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A Despedida

O jovem Lucas, pela primeira vez em toda a sua vida, teve um sentimento de curiosidade e pavor. O garoto, que já havia perdido a fé nos deuses, está de frente para uma entidade, ele está paralisado.

"Deixa eu adivinhar... Você está se sentindo paralisado, certo?".

Lucas está tão perplexo com o que vê em sua frente, não consegue nem dirigir uma palavra. Ele se sente como um grão de areia em meio ao universo.

"Tomarei isso como um sim. Não tenho muito tempo para falar com você. Os meus irmãos, precisam de mim. Garoto, eu quero que você consiga de volta o núcleo do meu amado mundo".

Lucas ao escutar isso, sente irritação, e consegue superar o que prendia ele. Era como se as correntes que o seguravam no chão, se quebrassem.

"Como? Vocês são idiotas? Não são deuses? Você pode fazer isso, vocês criaram o mundo. Tudo foi você que fez. Desde o momento que eu nasci, todos foram contra a minha existência, nunca fui importante. Então... Qual o sentido?".

O ser encapuzado, ao escutar isso. Andar mais um pou em sua direção, e ao chegar perto, ele o responde.

"Entendo, sua insatisfação, garoto. Mas nem tudo está no meu controle. Vocês são seres inteligentes, e é o problema. O maior ponto positivo de vocês, é o ponto mais negativo. Estou tendo que resolver um grande problema, eles estão cada vez mais fortes".

Lucas ao escutar isso, reflete um pouco sobre tudo o que disse e pensou, e após isso o responde:

"Como você quer que eu ajude?".

O homem encapuzado, dá mais um passo, e entrega a ele um livro.

"Garoto, eu não tenho muito tempo. Eu preciso ajudar Dante, Leia esse livro. Você vai conseguir usar algumas magias, eu entreguei um pouco do meu poder a você. Restaure esse mundo, antes que seja tard-".

Nesse momento, o homem desaparece de sua frente. E quando Lucas olha ao redor, percebe que as nuvens pararam de se formar, e estava um lindo céu azul. E quando ele percebe, Mayke estava na entrada da vila, sentado em uma cadeira.

"Que porra tá acontecendo?".

Visão de Lucas:

Eu preciso imediatamente reformular minhas idéias, para eu fazer algo antes. Esse livro que ele me entregou, talvez seja interessante, começar por ele.

Antes que alguém apareça, vou ficar atrás da grande árvore.

Rapidamente dou a volta pela árvore, e olha se vejo alguém.

"Sem sinal de alguém, ótimo.".

Me sento, e logo em seguida abro o livro.

[Magias do mundo um].

Logo na primeira página, está listado todos os tipos de mágias que já foram inventadas.

[Antes de qualquer leitura no livro, lembre-se que cada usuário da magia, tem sua única afinidade. Há casos de prodígios, que possam dominar duas, três ou até quatro afinidades diferentes. Grande parte das afinidades, são conceitos que vão se desenvolvendo ao longo de sua vida, como a sua personalidade. Se você for uma pessoa mais calma, você tem adeptos a afinidades de calmaria. A mesma coisa se for uma pessoa de pavio curto, onde suas afinidades vão ser algo totalmente oposto de calmaria].

Bem, seguindo isso, a minha seria algo mais neutro, nem tão pra um lado, nem para o outro.

[Pode haver pessoas que suas afinidades não são relacionadas a sua personalidade. Nesses casos, o descobrimento delas se dá através de momentos de adrenalin-].

"Olha só o que temos aqui, Lucas, Lucas".

Ao olhar para o lado vejo Mayke, com um bastão preparado para me espancar. Se na última, fui salvo pelo gongo, dessa vez, não vou conseguir fugir.

"Já estava indo na sua casa, mas que bom vê-lo bem aqui, é bom que já jogo o seu corpo na floresta".

Parece que algo apagou sua memória, mas não tenho tempo pra isso, preciso fugir daqui de algum jeito.

Sem esperar muito, ele nem se importa com o livro, e segura o bastão e tenta me acertar.

"Toma essa, seu desgraçado".

Mas por algum motivo, eu sinto como se por alguns segundos ele fosse lento, em câmera lenta. Mas no mesmo momento, que eu penso isso, sou acertado pelo bastão e jogado pra longe.

"Que merda, Mayke! Qual é a sua? Tudo isso por causa de ontem? Me desculpe, por falar que o seu pai é um imbecil, e não merecia ser vangloriado".

Ao falar isso, Mayke vai até mim, que ainda estava se levantando e começa a me acertar repetidas vezes com o bastão, várias e várias vezes. Cada golpe, eu cuspia sangue

"Repete isso, vamos repete. Seu cachorrinho, você e lixo é a mesma coisa".

Já estava debilitado, quase sem força, mas sem perceber, enquanto eu ainda estava deitado no chão, estava escondendo sua visão do livro, mesmo que ele o tenha visto antes, ele não pode por as mãos nele.

Ele por um momento para os golpes, acreditando que provavelmente eu estava desmaiado.

Me levanto, tentando não fazer muito barulho, e tento ir até ele.

Mas no momento que faço isso, ele olha para trás, e tenta me dar um soco, que com certeza iria me acertar.

"Você quer apanhar mais, é? Não tem problema, pode vim".

Com certeza era para eu ter morrido com esse golpe, não sei o que houve. Em toda a minha vida, eu nunca fui bom em briga, porém os meus reflexos estavam melhores, e novamente vejo o tempo ficar lento.

