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Game Of Thrones: Jon Snow (Sage)

No vasto e perigoso mundo de Game of Thrones, um ano antes da misteriosa morte de Jon Arryn e dos eventos que desencadeariam a Guerra dos Tronos, Jon Snow enfrenta uma febre rara que quase o leva à morte. Porém, ao se recuperar, Jon desperta habilidades extraordinárias, que alterariam para sempre seu destino. Agora, ele caminha em direção ao seu destino, de se tornar o herói que irá derrotar o grande inimigo e que irá salvar o mundo. Enquanto muda o destino de milhões de pessoas e do mundo inteiro.

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12 Chs

Capítulo 10

A noite começava a cair, e Jon cavalgava em um ritmo tranquilo, aproveitando o frescor do vento que soprava suavemente pelo caminho. Ghost trotava ao seu lado, agora grande como um lobo adulto, o que chamava menos atenção do que se continuasse a crescer a todo vapor. Jon havia ajustado o ritmo de crescimento do lobo, e isso parecia ser o suficiente, pelo menos por enquanto.

 

Porto Real estava em sua mente, não porque fosse o único lugar onde ele poderia conseguir um navio para Essos, mas porque a cidade o intrigava. Era o coração dos Sete Reinos, o centro do poder. Mesmo sem nunca ter estado lá, Jon sabia que era um lugar diferente de qualquer outro. Ele queria ver a capital, entender como funcionava o centro do mundo que ele conhecia. Além disso, a viagem lhe dava tempo para Ghost crescer mais um pouco sem levantar tantas suspeitas.

 

Apesar de não sentir frio como outros homens, Jon já estava cansado de dormir em florestas. O chão duro, as árvores como únicas companheiras... não era a melhor forma de descansar, mesmo para alguém tão resistente. Ele esperava encontrar uma vila onde pudesse passar a noite em uma cama de verdade.

 

Ao chegar ao topo de uma colina, Jon parou o cavalo, apreciando por um momento o silêncio da noite. Ghost, sempre alerta, parou ao seu lado, as orelhas eretas. Foi então que Jon sentiu algo diferente. Um cheiro de fumaça no ar. "Fumaça?", murmurou, franzindo a testa.

 

Ele inspirou profundamente, confirmando. Algo estava queimando, e não parecia ser apenas uma fogueira comum. Em seguida, Jon ouviu: gritos distantes e o som metálico de espadas se cruzando. O que quer que estivesse acontecendo, não estava muito longe.

 

"Ghost, parece que vai ser uma noite movimentada," disse ele, com um toque de ironia. O lobo ergueu a cabeça, atento, como se compreendesse o aviso.

 

Jon incitou o cavalo a avançar mais rápido, os cascos batendo no chão com força enquanto Ghost corria ao lado, o corpo ágil do lobo branco praticamente flutuando sobre a grama. A fumaça e os gritos ficavam mais fortes conforme se aproximavam, e logo, à distância, uma vila surgiu em sua visão.

 

Com sua visão aguçada, Jon pôde ver o caos que tomava conta do lugar. Algumas casas estavam em chamas, lançando nuvens escuras de fumaça no ar. Pessoas corriam desesperadas entre as ruas estreitas, algumas tentando se defender com paus e ferramentas de um grupo de ladrões. Havia gritos, o som de metal contra metal, e, acima de tudo, a clara imagem de inocentes sendo atacados.

 

Jon, instintivamente, contou cerca de 15 homens, todos mal vestidos e armados de maneira tosca, mas em número suficiente para sobrepujar qualquer defesa que a vila pudesse oferecer. Para um homem comum, avançar em direção a essa luta seria insano. Quem em sã consciência enfrentaria tantos de uma vez, especialmente sem reforços?

 

Mas Jon não era um homem comum. Ele havia treinado com os melhores, seu corpo estava mais forte do que nunca, e a confiança que sentia em Ghost ao seu lado apenas aumentava sua determinação. Ele era filho de Eddard Stark, e simplesmente não conseguiria assistir enquanto pessoas inocentes eram massacradas.

