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capítulo 2

Paula: "Isaac, você acha que talvez eu possa ser amiga dela e amenizar as coisas entre nós?"

Isaac: "O que quer dizer? Está dizendo que se você for amiga dela, ela não vai te odiar só porque vocês seriam amigas?"

Paula: "É mais ou menos isso."

Isaac: "Provavelmente isso pode dar errado, mas podemos tentar."

Paula: "Ótimo! Essa ideia é minha única chance de ter uma chance com o Miguel."

Enquanto isso, sei o que você está pensando, pode parecer muito idiota fazer amizade com alguém só por causa de um garoto. Mas durante toda a minha vida, tenho tentado encontrar alguém e talvez essa seja a minha oportunidade de ter um final feliz na minha história.

Paula: "Bom, continuemos nosso passeio."

Isaac: "Tá! Vem, vou te mostrar o refeitório, a melhor parte da escola."

Apesar de tudo, eu estava determinada a tentar uma nova abordagem para garantir que as coisas não saíssem dos trilhos por causa de um interesse amoroso. Isaac parecia entender minha situação e estava disposto a me ajudar a encontrar maneiras de suavizar as coisas. Talvez, no meio de tudo isso, eu pudesse encontrar não apenas uma chance com o Miguel, mas também uma amizade sincera com Raíssa.

Isaac era uma pessoa ambivertida, o que significava que ele era um tanto peculiar, mas também amigável. Ele se tornou, talvez, meu primeiro amigo no ensino médio. Depois de explorar os locais e conhecer algumas pessoas na escola, entramos na sala e me deparei com Raíssa.

"Eu preciso de um plano para me tornar a melhor amiga da Raíssa", comentei com Isaac.

"Sobre isso, a Raíssa já tem sua melhor amiga", respondeu ele.

"O quê? Quem é?", indaguei.

"A Júlia. Ela está com a Raíssa desde o 6º ano", explicou Isaac.

"Droga! E agora? Esse era meu único plano. Tá bom, tá bom, preciso pensar", murmurei frustrada.

Naquele momento, eu estava nervosa e ansiosa. Pensava em possíveis estratégias, mas temia fracassar.

"Você acha que ainda deveria tentar ser amiga dela?", perguntei a Isaac, buscando orientação.

"Talvez a Júlia... Ela é a melhor amiga da Raíssa, ela nem ficaria brava, talvez sim", sugeriu Isaac.

"Está bem, vamos tentar. Amanhã a gente se vê. Eu vou lá", decidi, resignada.

Eu me sentia um tanto desanimada, mas ao mesmo tempo determinada a não desistir. Mesmo que as coisas parecessem difíceis, eu não queria deixar de tentar. Amanhã seria um novo dia, uma nova oportunidade para descobrir como abordar a situação e, quem sabe, encontrar uma maneira de criar uma amizade com Raíssa.

Quando a aula terminou, nos dirigimos para o intervalo ou tempo livre. Foi então que avistei o Miguel sozinho. Meu coração disparou e, mesmo nervosa, decidi me aproximar.

"Oi, Miguel. Lembra de mim?", perguntei, tentando parecer casual.

"Claro, você é a Paula, não é?", respondeu ele, sorrindo.

"Isso, acertou", confirmei, sentindo-me um pouco mais confiante.

"Como foi o passeio?", ele perguntou, demonstrando interesse.

"Legal, e tipo, talvez eu, você..." antes que pudesse terminar, Raíssa interrompeu abruptamente.

"Oi, Miguel", disse ela, surgindo ao meu lado.

"Paula, você está bem?", questionou Miguel, notando minha interrupção.

Ele tentou me ajudar, mas Raíssa o envolveu e o levou para longe de mim.

"Ela está bem. Vamos, eu tenho algo para te mostrar", disse Raíssa, ignorando minha presença.

Eu me senti desconfortável e um tanto desamparada, observando-os se afastarem. Era frustrante como Raíssa parecia se intrometer sempre que eu tentava interagir com o Miguel. Aquela situação me deixou confusa e um pouco magoada.

A sensação de frustração e desamparo que senti após o episódio com Raíssa e Miguel começou a se transformar. Não era mais tristeza, era raiva. Não podia mais permitir que essa situação me afetasse de maneira negativa. Não, não era hora de ficar magoada, era hora de agir, de tomar as rédeas da situação.

"Chega! Não vou mais me deixar abalar por isso. Se ela quer guerra, ela vai ter guerra. Estou cansada de ser pisada, de ficar no segundo plano. Se é uma competição que ela quer, é isso que terá", pensei, sentindo a determinação crescer dentro de mim.

