webnovel

DC: The Prince Of The Underworld (PT-BR)

Reborn, without even a family to protect him, being adopted by a criminal. and being forced to steal to survive in the most dangerous city in the world. That's how his story started, but it was only the beginning, soon he was trained by the greatest heroine on Earth, and becoming a hero, and a man worthy of his name and her parents. That is his story. OBS: History in Portuguese of Brazil. Se vocês quiserem e gostaram do trabalho do autor, podem dar uma ajuda, vou colocar o e-mail do meu PIX abaixo. PIX: gabrielhenrique059@hotmail.com Nome: Gabriel Henrique B de F

LordVoid · Anime und Comics
Zu wenig Bewertungen
137 Chs

Paraíso Recuperado (6/7).

Estou num daqueles momentos, quando o herói ou personagem principal estão lutando de forma tão frenética que parece que os dois lados estão se movendo por puro instinto, pode parecer uma idiote-se, mas isso realmente acontece, e essa é minha segunda vez, sendo a primeira o que aconteceu durante luta final contra o Titã de baixa liga.

Não estou supresso que isso esteja acontecendo de novo, só acho meio inesperado de acontecer lutando contra uma cobra gigante cuspidora de veneno.

E mesmo estando com quase metade do seu corpo inteiro enterrado dentro da areia, cortesia da Raven, sei muito bem que o drakōn está ganhando.

Estou desviando da maioria dos seus golpes e sendo acertado por muito poucos enquanto trabalhava com a minha espada incandescente no corpo imenso e grosso dele, o maior problema é o veneno, que meu inimigo sabe usar muito bem sem ter que me acertar diretamente para causar dano.

Cuspindo para cima causando uma chuva ou acertando o chão criando uma fina camada dele sobre a areia aonde piso, essas duas formas foram uma das poucas maneiras de usar seu veneno indiretamente contra mim durante nossa luta direta que na minha mente só durou alguns segundos, mas meu corpo conta uma história diferente, talvez alguns minutos, no máximo meia hora, só tenho certeza que eu realmente, não sei ao certo quanto tempo estou lutando.

E não importa o quanto em tente desviar ou defender usando meu escudo e capa, pequenas quantidades do veneno acabam atingindo minha pele ou armadura, por sorte, não tenho nenhum ferimento exposto, então ele não tem como entrar na minha corrente sanguínea, mas o veneno na minha pele age como ácido, corroendo a carne querendo chegar ao osso.

Felizmente, minha cura aumentada ainda funciona contra a exposição de uma pequena quantidade do veneno, fechando os buracos antes que ele entre demais no meu corpo, mesmo assim, deve ser uma visão terrível, fora a dor gritante.

"BLOMMMMMM!"

E assim, como magica, o fluxo da batalha foi quebrado, acabei tropeçando ao tentar desviar quando o drakōn cuspiu seu jato no seu corpo, no momento que eu estava o escalando, tentando aumentar uma ferida que dei para ele a pouco, consegui escapar do veneno, mas não do seu corpo, que acertou o meu em cheio me jogando para trás.

Não foi um pouso gracioso, confesso que acabei com um pouco de areia dentro da boca e meu corpo sujo, e antes de poder retomar o controle do meu corpo, minhas costas acertaram um tronco arrancado durante a batalha e estava fincado no chão em pé.

{Dio!?} Gritou Raven, usando telepatia.

{Estou bem.} Falei para ela, mas ainda não me levantei, está na hora de pegar um pouco de ar para acabar com isso, finalmente.

Raven, continua se recuperando num ponto mais afastado de mim do outro lado da praia próxima do mar, acompanhando essa luta sentada na areia com as pernas cruzadas e o resto do seu corpo ereto, meditando nesse caos todo para conseguir se recuperar pelo menos um pouco, antes da luta final contra o Ares, duvido que ela esteja pronta para fazer qualquer coisa quando esse momento chegar também, a não ser é claro, que eu demore mais do que podemos aqui.

Acho que a pausa acabou.