 

Com um grito decidido, Jon inclinou-se sobre o cavalo. "Vamos, Ghost!" O lobo disparou à frente, um borrão branco em meio à escuridão crescente.

 

Sem hesitar, Jon avançou em alta velocidade em direção à vila. Não era o número de ladrões que o preocupava, mas sim o tempo. Ele precisava chegar antes que mais pessoas fossem feridas ou pior.

 

Enquanto se aproximava, já podia ver melhor a cena. Alguns dos ladrões estavam saqueando as casas em chamas, enquanto outros intimidavam os aldeões que tentavam desesperadamente defender suas famílias. O som do aço batendo indicava que, apesar de tudo, ainda havia resistência. Isso lhe deu esperança de que não estava sozinho na luta.

 

Jon avançava com rapidez, o caos da vila à sua frente se intensificando com o som das chamas e do aço. "Vai, parceiro," disse baixinho para o lobo, sem hesitar. Ghost disparou como uma flecha, ágil e mortal.

 

Jon saltou do cavalo antes mesmo que ele parasse, já em movimento. Não havia tempo para palavras ou para questionar. Um dos ladrões, distraído com um aldeão, mal teve chance de reagir antes de ser derrubado por Jon com um golpe certeiro.

 

Ghost estava à frente, atacando com precisão. Um ladrão caiu imediatamente sob suas presas afiadas, enquanto outro tentava se defender em vão. Jon se movia com a mesma eficiência, lidando com qualquer ameaça que surgisse. Não havia hesitação. Um segundo ladrão avançou, mas foi rapidamente subjugado, derrubado antes de poder revidar.

 

Cada golpe era direto, cada movimento feito com confiança. Jon não se preocupava em falar ou tentar mudar a mente de ninguém. Eram ladrões, e ele sabia que não havia espaço para piedade. Enquanto os ladrões tentavam reagir, Ghost estava sempre por perto, garantindo que nenhum deles escapasse.

 

Enquanto Jon avançava pelo caos, percebeu que nem todos os aldeões haviam sucumbido ao medo. Alguns tentavam bravamente defender suas casas e famílias, empunhando ferramentas e espadas de qualidade duvidosa. Um homem mais velho, armado apenas com uma enxada, gritou: "Não deixem esses desgraçados levarem nossas coisas!" Seu rosto sujo de fuligem tremia, mas a determinação em seus olhos era clara.

 

"Deem-nos tudo ou morram!", berrou um dos ladrões, brandindo uma espada. Ele estava de frente para um grupo de aldeões que seguravam machados de lenha e pás. Um deles, com uma pá em mãos, gritou de volta: "Vocês vão ter que lutar por isso, vermes!"

 

O ladrão riu, um som áspero e desdenhoso. "Lutar? Isso não vai durar cinco minutos!" Ele avançou com ferocidade, derrubando o primeiro aldeão com um golpe na perna, o sangue espirrando no chão de terra batida.

 

Enquanto a confusão se intensificava, Jon notou uma cena que prendeu sua atenção. Perto de uma das casas parcialmente em chamas, um jovem, de cabelos castanhos e um físico um pouco acima do peso, vestindo roupas grossas, segurava uma espada de aparência barata. Ele tremia, o suor escorrendo por seu rosto, mas se mantinha firme entre um ladrão e uma mulher com duas meninas pequenas.

 

"Fique longe delas!", gritou o jovem, sua voz quebrada de nervosismo, mas cheia de uma coragem que claramente lhe faltava em habilidade.

 

O ladrão, um homem alto e magro, com um sorriso cruel e dentes faltando, zombou. "Ah, o herói da vila, é? Isso aqui não é uma brincadeira, garoto. Entregue a espada e talvez eu te deixe fugir com a vida."

 

As mãos do jovem apertaram o cabo da espada com força, os nós dos dedos ficando brancos. "Eu não vou deixar você tocá-las," insistiu, mesmo enquanto seu corpo inteiro tremia.

