91 Paraíso Recuperado (7/7).

Ares, ficou alguns segundos olhando para a porta de dez metros de altura feita de uma pura pedra cinza intocada, sem nenhuma pequena rachadura ou poeira nela, seu rosto está completamente tomado de felicidade. Ele perdeu tudo depois da sua tentativa de rebelião contra os deuses, e depois disso mais uma vez contra a sua própria meia-irmã, durante uma tentativa de recuperar suas forças aumentando o conflito da Guerra, mas aqui está ele, depois de tantos anos de frente a possibilidade de recuperar tudo, e muito mais.

Logo, seus ferimentos não significam mais nada, nem suas perdas e humilhações sofridas até agora.

"Não….Ares…..eu…..não vou….permitir!" Sua meia-irmã a semideusa, falou se esforçando ao máximo atrás dele em voz baixa próxima da entrada.

Por vários motivos ele não a matou, o maior deles, é que Ares, não quer dar a chance do seu pai ter uma desculpa para se intrometer nos seus planos, outro dos motivos dele, Ares, quer que alguém esteja presente para ver seu triunfo sobre tudo.

Ele não respondeu, nem se deu ao trabalhar de olhar uma derrotada no chão, onde é seu lugar, em vez disso, Ares, levantou suas duas mãos as colocando em cada parte da porta dupla, fincou seu pé atrás do seu corpo para ganhar impulso, e empurrou com toda a força que pode a porta ignorando o frio que a pedra cinza estava causando em suas mãos. A porta não se moveu um centímetro, era como se ele estivesse empurrando uma montanha imóvel.

Foi patético. No seu auge, ele poderia abrir essa porta com apenas um dedo casualmente sem esforço, mas não, aqui está ele, e mesmo assim, isso não diminuiu sua felicidade.

"TRUUMMM!"

Uma fresta surgiu, apenas um pequeno movimento para dentro da porta, e dessa abertura, o ar de fora foi sugado para dentro, criando um vacou e um turbilhão de ventos carregando a poeira que ficou acumulada nesse lugar por eras.

Ele continuou empurrando.

"TUMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!"

A porta rangeu e protestou, como se tivesse vontade própria e luta-se contra a ideia de ser aberta pelo deus, mas ela foi mais fraca nessa troca de vontades, e a fresta se alargou mais, agora medindo apenas alguns centímetros, o bastante para dar a Ares, um vislumbre do que está do outro lado.

Ares, contemplou o nada.

A porta dava para um espaço vazio, livre de qualquer coisa presente na criação, até mesmo o menor dos atamos não existia a sua frente, nem mesmo os conceitos e fundações do universo, apenas um nada, a estrada para algo visto mais no fundo, um pequeno brilho vermelho do tamanho de uma moeda, mas para os olhos de um deus, tal distância não significa nada, ele viu muito bem o nível mais baixo do Tártaro, algo que só o Deus do Submundo, e algumas das entidades mais velhas do universo, já presenciaram.

{É lindo!} Rugiu ele, fazendo mais força ainda, a visão só jogou gasolina na sua vontade que finalmente explodiu, o dando força o bastante para abrir ainda mais uma pouco a porta.

Finalmente, depois de mais alguns segundos, a porta se abriu o bastante para uma pessoa pode-se passar por ela, e assim, Ares, no seu tamanho titânico de dez metros de altura, deu alguns passos para trás, para observar sua vitória de uma forma mais ampla e completa. E dessa forma, em pé na frente da porta sem a parte de cima da sua roupa ou seu elmo com o corpo coberto de cicatrizes e sangue dourado, ele começou a diminuir, de dez para nove, de nove para oito, de oito para seis, até finalmente parar com dois metros de altura, no tamanho perfeito para atravessar o portal.

"Tac!"

Um passo à frente, e só mais alguns para seu destino.

{HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!}

Sua alegria foi arrancada dele assim que seu corpo foi perfurado pelas costas.

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Após passar o que consegui com a Cale, para o Robin, que prometeu urgência em enviar essa informação para fora, o deixamos cuidando das coisas na praia e nos movemos até a montanha mais alta da ilha, nosso destino final.