Decidi, naquele instante, que iria seguir adiante com o meu plano de criar um relacionamento amigável com Raíssa. Se ela tentou me afastar, mostrar que não sou uma ameaça, agora eu iria agir de forma estratégica. Se ela acredita que pode ter o controle, eu mostraria que também tenho meus recursos e estratégias.

Decidi abordar a situação com mais astúcia e planejamento. Não se tratava apenas de ganhar o Miguel, mas também de mostrar que tenho valor e não permitiria que alguém me diminuísse. Era hora de ser estratégica, de conquistar a amizade dela e, ao mesmo tempo, mostrar que sou forte, determinada e capaz.

"Vou mostrar para ela que não é apenas uma questão de gostar ou não do Miguel. Vou conquistar a amizade dela, fazer com que ela me veja de uma maneira diferente, que perceba que sou alguém que merece respeito", decidi firmemente.

Eu sabia que seria um caminho desafiador e arriscado, mas era a única maneira de provar a mim mesma que não permitiria que as ações de outra pessoa ditasse meu valor ou determinasse meu destino.

"Estou chegando com tudo", murmurei para mim mesma, sentindo uma nova determinação tomar conta de mim enquanto planejava cada passo para o meu novo plano. Era hora de agir, de mostrar a todos que eu era capaz de mais do que imaginavam.

Naquela manhã, levantei com uma determinação ardente. Tinha um objetivo claro: criar um plano infalível para me tornar amiga de Raíssa. Estava determinada a transformar essa ambição em realidade. Depois de me arrumar e tomar meu café da manhã, segui em direção à escola, determinada a iniciar essa missão.

Ao abrir a porta da escola, avistei Isaac à espera, acompanhado por uma garota desconhecida. Me aproximei curiosa.

"Oi, Paula", cumprimentou Isaac.

"Oi, quem é essa?", questionei, curiosa sobre a presença da garota.

"Essa é Liandra, prima da Raíssa. Ela talvez possa nos ajudar no plano de nos aproximarmos da Raíssa. Ela odeia a prima", explicou Isaac.

Liandra se apresentou: "Oi, ouvi dizer que vocês precisam de ajuda para fazer a vida da minha prima um inferno. Odeio aquela garota."

"Quem não odeia? Ela é insuportável, fofoqueira... uma vez eu falei que gostava de alguém e ela espalhou para todo mundo. Nunca mais confiei nela", complementou Isaac.

Elaboramos um plano inicial, onde a ideia central envolvia um balde de lama quase caindo sobre Raíssa, e eu a salvaria, iniciando uma suposta amizade. Porém, percebemos que essa estratégia tinha uma falha crítica: não tinha um desfecho sólido.

"Eu não pensei no final do plano", admiti, frustrada.

Liandra ponderou: "O começo foi bom, mas o final... não funcionou."

"Eu sei, foi terrível, mas podemos tentar", insisti, ainda apegada à ideia de uma reviravolta positiva.

Liandra acrescentou: "Pode funcionar. Ela adora vestidos caros, talvez seja uma brecha para nos aproximarmos."

Sabíamos que o plano era arriscado, mas era a única ideia que tínhamos para testar. Eu e Liandra trocamos olhares, cientes de que essa tentativa poderia terminar em desastre, mas concordamos em seguir em frente.

Isaac alertou: "Vai dar errado, muito errado."

"Mas vale a tentativa", insisti, pronta para arriscar.

Isaac tentou dissipar a tensão, propondo esquecer o plano por enquanto e retomá-lo mais tarde. Assenti concordando.

"Está bem", concordei, ciente de que precisava me desvincular um pouco daquele plano maluco envolvendo Raíssa. No fim das contas, ela não tinha o poder de impedir meus avanços na vida.

Liandra perguntou: "Para onde vamos então?"

"Talvez conheço um lugar que faz um sorvete maravilhoso", sugeri.

"Ah, então vamos lá!" Liandra concordou, animada.

Decidimos mudar o foco e buscar um momento de descontração. Fomos juntas ao lugar de sorvetes, aproveitando aquele momento para deixar as preocupações de lado e nos divertirmos um pouco. Era uma maneira de espairecer e não permitir que os desafios da escola e os planos elaborados tomassem conta completamente dos nossos pensamentos. Afinal, era preciso ter também momentos de lazer e leveza, especialmente em meio às turbulências do dia a dia.

Continua...

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