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Amor zumbi (livro 2 em 1)

2 em 1 Livro 1: Love and Zombies Eu não tenho piedade dos zumbis. Para mim, eles são apenas alvos para as minhas balas. Mas a minha vida muda quando eu recebo uma proposta irrecusável: se eu salvar um grupo de jovens de uma horda de mortos-vivos, eu ganharei a minha liberdade e uma fortuna. Para isso, eu tenho que trabalhar com uma equipe de estranhos, incluindo um zumbi. Ele se chama Dylan e usa uma máscara para esconder a sua boca. Ele não é como os outros zumbis, ele é gentil e protetor. Será que eu estou ficando maluca por sentir algo por ele? Ou será que ele é mais do que um simples zumbi? Livro 2: Love and Death Um ano se passou desde a explosão no ninho dos zumbis. Dylan nunca desistiu da mulher que lhe deu uma segunda chance de voltar a ser humano. Desde o momento em que acordou, ele não parou de procurá-la. Agora, após um ano de busca incansável, ele finalmente encontra a mulher que conquistou seu coração, mesmo quando ele ainda estava morto. Porém, ao encontrá-la, Dylan é surpreendido, ou talvez abençoado por um milagre. Reencontrar o ex-zumbi que transformou sua vida era tudo o que Charlotte desejava, mas ela nunca poderia imaginar que aquele que mais a odiava um dia passaria a amá-la. Dois irmãos agora estão apaixonados pela mesma mulher, e ambos estão dispostos a compartilhá-la para garantir a felicidade de todos. Mas será que Charlotte pensa da mesma forma que eles? Um passado que ela acreditava estar enterrado volta à tona, abalando não só seu mundo, mas também o daqueles ao seu redor. Segredos antigos podem ser sua maior ameaça. Será que Dylan terá força suficiente para lutar pela mulher que prometeu amar e proteger?

Autora_Kanon · Sci-fi
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38 Chs

Capitulo 25

Charlotte

Ao sair do meu quarto, dirigi-me ao cômodo ao lado e, ao abrir a porta, fui recebida pela cena adorável de Dylan dormindo e Aaron acordado. Assim que ele me avistou, seu rosto se iluminou com um sorriso contagiante, e não pude evitar brincar com sons engraçados.

Aproximando-me da cama, sentei-me ao seu lado e peguei Aaron no colo. Ele, sempre à procura do seu alimento, logo se acomodou e, com um gesto intuitivo, levantei minha camisa para amamentá-lo.

"Bom dia," - disse Dylan, despertando de seu sono. Olhei para ele e não pude deixar de sorrir. - "Desculpa por não dormir ao seu lado."

"Você tem sorte de eu estar dolorida demais para te dar uma surra," - respondi, e ele soltou uma risada. - "Mas não é engraçado. Você é o responsável pela nossa 'loucura' de ontem."

"Está arrependida?" - ele indagou, com um olhar curioso.

"Você acha que o arrependimento vai aliviar a dor que estou sentindo no corpo?" - Ele permaneceu em silêncio. - "O que aconteceu ontem não pode ser desfeito, e agora os irmãos mamutes são meus."

"Irmãos mamutes?" - Ele repetiu, confuso.

"Um apelido carinhoso," - respondi, sorrindo. Dylan sentiu-se na cama, segurou minha nuca e me deu um beijo suave.

"Você é uma verdadeira domadora de mamutes?"

"Somente de dois mamutes em particular," - brinco, fazendo-o rir, o que rendeu uma gargalhada do pequeno Aaron.

"Você já se alimentou?" - Ele perguntou.

"Primeiro, eu precisava alimentar meu anjinho," - disse, envolvendo Aaron em um abraço. - "Ele também precisa de um banho."

"Deixa que eu cuido disso. Enquanto dou um banho, você vá comer, porque ontem desmaiou de exaustão," - ele disse, pegando nosso filho em seus braços. - "Até os super-humanos precisam de energia para se recuperar," - e me dá um selinho.