Confesso, que quase não consegui voar sozinho, levar uma explosão daquelas a queima-roupa e depois ser quase esmagado vivo por toneladas, somando isso com tudo que sofre até agora, meu corpo está no limite do limite, teve que beber outra poção, só para consegui me levantar daquela praia, isso arriscando ter uma overdose, me tirando da luta como também colocando minha vida em risco. Para entender o quanto eu estou ******, a poção que deveria me colocar em pé, quase não teve efeito real, mesmo funcionando perfeitamente.

Pelo menos, meu corpo continua funcional, a armadura protegeu quase ele inteiro da explosão, e fui esperto também, abaixando a cabeça no momento certo, no máximo, tive alguns fios queimados, mas meu braço que estava segurando a espada, sofreu queimaduras muito feias, talvez até mesmo de terceiro grau, que ainda não foram completamente curadas.

Nem tudo são más notícias, sobrevoando a cidade ainda em chamas, descobrimos que a batalha tinha finalmente acabado, os mortos desapareceram, a conexão com o reino dos mortos que Ares, criou quase no topo da ilha foi fechado, se tornando nada mais que um buraco fundo no chão, vi perfeitamente as amazonas agora se ajudando, assim como Etrigan, em cima de uma das construções olhando para todos os lados tentando encontrar mais inimigos, ele não gostou que a batalha tenha acabado.

Ordenei que Etrigan, nós segue-se e fica-se escondido até ser chamado não muito distante de nós, ele não gostou disso, o demônio quer lutar contra Ares. Posso jogar o demônio em cima do deus e esperar o melhor, mas tenho que por fazer isso com cuidado, após analisar a situação, esse é o melhor momento para isso, o desaparecimento dos mortos na cidade é prova que Ares, está também no seu limite, e mesmo que meu plano tenha uma grande chance de falha, a porcentagem de vitória do demônio na minha mente é menor que isso, a poucos que podem vencer o Deus da Guerra, numa batalha física, mesmo ele estando esgotado, não, não vou jogar o demônio em cima do meu inimigo esperando o melhor, vou o usar com sabedoria, como um suporte para o plano, melhor dizendo.

Desci então pelo buraco aberto próximo da entrada do castelo que desde a minha saída foi levado abaixo, a luta contra a Diana e Zatanna, foi bem intensa aqui em cima, talvez até mais do que a minha na praia. Andamos pelo túnel da montanha oca até chegarmos no centro dela, bem no momento em que o Ares, deu alguns passos para trás e começou a diminuir seu tamanho, me dando uma visão claro do que estava dentro do portal de pedra cinza ainda não completamente aberto.

Eu sabia imediatamente o que estava vendo, vi isso uma vez quando fiz aquela pequena viagem nos reinos além com Xanadu, para ressuscitar a versão boa do Caim, na Guerra dos Vampiros, era o nada, e no final desse nada, a uma pequena estrela a uma galáxia de distância, o andar mais baixo do Tártaro, um lugar que nunca, em nenhuma hipótese, vou me aventurar nas minhas aventuras no Submundo.

Quase suspirei alto de alívio quando vi a Zatanna e Diana, no chão amarradas por algo que parecia pura energia, as duas estão vivas e bem, mas feridas e cansadas, claramente fora da batalha, mesmo assim, Diana, está se arrastando pelo chão lentamente na direção do Ares, ela não vai parar enquanto ainda estiver respirando e consciente. Não posso ajudar as duas ainda, tenho uma chance aqui que posso aproveitar.

Era hora de agir com velocidade.

Então a Raven, me cobriu com sua escuridão, e ela me deu ema sensação familiar, como se estivesse em calma, sei que essa escuridão estava fazendo o máximo para me deixar invisível, não o bastante para enganar os sentidos de um deus, mas o bastante para enganar os sentidos de um deus distraído, cansado e ferido.

{HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!}

Nem mesmo All Along The Watchtower, do Jimi Hendrix, soou tão bonito quanto o grito dele no momento que minha espada atravessou seu corpo, mirei no coração, e acertei em cheio, enfiando minha espada tão fundo no seu corpo, que meu rosto quase ficou colado nas suas costas.

"ZUMMMMMMMMMMM!"