No primeiro segundo de pausa, depois limpar areia dos meus olhos, percebo fumaça saindo de várias partes do meu corpo, nada de grande proporção, mas parece que acenderam cigarros e os enfiaram em mim.

Percebe que isso é um dos efeitos da cura do veneno no meu corpo ou armadura.

Tirando o fato de estar sendo literalmente assado vivo, não há outros sinais de danos visíveis no meu corpo, pelo menos na parte de fora, alguns ossos continuam voltando para seus devidos lugares e pela quantidade de sangue que está saindo da minha boca, tenho alguns órgãos feridos, quase todos os golpes dele usa sua força e peso total, fico longe da boca, por isso todos os danos que sofri foram de impacto.

Mas tudo bem, mesmo estando ferido assim, fico feliz em ver minha obra em progresso.

Ao levantar, fico de frente para o Dragão da Ismênia, que agora finalmente conseguiu tirar todo seu corpo da areia, só que dessa vez, ele não rugiu para o alto em alegria demostrando sua tirania, sua inteligência limitada percebeu que essa batalha não vai acabar tão facilmente como ele esperou, me devorando numa só mordida.

Minha espada incandescente fez um belo trabalho no corpo negro da serpente, rapidamente contei vinte e cinco grandes cortes espalhados da cabeça para baixo chegando até a metade da criatura, cortes longos queimados no momento que minha espada cortou a carne, e o maior deles está no olho direito na vertical, olho agora fechado, esse foi o golpe que quase me deu a vitória, infelizmente, não consegui fazer o mesmo no outro olho, e tive que fugir para evitar ser engolido vivo.

"Onde está…?"

Não terminei a frase, vindo da minha esquerda, um tentáculo de fumaça negra da minha capa/golem estava segurando minha espada brilhando em vermelho pelo cabo a trazendo para mim.

"Bom garoto." Falei para meu golem segurando o cabo, e a capa voltou a ser o que era nas minhas costas.

Não me dei o trabalho de conjurar meu escudo, vou tentar atacar mais uma vez utilizando minha velocidade superior, o que não pode se mostrar tão produtivo quanto da primeira vez, já que agora ele está desenterrado, isso quer dizer que é o turno dele.

Como dito, o Dragão da Ismênia, torceu seu corpo ao redor de si, levantando uma pequena nuvem de areia dando voltas e mais voltas até finalmente enrolar todo seu corpo numa bola, e nessa bola, ele abaixou sua cabeça com a boca fechada até ficar na altura do meu corpo.

Abaixei um pouco meus joelhos me preparando para o que vai acontecer, e como magica, tudo a minha volta começa a desaparecer ficando sem cor, só a cobra sem cor na minha frente está visível em detalhes, mais do que simples detalhes, estou conseguindo ver cada pequena contração da sua carne nesse momento, é como se toda parte de baixo do seu corpo estivesse sendo enfiada dentro de uma caixa.

Seu bote foi rápido como um raio, projetando todo seu corpo para frente com a boca aberta, por conta do seu tamanho, parece até mesmo que um buraco negro está vindo na minha frente em alta velocidade querendo me engolir, mas antes disso acontecer, pulei passando por cima do seu corpo por pouco, caindo em pé abaixo da sua cabeça, antes de conseguir enfiar minha espada nela, drakōn mudou a sua trajetória levantando seu corpo me jogando para baixo, consegui então enfiar um pouco da minha lâmina nas suas escamas, criando uma linha na vertical por quatro metros nas suas costas fazendo chover faíscas brilhantes das suas escamas sobre meu corpo até ele torcer sua cabeça para trás, disparando seu veneno.

Pulei para fora do seu corpo a esquerda torcendo o meu bem a tempo de ver o drakōn, tomar banho com seu próprio veneno, antes dele torcer sua cabeça para mim que continuo no ar, apontei minha mão livre para sua cabeça.

A rajada Eldritch negra cobriu todo seu rosto, mas ela não tem poder o bastante para ferir esse animal, minha intenção desde cedo é apenas fazer isso, o distrair por um segundo para me teleportar, aparecendo agora do outro lado do seu corpo no chão.

"HISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!"

Ele rugiu assim que sentiu minha espada entrando até o pomo na sua carne.

"BLOMMMMMMM!"

O contra-ataque veio rápido, mas consegui me esquivar de novo.

"Επικαλούμαι το κρύο της θλίψης του ποταμού Cocyte!" {Eu Invoco o Frio da Tristeza do Rio Cócito!}

"TUMMMMMMMMMM!"

A muralha de gelo que acabei de criar na minha frente foi acertada pelo jato de veneno, o que me deu alguns segundos antes dele conseguir atravessar a parede.

"BLOMM!"

Pulo de trás da muralha de gelo passando altura atual da cabeça da serpente.

O próximo bote foi para cima, e antes de ser comido, conjurei meu escudo para frente do meu corpo e voei para esquerda deixando o escudo acertar a lateral da boca aberta da criatura, agora a esquerda dela descendo rápido, enfiei minha espada na sua carne o bastante apenas para me dar algum apoio, com isso pulei para cima mais uma vez, caindo em pé no meio dos seus olhos

"Επικαλούμαι τη δύναμη του Sisyphus!" {Eu invoco a força de Sísifo!}

Por experiência própria, sei que a parte de cima do crânio dele é a parte mais dura do seu corpo, por isso tive que usar meu feitiço para conseguir perfurar seu crânio até a metade da minha lâmina, que parou um pouco antes de atingir o local que fica seu cérebro.

Tentei me levantar para conseguir pegar mais algum impulso para enfiar minha espada mais fundo, só que o drakōn deu um giro de trezentos graus no ar me jogando para fora do seu corpo, e antes de poder fazer qualquer coisa, vi uma montanha negra caindo sobre meu corpo.

"BLOMMMMMMMMM!"

"BLASSHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!"

A cauda me acertou com força, e a próxima coisa que sei foi a dor, cai no mar atingindo o fundo jogando areia para cima como numa erupção, que causou caos total no mar, as águas se torceram numa correnteza anormal, jogando meu corpo contra o chão por alguns metros até conseguir me levantar.

O golpe me pegou de surpresa, e acho que todos os ossos do meu corpo foram quebrados, pulmões perfurados pelas minhas costelas e parte do osso do meu braço esquerdo está saindo do meu corpo, uma fratura exposta um pouco acima do pulso. Consegui levantar, mas cai de joelhos no chão logo em seguida, a dor era demais, e meu corpo está num estado lastimável para fazer qualquer coisa, o que foi muito ruim, já que não tive tempo de respirar fundo antes de ser jogado aqui, e mesmo conseguindo prender a respiração por muito tempo, isso não quer dizer que posso gerar oxigênio sozinho.

"HUFF!"

Escutei um som abafado ao meu redor, como se algo estivesse cortando o oceano em alta velocidade se aproximando cada vez mais de mim. A vários tipos de serpentes que podem prender a respiração na água, o filho de Ares, parece ser um deles.

Isso não é bom, tenho que sair daqui imediatamente. Lutar na água nesse estado sem oxigênio o bastante é suicídio.

Opções?

Antes de conseguir pensar em qualquer opção, fui acertado nas costas por uma força de destruição que parecia indestrutível.

Uma, duas, três e finalmente quatro.

Fui jogado para esquerda, direita e baixo sem conseguir sair do fundo, e quando tentei, fui acertado a quarta vez me jogando de volta para onde sai acabando enterrado na areia molhada e dura do fundo, levantei mais uma vez, e fui surpreendido pela boca aberta a centímetros do meu corpo.

Fui engolido.

Graças a todos os deuses que as cobras não tem dentes além das duas presas que ficam nas laterais da sua boca, elas não precisam disso, seu sistema digestivo da cabo de qualquer presa inteira, e não seria como nas histórias, que quanto o herói acaba sendo engolido, ele consegue encontrar sua saída ferindo o interior da criatura a matando, não, isso só dá certo, provavelmente, em seres com um sistema digestivo menos competente que de uma cobra.