 

Jon, observando a cena de longe, soube que o garoto não duraria muito. Ele incitou Ghost a avançar, mas sabia que cada segundo era crucial. O ladrão deu um passo à frente, erguendo sua arma para desferir um golpe, e o jovem instintivamente ergueu a espada para tentar bloquear.

 

O choque entre as lâminas foi mal executado. A espada do jovem tremeu violentamente em suas mãos, quase caindo, enquanto ele dava passos desajeitados para trás, tropeçando no terreno irregular. A mulher atrás dele gritou, segurando suas filhas com força, seus olhos arregalados de medo.

 

O ladrão gargalhou ao ver o jovem cambalear, claramente saboreando a vitória iminente. "Não tem como ganhar, gordinho. Agora, me dê essa espada antes que eu faça algo que você vá se arrepender!"

 

Mas o jovem, surpreendentemente, firmou os pés no chão, seu rosto avermelhado de esforço e medo. "Eu... eu não vou desistir!" Ele avançou desajeitadamente com a espada, em um ataque desesperado.

 

Foi nesse momento que Jon chegou.

 

Com um movimento ágil, Jon saltou sobre um barril caído, brandindo sua espada. Em um golpe preciso, ele desviou a lâmina do ladrão, salvando o jovem de um corte fatal. "Fique atrás de mim!", ordenou Jon, seus olhos fixos no ladrão, que agora parecia muito menos confiante.

 

O ladrão recuou um passo, surpreso com a intervenção. "Quem diabos é você?", rosnou ele, suas mãos apertando a espada.

 

Jon não respondeu. Ele avançou com velocidade, sua lâmina brilhando à luz das chamas ao redor. O ladrão mal teve tempo de reagir antes de ser atingido por um golpe certeiro no peito, caindo no chão com um grunhido de dor.

 

O jovem observava em choque, sem saber o que dizer. Jon se virou para ele, com uma expressão séria. "Você fez o melhor que pôde, mas essa não era uma luta que você venceria sozinho."

 

O garoto engoliu em seco, assentindo rapidamente. "Eu... eu só queria protegê-las."

 

"Você foi corajoso," disse Jon, colocando uma mão no ombro do jovem. "Agora, vá com elas e se esconda. Eu e Ghost cuidaremos dos outros."

 

O jovem, ainda tremendo, deu um olhar de gratidão antes de correr para junto da mulher e das crianças, ajudando-as a se afastar da luta enquanto Jon voltava ao combate.

 

A luta continuava intensa. Ghost avançava por entre os ladrões, derrubando um após o outro com uma precisão mortal, enquanto Jon lidava com os que restavam. Os aldeões, inspirados pela presença de Jon, redobraram seus esforços, ainda que suas ferramentas fossem toscas e suas habilidades limitadas. O som das espadas e dos gritos ecoava pela vila, mas aos poucos, o grupo de ladrões começou a perceber que estavam em desvantagem.

 

Jon, sem nunca hesitar, limpou a pequena gota de suor em sua testa enquanto derrubava mais um ladrão. "Fujam enquanto podem!", gritou um dos ladrões, recuando apressadamente. "Ele não é humano!"

 

Ao ouvir isso, Jon deu um meio sorriso, erguendo sua espada ensanguentada. "Corra então," murmurou. Apesar de não querer deixar os bandidos fugirem, ele ainda era inexperiente no uso de sua energia em batalha, e ele ficou um pouco cansado de usá-la continuamente assim.

 

Com os ladrões finalmente fugindo, os aldeões, exaustos mas determinados, se viraram para a tarefa urgente de apagar as chamas que ainda consumiam algumas das casas. Usando baldes e até roupas, eles corriam de um lado para o outro, tentando conter o fogo que ameaçava destruir o que restava da vila. Jon, sem hesitar, se juntou a eles, pegando um balde de água e ajudando a apagar as chamas que lambiam os telhados de palha.

 

A fumaça era espessa e sufocante, mas, após algum tempo, o fogo finalmente cedeu. As chamas se tornaram brasas, e as brasas viraram cinzas. O som crepitante deu lugar a um silêncio pesado, interrompido apenas pelas tosses dos aldeões e o murmúrio de agradecimento uns aos outros.

