Gomas Crescentes

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Já faz uma semana desde que June começou a trabalhar na loja de conveniência da família. E agora, já era o seu último dia. Até agora, o dia tinha sido tranquilo, e ele estava bastante grato por o antigo proprietário ter deixado ele usar uma máscara enquanto trabalhava.

Não a sua máscara rosa de gato, claro.

Apenas uma máscara facial preta comum.

Contudo, agora que era seu último dia, parecia que o mundo estava testando ele.

No meio do dia, um bêbado entrou e insistiu para receber um maço de cigarros de graça.

"Não tem nada de graça nesse mundo, cara," June disse, olhando nos olhos dele.

O bêbado riu. "Cara? Com quem você tá falando, moleque? Quantos anos você tem, hein?" ele disse, embolado.

June suspirou, sentindo-se cansado já. "Então, vaza, vovô. Aqui a gente não dá brinde."

De repente, o bêbado tirou algo do bolso — uma faca ou algo assim. As sobrancelhas de June se arquearam em surpresa quando o bêbado a segurou diante de seu rosto ameaçadoramente. O coração de June começou a bater mais forte no peito. Ele nunca soube que encontrar perigo o deixaria tão empolgado!

"Me dá um maço, moleque. Ou você tá ferrado."

"Quero ver tentar, vovô," June sorriu ironicamente. O bêbado avançou, tentando fincar a faca perto do pescoço de June. No entanto, com seus reflexos rápidos, June rapidamente pegou a faca de sua mão e pressionou um ponto de pressão no seu pulso, fazendo o bêbado soltar a faca.

Depois disso, June envolveu seu cotovelo no pescoço do bêbado, prendendo-o no lugar. June fez uma careta ao sentir o cheiro de álcool barato e o acúmulo de sebo e caspa nos cabelos.

"Por que você tá procurando cigarros quando deveria estar roubando shampoo, hein vovô?"

June rapidamente arrancou um sachê de shampoo do balcão e colocou no bolso do bêbado. Então, ele apertou o seu abraço em volta do pescoço dele, fazendo o bêbado engasgar.

"Agora, vaza, toma um banho e não volta mais, entendeu?"

O bêbado assentiu rapidamente, se tornando sóbrio. Ele pensou que o funcionário temporário era só um moleque, mas havia algo nele que dava medo.

June sorriu enquanto observava o velho bêbado com medo. Ele se deu um tapinha nas costas.

Ele ainda mandava bem.

Depois do encontro com o bêbado, três garotas do ensino médio entraram na loja. Elas estavam assistindo algo no celular delas, fazendo uma delas esbarrar numa prateleira de salgadinhos. Os salgadinhos caíram, mas elas continuaram andando como se nada tivesse acontecido.

June clicou a língua e foi até a prateleira para colocá-los de volta no lugar. Ao se aproximar das garotas do ensino médio, ele viu um vislumbre do que elas estavam assistindo. June arqueou as sobrancelhas de surpresa.

Elas estavam assistindo seu vídeo de performance de nível de estrela.

"Ah, o que fazer? Elas são bem fofas. Meu favorito é o leão."

June fez uma careta. C-Jay? Sério?

"Eu assisto isso todo dia quando quero dar uma boa risada. É como um programa de comédia."

"O cara da máscara canta bem, mas não sei por que Azure deixou ele entrar. Ele não é super feio por estar escondido atrás da máscara?"

"Verdade. Já não gostei dele."

June bufou.

"Ah, tanto faz. Mal posso esperar pelo primeiro episódio. Estou curioso sobre esses caras."

Elas pagaram pelas bebidas e saíram da loja, nem se dando ao trabalho de elogiar ele.

June já estava de mau humor quando quatro crianças do ensino fundamental entraram. Eles eram barulhentos, tinham iPads engordurados nas mãos e pareciam ser crianças mimadas.

"Vamos pegar doces! Ou salgadinhos? Ou bebidas? Mas eu também quero onigiris," uma criança disse.

"Vamos pegar tudo," outro disse. "Mamãe me deu o cartão dela, então tá tudo bem."

Eles perambulavam pela loja enquanto June limpava o balcão. No entanto, ele não pôde deixar de prestar atenção na conversa deles quando uma criança começou a falar.

"Nossa! Vamos levar isso também."

"O que é isso?"

"Você não conhece? São as gomas BenBen! Vai fazer você crescer em um dia!"

"Isso é impossível."

"É verdade! Meu amigo cresceu 2 cm em um dia depois de comer as gomas."

"Então vamos comprar."

As crianças trouxeram um punhado de lanches e bebidas para o balcão. No entanto, June não conseguia tirar os olhos das gomas BenBen. Ele convocou suas missões atuais diante de si.

[Status da missão:

1. Doar dinheiro para caridade: INCOMPLETO

2. Aumentar a altura em pelo menos um centímetro: INCOMPLETO

3. Conseguir um autógrafo de uma pessoa famosa: INCOMPLETO]

"Pode ser mais rápido, velhote?" uma das crianças disse, irritada.

June concentrou sua atenção nas crianças pequenas.

"Velhote?" ele perguntou.

"Só passa os lanches, velhote," eles continuaram a zombar.

June soltou um longo suspiro antes de colocar os lanches em uma sacola. "Aqui, seus pestinhas."

Eles mostraram a língua antes de sair, fazendo June ficar ainda mais irritado. Ele teria dado uma bronca neles se eles não tivessem dado uma informação vital.

Mas já que eles ensinaram June sobre as gomas BenBen, ele os deixava sair facilmente.

June deixou o balcão momentaneamente para ir até a prateleira de gomas. Ele vasculhou a prateleira e viu que só restava um pacote.

Ele franziu a testa. Ele viu muitas pessoas comprando isso na semana passada!

Ele deveria ter estocado se soubesse que poderia aumentar sua altura.

June ainda murmurava para si próprio quando alguém de repente tocou seu ombro. Ele se virou e viu uma mulher com ar distinto que parecia ter sua idade quando ele ainda era Jun Hao.

"Desculpe. Você que trabalha aqui?"

June assentiu.

"Estou com pressa, e não te encontrava. Só vou comprar isso," ela disse, segurando alguns absorventes higiênicos. "Posso pagar aqui? Estou mesmo precisando ir."

"Claro," June disse de novo.

A mulher lhe deu uma nota de 20 dólares.

"Seu troco," ele disse.

Ela balançou a cabeça. "Fique com o troco. Eu realmente preciso ir."

Com isso, ela saiu da loja com pressa. June sorriu para si mesmo. Parecia que ele não precisaria pagar pelas gomas BenBen com seu próprio dinheiro afinal.

Ele voltou ao balcão, mas parou quando viu um item rosa em cima dele. Ele franziu a testa e pegou.

Era uma carteira!

June abriu a carteira para ver a quem poderia pertencer, mas a primeira coisa que notou foi o dinheiro dentro.

[Nossa, quanto dinheiro.]

Realmente. A carteira tinha mais de 10.000 dólares!

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