Então acredite em mim quando digo que fui muito sortudo em conseguir me manter no centro da sua boca de joelhos no chão, segurando a parte de cima da mandíbula com grande dificuldade só com uma mão, já que a outra ainda tem um osso para fora do seu lugar.

"Haaaa!"

A boa notícia, é que consegui respirar, um ar com cheiro forte de veneno que queimou meu nariz, mas um ar mesmo assim, a boca estava quase toda cheia de água, mas havia alguns centímetros livre disso, que aproveitei para me recuperar um pouco respirando fundo duas vezes.

Duas vezes foi tudo que consegui, o Dragão da Ismênia, começou a nadar descontroladamente para frente, para trás, esquerda, direita, cima, baixo, na diagonal e fazendo piruetas, era como estar numa máquina de lavar ligada e amarrada a uma montanha-russa. Esses movimentos loucos moveram a água dentro da boca matando meu suprimento de oxigênio enquanto minava minhas forças, mas tudo bem, agora tenho ar para um ou duas horas, tempo suficiente para sair daqui com vida, espero.

Como se alguma divindade tivesse finalmente aceitado algumas das minhas orações silenciosas, minha montanha-russa muda de trajetória mais uma vez, talvez a centésima nesse pequeno espaço de segundos, agora indo para cima e continuando assim.

"FLASHH!"

De costas para a sua boca não posso ver pelo pequeno espaço aberto nela, mas escutei o barulho ao sair do mar, assim como a água salgada descendo pela garganta do drakōn que não foi reposta imediatamente, me dando mais uma vez a dose forte do ar carregado de veneno, e o cheiro, tirou finalmente meu sentido, fazendo meus olhos lagrimejarem ao ponto das lágrimas.

"Haaaa!"

Mais uma mudança de trajetória súbita, essa me pegou de surpresa, a curva quase me fez escorregar garganta abaixo, ainda bem que depois dela ele começou a descer, não, mergulhar mais uma vez, tudo que posso fazer agora é me preparar para o impacto na água.

Só que não aconteceu como pensei.

Pouco depois, sou pego de surpresa mais uma vez quando a boca se abre subitamente me deixando livre, quando me viro olhando para a saída, vejo areia e não o mar, e antes de ser literalmente amassado contra a boca e a praia, pulei para fora dela, só que eu estava muito próximo, só um metro de distância entre os dois, e após cair no chão, só tive tempo de virar meu corpo ficando de frente para o drakōn, bem em cima de mim.

Não tenho tempo para conjurar minha espada, mas agora posso me teleportar.

"BLOMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!"

Tive uma bela vista do drakõn, enfiando sua cara contra o chão e seu corpo caindo sobre ele para logo cair de joelhos no chão vomitando sangue.

Não estava recuperado o bastante para tentar usar o movimento das sombras, mas em tempos de necessidade, não há muito o que fazer.

O Dragão da Ismênia, não sofreu nada ao enfiar sua cara na praia, só seu orgulho foi ferido, e isso é evidente pela forma que ele voltou a se levantar, enrolando seu corpo mais uma vez na sua tentativa de dar outro bote contra mim, que no momento, não posso fazer nada.

Tenho energia por conta das poções, mas não tenho o físico para resistir aos feitiços sem cair desmaiado no chão depois, a regeneração tem que avançar um pouco mais, só mais alguns segundos é tudo que preciso, o golpe que levei da cauda, realmente quase acabou comigo.

"Flshhhhhh!"

Um pequeno jato preto com asas vermelhas que parecia um enorme pássaro cuspindo fogo azul do jato nas suas costas passou pela minha direita, num voo quase que rasante.

"BLOM!" "BLOM!" "BLOM!" "BLOM!" "BLOM!" "BLOM!" "BLOM!"

Das asas, pequenos misseis cortaram o ar acertando todo o corpo do drakōn, e a cada impacto, uma pequena explosão de fogo, era como ver rosas-vermelhas desabrocharem uma atrás da outra cobrindo seu corpo quase inteiro, deixando sua cabeça livre que rugiu com a boca aberta para cima, mas o jato, já tinha feito uma volta completa na forma de um "C" deitado de lado no ar, agora vindo na minha direção na esquerda.

