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Prólogo: 3° Capítulo | "Despertar e Destino"

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Três anos se passaram desde os tumultuados eventos anteriores, e o laboratório secreto viu muitas mudanças. Zyex, agora com cinco anos de idade, demonstrava uma maturidade incomum para sua idade, resultado de sua experiência e das inúmeras batalhas que enfrentou durante esse. Enquanto brincava com suas irmãs, βone e βtwo, de três anos de idade, era evidente como Zyex se destacava.

Em meio às risadas e brincadeiras, Zyex liderava os jogos com determinação e uma astúcia que parecia além de sua idade. Seus olhos, dourados como o sol da manhã, brilhavam com uma intensidade que denota não apenas alegria, mas também uma compreensão mais profunda do mundo ao seu redor. βone e βtwo, por sua vez, seguiam o irmão mais velho com devoção, absorvendo cada movimento e estratégia como aprendizes atentos.

Enquanto o sol se filtrava pelas pequenas janelas do laboratório, o trio formava uma cena de harmonia e camaradagem, um vislumbre de normalidade em um mundo marcado pela frieza e pela incerteza.

Zyex, aos cinco anos de idade, já enfrentou várias batalhas, demonstrando uma notável habilidade e maturidade na maioria delas. Enquanto isso, suas irmãs, βone e βtwo, de três anos, ainda não participaram de nenhum confronto, sendo submetidas apenas a testes de desempenho no laboratório.

O doutor Thompson, responsável pelo projeto, encontra-se ansioso e desanimado. Os resultados da pesquisa foram frustrantes até o momento, com Zyex sendo o único resultado verdadeiramente excepcional, mas mostrou-se impossível de replicar. Enquanto suas irmãs têm características mais próximas dos humanos evoluídos, elas carecem da capacidade de metamorfose de Zyex. Isso tem levado a um impasse na busca por uma arma viva controlável, com o general exigindo resultados cada vez mais rápidos e concretos.

A breve normalidade e harmonia teve que ser interrompida. Andrew aparece e a brincadeira de Zyex com suas irmãs precisa ser pausada.

O momento do próximo teste de batalha chegou, Zyex se despede das irmãs e segue Andrew pelo laboratório.

Enquanto Andrew levava Zyex em direção à arena de batalha, o corredor frio e estéril do laboratório parecia mais silencioso do que o habitual. Zyex observava atentamente a expressão preocupada de Andrew, uma sensação de inquietação se instalando em seu próprio peito.

"Andrew, o que está acontecendo?" Zyex perguntou. O estado de Andrew não lhe parecia natural, sua voz soou carregada de curiosidade e um leve traço de apreensão.

Andrew hesitou por um momento, suas palavras parecendo lutar para encontrar seu caminho para fora. Finalmente, ele suspirou e virou-se para encarar Zyex com seriedade incomum.

"Zyex, seu próximo oponente na arena é... diferente. Muito diferente dos outros que você enfrentou até agora", disse Andrew, suas palavras carregadas de gravidade.

Zyex arqueou uma sobrancelha, uma mistura de curiosidade e preocupação cruzando seu rosto. "Diferente como?" ele perguntou, seu coração batendo um pouco mais rápido agora.

Andrew balançou a cabeça, tentando encontrar as palavras certas. "Ele é forte, Zyex. Ainda mais do que qualquer outro oponente que você enfrentou antes. E... ele pode até ser considerado como.. seu antecessor. Você precisa estar preparado para tudo", explicou Andrew, sua voz carregada de advertência.

Zyex absorveu as palavras de Andrew, sua mente girando com as possibilidades. Ele entendeu que não podia subestimar seu oponente, não importava quão poderoso ele fosse. Com um aceno sério, ele assentiu para Andrew.

"Entendi. Vou ficar atento. Obrigado por me avisar, Andrew", disse Zyex, sua determinação brilhando em seus olhos dourados.

Andrew sorriu fracamente, um misto de orgulho e preocupação em seu olhar. Um dos poucos que realmente minimamente parecia se importar com Zyex em todo aquele ambiente. "Cuide-se lá fora, Zyex. Você é mais do que apenas uma ferramenta para eles. Lembre-se disso", ele disse, antes de se virar e continuar pelo corredor.