Uma luz negra saído do seu corpo como se uma lâmpada tivesse sido acendida, me jogando para trás com a força de uma explosão junto da minha espada, mas consegui retomar o controle do meu corpo e me manter firme sendo arrastado até a entrada, parando alguns metros de distância da Raven, logo atrás de mim, já soltando minhas duas professoras no chão.

Assim como aconteceu, logo a luz se apagou, revelando Ares, de joelhos para frente de nós com sua mão sobre o ferimento no peito, que está escorrendo dourado, a mesma cor que cobriu minha lâmina negra.

{Eu deveria ter arrancado sua cabeça quando tive a chance!} Rugiu Ares, quase não escutei suas palavras saindo da sua boca fechada, a sangue saindo das laterais dela.

"Você ainda tem uma chance!"

Ele então esticou seu braço para esquerda o levantando, agarrando então algo, sua Labrys, na ponta do longo cabo dela, e depois apontou o topo da lâmina dupla do machado ensanguentado para meu peito.

Duvido muito que seu cansaço seja físico, deuses normalmente mantêm seu vigor no máximo, isso quer dizer que suas habilidades físicas só estão limitadas pelos seus ferimentos, são seus poderes que estão no mínimo, mesmo assim, só com seu corpo e habilidade marcial, Ares, é uma ameaça de alto nível, demais para mim dar uma luta digna para ele na minha condição atual.

"Agora, Raven!" Gritei, já preparando meu plano louco.

Raven, saio flutuando de trás de mim com seus olhos brilhando em negro, e com o abrir da sua capa roxa, as sombras cobriam a luz natural e encantada das estalactites do teto, as apagando, por assim dizer, e essa escuridão toda avançou contra Ares, parecendo uma fera gigante vindo de cima abrindo sua boca pronta para morder o deus.

{Ridículo, eu sou a escuridão!} Gritou Ares, balançando seu Labrys para cima, criando uma onda de choque que entrou em conflito a própria escuridão, a afastando do seu corpo como poeira ao vento.

Agora que foi dado o primeiro golpe, ainda com o Labrys levantando acima da sua cabeça, ele olhou para mim e abaixou aquela maldita arma acertando o chão na sua frente.

Uma força negra na forma de uma esfera que parecia muito um buraco negro, rasgou o chão de pedra engolindo os pequenos pedaços deixando por onde passava um rasgo, era frio, negro, solitário e mortal.

"Etrigan!"

O demônio curvado sem cabelo de pele amarela, vestido com uma roupa simples medieval vermelha e uma longa capa azul, passou por cima do meu corpo caindo na frente da esfera de escuridão, a agarrando dos dois lados com os braços abertos.

"Em fim, em fim, o Sangue Maldito a de dar ao demônio, o que ele quer!" Etrigan, rimou rindo como uma criança, erguendo aquela massa de poder e o jogando para esquerda, acertando a parede desaparecendo dentro dela.

{Um simples demônio!} Gritou Ares, aparecendo na frente de Etrigan, acertando seu rosto com um soco poderoso, o forçando a colocar um joelho no chão. Sem se intimidar, e mais animado ainda, ele se ergue mais rápido ainda, também atingindo o deus no queixo.

Fechei meus olhos por um segundo, tenho que me concentrar agora, e só o som da troca de golpes e explosões são prova da luta entre o deus e demônio acontecendo na minha frente, a segunda coisa que sinto, é duas mãos sobre meus ombros atrás de mim.

"Vamos ajuda-lo!" Falou Zatanna, na minha esquerda, com uma voz cansada e fraca.

A outra, com certeza é a Raven, e antes de poder dizer algo para as duas, sinto então sua mana saindo dos seus dedos passando pela minha armadura até entrar na minha pele, era como tomar um banho frio, só de dentro para fora, e essa mana, continuou adentrar em mim, se juntando de alguma forma a minha.

Não era só isso, também tinha uma conexão telepatia entre nós três, nada muito aprofundado, só o bastante para o feitiço ser realizado em total sincronia. Isso é um transe, algo utilizado em magia ritual desde o início dos tempos, que pode ser induzido por meio de drogas ou elementos naturais como cogumelos, bruxas iniciantes sem muito poder ou pessoas normais adoravam fazer isso, porque com a conexão, elas realmente eram capazes de realizar magia que normalmente não era possível ser acessada por apenas um indevido.

