Especial de Ano-Novo - Parte 3
{Notas do Autor}
E finalmente, a parte 3!
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[31/12/2017] - [22:42:39]
[Área de Comércio e Serviços Terreno-Celestial - Praça Latina - Restaurante Magnoli]
[Lúcio POV]
As discussões sobre sorte e fortuna continuaram. Principalmente devido a um certo Polvo Azul Onírico enfezado que estava determinado a comprovar as trapaças de San Lang.
Seu Tião estava bebendo... Algo?
HEMPF... Correção...
O corpo de Seu Tião estava bebendo algo de um pequeno cantil. Ele já não estava mais entre nós...
Ana e Sofia fofocavam, Ricardo e sua noiva nos namoricos, Romário e Lídia brigando como se fossem um casal...
Enquanto Selene e eu trocávamos alguns olhares e frases. Mesmo com o poder do vinho mágico do restaurante, não conseguíamos entabular uma conversa por mais de 5 minutos, devido talvez à nossa vergonha, timidez ou o que quer que fosse.
Sávio: "Alegrem-se! Eu cheguei! Agora sim a festa vai começar!"
Nos viramos ao ouvir a voz do italiano. Sávio, Hugo, Renata e Larissa se aproximavam. E claro, todos com roupas brancas.
Sávio: "Vocês já estão jogando? Por que não me chamaram antes? Eu não perdi nenhuma aposta, né?"
Mas rapidamente calou-se ao notar os olhares da esposa. Cônjuges podem ser assustadores...
San Lang: "*sorrindo* Haha, não é um jogo de aposta. Na verdade isso..."
Então San Lang explicou tudo sobre os pergaminhos da sorte. Ele também fez um breve resumo dos resultados, e depois tirou mais pergaminhos de um anel de armazenamento.
Por que ele carregava isso? Não sei...
San Lang: "*bebendo um pouco de vinho* Por favor, sentem-se. Pensem como se aqui fosse seu estabelecimento."
Renata: "Oh! Impressão minha ou o San Lang está mais espirituoso que o normal?"
Sofia: "Mais ou menos isso. É que ele e Ondini tiveram uma discussão um pouco acalorada sobre os resultados desses rolinhos da sorte."
Larissa: "Ah, sim! San Lang falou sobre isso: que Ondini abriu vários pergaminhos e sempre dava azar."
Ondini: "*um pouco choroso* Por favor, parem! Eu não aguento mais passar vergonha por causa disso!"
San Lang deu um leve sorriso malicioso para Ondini. Ana apiedou-se e pôs o molusco místico em seu colo, acompanhado de uma sessão de cafunés.
Lúcio: 'Acho que bebi demais. Parece que Ondini devolveu o sorriso para San Lang...
Eles estão se olhando e sorrindo. Agora tem um demônio e um Kraken se enfrentando, sobre as cabeças dos dois.
Yep, eu bebi demais!'
Irrelevando minha duvidosa sobriedade, estava feliz. Os dias que passei sozinho após o desaparecimento dos meus pais eram desbotados, ensurdecedores, repulsivos, nauseantes e inconsistentes.
Mas segui em frente. Como meu pai dizia: "O mundo não para pra você chorar". Na verdade, eu seria um grande filho da puta ingrato se vivesse triste. Tá, não tenho tudo, mas também não estou no fundo do poço!
Família, amigos... Até o famigerado dinheiro... Boa sorte, alegria, comida em casa, roupa lavada, o trabalho que eu queria ter... Minha saúde não é lá essas coisas... Mas eu tô vivo, né?! É isso que importa!
Selene: "*corada e um pouco embriagado* O que foi Luc? Por que você está triste?"
Mini Lúcio: 'Porra, seu feadaputa disgramado! Como que tu tem a audácia de ficar triste perto dela?! Anda, peça desculpas e conserte a merda que cê fez!'
Lúcio: "*atrapalhado, corado e um pouco embriagado* A-ah! Não foi nada! Só tava pensando em como sou sortudo de ter você."
Selene: "*sorrindo, embriagada e corada* Então tá! Eu também sou muito sortuda por ter você."
Narrador: "O miraculoso efeito do álcool impediu que ambos compreendessem completamente o que falavam. Mas antes que houvesse algum progresso..."
