A Cabana do Rio

POV Kaio

Enfim, graças a isso agora eu tenho um método de conseguir monstros um pouco mais variados e com ataques e desenvolvimento mais interessante. Eu continuo com a ideia de que fiz sim um bom negócio, melhor eu ter uma ideia do que eu quero que depender completamente da sorte, não é mesmo?

[Isso não seria necessário se você conseguisse controlar seu hábito de apostas.]

'Ei desde quando você ouve meus pensamentos íntimos, não era do pra você poder ouvir apenas meus pensamentos superficiais Sys?!'

[Incorreto, sendo uma existência composta tanto pelo sistema quanto pela própria vontade do usuário, eu tenho capacidade de saber todos os seus pensamentos. Independente de sua permissão.]

'ISSO É CLARAMENTE UMA VIOLAÇÃO DA MINHA PRIVACIDADE!!!'

[Para isso você deveria ter alguma privacidade, desde o começo da masmorra ambos estamos simultaneamente, na sua mente e na sua alma.]

'Sim, sim, eu sei o orbe que é o núcleo da masmorra também é a manifestação física da minha alma, onde minha mente pode descansa e organizar as coisas da masmorra, quase igual a uma pokébola. ISSO AINDA NÃO É MOTIVO PRA VOCÊ FICAR OUVINDO OQUE EU PENSO FALO!!!!!!'

[Isso é involuntário, mas recomendo que você se acalme agora. Sua descarga emocional é tanto uma evidência clara da sua incapacidade de controlar impulsos de gastos em apostas (não que tenha convencido ninguém do contrário), quanto pelo fato de sua emoção estar começando a afetar a masmorra.]

'GRRRRRRRRR'

*Inspira e expeira*

'Recupere sua concentração Kaio, ignore certas coisas (várias) essa vozinha irritante (que cada momento que se passa parece mais e mais com a da mina irmã) diz a seu respeito e seu total autocontrole com apostas (ok talvez não tão total assim, mas eu consigo controlar quando realmente quero)'

[É... Só que não.]

'Ok agora você só tá fazendo isso pra irrita mesmo, dá pra para eu tô quase formando um núcleo de furacão involuntário aqui.'

'Muito bem agora serio, eu tenho que me acalmar não quero acabar (literalmente) jogando alguém pra morte.'

Eu disse pra mim mesmo ([ahhh..], é sério para logo) e consegui me acalmar e impedir a formação do furacão. Esse é o lado negativo de você mesmo ser a masmorra, as vezes quando suas emoções ficam muito desordenadas elas geram fenômenos involuntários, como esse quase furacão. Aaaahhhh, tenho que achar um jeito de controlar melhor isso.

[Você poderia—]

'Se você não for fala algo que realmente ajude e só queira continua me zoando pode parar bem aí.'

[....]

'Acho que eu fui uma má influência pro Sys hein, ahhh'

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POV Connor

As vezes esse lugar me surpreende, tanto no bom quanto no mau sentido, uma hora aparecem novos monstros que quase te matam, na outra uma nova planta miraculosa. Outra, quando você está pronto pra lutar com novos inimigos, o clima antes totalmente ensolarado e agradável, vira um ceu tempestuoso com ventos fortes que quase te arrancam do chão (Kaio: foi mal). E no instante seguinte volta pro clima ensolarado, isso já aconteceu algumas vezes, e é um dos fenômenos que nem os magos tem qualquer teórica pra explicar.

—Ok isso foi meio estranho, mas o lado bom é que isso espantou aqueles bichos. — Disse Anna olhando para as árvores altas, que instantes antes tinham pelo menos 7 criaturas que se pareciam um misto dos demônios verdes e das feras peludas, mas completamente diferente dos dois.

—Connor quanto falta pra chegarmos a cabana?. Max perguntou.

—Caso as coisas não tenham mudado desde a última vez que estive aqui, devemos levar por volta 1 ou 1 hora e meia. Isso se não encontrarmos mais nenhum monstro no caminho oque eu acho meio difícil.

—1 hora, me disseram que só precisaria de 20 minutos no máximo?. — Disse Anna

—Sim levava, mas isso foi até o fim do primeiro mês, quando tinha até um pequeno caminho pra seguir até chegar. Mas desde então parece que a própria provação cresceu ou o portal mudou de lugar, agora precisamos seguir por um caminho improvisado no meio das árvores pra chegar até lá. — Eu expliquei.— Felizmente a direção ainda é a mesma então não é um grande problema. — Eu disse apontando pra direção geral de onde ficava a cabana, o único ponto de acampamento comprovadamente seguro.

—So se você conhecer o lugar e estiver acostumado com a floresta né. Reclamou Max.

—Não seje um bebê, nós viemos aqui pra lutar com monstros e colher matérias exóticos, andar um pouco na floresta deveria ser bem mais trivial. — Anna disse, isso prova que não se deve julgar livros pela capa.

—Ficar aqui sem fazer nada é inútil, vamos indo antes que apareçam mais monstros que o grito do Max possa ter atraído. — Disse Cali, não esperando a resposta de ninguem e seguindo na direção que eu tinha apontado.

—É irritante quando ela age como a chefona, mas não tá errada. — disse Max.

E com isso nos continuamos seguindo em direção a cabana.

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Depois de pouco mais de 1 hora, nós chegamos a cabana, geralmente levaria por volta de 30 minutos, mas graças ao grito do Max nós tivemos mais 4 lutas contra o monstros, ironicamente elas foram bem mais fáceis que a primeira luta deles e eles conseguiram sentir como se elevar na masmorra. Eles pareceram mais surpresos com a sensação da Elevação que com a própria Elevação. Espera!, isso ficou meio confuso... é mais ou menos, assim eles já tinham se elevado normalmente nas ordens de cada um, mas segundo eles elevações em geral eram mais..... desconfortáveis, pra não dizer dolorosas. Eu nunca elevei sem ser aqui na Provação então não tenho base, mas segundo meu mestre as elevações geralmente são mais dolorosas.

Bom sendo dolorosas ou não, uma coisa que continua igual é o fato da necessidade de descansar depois que ela acontece, não é obrigatório, mas o descanso ajuda a Energia (Aeter) recém absorvida há se "habituar" ao corpo da pessoa. E felizmente a cabana do rio tem ótimas camas, tão boas que até foi criado um boato que se você descansar nelas depois de uma Elevação, você se recupera muito mais rápido, oque levaria 5 horas de um "descanso" desconfortável, nas camas da cabana leva 1 hora e meia de um sono totalmente confortável.

—Ei aquilo ali é oque acho que é? — Mav disse apontando para uma clareira a frente.

—É é exatamente oque você acha que é. — disse olhando para a cabana de dois andares de madeira, que era ainda maior que a casa do chefe da aldeia. — Uhhh huumm, senhoras e senhores, bem vindos há cabana do rio!. — Eu disse sorrindo para todos.