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A Confissão

Andressa ficou admirada com o novo país. Ela pensou que seria tudo diferente do que realmente aconteceu.

Quando chegaram lá, foram direto para o apartamento onde seu pai vivia. Ele já havia a alertado que morava com um amigo, para que ninguém descobrisse seu paradeiro. Andressa ficou sabendo que seu pai era tão rico quanto ela imaginava. E tinha negócios no mundo inteiro, com exceção de países nos quais eles rejeitaram sua entrada. Era um mafioso famoso, apesar de poucos saberem que se tratava dele, o nome que tanto comentavam os jornais dali.

Com seu filho nos braços e tendo ao seu lado, Cibele e Cleiton, teve a maior das surpresas quando entrou no apartamento. Seu coração ficou pesado, seu corpo paralisado e seus olhos sombrios. Pensou em fugir quando olhou para o homem que estava de pé na sala com um copo em uma mão, e a outra em seu bolso e sorria para ela como se lhe desse boas-vindas. Ela pensou estar diante de Andrey.

Quando já ia dando meia volta seu pai a segurou pelo braço e viu o desafio e a decepção no olhar dela.

"Minha filha, quero lhe apresentar Magno. Meu amigo que compartilha o apartamento dele comigo." Ele explicou parecendo se divertir com o engano que tinha certeza, passou pela mente dela.

"Seja bem-vinda." Magno disse levantando o copo e dando um sorriso como se compartilhasse do divertimento do pai dela. Andressa descobriu sem jeito, que era um tipo de piada entre eles e o fitou mais atentamente.

Magno era da mesma altura, corpo e olhos de Andrey, mas mesmo assim, tinham suas diferenças. Pensou que eram gêmeos, mas depois percebeu que Magno era mais velho que Andrey. E também se vestia mais como seu pai enquanto que Andrey gostava de jeans e camisetas. Magno era sem dúvidas, mais estiloso, mais formal e muito mais social e amigável que Andrey. E aquela barba bem aparada dele, o deixava mais belo que Andrey, que não deixava a sua crescer com muita frequência. E mesmo tendo certeza que estava diante do irmão mais velho, não sabia dizer a diferença. Devia ser de um ou dois anos.

"Obrigada." Andressa respondeu ficando vermelha ao perceber que o fitou por um tempo muito longo e que todos a fitavam intrigados com sua reação. "Vai sair mais irmão de Andrey de algum lugar?" Ela perguntou franzindo a testa.

Magno venceu a pequena distancia que os separavam e checou a criança que sorriu para ele, assim que ele lhe descobriu o rosto. Ele também sorriu e Andressa viu as lindas covinhas que apareceram e decidiu que usaria aquilo para diferenciar ele do homem que deixou para trás.

"Somos só nós dois. Qual é o nome dele?" Magno perguntou e todos ficaram mudos, pois Andressa ainda não havia colocado um nome na criança.

Andressa tomou uma decisão repentinamente, que surpreendeu a todos, principalmente Magno.

"Tem alguma sugestão?" Ela perguntou o fitando enquanto colocava a criança em seus braços.

Magno a encarou, por um momento pareceu inseguro, mas depois voltou seus olhos para a criança e sorriu.

"Que tal John? É o nome do avô dele. Da minha parte, é claro."

Andressa percebeu naquele momento que não sabia o nome do próprio pai. E se voltou para ele com ar decidido.

"John... Gostei. O que acha papai?"

"Gostei também. Se vier a ser como a inspiração para o nome, será um grande homem."

"E qual o seu nome?" Ela perguntou ousada e viu que seu pai recuou um pouco, mas depois voltou a si, pois foi pego de surpresa.

"Pode me chamar só de papai. Gosto de ouvir..."

"Não vai colocar seu nome na minha certidão de nascimento?" Andressa perguntou, sabendo que talvez estivesse indo longe demais.

"Já coloquei, querida. Não veio para cá com o nome de Andressa e nem com o nome do homem a quem acreditou por anos ser seu pai. Depois cheque sua identidade e guarde segredo." Ele disse tranquilamente e piscou para ela.