Estranhei a conexão por um segundo, então tudo começou a funcionar perfeitamente para mim.

Minha atenção ficou toda no feitiço, que mesmo simples, precisava de muita concentração para as alterações que estou fazendo, algo que vai tudo que aprende sobre magia até hoje.

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O demônio Etrigan, estava feliz, muito feliz, tão feliz, que não se atreveu se afastar do seu inimigo, desferindo socos depois de socos contra seu corpo quase nu. Ares, percebeu que não poderia lutar contra ele dessa forma, com ele tão próximo, sua arma era inútil, por isso mesmo ele fez o que o demônio queria, soltou sua arma no chão e socou o rosto dele mais uma vez, tirando sangue azul do lábio inferior.

Ainda mais animado, o demônio soltou acertando o queixo do deus, o forçando a dar alguns passos para trás, e antes de se afastar mais, Etrigan, abriu sua boca cuspindo chamas do inferno contra o peito do Ares, que fincou seus pés no chão se mantendo no lugar, para depois colocar sua mão na frente do seu corpo, empurrando as chamas até cobrir a boca do demônio.

{Você não é páreo para mim, filho de Belial!} Gritou Ares, enfiando o corpo de Etrigan, contra o chão.

"TRUMMMMMMMMMMMMMMMM!"

Ares, depois levantou o corpo do demônio ainda o segurando pela boca, os braços do Etrigan, agarraram o braço do deus, fincando suas unhas na carne imortal. Seu inimigo, respondeu de outra forma, abrindo também sua boca, e cuspindo chamas negras como a noite concentradas como um lança-chamas, acertando apenas a cabeça do demônio.

"HAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!"

Etrigan, começou a rugir de dor.

Então, vindo de trás das duas mulheres e do semideus, parados na frente do seu inimigo, concentrados em algo que só ele sabem dizer, a Mulher-Maravilha, finalmente se levantou. Voando com seu corpo um pouco acima do chão, ela apareceu do lado do rosto do Ares, acertando um soco poderoso que o fez cambalear para esquerda, o fazendo soltar Etrigan, e parando de cuspir suas chamas.

Como um macaco ferido e furioso, Etrigan, pulou sobre o corpo de Ares, apoiando suas pernas no seu tronco e um de suas mãos agarrou a boca, enquanto a outra agarrou seu ombro, rápido, ele empurrou o rosto do deus para o lado, deixando o pescoço amostra, e com sua cabeça coberta de fumaça concentrada, tão concentrada, que não era possível mais ver seu rosto, parecendo uma vela humana apagada, ele mordeu o deus com uma vontade animal e fome.

Ares, agarrou o macaco mordendo seu pescoço e tentou de todas as formas o tirar de cima dele enquanto andava de um lado para o outro como um louco. Segundos depois, ele finalmente conseguiu, mas assim que Etrigan, saio do seu pescoço, foi possível ver um pedaço de carne sendo arrancando junto da pele conectada ao pescoço que se esticou como queijo derretido até se quebrar depois.

Furioso, sangrando e sem um pedaço do seu pescoço, Ares, jogou o demônio no chão, e antes dele conseguir se levantar, pisou no centro do seu peito com força.

"BLOLMMMMMMMMMMMMMMMMMM!"

O chão se quebrou, e uma onda de choque se propagou do ponto de impacto, levantando a poeira afastando de perto dos dois.

Etrigan, ainda com o rosto coberto de fumaça, tinha agora a marca de um pé afundado na sua carne, assim como sangue e algumas costelas saindo do seu corpo, elas perfuraram seus pulmões e atravessaram a carne para o lado de fora.

"ARES!"

A Princesa de Themyscira, se anunciou com um grito de raiva, e mais uma vez armada com a Labrys do seu inimigo, desferiu um golpe amplo mirando o peito, Ares, conseguiu escapar do pior, mas não sem ganhar outra ferida diagonal, manchando o corpo da mulher na sua frente com seu sangue dourado.

Num avanço quase que louco, o deus criou uma espada negra do nada, e com habilidade, parou o próximo ataque e desferiu mais dois rápidos, forçando a Mulher-Maravilha, a se defender, até que ela deu um passo para trás, uma abertura que ele se aproveitou a desarmando, para depois enfiar a espada inteira no seu peito numa estocada perfeita.

