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Capítulo 2: Pronta? sempre!

Capítulo 2

Acordo em um sobressalto, suando e com a respiração acelerada. Olho ao redor e o ambiente está todo escuro, ateteio a cama procurando meu celular e ligo a lanterna, estou no meu quarto e com a mesma roupa que fui à escola. Franzo o cenho e me levanto da cama, devagar.

Olho as horas em meu celular, três horas da madrugada. O que aconteceu? eu dormi todo esse tempo? E a ligação de minha irmã, a casa zebiry… Psico algumas vezes tentando lembrar de algo que possa me fazer lembrar do que aconteceu. Nada. Não lembro de quase nada depois da última frase de Hannah sobre o mundo sobrenatural está em colapso. Passo a manga do moletom na testa para enxugar o suor dela.

Ando a passos silenciosos pela casa e sigo em direção ao quarto de Hannah, adentro o mesmo e acendo a luz me deparando com ela dormindo. Me sento na cama e tento acorda lá, hannah tem o sono pesado e é um trabalho dificultoso conseguir acordar ela.

Passam se minutos e ela não desperta, eu a chacoalho um pouco mais forte e ela resmunga algo inaudível para os meus ouvidos entenderem.

"Hannah" — A chamo. Ela se mexe na cama e abre os olhos, resmungando algo sobre ser cedo demais. — "Hannah você me ligou ontem ou hoje?" Ela se senta na cama e seus olhos param em um ponto fixo no quarto.

"O quê?" — Ela boceja. Seus olhos miram os meus e ela coça a cabeça. — "Não, eu saí mais cedo da escola porque estava com dor de cabeça. Acabei dormindo após tomar um remédio e acordei agora com você. Por que a pergunta?" Seu cenho franze e ela me em confusão.

Conto a ela sobre meu sonho e coisas que andam ocorrendo comigo ultimamente. Meus olhos mudando de cor do nada, sonhos estranhos, perdas de memórias ou confusões com as memórias, acabar dormindo e acordando sem saber que dia, ano ou mês é. Sentir um cansaço e olheiras e quando vejo elas já não estão mais lá, sonhos que parecem reais mas não me lembro de ter vivido. Hannah resmunga algo sobre nossos pais serem irresponsáveis e se ajeita na cama, dobrando as pernas para se aconchegar melhor.

"Bom, eu vou contar o que sei sobre Eleah. Ela era a bruxa mais poderosa e próxima da deusa Reikoly – a deusa das criaturas sobrenaturais. Reikoly abençoou Eleah e lhe deu sua graça. Reikyli, irmão gêmeo de Reikoly, estava se sentindo inferior e esquecido, pois sua irmã era mais adorada pelas criaturas sobrenaturais do que ele. Com tamanha inveja e raiva, ele criou um homem e o transformou em um vampiro para manipular Eleah e causar destruição entre todos os povos. Acontece que, mesmo o homem criado por Reikyli, de alguma forma conseguiu sair de seus domínios e se apaixonou por Eleah, sendo os sentimentos de Eleah por ele recíprocos. Reikyli, com tamanha raiva, o amaldiçoou, fazendo-o se transformar em uma besta e matar toda a família de Eleah. O homem não conseguiu lutar contra a maldição e acabou aniquilando todos. Eleah estava esperando um filho dele, e ele não sabia. O homem foi morto logo após a chacina. Antes de morrer, Eleah disse que não o culpava e que eles iriam se reencontrar um dia. Nas suas últimas palavras, o homem pediu que Eleah fugisse para que os soldados criados por Reikyli não a matassem. A deusa Reikoly, vendo o que seu irmão fez e o que estava tentando fazer, selou Eleah em outro mundo, onde ela deu à luz sua filha, Reilly. Infelizmente, Eleah morreu durante o parto, e Reilly morreu devido a uma doença misteriosa; seu corpo não aguentou a magia do vampirismo – herdada de seu pai – e seu lado bruxa colapsou, levando-a a falecer logo após a mãe. Mas não parou por aí; a deusa Reikoly, vendo a crueldade que seu irmão estava fazendo com as pessoas, o selou em outra dimensão. Reikoly morreu devido a ter se sacrificado para selar o irmão. Os soldados criados por Reikyli, eram figuras sombrias e poderosas, forjadas pela inveja e raiva do deus. Eles eram uma extensão da vontade de Reikyli, existindo para cumprir suas ordens malévolas. Como criaturas de um deus, eles possuiam habilidades sobrenaturais e eram imbuídos de uma força que os tornaram adversários formidáveis. — Minha irmã deu uma pausa. Voltando a falar em seguida — "Quando as estrelas alinharem-se em sinal de paz, E a noite mais escura revelar a luz da graça, A reencarnação de Eleah surgirá mais uma vez, Com o poder de unir e curar as antigas desavenças.

