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Missão

Enquanto estava lendo o livro, lembro de uma parte que não saia da minha cabeça.

[Tudo no mundo é magia, o que muda é como você a usa].

Agora faz total sentido isso, no momento que eu passei os olhos nessa parte. Não esperava, que fosse ao pé da letra.

É irônico, dizer isso, sendo que minha afinidade é o tempo, então já era esperado ter alguém com uma habilidade totalmente fora do habitual.

"Isso só foi um aviso. Posso mata-lo a hora que eu quiser. Enfim, me siga".

Ele abre a mão, e a grande pressão que me levava ao chão some. Quem é esse cara?

***

Passaram alguns minutos, enquanto eles chegavam ao bosque. Nesses minutos, não trocamos nenhuma palavra, apenas silêncio. O completo silêncio.

O que me faz pensar, se a magia se encontra em tudo. Pode haver uma afinidade do simples silêncio?

"Chegamos garoto".

Quando ele diz isso, olho ao redor, e percebo como é bonito esse bosque, que por acaso fina do outro lado da cidade. Parece ser uma linda floresta, sinto o ar puro, as plantas são tão lindas. É como se tivessem sido estruturas pelo jardineiro do paraíso.

Ao nos aproxima de uma árvore, vejo um garoto de cabelos loiros, olhos castanhos, e uma pele Branca. Mas o que se destacava era sua armadura que era junção das cores branca e azuis.

"Você já está aqui, Éder?".

Ao escutar isso, o garoto que aprecisava a visão magnífica que estava tendo. Olha rapidamente, e seus olhos se encontram com os meus.

"Achava que seria só eu hoje, Hugo".

Diz ele, enquanto faz um olhar interrogativo.

"Trouxe um amigo para você, não tem graça fazer as coisas sozinho, não acha?".

Ele dá de ombros.

"Tanto faz, mas se você acha que é melhor, não irei ir contra".

"Bem, garoto esse é Éder Lamer. Acho que vocês tem a mesma idade, ele tem dezessete".

No momento que ele diz isso, ele percebe que não faz a menor questão de qual o meu nome, e principalmente como iria explicar o sangue em minhas roupas.

"É um prazer conhecê-lo. Me chamo Dante, também tenho dezessete anos".

Tenho chegar perto, e fazer um comprimento com minha mão, mas ele recusa.

"Não precisa disso. Por acaso, acho melhor você ter outra roupa. Os animais sentem o cheiro de sangue".

Logo após dizer isso, Éder dá um sorriso

Por algum motivo, ele não estranhou o motivo do sangue em minhas roupas. Talvez, esteja relacionado, por estar com Hugo. E ele trás uma certa confiança, talvez.

"Bem, sente-se ao lado dele, garoto. Vou explicar o que vão fazer".

Logo após dizer isso, vou até onde Éder estava e me sento ao lado.

"Eu quero que vocês matem a Cobra do Leste. Ele vem atormentando as pessoas da cidade, e atrapalhando as minhas plantações. Aqui está o mapa da floresta".

Ele entrega a Éder, um mapa extremamente bem detalhado da floresta, que estávamos apreciando momentos antes.

"Tomem cuidado, caso sintam o cheiro de carne, significa que ela está por perto. Ela tem esse cheiro, para chamar a atenção de outras criaturas, e se alimentar".

"Tudo bem. Algum outro aviso?".

Enquanto o respodia, me levantava, me preparando para adentrar a densa floresta.

"Após derrotarem ela, vou está aqui esperando. Boa sorte".

Ao falar isso, ele some da minha frente. Esse cara com certeza é muito forte, mas por qual motivo ele não enfrenta ela? Bem são tantas dúvidas.

"E aí? Vai ficar parado? Vamos logo, quero terminar isso hoje".

Quando olho para trás, Éder já estava a beira de adentrar a grande floresta.

"Calma aí!!! Eu tô chegando".

Como ele chegou ali tão rápido? Enquanto eu chegava correndo ali, percebia que ele estava rindo.

"Vamos logo!".

Ao chegar no local, começamos de imediato a entrar na floresta. E cada vez que a gente andava mais um pouco, eu olhava como é lindo esse lugar. Se o céu realmente existe, é desse jeito que o imagino.