O drakōn em reposta a esse ataque que já se acalmou, lançou seu jato de veneno movendo sua cabeça tentando acertar o jato que fez uma curva ao nosso redor para depois subir completamente na vertical ganhando altitude.

A cerca de cem metros acima da praia, o jato fez uma parábola invertida no ar, caindo em direção ao solo, e graças à gravidade, sua velocidade aumentou mais do que seria possível apenas com seu propulsor, e ele está bem em cima do drakōn, que levantou sua cabeça disparando contra ele.

Girando para esquerda e direita para logo depois voltar para rota de colisão, o jato conseguiu se manter inteiro até a metade do caminho, onde ele foi acertado na asa esquerda, que simplesmente desapareceu, mas isso não o tirou da rota de colisão.

Da cabine do piloto, o vidro preto foi ejetado para fora, e logo depois o próprio piloto sentado na sua poltrona, ele começou a girar no ar sem controle ou sinal de paraquedas vinte metros acima da praia.

Acho que o Robin, não poderia saber que o drakōn, tem inteligência, por isso em vez de atirar mais uma vez no jato que continua caindo, mirou nele, que agora não tem como desviar no ar. A segundos de ser acertado, consigo me levantar escutando todos meus ossos vibrarem e tremerem, foi aí que um corvo de energia negra apareceu, bem atrás do Robin, ainda girando no ar sem controle, ele conseguiu soltar seu cinto, e antes de cair ou planar com suas asas, o corvo abriu as suas e as fechou com ele dentro delas, desaparecendo.

"BLOMMMMMMMMMMMMMM!"

O jato acertou em cheio a boca aberta da cabra, foi chamas e fogo assim como aconteceu com os mísseis, só que dessa vez, o Dragão da Ismênia sentiu, e começou a balançar sua cabeça para esquerda e direita com a boca em chamas aberta jogando pedaços de metal para todos os lados junto de veneno.

No chão do meu lado, Robin apareceu saindo da minha sombra abaixado olhando sério para o monstro.

"No que foi que você se meteu agora?" Perguntou meu amigo, parecendo bem-humorado me dando um pequeno sorriso no canto da sua boca.

"Deuses loucos, monstros divinos e uma guerra." Respondi para ele ainda olhando para o drakōn, se torcendo de dor, usando cada pequeno segundo para deixar minha regeneração trabalhar.

"E o que o deus louco quer?" Perguntou ele de novo.

"Dominar o mundo, é claro."

"O de sempre então?"

"O de sempre."

Sinto mais uma aparecendo atrás de mim, foi a Raven, envolvida por sua longa capa roxa de cabeça baixa dando respirações profundas para recuperar o folego, ela ainda não se recuperou o bastante.

"Então, como vamos matar essa coisa?" Perguntou Robin.

"Se vocês conseguirem manter ela longe de mim por alguns movimentos, talvez, e isso é um grande talvez, eu consiga dar um jeito." Não dei garantias, não posso as dar no meu estado agora, mas tenho boas notícias, já posso mover os dedos da minha outra mão, a que teve uma fratura exposta.

"Acho que posso ajudar nisso, o olho continua sendo ponto fraco?" Perguntou ele, já levando sua mão para o cinto.

"Sim Robin, é o mais vulnerável, como sempre."

"Bom, deixe comigo." Garantiu ele.

O engraçado, que de todos os que estão aqui, ele é o mais fraco, e que tem menos chance de ajudar contra esse monstro, mas todos sabemos que Robin, não mente ou decepciona seus companheiros, não em situações como essa, e por isso, ele tem minha total confiança, e se ele diz que vai fazer isso, sigo em frente confiando nele sem pensar duas vezes.

Agora, só falta uma.

Olhei para trás, e a Raven, quase caí no chão movendo sua cabeça em confirmação.