Ainda segurando o cabo com seu corpo um pouco esticado, na postura de uma estocada. Diana, não querendo simplesmente perder, levantou seus dois braços, e na frente do Ares, bateu seus braceletes um contra o outro.

"TONNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN!!!"

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Quase fui jogado para trás pela Diana, foi a Raven, que quebrou a conexão entre nós e ficou na minha frente me protegendo do pior, para logo depois também tombar, junto da Diana e o Etrigan.

Estou sem defensores agora, mas por sorte, finalmente acabei o que tinha que ser feito.

Zatanna, tirou a mão do meu ombro e caio logo depois de joelhos no chão, tão cansada, que não falou mais nada para mim, mas seu toque gentil no meu tornozelo é melhor que mil palavras de encorajamento.

Deixei ela para trás e fui andando alguns passos à frente, encontrando a Labrys, cravada no chão com sua lâmina manchada de vermelho e dourado do sangue mortal e imortal numa mistura doentia, passo meu dedo do meu braço queimado durante luta contra Serpente, pelo sangue dourado, e o levo até minha outra palma boa, desenhando nela um pentagrama lentamente na minha carne.

"Haaa!"

Dei um pequeno grito de dor, mas fechei minha boca com força mordendo meu lábio, o sangue estava queimando minha carne como fogo, criando uma cicatriz na forma perfeita do pentagrama agora completo, depois, coloquei letras gregas escritas ao redor dele. Demorei apenas alguns segundos para completar o sigilo, mas a dor, é um dos preços pagos para esse feitiço, só a primeira prestação, pareceu ter durado minutos, e continua presente.

Finalmente, a poeira abaixou revelando a porta, que continua aberta na minha frente, com Ares, com um joelho no chão, não muito longe dele, estava Etrigan e a Diana, no chão sangrando, os dois estão vivos, mas muito feridos, ela com uma espada enfiada no seu tronco, Etrigan, parece estar numa situação pior que a Diana, metade do seu rosto despareceu se tornando uma bagunça sangrenta vibrante, esse é o sinal da regeneração fazendo seu trabalho, seu tronco também não estava bonito, completamente destruído, parecendo até que uma bomba explodiu de dentro para fora, mas também posso ver suas costelas, que perfuraram a carne saindo para o lado de fora, que estão voltando para seus lugares.

Andei até eles lentamente, não estou podendo correr ou me mover mais rápido do que isso no momento, assim que passei pela Diana, coloquei minha mão no cabo da espada negra, que quase a congelou com o seu frio no momento que a retirei do seu corpo. Diana, estava tão cansada e apagada, que não mostrou nenhum sinal de dor.

"TIN!"

Joguei a espada negra para o lado, e voltei a andar na direção do Ares, agora em pé.

Para minha surpresa, o Deus da Guerra, perdeu o equilibrou quando ficou em pé, cambaleando para esquerda e direita como um bêbado lutando para consegui seu equilibrou roubado, ele até quase caio no chão de novo, até que pisou com força, se firmando e ficando ereto na minha frente, separados por apenas alguns centímetros.

Ele se eleva acima de mim é claro, olhando para baixo com um pequeno sorriso de desdém no rosto com seus belos cabelos loiros e olhos azuis frios, mas posso sentir o que ele está escondendo. Minhas amigas e o demônio, fizeram um trabalho exemplar, esgotando completamente o Deus da Guerra, pelo menos por alguns momentos.

{Tudo isso para nada, tanto sangue derramado para nada, só você está em pé agora, Filho de Hades, o que vai fazer?} Falou o Deus, abrindo seus braços num sinal de convite para a luta, como se eu não representasse ameaça nenhuma, ah, arrogância dos deuses, mesmo estando sem uma parte do seu pescoço, com o sangue escorrendo dessa ferida e das outras, ele continua aqui na minha frente, em sua arrogância.

Ele não está errado, é claro, sua energia mágica deve estar esgotada agora, mas sua força física não depende disso, se lutamos da forma que estou agora é uma perda garantida para mim, mas não vou lutar, pelo menos não assim.