Andressa ficou surpresa e feliz. Ainda ficaria surpresa com muitas coisas ali. Ela voltou para Magno.

"O nome dele é John." Ela disse, respondendo à pergunta e viu que seu coração deu um pulo quando viu as covinhas dele novamente. Ela não pensou que poderia se apaixonar novamente, ainda mais por alguém que a lembrava frequentemente de seu passado. E ela queria tudo novo agora. Por isso ignorou o que estava começando a sentir.

"Então creio que agora é só o registrar." Magno disse e para surpresa de Andressa, ficou vermelho antes de prosseguir. "Se quiser, posso registrar ele como meu filho... Isso garante um visto permanente para vocês dois." Ele terminou de dizer e entregando o menino a ela se afastou. Colocando agora, as duas mãos nos bolsos.

O que tudo aquilo implicava era o que menos importava para Andressa. A atitude dele era nobre e até justa. Era sobrinho dele e pelo jeito seria criado ao seu lado. Agradava a Andressa, a ideia de seu filho ter um homem para chamar de pai, por isso, sua resposta veio rápida. Como se ela já conhecesse Magno e soubesse que seria um bom pai e que tinha um caráter incorruptível. Coisas que ela acertou, porém, havia outras coisas significativas que ela não havia pensado e traria consequências e dificuldades futuras.

"Aceito. Obrigada por se dispor a isso." Andressa disse e respirou fundo. "Se não se importam, gostaria de saber onde vou dormir. Estou um pouco cansada da viagem..."

"É claro. Seu pai vai levar você até o quarto que preparamos para a receber." Magno disse e dando as costas para todos, se retirou da sala. Cleiton e Cibele também estavam com desejos de descanso.

Um segurança os chamou para o acompanhar até o apartamento que iriam ficar enquanto o pai de Andressa a levou para conhecer o seu quarto.

Andressa entrou embevecida no quarto e percebeu feliz, que ali não estava muito frio. Notou o controle do ar condicionado em cima do criado mudo ao lado de uma cama grande, forrada com uma colcha rosa, sem desenhos. Também gostou de ver o armário grande. Entregou a criança para o pai e foi abrir. Ali encontrou vários jeans, camisas, blusas e tênis. Também haviam três conjuntinhos de terno feminino. Ela franziu a testa ao ver aquelas peças, mas não disse nada no momento até que seu pai falou.

"Depois compraremos mais roupas para você, do seu gosto... Estas ai são para a escola e para o trabalho."

Andressa se voltou curiosa para ele e entregou John em seus braços.

"Trabalho?"

"Sim. Magno precisa de alguém em seu escritório para ajudar ele e pensei que você gostaria..."

"Ele trabalha?" Andressa perguntou pensativa, pois havia acreditado que Magno era traficante, assim como o irmão.

"Ele é juiz. Achei que seria boa a ideia de trabalhar com ele. Pois ele tem um escritório de advocacia. Tomei a liberdade de matricular você no curso de direito."

O pai de Andressa estava um pouco temeroso que ela não aprovasse que ele tivesse tomado tantas decisões por ela e estava preparado para uma recusa dela. Mas o brilho no olhar dela, não deixou ele na dúvida por muito tempo.

"Eu quero sim papai. Quero tudo que eu puder ter e quero poder dar também, tudo para meu filho. Quero abraçar esse novo mundo, como se fosse o meu próprio país. Aliás, não quero voltar nunca mais para o Brasil." Andressa disse tão empolgada que não observou que sua última frase deixou seu pai desconfortável. "Só precisamos agora de um berço..." Andressa disse olhando tudo em sua volta. Havia uma grande televisão presa a parede e uma cômoda bem embaixo da televisão. Ficou decepcionada por não encontrar nada de criança ali.

"Você acha mesmo que não iriamos preparar um quarto para o bebê?" O pai disse sorrindo e apontou com o queixo, para uma das portas que tinha no quarto. Havia outra do lado direito que ela imaginou ser o banheiro.