Gustavo: "*em tom de deboche* Então tá todo mundo reunido aqui, huh."
As conversas na mesa cessaram. Até Seu Tião acordou e parecia já estar de ressaca. O motivo estava em pé e também de branco, acompanhado de Gabrielle.
Hugo: "*aborrecido e com um tom sarcástico* Quer alguma coisa, jovem sr. Braun?"
Gustavo: "Pelo menos o dono desse lugar tem um pouco de educação. Eu só vim dar uma olhada."
Sávio: "Então acho que já deu uma boa olhada."
Gabrielle: "Ah, Savinho, não diga isso! Meu namorado só veio dar um oi."
Todos na mesa: 'Dar um oi, o caralho!'
Gustavo: "Bem, eu já dei uma olhada, então vou indo- Lúcio?! É você?! *abrindo um sorriso estranho* Hoho, então você já saiu do hospital? Me perdoe por não visitá-lo. Você tem um corpo tão fraco, que vive doente! Tive medo de me aproximar e piorar sua situação! Claro, se seus pais tivessem te deixado algo além duma chacrinha lamacenta no interior, talvez pudesse começar a parcelar um tratamento."
As ofensas continuaram. Por fora, eu estava calmo, mas o Lúcio Criança de 8 anos que tinha medo do valentão da escola estava aterrorizado. E por isso eu não fiz nada.
Não, não foi por isso. Eu que tinha medo de enfrentá-lo. Por que? Porque eu tinha medo dele? Da família dele? Da força dele?
Não.
É porque eu era covarde. Sempre fui. Sempre tive medo de enfrentar meus medos.
Selene: "Sabe de uma coisa, Gustavo? Você já está sendo chato. Então por que não vai embora?"
...
...
...
Ela sempre fez isso. Me defender. Selene sempre me apoiava. Sempre brilhando e me defendendo. Como se fosse...
Como se fosse...
Minha lua...
A lua da minha vida.
E agora essa lua estava enfrentando meus medos no meu lugar.
Não só ela. Notei que o pessoal iria partir pra cima do Gustavo a qualquer momento...
...
...
Haha...
Hahaha...
Que vergonha...
Será que sempre será assim?
...
...
Não...
...
Não...
...
NÃO!
CHEGA!
TÁ NA HORA DE CRESCER E SUPERAR ISSO, LÚCIO!
VAI CONTINUAR VIVENDO DESSE JEITO?!
NÃO VAI MESMO, PORRA!
JÁ PASSOU DA HORA DE MUDAR!
ENTÃO TÁ ESPERANDO O QUE? ARREGAÇA A CARA DESSE DESGRAÇADO!
E DAÍ QUE VOCÊ É FRACO? VOCÊ NÃO É UM INSCRICIONISTA? NÃO É UM ALQUIMISTA? NÃO É UM...
NA VERDADE...
VOCÊ NÃO É NADA DISSO! VOCÊ É UM FUSIONISTA! O PRIMEIRO E ÚNICO MESTRE FUSIONISTA DO MUNDO! AQUELE QUE TORNA AS FUSÕES E MISTURAS IMPOSSÍVEIS E BIZARRAS EM REALIDADE!
ENTÃO MOSTRA PARA ESSE BASTARDO O GRANDE PODER DAQUELE GAROTINHO MALUCO E AMANTE DE MONSTROS E BIZARRICES!
Gustavo: "Ora, vamos lá, Lúcio! O que foi? O gato comeu...
...
Hmm...
Ai...
Aaaiii...
...
AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!!!!"
Todos congelaram, e apenas podiam olhar para o cara chamado Gustavo atrás de mim. Afinal, não era pra menos. Ele estava experimentando minha nova criação.
"Luz da esperança.
Aquele que converge os desejos e vontades num só.
Voe alto, além das estrelas, e ilumine meu caminho.
O arauto dos Dragões Majestosos.
Centelha Estelar!"
...
...
...
ARREGAÇA ESSE FILHO DA PUTA, C.E.!
...
Gustavo sofreu fortes dores. Tão fortes que ele estava de joelhos e chorando. Rapidamente, ele tomou a melhor decisão e fugiu do restaurante. Seus acompanhantes o seguiram.