Gastei algum tempo pensando em como colocar meu plano em prática, preciso ser rápido para isso, mas rápido que ele se eu fosse colocar esse plano em prática por meio da força bruta, mas sempre se pode contar com a arrogância dos deuses, e assim que ele abriu os braços, levantei minha mão lentamente colocando minha palma no centro do seu peito, na sua ferida que o raio causou, sobre o olhar do Deus da Guerra, que não fez nada contra isso, talvez pensando que era apenas à última tentativa de luta de um moribundo.

Retirei minha mão, e lá está, a marca perfeita do meu pentagrama com as runas gregas pintadas com o próprio sangue dourado do Ares, no centro do seu tronco.

"BLOMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!"

Ares, finalmente percebeu sua idiote-se, acertando minha barriga com seu joelho me jogando para o outro lado da câmara. Minhas costas acertaram a pedra da parede, a quebrando, vomitando sangue, cai sentado no chão, não consigo me mover.

Depois de mais um pouco de sangue, olhei para meu inimigo que estava tentando limpar o sangue do seu peito, mas isso não funcionou, ele está marcado, tudo que tenho que fazer agora é ativar o feitiço.

"Θεά της εκδίκησης, σας καλώ να εκπληρώσετε την επιθυμία του θύματος, έως ότου επιτευχθεί δικαιοσύνη!"

{Deusa da vingança, peço que cumpra o desejo da vítima, até que a justiça seja feita!}

Falei em voz baixa meu feitiço, lutando para dizer cada palavra, fazendo grande esforço com medo, não queria engasgar com meu próprio sangue e estragar o feitiço, por sorte, deu certo, o feitiço alterado deu certo, a marca do pentagrama agora está brilhando como ouro derretido no peito do Ares, como prova disso.

Esse é um feitiço simples, uma maldição, na verdade, usei apenas uma vez para punir alguns adolescentes idiotas que tentaram violar minha irmã, há muitos anos, é uma maldição simples como dito, algo que normalmente poderia ser facilmente quebrado por um deus como Ares, por isso tivermos que esgota-lo para funcionar, tirando a chance de conseguir cancelar a maldição.

O ar na sala ficou frio, minha respiração estava visível agora, e uma fina camada de névoa negra, surgiu do nada no chão cobrindo toda a grande sala.

A segunda coisa que tive que resolver, é o próprio meio em que a maldição funciona. Ela liga o fantasma da vítima ao causador do dano, dando meios para o fantasma atormentar seu alvo, até a justiça seja feita, algo simples assim não daria em nada, por isso mesmo, graças ao meu treinamento com minha irmã Melinoë, Deusa dos Fantasmas, mais meu treino todos esses anos, junto da experiência da Zatanna e a sutiliza da Ravena, durante nossa conexão, conseguimos torna esses fantasmas sólidos.

Ares, parecia agora quase que frenético, olhando para todos os lados, ele pode já saber o que vai acontecer. Então do nada, olhos vermelhos surgem saindo da névoa do chão, lentamente aumentando seu número.

O terceiro ponto, era a jogada de mestre, Ares, conseguiria vencer facilmente fantasmas, mas a quantidade faz a força, e quantas amazonas morreram sobre sua mão hoje nessa ilha? Quantas delas o odeiam por tudo que ele fez a sua casa? Quantas querem uma chance de vingança vindas do além?

Tanto ódio, ressentimento e desejo de livrar sua terra de tal inimigo, tudo isso fresco, foi facilmente invocado por mim, usando minha autoridade sobre as almas de alguma forma.

E aqui estão elas, se levantando da névoa.

{O que são essas coisas!?} Perguntou Ares, ao ver suas novas inimigas.

Não culpo ele, as almas das amazonas tomaram uma forma mais brutal e assustadora, seus corpos estão brancos leite, quase que sem forma e transparentes, longos cabelos da mesma cor, olhos vermelhos, longas unhas e dentes afiados, nenhuma delas está usando roupas, mas também não possuíam seios, as partes de baixo do seu corpo alongadas como de uma cobra, não são fantasmas, e sim espectros.

E quando seus olhos vermelhos sem pálpebras se voltaram para Ares, todas elas atacaram voando até seu alvo com os braços esticados e bocas abertas, dez, vente, trinta, quarenta, acabei perdendo a conta de quantas continuam saindo da névoa ou atacando já seu alvo.

