Dean pagaria por seus crimes, mesmo que isso significasse pena de morte. Quando o oficial Reymond apareceu à porta, o Sr. Darling estava pronto para fazer justiça com as próprias mãos. Essa tempestade violenta parecia ser um reflexo de sua própria angústia interna. 

Enquanto observava os raios iluminarem o céu e ouvia a chuva bater contra as janelas, algo dentro dele mudou. Um desejo ardente de vingança começou a fluir em suas veias. Ele não conseguia mais suportar a sensação de impotência. Precisava fazer algo, precisava canalizar sua frustração de alguma forma. Enquanto a tempestade rugia ao seu redor, o Sr. Darling olhou para o céu e prometeu a si mesmo que encontraria uma maneira de sair dessa crise. A vingança não seria apenas contra a natureza, mas contra todas as circunstâncias que o haviam levado a esse ponto. Ele sabia que seria uma batalha difícil, mas estava disposto a lutar até o fim para proteger sua família e recuperar o que havia perdido.

Assim, sob o manto escuro da chuva torrencial e o clarão dos raios, o Sr. Darling t iniciou sua própria jornada de redenção, com o desejo de vingança como sua força motriz.