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Parte 2: Uma conversa de mesa de bar

— Parece que o senhor Growas tá convocando um exército para lutar na fronteira do sul contra os demônios. Acho que o último não teve um fim tão bom… — disse um homem baixinho e careca, que estava sentado numa mesa próximo a Lakan. — Agora ele tá pagando bem, caso você tenha experiência com uma arma e não tenha medo de morrer horrivelmente. E se for um mago, ele pagará com moedas de ouro

— Em ouro, hein? — murmurou um homem barbudo, sentado do outro lado da mesa. — Droga, eu queria ter nascido mago — resmungou, frustrado.

— Idiota, quem não queria?

Lakan escutava mais uma conversa clichê desse mundo, fingindo não se importar. Muitas pessoas em Belas falavam sobre exércitos e batalhas contra demônios, embora ele nunca tenha visto nenhum deles pessoalmente.

Mas, dessa vez, as palavras ouro e mago chamaram sua atenção, então ele continuou ouvindo a conversa dos homens vestidos de marinheiro.

"Um exército hien?" Esse parecia ser o meio mais fácil para uma pessoa pobre ascender a níveis sociais mais altos. Óbvio, se você ignorar os riscos de morrer numa guerra contra demônios, seja lá o que eles forem.

Lakan se virou para os marinheiros e os interrompeu:

— Ei, como eu faço para saber se sou um mago?

De início, os homens apenas o encararam, meio confusos. O baixinho careca então disse:

— Garoto, você já usou alguma magia antes, mesmo sem querer?

— Eu acho que não.

Ele se lembraria se fizesse algo tão fantasioso como usar magia.

— Então você não deve ser um — continuou o baixinho. — A magia geralmente é descoberta nos primeiros anos de vida de uma criança, você deve saber disso. — Ele parou para beber sua cerveja e depois de limpar os lábios com a língua, encarou Lakan e sugeriu, com um meio sorriso: — Mas se você estar assim tão curioso, garoto, você pode fazer o teste da guilda dos magos. Se tiver "Dom" o suficiente, talvez algum mestre te aceite como um aprendiz.

— Guilda dos magos? — perguntou Lakan, meio confuso.