Ela estava se recuperando, mas jogou isso tudo fora no salvamento a pouco, e isso só piorou tudo para ela.

A ver nessa situação, foi tudo que precisei para conjurar de volta minha espada. Assim que ela apareceu na minha mão, o ambiente ficou mais quente, a espada continua incandescente, sei muito bem disso, por que sempre pude sentir minha magia nela, mantida por mim mesmo quando ela foi jogada para longe.

O Dragão, finalmente conseguiu se recuperar, e o jato fez um trabalho melhor que o esperado. Ele perdeu sua presa esquerda, que está agora enfiada na areia dez metros de distância dela, o local aonde a presa foi arrancada está vazando veneno, que escorre saindo pela lateral da sua boca pingando na areia, o interior dela também está negro em vez do branco comum, ele também parece ter dificuldades de fechar sua boca, a mantendo aberta, olhando para nós com seu único olho brilhando em pura ira.

"Prontos?" Perguntei para os dois.

Não houve respostas em voz alta, tudo estava incrivelmente calmo no momento, mas todos sabiam o que tinham que fazer sem mesmo dizer em voz alta.

Com a espada do lado do meu corpo, corri chutando areia atrás mim dando uma arrancada na maior velocidade que posso no momento, que confesso que não é nada sobre-humano com que estou acostumado.

Estava esperando o veneno, e o drakōn também tentou usar, mas sem sua segunda presa, tudo que saio da sua boca foi um pequeno disparo sem pressão que caio cinco metros na frente do seu corpo. Sem sua maior arma, ele avançou sobre mim.

Como uma força imparável o Dragão, atravessou areia na nossa frente abrindo uma vala com seu peso e força, quase que aparecendo na minha frente com a boca aberta pingando veneno, fui rápido, pulei para esquerda saindo da frente do trem desgovernado na minha frente, mas ele foi esperto, torceu e virou seu corpo numa curva me deixando bem no centro envolvendo meu corpo, sem pensar, abaixei e pulei mirando no seu rosto antes de ser preso.

Ele tentou me acertar, não com a boca, e sim com a cauda, vindo de cima mais uma vez como da primeira que fui acertado, como um chicote. Sem poder fazer muito no ar, coloquei minha fé nos meus amigos atrás de mim, e ela foi recompensada, um corvo de energia negra se materializou no ar agarrando a cauda com suas garras e batendo as asas com força para trás me salvando.

De frente para a boca da serpente, esperei mais uma tentativa de mordida, mas seu comportamento mudou, sentindo medo pela primeira vez desde que isso começou, o Dragão da Ismênia, fechou a sua boca o melhor que podia por conta do seu ferimento, e afastou sua cabeça de mim recuando ela para trás. Machucamos tanto ele, que esse comportamento surgiu, estou orgulhoso disso, mas também com medo de perder minha chance.

Ai que o Robin, aparece na minha esquerda no chão a cinco metros do corpo da serpente, e com um movimento rápido, jogou um dos seus batrangs vermelhos que fez uma bela curva no ar e depois mudou de posição mais uma vez ao ser acertado pelo vento, o cálculo foi perfeito, o lançamento foi perfeito.

"SHIHSSHSSSSSHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!"

O drakōn, rugiu de dor abrindo sua boca rosnando, o batrang acertou precisamente seu olho, o único olho bom, para logo depois explodir.

Entrei na boca negra ferida dele pisando no veneno que se acumulou dentro dela e em apenas um movimento, enfiei minha espada no céu da boca, e diferente do topo do seu crânio, ela entrou inteira.

"SHIHSSHSSSSSHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!"

Torcendo seu corpo para esquerda e direita em pura agonia, tive que segurar a espada com uma mão, e a presa a minha direita com a outra, para não se jogado para fora, estou andando mais uma vez na montanha-russa, só que dessa vez, o veneno acumulado saindo de onde a presa foi arrancada voou pela boca por causa dos seus movimentos banhando meu corpo.

"HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!"

