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Desconhecido

Nesse dia a pastelaria recebeu uma encomenda enorme para um batizado,o que nos fez a todos andar de um lado para o outro, mas por mais cansativo que tenha sido, tudo valeu a pena ao ver o resultado.

No final do dia todos os doces haviam sigo entregues e David mal cabia em si de tanta felicidade, quando uma senhora vestida com um vestido azul lhe entregou o cheque.

- Como sempre, fizeram um ótimo trabalho.-David falou tendo a atenção de todos em si.-Por tanto vão ser muito bem recompensados.-Acaba e toda a pastelaria explode numa gritaria com vários aplausos, fazendo o meu mais novo chefe sorrir animado.

-Tenho em mãos um cheque que me vai permitir pagar a todos quase o dobro do salário este final do mês.-Mais comemoração foi feita,e mesmo sabendo que não ganharia nada,por apenas ser uma simples estagiária,também bati palmas animada por todos os meus amigos e colegas de trabalho.

Após um pequena festa para celebrar ,sai da pastelaria querendo chegar rápido ao apartamento para tomar um bom banho, mas fui detida por uma mão a segurar o meu braço.

Assustada,bati na pessoa arrependendo-me em seguida quando vi que havia acertado o meu padrão.

-Desculpe David,foi sem crer.-Tento me remediar.-Eu apenas me assustei.

-Não tem problema, eu mereci essa.-Suspirei aliviada,mas ainda me sentindo um pouco culpada.- Pensei que podíamos celebrar o dia de hoje,visto que foi a tua primeira grande encomenda.

-Oh tudo bem.-encarei a porta do meu apartamento a querer poder subir sozinha.-Acho que não há mal nenhum nisso.-Dou de ombros subindo para o apartamento sendo seguida pelo meu chefe.

Na cozinha do apartamento, David abriu uma garrafa de vinho que havia trazido , e que eu nem tinha notado,me servindo um copo,com a desculpa que era um vinho bom demais outro a beber só ficar a vê-lo beber.

Assenti relutante aceitando o copo meio cheio experimentando o gosto que não era mau,mas também não era exatamente bom.

Recusando beber mais que um copo pois já tinha bebido mais um do que estava habituada a beber, comecei a comer os doces que David trouxera com ele,e adivinhem?eu também não notei.

- São muito saborosos.- Comentei enquanto comia um biscoito com uma linda flor de açúcar desenhada no topo - Nunca consegui desenha-las...- Admito admirando ainda a flor.

- Amanhã eu próprio ensino-te a fazê-las.Mas depois terás que praticar bastante,assim poderás ajudar os outros quando necessário.

-Tudo bem.-Assinto continuando a comer.

As horas iam passando devagar de mais e por mais que a companhia de David fosse agradável,eu só queria que ele fosse para casa,para eu tomar o meu banho e poder dormir.

- Vou retirar-me para poderes descansar.- Declara finalmente e eu sorriu internamente, feliz por ele parecer ler sempre os meus pensamentos.

-Oh já? Passou tão rápido,nem tinha notado. -minto.

-É,amanhã trabalhamos cedo. -levanta-se e eu acompanho-o até à porta e segui para a casa de banho.

Retirei a roupa separando-me do dia antigo, e ligo a água quente deixando-me ficar debaixo do chuveiro aproveitando o pequeno carinho nas costas.

Limpo-me com a toalha vestindo o meu robe,sigo para o quarto enquanto amarrava um coque no meu cabelo.

Quando entrei no quarto disposta a pegar no meu pijama para dormir, assustei-me quando senti alguém me agarra por trás.

A minha boca foi tapada por uma mão que me prensou contra um corpo,e uma lágrima rolou solta por meu rosto quando senti a outra mão desamarrar o meu roupão.

Fiquei estática por um tempo,tentando entender o que estava acontecer ,mas logo me debati-me nos braços do homem que me agarrava quando senti a sua mão em minha intimidade.

Mas por ser mais pequena e fraca nada aconteceu,e com um pouco mais de força o desconhecido me emoblisou em seus braços,me fazendo sentir cada vez mais desesperada,ao contrário de si que parecia ter todo o tempo do mundo.

Enquanto ruídos de choro saiam por minha boca e lágrimas grossas desciam de meu rosto, os seus movimentos eram lentos e torturantes.

Ele tocado-me onde nunca ninguém havia tocado,e eu não consegui sentir prazer como sempre sonhei em sentir.

O meu corpo foi jogado para cima da cama e logo fui agarrada pelo corpo do homem que agora eu pude reconhecer. Sua boca nojenta ainda com o sabor do vinho cobriu a minha e eu apenas me permiti chorar.

Parada sem conseguir me mexer, eu senti o meu mundo cair. Senti seus toques sujos no meu corpo, ele não tem o direito disto. Ele não tem o direto de me tocar assim pois não? Não importa se é meu chefe ou não.

Por favor, não me toque assim!

É tão horrível sentir sua invasão sem conseguir me defender, sem conseguir pedir por ajuda.

Por favor, pare!

No momento em que fui atirada para o colchão e vi o meu maior pesadelo dirigir-se a mim com passos lentos como se estivesse a saborear o momento, ai eu soube que essa sensação de nojo eu ia carregar para sempre.

Naquela noite David não tinha voltado para casa como me dissera,ele estava ali no quarto,na cama,comigo.

De um momento para o outro,numa daquelas narrações de violação que passavam todos os dias na televisão, também estaria a minha.

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