Os soldados de Reikyli, sombras da vingança, derrotados serão. Pois ela trará consigo o segredo da redenção, E com ele, a chance de uma nova fundação.

Mas cuidado, pois o caminho é repleto de dor, E o coração da herdeira enfrentará grande terror. Somente com verdadeira fé e coragem sem igual, Ela poderá restaurar o equilíbrio e selar o mal."

Eu pisquei algumas vezes, tentando assimilar tudo que ouvi. Eu achava que era uma simples reencarnação.

"Então…é tipo uma premonição?" — Perguntei me referindo a suas últimas palavras.

"É como se fosse…." — Minha irmã deu de ombros.

"É tão complicado." Murmurei, olhando para as minhas mãos.

"Eleo" — Direciono meus olhos para os seus, atenta ao que ela falará. Hannah engole em seco. — "Talvez…você esteja despertando e esses sonhos estranhos que você anda tendo são como um aviso, uma premonição. Eu não sei." Seus ombros caem e sua voz morre. Eu me levanto e seus olhos me seguem. Dou um sorriso mínimo e a agradeço. Ela se joga novamente na cama e dorme. Eu solto uma risada baixa, Hannah tem uma facilidade assustadora para dormir.

Ao longo dos dias vou me aproximando mais de Hinata. E eu, Hinata, Seraphina e Hannah viramos meio que um grupo, andamos treinando todas juntas e confessando coisas umas para as outras. Como Hinata que tem uma queda enorme por um loiro que faz parte do bando de Darian.

Hoje estamos nós quatro na base de treinamento da escola, uma ala comum para treinos de criaturas sobrenaturais.

O suor escorria pela minha testa enquanto eu encarava Hinata do outro lado do tatame. Ela estava concentrada, os olhos fixos nos meus, como se pudesse prever meu próximo movimento. "Pronta?" ela perguntou com um sorriso amigável.

"Sempre," respondi, e com um aceno mútuo, o treino começou.

Hinata era ágil, seus pés mal tocavam o chão enquanto ela se movia. Eu sabia que ela não iria pegar leve só porque éramos amigas. Ela avançou, e eu desviei, sentindo a lufada de ar enquanto seu chute passava a centímetros do meu rosto.

"Boa tentativa," eu disse, tentando esconder meu alívio. Era um jogo de gato e rato, cada uma de nós testando as defesas da outra, procurando por uma abertura.

Eu fiz um movimento falso para a esquerda e então rapidamente girei para a direita, lançando um ataque surpresa. Hinata bloqueou, e nossos olhares se encontraram. Por um momento, não havia sorrisos. Só a pura emoção da luta, a adrenalina correndo em nossas veias.

O treino continuou, uma dança de ataques e defesas, até que finalmente, exaustas, recuamos. "Bom treino," Hinata disse, e eu concordei. Não havia vencedoras ou perdedoras aqui, apenas duas guerreiras aprimorando suas habilidades.

E enquanto nos curvávamos uma para a outra em respeito, eu sabia que esses momentos eram mais do que apenas treino. Eram lições de vida, ensinando-nos sobre respeito, força e a beleza da amizade verdadeira.

"Belo treino." Reviro os olhos quando a presença de Dylan se faz presente. Olho para Hinata e ela estava corada, e não devido ao treino.

"O que é que você quer?" Pergunto a ele enquanto bebo água de minha garrafa. Seus parceiros chegam e desvio o olhar, não quero ver Darian, mas o mesmo provavelmente não percebe isso já que usou sua velocidade de vampiro para chegar rapidamente na minha frente.

Revirei os olhos.

"Você vai treinar comigo." Ergui as sombrancelhas. EU VOU O QUÊ?