Agora foi minha de gritar, respingos nem chegam perto da dor de tomar um banho dessa coisa, por sorte consegui manter meu rosto intocado abaixando a cabeça.

"SHIHSSHSSSSSHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!"

"TRUMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!"

Outro grito de dor, e ele se chocou contra o chão, para logo depois se levantar.

A espada não é o bastante, por isso puxei apenas um pouco ela, deixando sua lâmina incandescente amostra, apenas alguns centímetros, aonde coloquei rapidamente dois dedos sobre, não tenho muito tempo, sem poder me segurar, vou ser jogado para fora no próximo movimento.

Com os meus dedos sendo queimados, conjurei meu último feitiço para essa luta.

"Επικαλούμαι τον πόνο του ποταμού Φλεγέθωνα!" {Eu invoco o sofrimento do Rio Flegetonte!}

"BLOMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!!!!!!"

O poder contido na minha espada explodiu para cima, foi como ver uma nuvem de fogo sendo cuspida para o alto na forma de um cogumelo sobre o céu azul, sim, tenho uma bela visão do céu agora, já que toda a metade de cima da cabeça do Dragão da Ismênia, desapareceu numa bagunça sangrenta.

A explosão também acertou meu corpo, me jogando para baixo com violência.

"TUM!"

Um baque, meu corpo quicou uma vez na areia e parou comigo de costas para o chão, bem a tempo de ver a massa de carne gigantesca pesando toneladas caindo sobre mim.

XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX

"Tac!" "Tac!" "Tac!" "Tac!"

O som dos passos ecoa por esse espaço escuro, faz mais de mil anos que isso não acontece.

"Sffffffff!" "Sfffffffff!"

Atrás do som dos passos, vem o arrastar de algo, duas coisas, na verdade.

São passos lentos, mas pisavam no chão com uma força anormal, até finalmente sair da escuridão do corredor, entrando no único lugar iluminado no centro da montanha, um espaço sem luxo oco de rocha preta no chão e nas paredes laterais, a luz vem do telhado, cristais transparentes no formato de estalactites apontadas para baixo brilhavam como vaga-lumes, e como o teto está tomado delas, a luz é forte.

Assim que Ares, entrou nessa luz, ele soltou as duas mulheres que se mantiveram lutando até o final contra ele, Zatanna e a Mulher-Maravilha, as duas acordadas, mas envolvidas por cordas feitas da pura escuridão, sangrando e tão fracas, que elas mal se moviam.

{Em fim!} Falou ele num tom cheio de pura felicidade, olhando para o centro do local.

Não havia nada aqui dentro, a não ser a enorme porta de pedra medindo trinta metros de altura e dez de largura, ela não estava conectada a nada, apenas uma porta de dois metros de espessura sozinha no meio do lugar, uma porta de pedra cinza sem cor, e com nenhuma marca nela, como se estivesse nova e livre dos efeitos do tempo, se não fosse pelas longas correntes com elos maiores que uma pessoa envolvendo ela completamente e presas por dois grandes espinhos de ferro ao chão na esquerda e direita, ninguém suspeitaria que essa, é a porta do Tártaro.

"Tac!" "Tac!" "Tac!" "Tac!"

Ares, avançou na direção da porta mais rápido dessa vez, e quanto mais ele se aproximava dela, seu corpo também crescia deixando seus ferimentos mais evidentes, o maior deles, com certeza, fica no centro do seu peito, mas havia novos, cortes fundos e outras hematomas espalhados aqui e ali, até mesmo algumas perfurações, ficou claro, que nenhuma das duas heroínas tombou facilmente.

O Deus da Guerra, finalmente ficou na frente do portão, agora com tamanho equiparado a ele, e com um sorriso no rosto ou qualquer pingo de hesitação, agarrou as duas correntes bem na frente da porta, e as puxou com força para trás.

As correntes feitas de metal negro do submundo chiaram e protestaram, fazendo de tudo para se manterem no seu lugar, mas um deus é um deus, e depois de alguns segundos, seus elos foram rompidos e elas cairão no chão, a porta estava a um empurrão de ser aberta.