Zyex assistiu Andrew se afastar por um momento antes de virar-se e continuar em direção à arena, sua mente focada e sua determinação mais forte do que nunca. Ele estava pronto para enfrentar qualquer desafio que o aguardasse, mesmo que não soubesse o que estava por vir.

Enquanto Zyex se preparava para sua próxima batalha na arena, nos corredores sombrios e silenciosos do laboratório, uma aura de tensão pairava no ar. O doutor Carl Thompson e Andrew se encontravam em uma discussão acalorada, suas vozes ecoando nos corredores vazios.

"Professor, por favor, não podemos permitir que Zyex continue enfrentando esses perigos sem sentido. Ele é apenas uma criança!"Andrew exclamou, sua expressão carregada de preocupação. A maioria dos testes era de fato desnecessária, depois de cinco anos já haviam coletado dados o bastante sobre Zyex, já sabiam que com seu crescimento constante ele atingiria naturalmente uma força surpreendente.

Thompson suspirou, seu olhar cansado refletindo a angústia que pesava em seu coração. "Eu sei, Andrew. Mas o general insiste que Zyex participe dessas batalhas. E mesmo o coronel Hill não conseguiu convencê-lo do contrário", respondeu Thompson, sua voz carregada de resignação.

Andrew franziu a testa, lutando para conter sua frustração. "E as irmãs de Zyex? Elas também estão sujeitas às ordens do general?", perguntou ele, sua voz carregada de preocupação.

Thompson balançou a cabeça, sua expressão sombria. "Não. Elas foram poupadas dessas provações. Mas isso não significa que estão fora de perigo. O general exige resultados, Andrew. E se não os encontrarmos em Zyex, ele vai procurar em outros lugares", explicou Thompson, seu tom pesado com a gravidade da situação.

Andrew soltou um suspiro frustrado, sua mente girando com pensamentos sombrios. Ele sabia que as coisas no laboratório estavam se tornando cada vez mais perigosas, e Zyex estava bem no centro disso tudo.

"Entendo", murmurou Andrew, seus olhos refletindo uma mistura de determinação e preocupação. "Mas não podemos continuar assim. Temos que encontrar uma maneira de proteger Zyex e suas irmãs, não importa o que aconteça."

Thompson assentiu, sua expressão séria enquanto tinha certa concordância, mas ainda alertou seu aprendiz. "Sei suas preocupações Andrew, mas é melhor que se lembre o objetivo de tudo isso, toda a pesquisa e de cada segundo que trabalhamos nisso. Tome cuidado com seus pensamentos, não deixe que seus sentimentos atrapalhem suas decisões de forma impensada e tola."

Deixando essas palavras o doutor Thompson caminhou em direção à sala de observação e controle.

Andrew abriu a boca para refutar seu professor, mas parou antes que as palavras chegassem em seus lábios. Com um suspiro pesado ele seguiu o doutor. Não estava disposto a desistir, mas também sabia que sua opinião e poder de decisão não eram nem perto do suficiente para fazer diferença em relação ao projeto.

Enquanto Thompson e Andrew continuavam seus caminhos, o mesmo, mas diferentes, seus passos ecoando pelos corredores vazios do laboratório, uma sensação de incerteza pairava no ar.

Quando Andrew e doutor Thompson chegaram na sala de observação, o general Miller já estava presente, seguido pelo coronel Hill, cuja expressão carregava o peso do desânimo.

Hill e Andrew se entreolharam e trocaram sorrisos cansados e compreensíveis, como se tivesse em situações semelhantes.

O doutor Thompson cumprimentou levemente o general, mas foi interrompido abruptamente por sua pergunta direta: "Está tudo pronto para a luta?", indagou o general, sua voz carregada de autoridade.

Com um aceno breve, Thompson confirmou, embora seu semblante denunciasse uma mistura de preocupação e relutância. Com a concordância do doutor, o general deu a ordem, e Zyex e seu oponente foram liberados para a arena, onde aguardavam uma batalha de proporções desconhecidas.

Os imponentes portões da arena se abriram lentamente, revelando o cenário de confronto que aguardava Zyex. Emergindo do primeiro portão, Zyex assumiu sua forma dragônica, uma figura majestosa e imponente que dominava o espaço ao seu redor. Seus olhos dourados examinaram o ambiente, buscando qualquer sinal de perigo iminente.