"Não." Ele deu um sorriso de ladinho.

"Sim, vai." Suspirei fundo e aceitei voltando para o tatame.

Quero um dia quebrar esse idiota no soco.

A tensão era palpável enquanto eu encarava Darian do outro lado do tatame. Não havia sorrisos ou cumprimentos cordiais; apenas o silêncio.

"Vamos acabar logo com isso," Eu disse. Ele rosnou, e o treino começou.

Darian era impiedoso, seus golpes carregados de força e raiva. Eu sabia que ele não se seguraria, mesmo em um treino. Ele avançou com um soco pesado, mas eu estava preparada. Desviei e contra-ataquei, minha perna cortando o ar em direção ao seu torso.

"Você vai ter que fazer melhor que isso," eu provoquei, tentando tirá-lo do sério. Funcionou. Darian perdeu a compostura por um momento, e eu aproveitei a abertura, empurrando-o para trás com uma série de golpes rápidos.

Ele recuou, os olhos ardendo de fúria. "Isso não vai ficar assim," ele disse, e eu podia ver que ele estava certo. Cada movimento nosso era uma batalha, cada golpe uma mensagem clara de nossa animosidade.

O treino foi intenso, cada um de nós levando o outro aos limites. Mas, no final, estávamos ambos de pé, respirando pesadamente, reconhecendo a força um do outro apesar de nossa inimizade.

"Boa luta," eu disse relutantemente, e Darian apenas acenou. Não havia respeito ou amizade aqui, apenas o reconhecimento tácito de que, apesar de tudo, tínhamos nos tornado adversários dignos um do outro.

"Ela é forte, por um momento eu achei que ela te derrubaria." Killian orlov disse, provocando Darian. Killian tinha os cabelos castanhos escuros, olhos acinzentados. Usava uma camisa vermelha e calça preta, e a costumeira jaqueta de couro estava sobre seus ombros. Ele deu uma piscadela para mim e eu sergui uma sobrancelha.

"CHEGUEI" — A presença radiante de seraphina chega ao local, seus cabelos loiros voando ao vento e seu sorriso elegante estampado em sua face. Ela usava uma regata branca e shorts jeans. Ela olha ao redor e troce a cara ao notar killian, ao que parece ela não gosta dele. — "O que esses…esses…" Sua voz soa confusa e ela dá de ombros. — "Perdi sua luta com Hinata, né?" Eu balanço a cabeça afirmando e ela bate o pé no chão em indignação.

"Mas vocês podem lutar, quero ver como você é em luta, phina." Seus olhos me fuzilam e eu sorrio. Ela anda até o tatame e hinata se posiciona também. "Boa sorte."

Observando do canto do tatame, eu via Seraphina e Hinata se cumprimentarem com um respeito mútuo que só verdadeiras guerreiras compartilham. "Que a melhor vença," disse Seraphina, e Hinata assentiu com um sorriso determinado.

O treino começou com cautela, ambas estudando uma à outra, movendo-se com uma graça que desmentia a força por trás de cada golpe. Seraphina fez o primeiro movimento, um chute alto que Hinata bloqueou com facilidade.

"Não vai ser tão fácil," Hinata respondeu, lançando uma série de socos que Seraphina desviou, movendo-se como água fluindo ao redor de pedras.

Elas eram como fogo e gelo, cada uma com seu estilo único, mas igualmente impressionantes. Seraphina, com sua agilidade felina, e Hinata, com sua calma inabalável.

O treino era menos uma luta e mais uma dança, uma celebração da arte marcial que ambas amavam. Não havia raiva ou ressentimento, apenas o som dos pés no tatame e a respiração concentrada.

Quando finalmente terminaram, estavam sorrindo, o suor escorrendo, mas os olhos brilhando com a alegria da competição amistosa. "Bom treino," elas disseram uma à outra, e eu não pude deixar de sorrir também.

Era um lembrete de que, mesmo na luta, pode haver beleza e camaradagem. E eu me senti grata por ter amigas como Seraphina e Hinata, que podiam lutar com tanta paixão e ainda assim manter uma amizade tão forte.

"Pelo visto está difícil para alguém vencer." Kiliam murmura e Dylan concorda.

"Então faça você!" Seraphina respondeu, ríspida. Kiliam deu um sorriso maléfico, como se tivesse tido uma ideia sombria.

