Neste livro, enfrento a ânsia de compreensão e busco revelar o inexprimível. Através das páginas, desvendo minha relação complexa com o mundo, minhas incertezas, meus sonhos, e a incessante tentativa de capturar o não-dito. Cada palavra, verso ou narrativa é um eco do meu anseio por compreender a beleza e a brutalidade da vida. Sou um ecoante da alma humana, na tentativa poética de dar sentido ao que às vezes parece desprovido de sentido. Entre linhas entrelaçadas, delineio minha busca pela transcendência, mesclando visões realistas e sonhos fugazes, construindo um universo onde as nuances da vida se entrelaçam com as contradições do ser. 'Tentativas Ansiosas de um Não Lírico' é um convite para uma viagem pela turbulência de um coração inquieto e por um mundo onde as palavras são mais que meras expressões, são tentativas apaixonadas de dar voz ao que não pode ser contido.
Mesmo com a vontade de escrever, por que devo escrever?
Quem escreve, escreve algo para alguém ler.
Pergunto-me.
Você leria tudo que escrevi até o fim?
Pergunto-me.
Devo parar de escrever?
Pergunto-me.
Algum dia poderei tirar um 'eu te amo' da tua boca?
Pergunto-me.
Para onde vai o homem que guarda o amor no peito ao lado de quem ama?
Pergunto-me.
Deveria doer tanto quanto dói?
Pergunto-me.
Por que pergunto-me sobre tantas coisas?
Quero escrever sobre.
Tantas coisas.
Mas...
Tudo o que ando escrevendo não parece ser suficiente.
Faltam linhas.
Faltam palavras.
Não é apenas o sujeito que se tornou oblíquo.
Todo texto é oculto, todo texto é o sujeito.
Sinto não ser capaz de colocar em palavras tudo o que sinto por ti.
Acho que sou uma cópia ruim de todas as minhas inspirações.
Eu sei por que meus textos são pobres e podres.
Frankenstein.
Sou o Frankenstein e sou também a criatura.
Sou o pai rançoso e cruel que queria ser algo, por isso criei a criatura, criei a mim mesmo.
Criei um monstro, partes desconexas dos mais diversos autores.
Ninguém me ensinou a amar.
70% água.
100% mágoa.
Ou eu desabafo ou...
Eu me mato.
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. Decidi me matar