Enquanto Zyex se preparava, o portão oposto se abriu, revelando seu formidável oponente: um dinossauro colossal, com seis metros de altura e treze metros de comprimento. Sua aparência robusta e intimidante era acentuada pelas listras amarelas-lima ao redor dos olhos verdes, conferindo-lhe uma aura quase macabra. Seu corpo era predominantemente cinza, com listras escuras, enquanto a parte superior e cauda eram negras e o baixo ventre apresentava um tom amarelo claro.

A cabeça e os pés exibiam um vermelho intenso, quase como se estivessem cobertos de sangue.

A figura da criatura evocava uma mistura de tiranossauro, triceratops e velociraptor, com uma armadura dorsal adornada por espinhos ósseos e uma cauda equipada com uma clava e espinhos afiados na ponta.

Um rugido ensurdecedor ecoou pela arena quando o dinossauro lançou seu desafio, clamando pelo domínio do território. Zyex, não se intimidando, respondeu com um rugido igualmente poderoso, demonstrando sua determinação e coragem diante do desafio que se apresentava.

Após os rugidos trocados, um silêncio tenso tomou conta do ambiente, enquanto Zyex e seu oponente se estudavam mutuamente, cada um buscando identificar qualquer fraqueza no adversário. O confronto iminente estava prestes a se desenrolar, com ambos os combatentes prontos para dar início a uma batalha fadada a marcar o destino na arena.

Na sala de observação, o general Miller, o coronel Hill, o doutor Thompson e seu aprendiz Andrew estão reunidos, observando o confronto silencioso na arena. O clima tenso na sala contrasta com a agitação lá fora.

O general, com sua postura autoritária, deixa escapar um leve sorriso de desdém enquanto observa o doutor Thompson. "E aqui estamos novamente, doutor, testemunhando mais um dos seus experimentos mirabolantes. Será que dessa vez teremos algum resultado relevante?" Sua voz carrega um tom de sarcasmo.

O doutor Thompson, visivelmente incomodado com o comentário do general, responde com firmeza: "General Miller, eu compreendo suas preocupações, mas devemos considerar que cada passo deste projeto nos leva mais perto de alcançar nosso objetivo final. Zyex é uma peça fundamental nesse quebra-cabeça, e tenho confiança de que sua habilidade excepcional nos trará avanços significativos."

Enquanto isso, o coronel Hill observa a cena com uma expressão séria e pensativa, sem intervir no diálogo entre o general e o doutor.

Andrew, o aprendiz do doutor Thompson, também mantém-se em silêncio, absorvendo cada palavra trocada entre os dois superiores. Sua expressão denota uma mistura de preocupação e curiosidade diante do desenrolar dos eventos.

O general Miller, cruzando os braços e olhando diretamente para o doutor Thompson, expressa sua opinião com firmeza. "Doutor, suas pesquisas são notáveis, mas os resultados têm sido decepcionantemente lentos. Enquanto Zyex é uma criação impressionante, precisamos de progresso mais rápido e eficiente. É por isso que estamos apostando no Ultimassauro como uma alternativa viável para nossos objetivos."

O general Miller, mantendo-se firme em sua decisão, continua com autoridade. "Doutor Thompson, como subordinado, você deve aceitar que, no final do dia, as decisões são tomadas com base no que é melhor para o projeto como um todo. Vamos acompanhar de perto essa luta e ver o que o futuro nos reserva."

O doutor Thompson, determinado a defender sua posição, responde com confiança. "General, compreendo suas preocupações, mas devemos considerar o potencial de Zyex. Aos cinco anos de idade, ele ainda está em fase de desenvolvimento e tem muito a aprender. Estou certo de que, com o tempo, ele se tornará ainda mais poderoso e eficaz em suas habilidades."

No entanto, suas palavras são rapidamente contestadas. O general Miller zombou com uma risada curta e falou com sarcasmo. "Hill, lembre ao cientista chefe quanto tempo desde o nascimento de Ultimassauro."

O coronel parou seus pensamentos e falou depois de um breve suspiro. "Doutor Thompson, com todo o respeito, devo lembrá-lo de que o Ultimassauro, tem apenas dois meses de vida e já atingiu um tamanho e uma força impressionantes."

