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Capítulo 15.1 de 1 – Ah! Isso será uma chatice.

Na cidade de Mangolândia, todas as decisões importantes eram de responsabilidade do líder da cidade. No entanto, esse sistema de governo incluía uma forma de contestar essas decisões. Os anciãos da cidade e o comandante das forças tinham o poder de se opor às decisões do líder, o que, em teoria, deveria servir como um mecanismo de equilíbrio de poder.

Embora esse sistema pudesse parecer injusto para alguns, havia sido a fórmula que permitiu à cidade sobreviver e prosperar ao longo dos anos. No entanto, havia uma cláusula implícita: se o líder abusasse de seu poder de forma excessiva, as forças da cidade teriam uma justificativa legítima para uma usurpação.

O conflito entre o líder da cidade e a comandante teve início quando a mãe de Izumi, grávida, apareceu na cidade. A permanência dela na cidade foi rejeitada pela maioria dos habitantes, mas, devido à decisão do líder e de alguns anciãos, ela foi autorizada a ficar.

No entanto, a comandante, líder das forças da cidade, discordou veementemente dessa decisão. Ela não tinha o poder imediato de reverter a decisão, mas sua insatisfação com a situação era clara.

Ao longo dos anos, ela formou um grupo de indivíduos que compartilhavam de sua insatisfação com as políticas do líder. Esse grupo conspirou para envenenar a mãe de Izumi e, em seguida, planejou a retirada de Izumi da cidade, juntamente com Max. 

Parecia que Carmine estava recuperando o controle da situação, mas, algumas horas após a partida de Max, ele foi encontrado. Embora o plano dela tenha sido frustrado, ela não demonstrou grande preocupação, pois seu objetivo maior não havia sido comprometido.

No entanto, anos depois, Izumi foi encontrado. Isso a causou grande apreensão, não apenas por ele ter sido localizado, mas também por sua capacidade de sobreviver todos esses anos fora da cidade. Ela estava convencida de que não seria fácil eliminá-lo.

Depois do fracasso de suas tentativas iniciais de assassinato, Carmine enviou vários assassinos para eliminar Izumi, mas todos falharam. Isso a deixou ainda mais apavorada e inquieta. Com o passar dos anos, Izumi e Max demonstraram ser cada vez mais fortes, o que só aumentou as suas preocupações. 

Ela não via Max como uma ameaça, mas Izumi era uma questão totalmente diferente. Carmine acreditava que ele era um sanguinário, já que todos os assassinos enviados para eliminá-lo foram mortos de maneira brutal. 

Diante disso, ela elaborou um plano para fazer com que esses dois prodígios se enfrentassem em um torneio, com a esperança de que Max conseguisse exaurir Izumi, permitindo que ela desse o golpe final.

Na final do torneio, esperava que Max conseguisse desgastar Izumi o suficiente para que ela pudesse vencer. No entanto, seu plano não deu certo. Izumi a derrotou antes que ela tivesse a chance de usar sua habilidade especial. 

Os soldados que estavam ao lado ficaram furiosos, mas sabiam que não poderiam fazer nada contra Izumi. Consequentemente, permitiram que ele deixasse a cidade.

Com a saída de Izumi, a cidade aparentemente estava retornando à normalidade, mas o líder da cidade sabia que as mudanças ainda estavam em curso, e algo grande estava prestes a acontecer, o que abalaria a cidade.

Com a morte de Carmine, o capitão Zona foi nomeado como o novo comandante das forças da cidade. Zona estava profundamente indignado com a morte dela e decidiu tomar medidas drásticas. Ele planejou assassinar o líder da cidade e usurpar seu posto. 

O líder da cidade, ao tomar conhecimento desse plano, começou a preparar estratégias para se defender, embora soubesse que enfrentaria uma tarefa difícil, já que a maioria dos soldados apoiava Zona.

O líder da cidade estava encurralado e percebeu que sua única opção para combater essa ameaça era buscar ajuda do clã Zura, mesmo que isso significasse enfrentar a hostilidade e o ressentimento deles devido à morte da comandante, que fazia parte desse clã. O líder estava disposto a lutar, mesmo sabendo que poderia ser rejeitado pela aliança com o clã Zura.

O clã Zura vivia em um local isolado, longe da cidade central, devido à hostilidade que enfrentavam pela sua ascendência de demônios. No entanto, após a conquista de Carmine, o respeito e a admiração do povo pela comandante ajudaram a melhorar a relação com o clã. A morte dela poderia reverter essa situação.

O líder estava plenamente consciente de que as forças da cidade poderiam atacar a qualquer momento, aproveitando-se da morte de Carmine para tomar o seu lugar. Ele sabia que a única forma de resistir a essa ameaça era formar uma aliança com o clã Zura, mesmo que isso significasse enfrentar desafios significativos.

Em resumo, o líder da cidade se preparava para uma reunião crucial com o clã Zura, consciente de que estava prestes a embarcar em uma batalha de grandes proporções.

— Senhor Castiel. O senhor esqueceu do seu blazer.

Castiel, um homem de meia-idade, desempenhava a função de líder da cidade. Sua aparência guardava uma semelhança notável com a de seu filho, sendo a única diferença a cor de seus olhos, que se destacava por ser profundo e escuro.

— Oh! Obrigado, Nana. És sempre prestativa — disse Castiel, ajustando o blazer antes de seguir em frente.

— Obrigado senhor — Nana, com um olhar sério, respondeu.

A maioria dos habitantes da cidade tinha cabelos negros como a noite, e Nana não fugia a essa característica predominante. Ela possuía cabelos negros e lisos que, mesmo emoldurados por seus óculos, não escondiam o brilho de seus olhos verdes penetrantes. Seu olhar sério e decidido, por vezes, impunha respeito e até mesmo temor em alguns homens, enquanto outros eram atraídos por seu mistério.

Nana vestia-se com elegância, e seu terno sob medida acentuava suas curvas delicadas. O cabelo repuxado num rabo de cavalo meticulosamente arrumado era seu penteado característico, conhecido por todos na cidade. Sua pele alva, quase etérea, era uma característica notável que a destacava entre a população predominantemente branca.

O único "defeito", segundo alguns homens, era a ausência de tamanho em seu busto. No entanto, para aqueles que a conheciam, sabiam que a verdadeira beleza de Nana transcendia o tamanho dos seus peitinhos.

— Não me chame de senhor. Continuo nos meus 20 e tal anos.

Seu velho mentiroso. Nana era frequentemente assolada por pensamentos negativos.

— Sim, desculpa.