Ninguém entendeu o que tinha rolado. Até que me levantei e estendi a palma da mão. Um raio escarlate cruzou a porta. E um pequeno autômato vermelho pousou na minha mão.
Lúcio: "Meus amigos, conheçam o C.E.!"
O pequeno autômato parecido com um dragão escarlate começou a voar ao meu redor. Na verdade, tirando a cabeça e as asas de dragão, C.E. se parecia muito mais com um simples drone vermelho.
Mesmo assim, ele era muito especial. Afinal, ele marcou o início de um novo ano e uma nova fase da minha vida.
Todos me olharam em silêncio. Até que começaram a rir.
Ricardo: "Hahaha, é claro que isso é obra do Lúcio!"
Romário: "Cara, você botou o Gustavo pra correr!"
Lídia: "Amei! Além de fofo, esse carinha espanta imbecis!"
Ana: "Ei, primo! Tive umas ideias muito loucas pra usá-lo! Vamos combinar depois?"
Sofia: "Eu quero um, não, dois desses!"
Sávio: "A melhor parte foi ver o Gustavo fugindo como um bebêzão!"
Hugo: "Pois é! Aliás, como esse carinha fez aquilo tudo? Veneno? Choque? Calor? Mordidas? *alarme de relógio* IH CARAI, TÁ QUASE NA HORA DOS FOGOS!"
Renata: "Tão esperando o quê? Vambora!"
Rapidamente levantamos e fomos em direção ao telhado. Pelo caminho, as conversas sobre o ocorrido continuaram.
...
Já no telhado, com visão total do céu estrelado da Área...
Sávio: "Muito bem, pessoal! 1 minuto para a virada! 2017 foi incrível, mas 2018 será melhor! Que nós possamos estar em mais momentos assim: com a família, com os amigos, com saúde, prosperidade, alegria e tudo de bom! Feliz Ano Novo pessoal!"
Todos: "Feliz Ano Novo!"
Lídia: "Olha lá, já vai começar!"
Ao longe, era possível ouvir os mecanismos dos canhões pirotécnicos de bronze celestial construídos pelos deuses.
Aliás, se algum dia você tiver a oportunidade, assista esse espetáculo. Nenhuma pirotecnia humana, letal ou não, se compara com a versão divina.
Uma matriz gigantesca surgiu no céu, formando um contador que precedia o momento.
Todos na Área: "CINCO!
QUATRO!
TRÊS!
DOIS!
UM!"
Narrador: "O estrondoso som das explosões dos canhões percorreu, não apenas a Área, mas também todo o Céu. E seguido das explosões, um espetáculo de luzes e formas ornamentou a noite. Nenhum pintor poderia selecionar uma cor semelhante às cores dos fogos. Nenhuma câmera poderia gravar os movimentos das figuras no espaço. Nenhuma tecnologia futurista poderia recriar tal evento.
Aquela era a última noite do velho ano e a primeira do novo. Nesse momento, promessas, desejos e até confissões percorreram todo o mundo. Alguns desses se realizariam, enquanto outros seriam esquecidos. Há quem diga que houve uma confissão no telhado desse restaurante celeste, mas não foi comprovado...
E para muitos, que desejavam paz, tranquilidade e uma boa vida, não imaginavam as surpresas desse ano recém-chegado.
Surpresas boas, outras nem tanto. Algumas tão incríveis que mudariam o planeta. Enquanto outras...
...
Seriam abismais. A ponto de nem o desespero causado às almas no Inferno se igualar...
Mas isso não era importante. Principalmente para o grupo reunido no telhado daquele estabelecimento. Afinal, eles eram humanos, que vivem um dia de cada vez.
...
...
...
Bem...
...
...
Nem todos..."
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{Notas do Autor}
Meu último feliz Ano Novo de 2021 para vocês, galera!
Bem, nem vou falar sobre o que vai acontecer em 2018. Nós já sabemos.
Mas...
Só sabemos o que acontece até o início de abril...
...
Gustavo é o típico vilãozinho clichê que só presta como saco de pancada.
A verdade é que nunca planejei desenvolvê-lo totalmente. Simplesmente porque ele é só um degrau na vida do prota. Um de vários degraus insignificantes. Mas acho que isso não está certo...
A história pode mudar. Até prefiro que mude. Clichês em excesso estragam a diversão.
Até mais, galera!