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Prólogo: Como as pessoas sempre morrem, ele também morreu

Para essa história começar, ele precisava morrer.

E realmente morreu… o que era uma pena, pois ele gostava da sua vida. Era um modelo famoso, ganhava muito dinheiro desfilando nas passarelas mais glamorosas, posando para marcas de roupas e joias de grife. Usava as melhores roupas, viajava para todos os cantos mais desejados do mundo, experimentava as melhores comidas, ia nas melhores festas. Transava com mulheres tão lindas que a maioria dos homens sequer podiam sonhar em vê-las, e depois as descartava — isso quando elas não o descartavam primeiro. Mas ele teve um problema sério na sua vida passada: o vício em álcool e drogas.

Foi por causa desses problemas que, depois de perder um contrato milionário por supostamente estar velho demais para continuar sendo a imagem de um homem jovem e viril de uma certa marca, que mergulhou nas drogas e álcool para curar suas frustrações. Poxa, ele tinha apenas trinta e cinco anos… Mas seu corpo realmente não era mais tão jovem assim, não aguentou as noites de orgia, ou as incontáveis doses de heroína, nem os corpos de uísques, e teve várias paradas cardíacas dentro de uma ambulância qualquer.

O barulho das sirenes, as notícias nos sites de fofocas, as injeções de adrenalina, os posts dos meus 'amigos' nas redes sociais, ou choro da sua família, nada disso adiantou, e ele já chegou morto no hospital… foi um sentimento estranho, insólito, dúbio, quando se viu naquele estado, deitado numa maca, pálido. Frio. Imóvel. Sem respirar. Sem vida. E viu como as pessoas o olhavam, como se não importasse a sua beleza, nem o quanto de dinheiro tinha ou as mulheres com quem já transou. Para essas pessoas, seu corpo era apenas mais um naquele lugar, que em breve seria "tratado", colocado numa caixa de madeira que custava milhares de reais e depois seria jogado num forno crematório. E esse seria o fim da pessoa Reger Leopoldo de Carvalho para sempre, da qual ele sempre se orgulhou de ser.

Mas não foi assim que aconteceu…

Ele, Léo, como as pessoas o chamavam na sua vida passada, estava diante de um cenário inimaginável. Agora com o nome de Lakan.