"Então vamos eu e você." Seraphina semicerrou os olhos, fuzilando com o olhar. Logo em seguida deu de ombros.

Essa é minha amiga!

A atmosfera estava carregada de tensão enquanto Seraphina e Killian se enfrentavam no centro do tatame. Não havia espaço para cortesias; os olhares que trocavam eram afiados como lâminas. "Pronta para perder, Seraphina?" Killian zombou, um sorriso arrogante em seus lábios.

Seraphina apenas bufou, a irritação clara em seu rosto. "Vamos ver quem perde," ela retrucou, e o treino começou com uma explosão de movimento.

Killian era provocador, cada golpe acompanhado de um comentário sarcástico, tentando tirar Seraphina do sério. Mas ela era uma muralha de concentração, respondendo com golpes precisos que falavam mais do que palavras.

O treino era pesado, cada ataque carregado com a tensão de sua animosidade. Seraphina lançou um chute que Killian mal conseguiu bloquear, e por um momento, vi um lampejo de respeito em seus olhos.

Eles lutavam com uma ferocidade que beirava o pessoal, mas ainda assim mantinham o controle, cientes dos limites do treino. Killian conseguiu encurralar Seraphina, mas ela usou sua agilidade para escapar, virando o jogo contra ele.

"Não tão rápido," ela sibilou, enquanto o empurrava para trás com uma série de socos e chutes que o fizeram recuar.

No final, ambos estavam ofegantes, o suor escorrendo, mas nenhum deles cedeu. "Bom treino," Seraphina disse, sua voz fria, mas com um traço de respeito relutante. Killian apenas acenou, sabendo que, apesar de tudo, Seraphina era uma adversária à altura.

E eu, Eleonora, observando do lado de fora, não pude deixar de admirar a paixão e a determinação de ambos. Mesmo em meio ao conflito, havia uma beleza na forma como eles lutavam, um lembrete de que até mesmo os treinos mais pesados podem ser uma forma de crescimento e respeito mútuo.

"Bom, eu quero treinar com a Hinata" Dylan soltou, com um sorriso malicioso. Hinata que estava verificando umas coisas para outro treino se virou para o encarar.

"Tem certeza?" Ela disse, afiada. O vento ficou um pouco mais forte e os amigos de Dylan o zombaram. Hannah que até então não estava presente, se tornou no exato momento.

"Claro, você não é tão boa." Dylan disse, simplista. Hinata bufou, embora ela goste dele, ela não iria aturar que a diminuísse.

O ar estava carregado de tensão e expectativa enquanto Hinata e Dylan se posicionavam no tatame. Eu podia ver a determinação nos olhos de Hinata, misturada com um brilho de admiração por Dylan, que parecia desfrutar cada segundo da atenção dela.

"Pronta para ser derrotada?" Dylan provocou, um sorriso presunçoso nos lábios.

Hinata corou, mas sua voz era firme. "Não subestime o que posso fazer," ela respondeu, e o treino começou com uma energia explosiva.

Dylan era um provocador nato, cada movimento seu era calculado para desorientar e desafiar Hinata. Ele sabia que ela gostava dele, e usava isso a seu favor, lançando olhares e comentários que a faziam hesitar.

Mas Hinata não era de se render facilmente. Ela absorveu as provocações e as transformou em foco, seus golpes ganhando força e precisão à medida que o treino avançava. Eu podia ver a surpresa em Dylan quando um de seus chutes passou perigosamente perto, forçando-o a recuar.

O treino era pesado, cada troca de golpes mais intensa que a anterior. Hinata estava em chamas, sua paixão por Dylan transformando-se em uma força que a impulsionava para frente, desafiando-o a acompanhá-la.

Dylan, por sua vez, começou a levar Hinata mais a sério, sua provocação dando lugar a um reconhecimento relutante de sua habilidade. Eles eram um turbilhão de movimentos, uma tempestade de vontades colidindo.

Quando o treino terminou, ambos estavam ofegantes, o respeito mútuo finalmente estabelecido. "Você é boa," Dylan admitiu, e Hinata, com um sorriso triunfante, apenas concordou.

"Era óbvio que ela ganharia" Hannah falou. E os olhares de todos se voltaram para ela.