Andressa foi até a porta indicada e a abriu. Era outro quarto. Menor que o seu, mas muito mais luxuoso. Também continha uma grande televisão na parede. Além do armário e do berço, haviam vários brinquedos e uma cama de solteiro. Também havia um banheiro. O que Andressa achou um exagero, mas gostou, pois a criança cresceria e precisaria de sua privacidade.

Abriu as gavetas e as portas e estavam abarrotadas de roupas para bebês. O quarto pintado de azul, contava com um lustre de cristais que tinham formatos de diferentes animais. Andressa achou lindo e de muito bom gosto o quarto de seu filho.

Seu pai entrou com John e o depositou no berço, onde ele ficou dormindo. Depois em silencio, eles foram para o quarto de Andressa.

"Muito bem papai." Ela disse assim que se viram sozinhos. "Vou continuar o chamando assim, mas... Quem é você?"

Ele sorriu feliz.

"Já está na hora de você saber mesmo." Ele disse e foi até a penteadeira e tirou alguns documentos de uma gaveta e os entregou a Andressa.

Ela olhou curiosa e atenta e se surpreendeu por ter crescido ouvindo falar dele e sem sonhar que poderia ser um parente seu. Um certo tempo até desejou que a polícia conseguisse o pegar, mas ele sempre foi escorregadio.

"Esse nome em minha identidade vai denunciar você..."

"Não. Eles nunca viram meu rosto... Terei que ser mais cuidadoso e sair do casulo para que não relacionem o nome a mim. Eu posso ser um parente dele." O pai disse tranquilo dando de ombros.

Andressa ficou preocupada no início, mas depois que viu que realmente ninguém olhava para o nome do pai dela nos lugares onde tinha que apresentar documentação, ela ficou mais tranquila e curtiu mais à vontade a vida que levava ali. Sempre esquecia que seu nome era Alice e todos a chamavam de Andressa, pois era assim que se apresentava.

Ao contrário do que imaginava, a faculdade tinha um curso de inglês e ela aprendeu muito rápido o idioma. A convivência ajudou muito, e Cleiton sempre estava por perto para ajudar em suas dúvidas.

Magno, frequentemente a convidava para jantar e deixava que ela fizesse os pedidos, para que fosse se acostumando com o idioma. Isso também ajudou muito.

Seu pai sempre se dispunha a ficar com John nessas ocasiões, pois Andressa não confiava em babás. Colocou até uma câmera escondida no quarto dele, onde a babá passava a noite, para vigiar ela, e assistia todos os dias o que se passava a noite no quarto. Com o tempo ficou mais confiante, pois John demonstrava gostar da babá e ela nunca percebeu nada que a fizesse desconfiar de maus tratos.

Magno se mostrava sempre um bom amigo e pai cuidadoso e amoroso. Ele se deliciou com a primeira palavra de John que foi dirigida a ele, o chamando de papai e sempre se agarrando a ele, preferindo os seus braços aos de Andressa. Ela não se incomodava e até ficava contente com a afeição entre eles, já que em seu coração, nasceu um amor secreto por Magno. Nasceu e cresceu. Ela não tinha coragem de se declarar pois ele nunca falava nesse assunto, mas nas noites em que saiam, ela desejava ardentemente que ele a beijasse e que a tocasse de forma mais intima. Ela conheceu alguns rapazes que considerava interessantes na escola, mas nunca ficava impressionadas com eles, pois assim que terminava as aulas, ela ia direto para o escritório de Magno, onde inevitavelmente, comparava ele com esses rapazes e acabavam se tornando desinteressantes. Seu maior sonho, passou a ser de se casar com ele. Gostava de tudo nele. E foi por causa de seus sentimentos guardados a sete chaves, que aconteceu o primeiro desentendimento entre eles.