"De acordo com o mapa, a caverna que ela fica, está perto de um flor arco íris, Lucas".

Nem percebo o que ele fala, fico apreciando a vista. Os pássaros cantando, estou paralisado.

"Ei, Lucas. Se contrentra aqui. Não podemos perder a concentração".

Ao chegar perto de mim, ele me em empurra, fazendo voltar a realidade.

"Peço desculpas, esse lugar é realmente encantador".

Ao falar isso, Éder, olha para mim e dá um sorriso.

"Concordo com você, mas acredito que seja por isso, que ninguém conseguiu encontrá-la. Muitos ficam paralisados pela beleza, e simplesmente ficam aqui parados".

No momento que ele fala isso, consigo ver ao longe uma flor brilhante de várias cores.

"Éder!! Está ali a flor. Eu estou vendo".

Éder rapidamente olha para trás, e consegue ter a mesma visão que a minha, ele fica encantado.

"Vamos, Lucas. Não podemos perder tempo!".

Enquanto corríamos até a flor, lembrei de quando era criança, e passava parte do meu dia, brincando de pega-pega com Liz. A luz do luar, caindo sobre nós, a gente ficando até tarde de noite brincando. São as poucas memórias, que eu fico feliz de lembrar.

"Peguei, Lucas! Ela é tão linda... Ela é magnífica".

Ao chegarmos perto dela, conseguíamos vê o quão deslumbrante ela é. Estava sozinha no meio da floresta. Como se sua família tivesse a deixado ali.

"Éder, eu posso toca-la?".

Consigo perceber uma certa recusa de sua parte, mas ele me entrega ela.

Ao aproximar do meu nariz, sinto um aroma doce, o mais doce do mundo. Eu quero ela só pra mim, ela é minha.

"Lucas, deixa eu ficar com ela. Você já está tempo demais".

Eu simplesmente ignoro o que ele disse, e fico com ela nas mãos. Eu não vou entregá-la.

"Me devolve ela, eu peguei primeiro. Ela me pertence!".

Éder me empurra e pega para si a flor, sinto uma raiva subindo. Quem ele pensa que é? Ela é minha, eu a encontrei primeiro.

Até esse momento, eu vinha carregando o livro na mão esquerda, e a flor estava na mão direita. No momento de raiva, solto o livro, e vou direto dar um soco nele.

"ME DEVOLVA ELA".

Sem pensar muito, aproveito que Éder estava fixado na belíssima flor, e acerto ele com o meu soco da mão esquerda, o jogando pra longe.

"QUEM VOCÊ PENSA QUE É? ELA NÃO MERECE VOCÊ".

No momento que ele cai. A flor fica no chão, rapidamente me ajoelho a ela, e fico admirando.

Sem perceber nada, sou recebido com um soco de direita dele, e ele pega pra si a flor

"ME DÊ DE VOLTA, SEU MERDA".

Sem perder tempo me levanto, preparando para acerta-lo.

Nesse momento, ele olha para mim, e dá um sorriso.

"Descanse um pouco. Eu vou aproveitar a beleza dela".

Éder a segurava com a mão esquerda, e ao me aproximar, eu recebo um direto na minha cara.

Por algum motivo, o tempo ficou lento um momento antes, mas não consegui desviar. Eu consegui ver uma aura azul do seu punho.

Quando fui raciocinar novamente, estava no chão, com sangue saindo da minha testa.

"Se tiver sorte, você saí vivo hoje. Até aproxima, Lucas".

Que droga, eu ainda não tinha me recuperando da minha briga anterior, e esse golpe dele. Está me fazendo ficar tonto, muito tonto.

As coisas estão balançando pra mim, tá tudo ficando escuro. Será que dessa vez, eu irei morrer?

Eu consigo ver ele indo pra longe, longe. Acho que esse sempre foi meu destino, afinal. O que me resta é aceitar.

Na pouca consciência que me resta, vejo o meu sangue se desbanha na grama, que momentos antes, a sua cor era verde, e agora se desmancha em vermelho. O meu sangue.

Gostou da leitura? Adicione a sua livraria! Caso tenha alguma idéia ou sugestão, por favor me mande!

WendellzDcreators' thoughts