{Notas do Autor}
Tive alguns problemas para resolver e para melhorar, fiquei com um sono do caralho a ponto de apagar sem nem postar o capítulo. Por isso que tá saindo às 2:30 da manhã
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[03/04/2018] - [19:01:36]
[Belo Horizonte - MG - Brasil]
[Lúcio POV]
Chegamos à delegacia. O prédio fica perto do shopping onde trabalho. Na verdade, as sedes de qualquer instituição pública ou privada ficam próximas às entradas da Área. E sim, existem várias entradas. Afinal, a Área de Comércio e Serviços Terreno-Celestial reúne pessoas do mundo todo! É óbvio que existiriam outras entradas!
Após alguns minutos, Sr. Silva nos chamou pessoalmente. Não é porque eu era uma celebridade ou uma pessoa influente (modéstia a parte... Sou o melhor inscricionista e artesão do estado... Principalmente agora que tenho Vivy e minhas Técnicas!), mas porque Sr. Silva era um velho amigo do meu pai.
Ambos se conheceram na infância, quando a família Silva se mudou para uma fazenda vizinha em Morada Nova de Minas, terra natal do meu pai. Não demorou muito para virarem amigos próximos. Os dois estudaram no seminário, mas preferiram estudar Direito ao invés de virar padres. Logo começaram a trabalhar na Polícia Militar, em delegacias diferentes. Meu pai era escrivão e Sr. Silva era... Era... O que ele era mesmo?...
Enfim, os dois continuaram trabalhando e, devido seus excelentes desempenhos, sempre eram promovidos. Sr. Silva virou delegado estadual, enquanto meu pai virou Mestre Alquimista da Polícia. Mas depois saiu e foi trabalhar na usina Ana Florência em Ponte Nova. Foi nessa época que ele conheceu a minha mãe. Ela era engenheira de alimentos e aplicava a Alquimia nos processos de fabricação.
Sua receita favorita era a broinha de queijo, ensinada por vó Lia. Os verdadeiros benefícios da quitanda nunca foram divulgados e a receita é segredo de família. Passei a vida inteira comendo essa broinha embebida em leite com açúcar. Por que? Porque assim é mais gostoso!
Mesmo quando meu pai se mudou da capital para Ponte Nova, Sr. Silva sempre manteve contato. Quando meus pais desapareceram, ele fez o impossível para encontrar respostas. Também me ajudou com alguns dos meus problemas na época. Devido a essa familiaridade, sempre o chamei por senhor, não por doutor ou outro pronome de tratamento. Claro que era diferente quando a ocasião necessitava um mínimo de etiqueta e formalidade.
Era o típico sertanejo: pele bem bronzeada graças ao trabalho sob o sol, mãos magras calejadas devido o trabalho pesado na terra e, ouso dizer, o rosto um pouco seco por causa das intempéries do Sertão. Cabelos castanhos lisos curtos pouco volumosos, característica desenvolvida ao usar um chapéu por muito tempo, com alguns fios prateados provenientes dos quase 60 anos de idade e os olhos claros afiados daqueles que nasceram e foram criados nas veredas.
Me lembro do que Euclides da Cunha escreveu em um dos seus livros: "O sertanejo é, antes de tudo, um forte."
Em resumo: Ele é magro e chega a ser feio no nível que nem maresia não come. E ainda sim, é um cara brabo que mete respeito e não tem medo de jagunço mal-encarado!
Seus olhos estavam brilhando e ele tava com a cara de "moleque, onde foi que você se meteu? Você me deixou preocupado, mas ainda bem que você está seguro". Como cheguei a essa conclusão? Pura e simples experiência...
Sr. Silva: "Moleque, onde foi que você se meteu? Você me deixou preocupado, mas ainda bem que você está seguro. Vamos entrar e aí me explique tudo.
*sorrindo com orgulho* O que eu disse?
Lúcio: "*abatido* Sim, além disso... Bem, a gente conversa lá dentro."