"Não! Os meninos estão nos deixando ganhar."Hinata disse.

"Claro, uma força de uma bruxa para lobisomens e vampiros." Eu concordei com Hinata. Ela balançou a cabeça, afirmando.

"Então, só sobrou eu?" Hannah perguntou, olhando ao redor. O resto do grupo dos meninos estavam sentados no chão, apenas Aiden estava em pé.

"Não, sobrou eu também." Sua voz saiu fria, sem ânimo.

Os dois se posicionaram no tatame.

Hannah, ágil e técnica, dançava ao redor de Aiden, seus movimentos lembrando os de uma bailarina em combate. Aiden, por outro lado, era a força bruta, cada golpe carregado com a intenção de derrubar montanhas. Os socos de Hannah eram rápidos e precisos, visando pontos de pressão, enquanto Aiden respondia com golpes poderosos, buscando um nocaute rápido.

Aiden começou a perceber o padrão nos movimentos de Hannah e ajustou sua postura, antecipando seus ataques. Hannah, percebendo a mudança, recuou, usando sua velocidade para evitar os contra-ataques. Ela começou a usar chutes baixos, desgastando a base de Aiden, enquanto ele tentava encurralá-la contra as cordas para limitar sua mobilidade.

Exaustos mas não derrotados, ambos sabiam que este round poderia decidir tudo. Aiden conseguiu um golpe sólido, fazendo Hannah tropeçar. No entanto, ela se recuperou rapidamente, usando a oportunidade para aplicar uma chave de braço. Aiden resistiu, girando para fora do bloqueio, e os dois se separaram, respirando pesadamente.

Ao final do treino, apesar de suas diferenças, um aceno de cabeça respeitoso foi trocado. Eles sabiam que a rivalidade os tornava melhores, mais fortes. Hannah e Aiden saíram do ringue, não como inimigos, mas como rivais honrados, cada um com um novo entendimento do outro.

" Não foi mal, Aiden. Mas você sabe que eu quase te peguei com aquela chave de braço." Hannah diz, ofegante.

"Quase não conta, Hannah. E aquele direto que te fez balançar? Você tem que admitir, foi um bom golpe." Ele fala, sorrindo ironicamente.

"Eu admito, foi sólido. Mas não sólido o suficiente. Você vai precisar de mais do que isso para me derrubar." Ela passa a mão na testa, retirando o suor.

Aiden cruza os braços " Estou apenas começando. Na próxima vez, não vou pegar leve."

Hannah sorri, friamente.

"Pegar leve? Por favor, você estava lutando como se sua vida dependesse disso." Ela prende o cabelo em um coque.

"Talvez porque cada vez que entro neste ringue com você, é como se fosse." Aiden a olha diretamente nos olhos.

"Então que bom que nos entendemos. A rivalidade nos mantém afiados." Ela o olha, desafiadoramente. Ela sai da frente dele e fica ao meu lado.

Seraphina se joga sobre um tatame e murmura "Eu estou exausta!" Eu solto uma risada e ela ergue a cabeça para me olhar. — "O que foi?" Ela indaga.

"Você ainda não lutou contra mim" Eu digo me levantando e me aproximando dela que começou a orar em alguma língua.

A risada escapa dos meus lábios enquanto observo Seraphina se entregar ao tatame com um suspiro dramático. "Exausta?" Eu pergunto, ainda rindo. "Isso foi apenas o começo."

Ela levanta a cabeça, seus olhos encontrando os meus. "O que você quer dizer?" Seraphina pergunta, uma sobrancelha arqueada em desafio.

"Você ainda não experimentou o verdadeiro treino," eu digo, me aproximando. "Lutar contra mim é diferente de qualquer outra coisa."

Seraphina sorri, um brilho de travessura passando por seus olhos cansados. Ela começa a murmurar, suas palavras tecendo no ar como uma antiga canção de poder. Eu reconheço a língua das bruxas, uma melodia que fala de força e mistério.

"Então me mostre," ela diz, se levantando com uma graça que desmente sua fadiga. "Mostre-me o que significa ser uma bruxa guerreira."

Nós nos posicionamos no centro do tatame, a energia mágica pulsando ao nosso redor. Eu posso sentir o poder de Seraphina vibrando no espaço entre nós, uma força que promete uma luta como nenhuma outra.