O doutor Thompson mantém sua postura firme, argumentando contra a eficácia da proposta. "Coronel, embora seja impressionante, devemos considerar os riscos associados a essa instabilidade. Seu crescimento acelerado torna qualquer tentativa de interação ou controle extremamente perigosa e impraticável."

O general Miller, após ouvir os argumentos de ambos, permanece em silêncio por um momento, refletindo sobre suas próprias experiências passadas. "Doutor Thompson, coronel Hill, eu entendo suas preocupações. Eu mesmo estive presente em um incidente envolvendo um espécime adulto do Ultimassauro, e posso atestar sua capacidade devastadora. Um animal que atinge a forma adulta em apenas quatro meses e é capaz de causar um estrago tão grande é, sem dúvida, uma arma poderosa. Pensem se apenas lançarmos um único jovem espécime deste no território inimigo, não precisaríamos perder nenhum soldado e a defesa inimiga iria se desfazer na nossa frente."

Sua voz carrega um tom sombrio de lembrança enquanto ele compartilha sua experiência. "Testemunhei em primeira mão a destruição que o Ultimassauro pode causar, e não posso subestimar seu potencial como máquina de guerra. Devemos considerar todas as opções disponíveis para garantir o sucesso do nosso projeto."

O doutor Thompson permanece em silêncio, seu olhar perdido em pensamentos sombrios. Ele relembra o terrível "Dia do Apocalipse", um evento ocorrido em uma das ilhas-laboratório que assombra sua memória até hoje.

O general continua, seu tom é sério e carregado de gravidade enquanto ele compartilha essa lembrança sombria. "Foi uma tragédia de proporções catastróficas. E tudo começou com a fuga do único Ultimassauro daquela época, o resultado foi devastador. Quase não houve sobreviventes, e uma das nossas bases laboratoriais mais avançadas simplesmente desapareceu sem aviso prévio."

Ele faz uma pausa, deixando o peso de suas palavras ecoar na sala de observação. Ele não precisa dizer mais nada; as memórias dolorosas do passado falam por si mesmas.

Antes que continuassem, a situação mudou.

A arena reverberava com o som estrondoso dos impactos enquanto Zyex e o Ultimassauro se enfrentavam em um duelo de força bruta. A cada investida, a terra tremia sob seus pés, e os espectadores na sala de observação mal podiam conter a respiração enquanto testemunhavam a intensidade da batalha.

Zyex investia com velocidade e precisão, suas garras afiadas brilhando à luz da arena. O Ultimassauro respondia com cabeçadas e empurrões poderosos, sua massa imponente dominando o espaço ao redor. O choque entre os dois titãs criava ondas de choque que ecoavam pela arena, alimentando a tensão no ar.

Apesar da imponência do Ultimassauro, Zyex não recuava. Sua agilidade e flexibilidade permitiam-lhe desviar dos golpes brutais de seu oponente, mantendo-se na luta com determinação. Embora o Ultimassauro pudesse ter uma vantagem na competição pura de força, Zyex compensa com sua destreza e astúcia, mantendo a batalha equilibrada e imprevisível.

A batalha evoluiu para uma luta intensa, onde cada movimento era calculado e executado com precisão mortal. Zyex e o Ultimassauro trocavam golpes, deixando uma trilha de destruição e ferimentos por onde passavam.

O Ultimassauro investia com ferocidade, sua mordida poderosa buscando perfurar a armadura de escamas de Zyex. O dragão rugiu de dor enquanto sentia os dentes afiados de seu oponente atravessarem sua proteção, mas ele não recuava. Em resposta, as garras e a cauda de Zyex retalhavam o corpo do Ultimassauro, deixando profundas feridas em sua carne.

A batalha rapidamente se transformava em uma guerra de desgaste, onde cada um buscava minar a resistência do outro. Zyex e o Ultimassauro lutavam com fúria implacável, cada um determinado a prevalecer sobre seu adversário. O confronto se estendia, testando os limites de ambos os combatentes enquanto a arena tremia com a intensidade da luta.

O Ultimassauro demonstrou sua astúcia ao contra-atacar rapidamente, pegando Zyex desprevenido com um golpe devastador de sua cauda. Embora Zyex tenha conseguido desviar do golpe fatal no último momento, ele não escapou ileso, sofrendo uma ferida profunda em seu peito.