Olhou preocupado, me levou até o seu escritório e aí começamos a conversar. Logo comecei contando que eu simplesmente fui dormir e quando acordei estava dentro da van do Reinaldo. O resto é uma história que eu inventei condizente com o meus planos. Depois só respondi a algumas perguntas dele. Obviamente falei do sumiço de Selene, o que o deixou ainda mais preocupado.
Depois foi a vez de Reinaldo e, por fim, Seu Tião. Para aumentar minhas chances de sucesso, enquanto eu conversava com o Sr. Silva, repassei tudo ao vivo para os dois. Era como se eu estivesse em uma entrevista ao vivo na TV ou numa live. Mesmo já tendo explicado o plano, isso ajudou muito.
Seu Tião saiu. Beleza, pronto acabou, ótimo maravilha, agora quero ir embora e procurar a minha mulher!
MAAAAAAAAAAAAASSSSSS...
Sr. Silva se aproximou e secretamente, sem ninguém ver ou perceber, ativou um artefato que cria uma pequena barreira invisível, impedindo que outras pessoas ouvissem ele.
Sr Silva: "*sério* Lúcio, eu sei que você tá me escondendo alguma coisa. Não vou te obrigar mas, por favor, quando puder, me conte o que realmente está acontecendo."
Ugh... Merda...
No fim, isso era inevitável. Felizmente foi ele que percebeu. E acho que só percebeu porque é ele. Me sinto um pouco mal em mentir, mas no momento é melhor evitar a polícia. Afinal, a instituição é chefiada pelos deuses...
Após o ultimato, sorri e me despedi, enquanto chamei um táxi. Droga... Quando fui para o meu apartamento, eu deveria ter vindo para cá na minha picape...
Reinaldo: 'Entendi! O Chefe quer pegar um táxi para poder despistar a polícia ou alguém que o esteja seguindo! O Chefe é incrível mesmo!"
...
...
...
...
*inspira e fecha os olhos*
...
...
*expira e abre os olhos*
...
...
Cara...
...
...
...
...
DE ONDE CARALHOS ESSE PORRA NOIADO TIRA ESSAS IDEIAS?!?!!!?!?
*suspira e fecha os olhos mas está olhando para cima, quase chorando. É quase possível ver sua alma deixando o corpo.*
Lúcio: '*um pouco desconfortável* I-isso! E-eu vou fazer umas coisas e depois a gente se fala.'
Seu Tião e Reinaldo foram embora. Alguns minutos depois, o táxi chegou. Entrei no táxi e quando ia falar para o motorista me levar até em casa, percebi que dois caras ao lado de uma moto estavam parados e olhando para o táxi...
Lúcio: "*irritado* Ah, qual é! Agora isso?!"
Então tive uma ideia, seguida por um sorriso diabólico...
Lúcio: "Sr. Pedro, resolvi que quero passear um pouco. Não se preocupe com o dinheiro."
Ele me olhou desconfiado, mas assim que viu um bando de onças-pardas na minha mão, o humor dele mudou completamente.
Sr. Pedro: "*sorrindo, de orelha a orelha* Pode deixar, chefia!"
Assim que ele saiu, comecei a conversar com Vivy. Mentalmente, é claro. Não quero que ele pense que eu sou louco!
Lúcio: 'Ok Vivy, recapitulando: você descobriu que Selene foi teleportada à força para um lugar desconhecido, no melhor estilo anime de isekai, e quem quer que tenha feito isso usou-'
Sr. Pedro: "*aflito* Merda, tem dois caras numa moto me seguindo."
Lúcio: "*sorrindo maliciosamente* Não se preocupe, eu tenho um presentinho pra esses dois."
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{Notas do Autor}
Taquipariu... Sempre tem que ser a porra de dois caras numa moto para fuder com a história!
Historia Reiss: "*envergonhada* B-baka..."
Autor: "*irritado* Não tô falando de você, Geografia!"
Até mais galera!