"Prepare-se," — eu aviso, e no mesmo instante, nossos corpos se movem. Não é apenas uma luta física, mas uma batalha de vontades, uma dança de energia que só duas bruxas poderiam entender. — " Você está se segurando," eu provoco, bloqueando um chute alto.

Ela sorri, um brilho malicioso em seus olhos. "Não quero acabar com a diversão tão cedo," ela responde, e há verdade em suas palavras. Esta não é uma luta pela vitória, mas pelo prazer do desafio.

Nós dançamos ao redor do tatame, nossos corpos falando a linguagem antiga do combate. Cada ataque que ela faz, eu conheço, como se estivesse escrito em minha alma. E cada defesa que eu monto, ela antecipa, como se pudesse ler meus pensamentos.

Cada golpe que trocamos é carregado com magia, cada bloqueio uma afirmação de nossa amizade e respeito mútuo. Nós lutamos não para vencer, mas para crescer, para testar os limites de nossa magia e nossa habilidade.

Com um grito, Seraphina ataca, e eu recebo seu ímpeto com a força de uma tempestade. Nossos movimentos são um borrão, uma tempestade de golpes e contra-golpes que falam de anos de treinamento e disciplina.

E enquanto lutamos, eu não posso deixar de sorrir. Porque, exausta ou não, Seraphina é uma adversária digna, e não há lugar no mundo em que eu preferiria estar do que aqui, agora, testando meus limites contra os dela.

E quando finalmente paramos, ofegantes e sorrindo, sabemos que este treino foi mais do que uma simples luta. Foi uma celebração de nossa ligação, uma prova de que, juntas, somos mais fortes do que jamais poderíamos ser separadas.

"Agora eu estou morta." Ela se joga no tatame novamente e Hinata a entrega uma garrafa de água. Eu sorrio e me sento em outro tatame. Então noto todos ao redor nos olhando.

"Vocês não estão cansadas? eu estou morta!" Hinata se joga no tatame. Eu sorrio, eu estava me sentindo exausta, super cabsada. Eu poderia dormir neste tatame e ninguém conseguiria me acordar.

E é quando Dylan, Kilian e Darian se levantam, falando algo sobre adrien e Kilian lutarem contra Darian.

A tensão é palpável no ar enquanto Kilian e Dylan se preparam para enfrentar Darian. Eu, observo de perto, meu coração batendo forte com a antecipação do confronto que está por vir.

"Esta será uma batalha como nenhuma outra," eu murmuro para mim mesma, sentindo a energia crua que emana dos três combatentes.

Kilian, com seus olhos determinados, troca um olhar com Dylan. Eles não precisam de palavras; sua amizade e confiança mútua falam por si só. Eles se posicionam lado a lado, prontos para o embate.

Darian está à frente, um sorriso sombrio em seus lábios. "Vocês acham que podem me derrotar?" ele desafia, sua voz um trovão baixo que ressoa pelo espaço.

O primeiro movimento é de Kilian, rápido como um raio, atacando com uma série de golpes que Darian consegue bloquear. Dylan segue, complementando a ofensiva com uma precisão letal que força Darian a recuar.

A luta é feroz, cada golpe carregado com a intenção de derrubar. Darian é um adversário formidável, seus contra-ataques são brutais, forçando Kilian e Dylan a empregar toda a sua habilidade e astúcia.

Eu não posso deixar de admirar a força e a coragem deles, lutam não apenas com seus corpos, mas com seus espíritos, unindo-se contra um inimigo que representa uma ameaça real para tudo o que valorizamos.

Os sons da batalha enchem o ar - o choque de metal, o sibilar da respiração ofegante, o grito ocasional de dor ou determinação. É uma sinfonia de caos, mas dentro dela, há uma ordem, um propósito que impulsiona Kilian e Dylan a continuar lutando.

E quando finalmente a poeira assenta, quando os últimos golpes são trocados, Kilian e Dylan permanecem de pé, exaustos.. Eles se apoiam um no outro, irmãos não de sangue, mas de batalha.

Darian continua em pé, exausto, também não derrotado.

"Vocês fizeram isso," Liam, amigo deles, diz se aproximando para oferecer apoio. "Juntos, vocês superaram o impossível."