Mesmo ferido, Zyex manteve sua determinação e tentou se recuperar, mas o Ultimassauro não lhe deu trégua. Com uma sequência implacável de ataques, ele lançou Zyex contra as paredes da arena, causando um impacto violento que reverberou pelo ambiente. O dragão lutou para se levantar, seus sentidos turvados pela dor e a fúria do confronto.

A tensão na sala de observação era palpável enquanto o doutor Thompson assistia a batalha com crescente ansiedade. Para ele, Zyex não era apenas um experimento, mas uma criação que ele nutria com esperança de seu trabalho com maior sucesso. Ver seu progresso à beira da destruição era uma tortura que o doutor mal podia suportar.

Quando a situação parecia insustentável, o doutor decidiu intervir e ordenar que a luta fosse interrompida. No entanto, suas palavras foram rapidamente refutadas pelo general Miller, cuja decisão em seguir adiante com o confronto era inabalável. O doutor Thompson, frustrado e desanimado, teve que se resignar diante da autoridade do general, mesmo que isso significasse assistir impotente enquanto sua pesquisa enfrentava o perigo de ir por água abaixo.

O raio dourado, quase imperceptível, cintilou brevemente entre os chifres de Zyex, como um despercebido lampejo de esperança em meio à escuridão. Enquanto isso, no céu, nuvens pesadas se formavam, obscurecendo a luz do sol e lançando uma sombra sombria sobre a arena. O ar ficou carregado de eletricidade, e o som dos trovões ressoou no horizonte, ecoando a crescente tensão que se espalhava pelo ambiente.

Na arena, um som estranho e ameaçador começou a ecoar, crescendo em volume e intensidade a cada momento que passava. Era um som baixo e grave, como o rugido de uma fera antiga despertando de seu sono milenar, ecoando entre as paredes da arena e enviando arrepios pela espinha de todos os presentes.

O Ultimassauro, imponente e ameaçador, avançou em direção a Zyex, preparado para dar o golpe final. No entanto, no momento em que estava prestes a atacar, algo mudou. Uma sensação de inquietação se espalhou pela arena quando o Ultimassauro parou subitamente, recuando com um rugido de alerta.

Enquanto isso, no céu, a tempestade se intensificava, envolvendo a ilha em uma atmosfera carregada e opressiva. O ar ficou pesado, como se o próprio ambiente estivesse se contorcendo em antecipação ao que estava por vir. Humanos e animais sentiram o peso dessa pressão, como se estivessem à beira de um desastre iminente, incapazes de escapar do inevitável que se desenrolava diante deles.

Com o som retumbante de seu coração ecoando pela arena, Zyex se ergueu lentamente, sua determinação pulsando em cada batida. Uma aura selvagem e quase sanguinária irradiava de seu corpo, transformando seus olhos dourados de beleza em armas afiadas e frias. Suas pupilas turvas e violentas refletiam a intensidade.

A cada passo adiante, seu ímpeto se tornava mais pesado, mais feroz, como se cada batida de seu coração alimentasse sua ferocidade. Enquanto avançava, seus chifres, espinhos, dentes e garras cresciam, cada escama de seu corpo se tornando mais espessa, como se uma armadura natural estivesse se formando ao redor dele. O ambiente ao seu redor parecia estremecer com sua presença, e a tensão na arena atingia seu ápice.

Em uma explosão de velocidade, Zyex investiu contra o Ultimassauro, pegando-o desprevenido e desferindo um golpe certeiro com suas garras afiadas. O impacto foi devastador, lançando o Ultimassauro ao chão.

Agora, dominando a altura e a força, Zyex exibia uma presença imponente sobre seu oponente. Com um movimento poderoso, ele desferiu uma mordida esmagadora, comprimindo o Ultimassauro contra o chão.

Mesmo tentando se levantar, o Ultimassauro foi mais uma vez derrubado pela força avassaladora de Zyex, que não dava trégua em sua investida implacável. A batalha parecia inclinar-se cada vez mais a favor do dragão, enquanto o Ultimassauro lutava para se recuperar diante do poder avassalador de seu adversário.