 

Alguns aldeões se aproximaram de Jon, com olhares cansados, mas gratos. "Obrigado, milorde," disse um homem de meia-idade, sua voz rouca. "Sem você e seu lobo, estaríamos todos mortos."

 

Jon balançou a cabeça, um leve sorriso tocando seus lábios. "Não sou um lorde. Só fiz o que qualquer um faria."

 

As palavras humildes de Jon foram recebidas com mais agradecimentos e sorrisos aliviados dos aldeões, que começaram a se dispersar para cuidar de suas famílias e avaliar os danos.

 

Logo depois, o jovem que Jon havia visto tentando proteger a mulher e suas filhas se aproximou, visivelmente nervoso e envergonhado. Ele mexia nas mãos, evitando o olhar de Jon por um momento antes de finalmente criar coragem para falar.

 

"Obrigado... por me salvar," disse o jovem, sua voz um tanto trêmula. "Se não fosse por você, eu... eu não teria conseguido."

 

Jon, com a mesma calma de sempre, deu um leve aceno de cabeça. "Não há de quê. Você foi corajoso por tentar protegê-las."

 

O jovem sorriu, mas era um sorriso tímido, quase sem graça. "Eu... não sei se foi coragem. Se não fosse por você, eu teria morrido. E elas também. Não fez muita diferença o que eu fiz."

 

Jon olhou para ele com uma expressão firme, mas não severa. "Você se colocou em perigo por elas. Isso é mais do que muitos fariam."

 

O jovem, ainda envergonhado, suspirou e então estendeu a mão timidamente. "Meu nome é Samwell Tarly."

 

Jon levantou uma sobrancelha, claramente surpreso. "Tarly?" Ele repetiu o nome, os olhos estreitando levemente enquanto sua mente rapidamente associava o sobrenome. "Você é filho de Randyll Tarly?"

 

Samwell assentiu com um olhar de vergonha. "Sim... sou filho dele." Ele fez uma pausa, seus olhos abaixando ao solo. "Mas meu pai me expulsou de casa."

 

Jon observou Samwell por um momento, estudando a expressão abatida no rosto do jovem. Era evidente que o nome de Randyll Tarly carregava um peso para Samwell, assim como Jon sabia que o nome Stark tinha seu próprio significado em sua vida. Ele estendeu a mão para apertar a de Samwell, falando calmamente. "Eu sou Jon Snow."

 

Samwell olhou para ele, intrigado, mas também com uma curiosidade crescente. "Snow?" ele repetiu, um tanto incerto.

 

Jon deu um sorriso leve e amargo. "Sou o filho bastardo de Eddard Stark, de Winterfell."

 

Os olhos de Samwell se arregalaram ligeiramente, e por um momento, ele ficou em silêncio, absorvendo aquela informação. Ele não disse nada, mas a expressão em seu rosto mudou, mostrando uma certa afinidade que ele não havia esperado sentir. "Bastardo ou não... acho que sei como é não ser aceito por seu próprio pai," disse Samwell com uma voz quase imperceptível, sua vergonha ainda evidente.

 

Jon assentiu lentamente, entendendo o que Samwell queria dizer. "Às vezes, o sangue não define o que realmente somos... mas o que escolhemos fazer, sim."

 

Por um breve momento, houve um silêncio entre os dois, mas era um silêncio de compreensão mútua. Assim, surgia uma grande amizade entre dois homens que procuravam seu lugar no mundo e um propósito.

Samwell Tarly!!

Eu sempre gostei desse personagem, e achei que ele merecia um desenvolvimento maior. Claro que ele não poderia faltar nessa história.

Ei, finalmente chegamos ao capítulo 10, e mais de 15000 palavras. Que tal uma opnião, ou uma avaliação dessa fanfic?

Eu estou no caminho certo? Vocês estão gostando? Ou tem alguma ideia?

Escrevam algo, eu agradeceria e me ajudaria a sentir mais vontade de escrever.

Também sempre pode me dar um apoio. Eu aceditaria com muita alegria.

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