Era dia de folga, e ela aproveitou para ir a um salão, onde já havia se acostumado a frequentar, para fazer de tudo. Unhas, cabelo, maquiagem e depilação. Nesse dia, ela ligou para casa e disse que chegaria um pouco mais tarde, pois pretendia ir às compras. Ela queria um vestido de noite para tentar impressionar Magno na próxima vez que ele a convidasse para sair. Tinha desconfiança que ele não a via como uma candidata a namorada porque sempre usava os mesmos jeans que estavam no armário de quando ela chegou ali. Ela acreditou que seria demorado, porém, mais rápido do que imaginava encontrou um lindo vestido que lhe realçava a cor de seus olhos. Contente com seu achado, o comprou por uma pequena fortuna e voltou para o apartamento. Uma das vantagens de morar ali, era a chance de dirigir tranquilamente e legalizada antes dos dezoito anos. Seu pai a havia presenteado com um carro e ela amava dirigir. Chegou no prédio onde morava, estacionou em sua vaga e pegou o elevador para a cobertura.

Por um momento acreditou que estava no local errado. Ela ainda nem havia entrado e ouviu música alta e risada feminina. Como Cibele ainda estava internada, ela não achou que fosse a empregada, que àquela hora já devia ter ido embora.

Ela abriu a porta para assistir a maior decepção que teve até aquele momento naquele país. John estava agarrando os cachos lindos de uma ruiva enquanto Magno sorria embevecido com o braço em volta da cintura da moça e em uma mão um copo de bebida. Os três pareciam estar se divertindo muito.

Andressa nem sentiu quando deixou de raciocinar. Ela entrou e foi logo tomando John dos braços da mulher ruiva sem cerimonias, sendo o mais grosseira possível.

"Como ousam trazer meu filho para suas orgias?" Ela perguntou gritando e com ódio saiu dali com John resmungando por ter saído dos braços daquela mulher.

Andressa entrou em seu quarto e foi direto para a porta que o ligava ao quarto de seu filho. Colocou ele no berço e fitou irritada a babá que havia se levantado da cama assim que ela entrou tempestuosamente.

"Para que você serve se não impede que meu filho fique em meio a... Fique exposto aos bêbados que estão nessa casa?"

"Senhora, me desculpe, mas o que poderia fazer? Ele é o pai." A moça disse tão racionalmente que fez Andressa começar a pensar. Porém, Magno veio a sua procura e parou na entrada do quarto de John, sem entrar. Ficou no batente.

"Andressa, será que podemos conversar?"

"Alimente ele e o coloque para dormir. Que isso não se repita." Andressa disse para a babá em um tom arrogante e saiu fazendo vento em Magno que a seguiu até a sala e curioso a viu se servir de conhaque, pela primeira vez. Ela sempre recusava quando ele lhe oferecia.

Ela o fitou desafiante.

"Andressa...

"Onde está aquela piranha que você deixou pegar meu filho?" Ela perguntou grosseiramente e bebeu de uma golada só o conhaque e se serviu de mais.

"Ela não é isso que disse. Sei que no Brasil é uma referência ofensiva... O nome dela é Geiza e é minha namorada.

Andressa, ao ouvir aquilo teve anseios de jogar o copo nele, mas ao invés disso, tomou toda a bebida de uma vez só e novamente se serviu de mais.

"Andressa, cuidado. Você não está acostumada..."

"Chega de ter cuidado porra!" Ela disse sabendo que era a primeira vez que usava aquele linguajar. Mas tinha que extravasar sua raiva de si própria de alguma forma. Ela tomou mais um copo e voltou a encher já se sentindo um pouco zonza.

"Você não pode tratar assim um convidado meu. E cuide da forma que trata a babá, porque aqui se você a maltratar e ela resolver denunciar, você vai responder processo!" Ele disse também irritado, mas não tão fora de si quanto Andressa.

"Deixo seus convidados em paz, desde que não coloque meu filho no meio de suas putas!" Andressa gritou quase cuspindo as palavras nele.

"Não sou homem de andar com putas e é natural que apresente meu filho a minha namorada. E ela vai voltar amanhã e vai pegar ele em seus braços novamente e você vai respeitar isso!"