{Me soltem, seus vermes, vocês deveriam permanecer mortos!} Gritou Ares, lutando contra elas.

O Deus da Guerra, as agarrou e apertou, socou, chutou, rasgou ou explodiu com feixes de energia, não importava, seu número parecia infinito, envolvendo todo o corpo do deus numa bola de espectros que não paravam de morder, arranhar ou sufocar o deus com seus próprios corpos.

Foi incrível, infelizmente não posso me juntar a elas e dar cabo dele de uma vez, vou ficar aqui sentando por mais algum tempo curtindo o show.

A luta continuou, e ficou apenas mais violenta quando Ares, conseguiu de volta sua arma a balançando para todos os lados limpando seus inimigos, mas eles continuavam saindo da névoa, voando até seu alvo com o intuito de o destruir, num desses golpes violentos, tive a minha primeira visão do corpo do Ares, desde que esse ataque frenético começou, seu estado era terrível, como se tivessem jogado seu corpo num enorme ralador, as unhas e dentes, estavam o sangrando lentamente.

Para escapar disso, ele aumentou seu tamanho mais uma vez, chegando aos oito metros de altura, um gigante com uma arma terrível sangrando dourado por todo seu corpo, um bárbaro. Só que isso também não importou, os espectros escalaram essa montanha a cobrindo inteira, era como ver um exército de formigas tentando devorar um elefante, coloco todo meu dinheiro apostando nas formigas.

{Vão para longe, saiam de cima de mim!} Continuou gritando Ares, agora quase que parecendo um pouco desesperado, não é para menos.

"TRUMUM!" "TRUMUM!" "TRUMUM!"

Mesmo que os golpes dele estejam sendo apenas mirando nos fantasmas próximos a ele, sua violência e força está fazendo toda a montanha começar a tremer, e as estalactites brilhantes acima dessa câmera, começaram a cair se espatifando no chão como cristal.

"Raven, você tem que tirar todos daqui!" Falei em voz alta.

Minha amiga, quase que totalmente esgotada, levantou seu corpo do chão e olhou ao redor, ela não pode me levar com ela, tenho que fazer mais uma coisa antes disso, ela sabe disso, e mesmo assim olhou para mim, seus olhos diziam tudo, e depois, ela afundou na própria sombra, fazendo o mesmo com todos meus amigos e aliados presentes aqui.

Bom, agora todo esse espetáculo só é para meus olhos.

{Você!} Gritou Ares, então olhando para mim do pequeno buraco entre os espectros o envolvendo.

Sim, não há forma melhor para acabar com uma maldição do que matando com aquele que lançou, e esse alguém no momento não pode se mover muito.

Ele também não pode se mover, por isso ele escolheu jogar a Labrys, que girou no ar fazendo círculos atravessando qualquer coisa no seu caminho.

Infelizmente, para ele, não preciso me mover no momento.

"σηκωθείτε!" {Ergam-se!}

Uma enorme parede de ossos humanos surgiu na minha frente.

"BLOMMMMMMMMMMMMMMMM!"

Claro, que a Labrys conseguiu atravessar ela, mas acabou perdendo a força e mudando um pouco sua trajetória, caindo enfiada no chão bem do lado do meu rosto na parede, os ossos na minha frente começaram a descer no chão, desaparecendo deixando minha visão clara.

"Minha vez de novo!" Falei para Ares, levantando minha palma aberta para frente, convocando a última grama do meu poder.

Dei cada gota do meu ectoplasma cinza brilhante cobrindo minha mão para os espectros, que ganharam então um violento aumento de velocidade e brutalidade, e isso continuou, empurrando lentamente Ares, na direção do portal do Tártaro, alguns passos atrás dele.

{Não, não, não!} Rugiu Ares.

Ares, calculou mal e perdeu, sem sua arma, sua vantagem contra seu inimigo caio para quase nada, ele nem teve tempo de a convocar mais, não com o aumento da violência do inimigo.

Passo a passo, andando para trás, seu corpo finalmente atravessou o portal, mas não completamente e quase que ele entalou, antes de cair dentro, ele segurou os dois lados da porta querendo se manter nesse mundo, ele sabe muito bem que não pode ir para o Tártaro, nessa situação. Tarde demais, os espectros continuaram seu ataque, acertando seu corpo e o forçando atravessar a portal, depois disso, foi como ver um exército de formigas marchando em linha reta e com uma velocidade anormal para dentro do portal.