"Você é incrível."

"Diga algo que eu não saiba," - ele respondeu, sorrindo, e então me levantei, caminhando em direção à cozinha para preparar o café da manhã. Ao entrar, encontrei Stefany e sua irmã, ambas em plena atividade culinária.

"Você não precisava se preocupar com o café da manhã," - Stefany olha por cima do ombro.

"É o mínimo que posso fazer para agradecer por curar minha irmã e os outros," - responde.

"Todos já acordaram?"

"Muitos continuam desmaiados, mas estão bem," - Stefany respondeu, olhando para sua irmã. - "Foi graças a Charlotte que você voltou a ser humana."

"Agradeço, mas isso não significa que desisti do Dylan," -Anna declarou, com a convicção de alguém que já decidiu seu destino.

"Anna!" - Stefany a interrompeu.

"Eu sinto que ele deve ser meu, mana," - disse ela, tocando o peito. - "Vi com o irmão dele no mercado, parecia que eram um casal. Então, que fiquem juntos, mas deixa o Dylan para mim."

"Ele poderia ser seu pai, garota."

"Não importa. Farei de tudo para conquistá-lo," - ela respondeu, saindo da cozinha.

"Desculpa, Charlotte," - Stefany murmurou.

"Sinto que essa garota vai me dar dor de cabeça," - pensei. - "Uma hora ou outra, ela terá que desistir."

(…)

Dylan

Quando Charlotte desmaiou, Dion foi o primeiro a entrar em pânico, e eu precisei manter a calma para avaliar se ela estava bem. Ela havia desmaiado apenas de exaustão, mas tínhamos nos excedido com ela.

Instruí meu irmão a cuidar dela e fui tomar um banho. Após me refrescar, decidi que ficaria com Aaron em outro quarto, para que Charlotte pudesse descansar melhor.

Após me vestir, fui buscar nosso filho com Stefany. No dia seguinte, meu coração se encheu de alívio ao vê-la sentada na cama, amamentando nosso pequeno. Porém, a dor que ela mencionou não passou despercebida.

"Desculpe. Ontem foi uma verdadeira loucura," eu disse, tentando suavizar a situação.

Trocamos algumas palavras, e sugeri que ela se alimentasse antes de eu dar banho em Aaron.

Para um bebê de quase quatro meses, ele é surpreendentemente grande e desenvolvido. É claro que, com um pai zumbi e uma mãe super-humana, nosso filho teria características muito especiais, e isso me deixava feliz, contanto que tenha saúde.

Assim que terminei de vesti-lo, saí do quarto e coloquei-o no carrinho. De repente, senti braços se envolvendo em mim. Ao olhar para trás, vi Anna.

"Bom dia, pequena," - eu disse, afastando-me enquanto ela me solta.

"Bom dia," - ela respondeu, sorrindo enquanto segura minha mão. - "Agora posso falar com você," - olhei para ela, soltando um suspiro. - "Algum problema, Dylan?"

"A atração que você sente por mim vai passar, agora que voltou a ser humana."

"Eu gosto de você," - ela insistiu.

"Zumbis racionais são biologicamente atraídos pela minha espécie. É um efeito colateral que logo se dissipará," - expliquei, segurando seu ombro. - "Charlotte é quem eu amo, e ela é minha mulher."

"Mas eu a vi com seu irmão no mercado, eles pareciam um casal. Esqueça-a e fique comigo."

"Você não entendeu. Charlotte pertence a ambos."

"Vocês são um trisal?" - Perguntou, surpresa.- Apenas assenti. - "Que horror! Você merece muito mais, e eu posso te dar isso. - "Ela me abraça, e eu me controlo para não machucá-la.

"Dylan, vá ajudar os garotos. Eles acordaram e estão confusos," - Charlotte entrou na sala, interrompendo a conversa.

"Estou indo," - respondi, fazendo Anna me soltar. - "Desculpa," - murmurei ao passar por Charlotte, que apenas sorriu.