"Respeitar?" Ela perguntou debochada terminando com o copo e passando a beber do gargalo da garrafa. "Jamais vou respeitar uma puta suja qualquer que você traga aqui. E John é meu filho! E digo que ele não vai voltar nos braços dessa mulher. Você não sabe do que sou capaz!"

"Estou aprendendo Andressa." Ele disse irritado. "John é meu filho também. E vai conviver com Geiza sim."

Andressa voltou a tomar a bebida e esvaziou a garrafa e foi em busca de outra.

"Afinal que importância tem essa Geiza? Nunca vi essa vadia antes... Desde quando estão namorando?" Ela perguntou abrindo a garrafa e bebendo dela.

"Conversamos sobre isso hoje, mas já nos conhecíamos e nos comunicávamos por mensagens. Você foi muito grosseira e por favor, não volte a se referir a ela dessa forma torpe." Magno disse mais tranquilo e se sentou afrouxando a gravata.

"Oh! Não quer que eu diga que sua namorada é uma Puta, safada, piranha, galinha, cadela, vaca, prostituta, VADIA?" Andressa disse devagar cada uma delas e riu alto quando Magno a fitou assustado e parecendo congelar diante de sua vulgaridade, que parou até de mexer em sua gravata. Ela não estava mais se importando com o que ele iria pensar dela. Havia o perdido. Seu medo a fez perder o homem que amava. Agora só lhe restava ir embora dali com seu filho e voltar a ser uma mendiga.

"Porque está agindo dessa forma Andressa? Parece que eu ou Geiza fizemos algo para insultar você... Fizemos?" Magno perguntou aborrecido e se levantou se servindo de conhaque de outra garrafa, pois Andressa estava segurando a que ele mais gostava e parecia decidida a acabar de uma vez com toda ela.

"O que fizeram?" Andressa disse debochada. "Vocês estão namorando. Eis o que fizeram."

"Andressa... Eu só dei um tempo em meus namoros por medo de algum fiscal vir verificar o que acontece aqui em casa. Sou juiz e sou muito vigiado nesse meio. Você sabe que somos casados legalmente. Não podia arriscar que descobrissem a farsa e a deportassem. Mas agora já podemos dizer que temos um relacionamento aberto..."

Andressa lembrou do dia que ele a levou em outro juiz no fórum e se casaram às pressas, voltando para o trabalho em seguida e nunca mais falaram nesse assunto.

"E você contou tudo isso para a sua baranga biscate? Ou disse que aprovo relacionamentos abertos?" Andressa perguntou cada vez mais zangada com ele e com seus sentimentos frustrados.

"Disse que somos casados e que foi uma decisão precipitada..."

"Está arrependido meritíssimo?"

"Não tem como conversar com você agora. Está fora de si..." Magno disse bebendo o conhaque que havia servido e colando o copo na mesa de centro deu as costas e começando a seguir em direção ao seu quarto. Mas Andressa o agarrou por trás com tanta força que lhe rasgou a camisa. Ela começou a rir com o pedaço de seda em suas mãos, enquanto Magno se voltava para ela com olhar sombrio e em silêncio. Ficou a fitando enquanto ela largava a garrafa vazia e começava a buscar por outra.

"Porque está me olhando? Não se deve sair e deixar uma mulher sozinha... Sua mãe não te ensinou isso? Garanto que está no manual das mães..." Andressa disse e começou a rir dela mesma.

"O que você quer afinal?" Magno perguntou irritado.

"Ainda não terminamos de conversar..." Andressa disse se sentindo livre de alguma coisa que antes a impedia de se abrir e adorando aquela liberdade. Encontrou outra garrafa e a abriu.

"Diga o que tem para dizer então."

"Você é cego?"

Magno respirou fundo sentindo que não iria conseguir manter a paciência por muito mais tempo.

"Explique."

"Você não sabe mesmo o motivo de todo esse... Escândalo?"

"Gostaria muito de saber..."

"Eu amo você."