O ciclo de ataques persistiu, com Zyex exercendo um controle implacável sobre o Ultimassauro. O gigantesco dinossauro era arrastado pela cauda, empurrado ao chão e esmagado sempre que tentava se erguer. Seus rugidos, antes de dominância, transformaram-se em expressões de raiva, dor e lamento.

A mudança repentina na dinâmica da batalha deixou os espectadores perplexos. Não se tratava apenas de violência ou de uma simples demonstração de poder. Era quase como se Zyex estivesse se divertindo, utilizando o confronto como um passatempo intrigante ou talvez expressando um instinto predatório inato.

O ambiente tenso na sala de observação refletia a perplexidade diante das mudanças repentinas.

Na sala de observação, o clima era silencioso e pesado, como se uma sombra tivesse caído sobre todos ali presentes, cobrindo-os com uma sensação de inquietação e apreensão. Os observadores se aglomeravam ao redor dos monitores, seus rostos iluminados pela luz azulada das telas, enquanto testemunhavam o confronto titânico na arena abaixo.

Enquanto a batalha entre Zyex e o Ultimassauro se desenrolava, flashes de relâmpagos cortavam o céu escurecido pelas nuvens de tempestade, criando uma atmosfera sobrenatural que só aumentava a tensão no ar. Os trovões retumbavam como o rugido de uma fera distante, ecoando através das paredes da sala de observação.

Os presentes na sala não podiam evitar a sensação de déjà vu que os envolvia, uma lembrança vaga, mas inquietante, do nascimento de Zyex. A imagem dos raios brilhantes que rasgavam o céu naquela noite fatídica voltava à mente, trazendo consigo um arrepio de medo. O coronel Hill, em particular, sentia o peso dessa memória sobre seus ombros, uma sensação de presságio que o deixava inquieto.

Enquanto a batalha se intensificava na arena abaixo, o coronel Hill murmurava palavras desconexas, suas feições tensas e preocupadas. Ele se perguntava em voz baixa sobre a verdadeira extensão do poder contido no corpo de Zyex após cinco anos de crescimento e desenvolvimento. Se aqueles foram os efeitos visíveis apenas em seu nascimento, o que mais estava por vir?

Zyex, com seus arcos elétricos crepitando entre as garras, avançou sobre o Ultimassauro, cujo corpo agora estava prostrado no chão da arena. A criatura, exausta e ferida, parecia ter desistido de toda resistência, resignada ao destino que parecia iminente. Seus olhos, antes cheios de fúria e determinação, agora refletiam apenas uma mistura de dor e resignação, uma rendição silenciosa diante do iminente abate.

Enquanto a tensão no ar se tornava quase palpável, envolvendo os espectadores na sala de observação em um silêncio carregado, Zyex pareceu recuperar uma parte de sua clareza. Uma chama de nitidez brilhou em seus olhos dourados, rompendo a névoa de violência e selvageria que os havia obscurecido momentos antes.

Então, num instante que pareceu congelar o tempo, Zyex abriu a boca, como se estivesse inspirando profundamente, e soltou um rugido ensurdecedor que ecoou por toda a arena. O som reverberou como um trovão, sacudiu o chão e reverberando pelas paredes de vidro da sala de observação.

O rugido de Zyex ressoou pela ilha com uma intensidade avassaladora, sacudindo o solo e fazendo com que até mesmo os edifícios mais robustos tremessem como se estivessem à beira de desmoronar. O som, comparável a mil trovões em sucessão, reverberou através do ar, criando ondas de choque que se espalharam por toda a extensão da ilha.

Enquanto o rugido ecoou, uma sensação de opressão tomou conta de todos os que estavam presentes, penetrando até mesmo as mentes mais resistentes com uma pressão quase tangível. O zumbido ensurdecedor reverberava através dos corpos dos espectadores, ressoando até as profundezas de suas almas e deixando-os atordoados.

Então, como se o mundo estivesse suspenso em um momento de expectativa agonizante, tudo se aquietou. O silêncio que se seguiu ao rugido ensurdecedor era ainda mais assustador do que o próprio som, preenchendo o ar com uma sensação de tensão palpável enquanto todos aguardavam o que viria a seguir. E então... nada.

Um instante de perplexidade e incredulidade se seguiu ao silêncio, enquanto os afetados lentamente tentavam processar o que acabara de acontecer.

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