(…)

Charlotte

O dia foi um verdadeiro teste de paciência, com Anna agarrando Dylan a cada instante, mesmo ele pedindo para ela parar.

Essa garota é incrivelmente teimosa!

Perdi a conta de quantas vezes Stefany teve que chamar a atenção da irmã. Anna esta se tornando uma irritação constante.

Para dar um tempo a Dylan, decidi levar Anna e Dion para buscar suprimentos no mercado. No caminho, ela reclamou incessantemente.

"Posso matá-la, amor?" - Dion perguntou, envolvendo seu braço ao meu pescoço. - "Minha cabeça está prestes a explodir com as reclamações dela."

"Logo ela vai cansar," - respondi, colocando enlatados na mochila. - "A propósito, você ficou incrível sem a barba."

"Te avisei," - ele respondeu, me dando um beijo na bochecha.

"Agora percebo o quanto você e Dylan são diferentes, mesmo sendo irmãos."

"É verdade, somos diferentes porque só somos irmãos por parte de mãe. Meu pai faleceu em um acidente aéreo quando eu era bebê. Depois, nossa mãe casou com o pai do Dylan, que me criou."

"Sinto muito pela perda do seu pai biológico."

"Já faz muito tempo. Meu padrasto foi um grande homem; eu e Dylan nos tornamos soldados por causa dele."

"Eu também me tornei soldado pelo meu avô. Para mim, foi mais uma obrigação do que um sonho."

"Você gostaria de ter sido outra coisa além de soldado?"

"Desde pequena, sempre tive paixão por cantar. Ganhei um concurso de talentos na escola militar, mas meu avô dizia que era um sonho inútil, já que no Brasil valorizam apenas quem canta músicas vulgares."

"E você acabou se tornando soldado," comentou.

"Sim."

"Olhe pelo lado bom: você conheceu tudo isso," - ri e continuei a andar.

"Qual vestido você acha que Dylan vai gostar mais, Dion?" - Anna mostra dois modelos, um azul e um preto.

"Você tem coragem, pirralha," - Dion responde, aproximando-se. - "Mas tudo tem limites; deixar a minha patroa zangada não será bom para ninguém."

"Não estou fazendo nada," - ela se defendeu.

"Você passou todo o caminho falando sobre Dylan, e agora está mostrando roupas para saber qual ele prefere. É tão difícil entender que meu irmão já tem dona?"

"Charlotte tem você. Então Dylan será meu," - Anna retorquiu, desafiadora. Dion respirou fundo, visivelmente irritado. - "Acho que vou levar os dois," ela sorriu e saiu andando.

"Sério? Se não a matar, eu mato," - Dion responde, já imagino o caos que Anna poderia causar.

"Dylan vai acabar fazendo isso," - comento. - "Mas, mudando de assunto, você acredita que existem outros como eles espalhados pela terra dos mortos?"

"Para mim, Dylan era o único zumbi racional. Mas depois do que vivemos, não tenho certeza de mais nada."

"Meu soro pode curar outros zumbis racionais."

"Mas como vamos encontrá-los?"

"Precisamos deixar uma mensagem sendo transmitida pela terra dos mortos, informando que tenho a cura e a localização."

"Mas pode haver outro humano do mal. Não sei se isso é uma ideia inteligente."

"Não revelarei nossa localização exata; será em um lugar que poderei monitorar e verificar se são zumbis racionais ou humanos que queiram lucrar com a cura."

"Transmitir uma mensagem pela terra dos mortos não será fácil."

"Há uma torre de rádio alguns quilômetros da cidade. Podemos ir de carro transmitir a mensagem."

"Primeiro, vamos falar com Dylan."

"Ei, pombinhos, já ficamos tempo demais aqui. Quero ver meu Dylan," - Anna disse com um sorriso.

"Como essa garota consegue ser tão descarada?" - Dion indagou, irritado. - "Mas não se preocupe. Dylan é fiel," - e continuou andando. - "Vamos, antes que eu tenha que atirar na testa dessa pirralha descarada."