"Vou fazer você fazer companhia com o merda do seu pai".

Aproveitando o tempo lento, desvio do golpe e acerto um soco em cheio em sua cara. O golpe faz o mesmo voar para longe.

"Como você fez... Isso?".

Mayke estava sem dentes, com muito sangue saindo. Eu sempre fui uma pessoa que em alguns momentos, os meus sentimentos me dominam. O sentimento que eu sentia era de raiva, e de justiça sendo feita.

"Era isso que a merda do seu pai merecia, ela não merecia ter morrido, mas ele sim. Se a justiça não for feita... EU FAÇO".

Eu fiquei em cima dele, e comecei a golpear sua cara, não sei por quanto tempo fiquei ali, socando sua cara. Na entrada da vila, cada soco era um sentimento melhor.

"ASSASSINO!"

Quando olho para o lado vejo os moradores da vila, me olhando horrorizados com o que fiz. Quando olho para Mayke, ele não era mais o mesmo. O seu lindo rosto branco, não era mais branco e muito menos lindo, era pura carne, e sangue, sua boca já não tinha mais dente, seus olhos já estavam esmagados. Eu matei um homem, eu tirei uma vida.

Saio de cima dele, e quando tento explicar, vejo Liz no meio da multidão chorando, vendo o que fiz.

"Calma, não é isso. Eu só... Ele que começou, ele me bateu primeiro".

Ao falar isso, todos me olham com cara de nojo, e vejo Liz sair correndo com medo.

"Vá embora daqui, seu monstro. Você é um demônio, nunca deveríamos ter aceitado você aqui. Saia daqui. Pobre Mayke, um garoto tão bondoso".

A injustiça novamente aconteceu, eu não aguento mais viver isso. Eu pego o meu livro, e vou seguindo pela floresta, enquanto escuto milhares de insultos e ofensas sobre mim.

"Ela morreu por sua causa. Você quem a matou".

Sinceramente, há momentos nessa vida, que a raiva é, sim, uma benção. Ao escutar isso, olho para trás.

"Eu matei ela? EU MATEI ELA? Eu estou cansado de tanta merda comigo. Tudo que acontece de errado, sou eu. Vocês querem saber o que eu acho isso? Mayke foi um desgraçado e pagou o preço. O pai dele foi um desgraçado e morreu. E adivinha? Ele virou um santo para vocês! Estou ajudando vocês, façam o Mayke também como santo, e aproveitem e quando alguém perguntar sobre ele. Diga que ele morreu, por um assassino, que teve questão de arrancar cada membro da sua cara, e para que não aconteça o mesmo com outras pessoas, ele pediu para não entrarem no seu caminho".

Eu vejo a cara assustada de todos quando eu digo isso, vejo eles tremerem de medo. Tanto faz isso, eu vou embora. Eu cansei dessa merda.

Eu continuo seguindo no meio da floresta, com apenas o livro. E nada mais, apenas o livro.

***

Após algum tempo caminhando no meio da floresta, me deparo com uma grande cidade, a cidade parece um lugar extremamente grande, bem diferente do lugar que eu estava, as coisas aqui são extremamente bonitas desde as casas até às ruas, parece até que eu estou no paraíso. Não sei por quanto tempo eu andei, mas enquanto andava eu fazia umas pausas e consegui ler um pouco mais do livro.

Parece que a minha afinidade é o tempo, mas não consigo controlar perfeitamente, com algumas práticas consigo melhorá-lo.

Mas não faço ideia de como, fazer isso. O livro só explica sobre as afinidades e sobre como descobrir a sua, preciso de um livro que consiga se aprofundar um pouco mais sobre isso.

"Ei, você".

Enquanto entro pela cidade, vejo um homem de 2 metros de altura, chegar até em mim.

"Olá, o que você quer?".

Ao falar isso, vejo o me encarar, como se eu o estivesse provocando.

"Olha a merda das suas roupas, garoto. Você precisa de ajuda?".

Quando ele fala isso, percebo na hora o estado das minhas roupas, que mesmo sendo pretas, não consegue esconder a coloração avermelhada e o cheiro de sangue por todo lugar. Entretanto, para eu conseguir o livro que eu quero, vou precisar de dinheiro, é bom eu perguntar a ele como eu consigo aqui.

"Não, relaxa. Tá tranquilo. Pode me informar, onde eu consigo dinheiro?"

Ele franza as sombrancelha, mas logo me responde.

"Olha, garoto. Você pode conseguir de várias formas, mas a principal, é fazendo missão. Do jeito que estamos sem guerreiros, seria interessante a sua chegada".

Bem, com o roubo da Vida Primordial, é o esperado disso.

"Quer saber? Eu te dou 200 moedas de ouro, de você conseguir trazer pra mim, a cabeça da Conta do Leste. Eu pedi para uma pessoa também, ela vai me encontra no bosque, daqui a 30 minutos. Venha comigo".

Isso é extremamente interessante, não sei se é uma armadilha. Levando em consideração que estou cheio de sangue, e ir para um lugar a noite, com uma pessoa cheia de sangue nas roupas, não é algo muito inteligente.

"Só avisando. Não faça nenhuma gracinha".

Ele fecha o punho, e sinto uma pressão sobre mim, quase deitando no chão. Esse cara... Ele controla a gravidade!

Gostou da leitura? Adicione a sua livraria! Caso tenha alguma idéia ou sugestão, por favor me mande!

WendellzDcreators' thoughts