A maldição não vai acabar, não até que cada alma seja vingada, não importa se ele esteja aqui ou no Tártaro, Ares, pode ter conseguido o que queria, ir para o nível mais baixo, mas duvido que ele seja capaz de fazer qualquer lá dentro agora, não com esses ferimentos e um exército de formigas constantemente o atacando.

Pelo menos, é o que espero, na verdade, não posso fazer mais nada sobre isso.

A um preço a ser pago na magia, e essa maldição em particular, custou caro, e está na hora de pagar.

A única coisa sinto antes de apagar, é a sensação de vitória.

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Um pequeno submarino com espaço para apenas duas pessoas ficarem confortáveis, está agora transportando agora três, acabou de passar submerso pelo buraco nas defesas da Ilha Paraíso, indo em direção da praia e do iate de luxo encalhado na areia.

{Sua missão ficou clara?} Perguntou uma voz chiando pelos sistemas de som do submarino.

"Sim senhora, matar o alvo e qualquer coisa no nosso caminho!" Gritou uma voz, um homem.

Esse homem, é alto com quase dois metros, sua postura era ereta com o queixo levantando e os braços descansando do lado do seu corpo, postura padrão militar, uma postura que ele usava com orgulho, não se importando de quase estar batendo com a cabeça no teto do submarino, que no seu interior, era oco, completamente controlado por controle do outro lado da barreira.

{Não Pacificador, matar qualquer um que fique no seu caminho e recuperar o alvo.} Falou mais uma vez a voz, era Amanda Waller.

Pacificador, o homem em posição de sentido, tenha um corpo forte, vestindo causas militares camufladas e uma camisa apertada vermelha com um brasão estampado no seu peito, uma pomba branca voando para baixo com as assas abertas e um escudo dourado atrás, a maioria do seu rosto está coberto por seu elmo prateado que parece um balde, e por último, mas não menos importante, uma arma colocada ao seu quadril.

"Sim senhora, recuperar o alvo e matar tudo que estiver no caminho para proteger o sonho americano!" Gritou ele mais uma vez, mas não como um soldado, e sim um fanático.

"Todos vamos morrer!"

Atrás do interior do submarino, sentada no chão encostada na parede está a única mulher desse grupo, vestindo uma roupa de couro preta com penas de corvo saindo ao redor do seu pescoço e ombros, cabelos lisos brancos na altura do queixo e uma franja quase cobrindo seus olhos azuis, usando batom preto e sombra, uma mulher jovem, com quase trinta bem magra, suas armas eram longas unhas pretas de quarenta centímetros em cada mão.

{Magpie, se tiver mais alguma objeção com a missão, fale agora, vou resolver suas dúvidas apertando o botão.} Avisou Waller, com uma voz ríspida, que calou Magpie, a fazendo abaixar a cabeça.

"Vai ficar tudo Magpie, eu te protejo!" Garantiu o último membro do pequeno grupo.

"Cala a boca, Coldsnap!" Gritou Magpie, em resposta.

Assim como a única mulher no grupo, Coldsnap, tinha cabelos brancos gelo, só que penteados para cima num alto topete, vestido também com uma roupa colada ao corpo azul e branca, e por fim, um visor azul e vermelho cobrindo seus olhos e orelhas. É por causa dele, que esse pequeno espaço não estava tão quente.

"Silencio seus infratores, não se deve falar durante a explicação da missão!" Gritou o Pacificador com eles.

"Você também é um criminoso como nós, seu idiota." Magpie, falou o fazendo se virar e olhar para ela.

"Não me compare com vocês, eu cumpri meu papel com a sociedade eliminando os inimigos do meu país, fui preso apenas para participar dessa unidade especial fora do olhar do inimigo, não está claro para você isso agora?"

Vendo agora a loucura do Pacificador, Magpie, resolver não dizer mais nada.

{Estamos chegando ao local de entrega, lembre-se Força Tarefa X, falhar não é uma opção!} Lembrou Waller, e logo depois ouve um baque na frente do submarino, eles acabaram de subir na areia, e a porta foi aberta.

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