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Capítulo 22: O jantar

A casa dos pais de Koji fica localizada no bairro nobre onde havia bastante luxo, Quon Jin nota a diferença desse lugar para o subúrbio onde mora, todas as marcas de lojas importadas estavam naquele lugar. Os estabelecimentos, os carros e as pessoas tinham um alto grau de requinte. Eles saem da agitação e vão para uma rua mais tranquila cercado por árvores bem aparadas, Quon Jin fica impressionado com as mansões, cada uma era de tirar o fôlego. Até que o carro para em frente ao muro enorme de pedra onde a única entrada é o grande portão de madeira que onde dava acesso a veículos. 

O guarda-costas de Koji abaixa o vidro da janela do carro para garantir a sua entrada, com autorização o portão se abre e o veículo adentra, a movimentação interior é intensa havia muitos homens armados guardando a segurança da casa, como Kenjiro é filho de um kumicho a sua segurança é redobrada para que outras gangues não possa lhe causar mal algum. O carro deixa em frente à casa, o jovem fica impressionado com o tamanho, é um duplex, com janelas de vidro fumê reforçada a prova de balas, a mansão foi arquitetada milimetricamente para ser um tanque de guerra em significado de segurança. 

Koji vai até a porta é toca a companhia, eles são recebido por uma empregada que aparentava ter mais ou menos uns quarenta anos, os dois meninos entram e Quon Jin tem a bela visão de dentro muito claro a escada central dava acesso ao segundo andar, o chão feito de porcelanato de tão bem polido que era um espelho refletido, não havia muitas coisas era apenas para recepcionar as pessoas, ao lado esquerdo dava acesso a uma porta. Um senhor de idade uniformizado veio falar com Koji, Quon Jin não soube entender o dialeto e presumiu que fosse a língua materna do outro. 

"Vamos, o jantar já está sendo servido." Quon Jin segue Koji até a porta, que dá acesso a uma sala de jantar onde o jovem ver os pais de Koji. A mulher sentada ao lado do homem tinha uma cara dura e fechada igualmente semelhante ao do homem, ninguém diz nada e a situação parecia constrangedora. Quon Jin sente que deve ter chegado atrasado o que seria o motivo das carrancas dos mais velhos, os dois jovens sentam um do lado do outro de frente para os adultos. Koji não fala nada, na verdade ele não expressa qualquer reação seu pai abre o guardanapo indicando para que a comida fosse servida, os empregado põe as porções no prato, Quon Jin ficou nervoso já que usa garfo e faca fazia um bom tempo que não utiliza, então ficou temeroso mas o que mais o incomodou foi o clima pesado no local, quando a comida foi posta nos pratos o som dos talheres cortando o alimento foi o único a ser emitido. 

"Você mudará de colégio, conseguimos um de nível superior." Dizia Kenjiro enquanto limpava a boca com guardanapo. " A sorte é que eles aceitaram sua matrícula neste semestre, graças aos contatos que tenho."

"Não vou" essas simples palavras fizeram o interior de Kenjiro borbulhar, assim como ele Koji tinha seus próprios motivos para não aceitar a ir, significa viver o mais longe dos grilhões de seus pais. 

"Toleramos o fato de querer morar sozinho e por um certo tempo escolher onde queria estudar, mas quando pesquisamos sobre o local vi que não é digno de fazer tal ato, então quis pôr um fim nisso. já está decidido você mudará de colégio."

"Seus esforços foram em vão, já está decidido." 

Quon Jin observa a conversa de ambos, e nota que o pai de Koji não estava fazendo aquilo por zelo ou preocupação e sim por dominância. 

"É inadmissível ir contra minhas ordens já que tudo que tem vem de mim, já que usufrui do meu dinheiro tem que acatar os meus comandos." 

"Então faça o seguinte, para desencargo de consciência é só tirar todo luxo que me dar, assim posso fazer o que quiser sem precisar da sua autorização." Koji diz com maior confiança, ele sabia que o que ele fatura com máfia é muito maior e que dar pra se auto sustentar por décadas. 

Seu pai no limite com a presunção de seu filho joga a taça de vinho na direção de Koji que desvia, o objeto estilhaça no chão causando sujeira, a sala diminui uns graus, Quon Jin deixa de comer a comida em seu prato apenas observando o desenrolar daquela conversa conturbada, ele imagina que pai e filho possa cair na porrada a qualquer momento, a mãe de Koji não faz nada já estava habituada a essa situação, sabia do pavio curto de seu marido e a teimosia de seu filho, durante as discussões deles o que sofria é apenas copos e pratos quebrados.

"Ingrato, desde de quando vai se manter com essa postura? Deveria ter-lhe dado uma surra quando menor assim aprenderia sobre respeito. Você… você nunca deveria ter nascido." Diz em tom de desprezo, Koji mantém imparcial como se não fosse com ele já estava acostumado com esse jogo de seu pai, toda vez era assim quando não fazia o que queria. 

"Não se diz isso para um filho." Diz Quon Jin firme, a princípio ele não ia se intrometer, mas como o pai de Koji se comportava igual seu próprio pai o fez abrir feridas. 

"Quem é você?" Diz Kenjiro surpreso.

"Sou Quon Jin, colega de classe do seu filho, mas creio que não tenha notado minha presença já que estava ocupado demais obrigando seu filho a fazer algo que ele não quer." 

"Não acredito, sabia que aquele lugar não provem nada de bom. Não lhe ensinaram o básico que não é bom se intrometer em assuntos que não são de seu interesse?" 

"E não disseram que tenha cuidado com o que diz? O que está dizendo para seu filho não é digno de um pai para um filho."

"Você quer me ensinar agora a ser um pai?" 

"Você não tem título nenhum de ser chamado de pai, a primeira coisa que você fez foi obrigar seu filho a fazer algo que ele não quer e não foi por preocupação é sim para domar, percebo que não tem um pingo de carinho ou respeito por ele, e depois vem dizer que é pai? Não me admira se ele tomar como um estranho." Quon Jin sente seu rosto pegar fogo, ele não é de se estressar fácil, mas aquele homem com essa atitude o fez liberar sua raiva ressentida, e quando isso acontece ele não controla as emoções na mesma hora levanta da cadeira e pede para ir ao banheiro, umas das empregadas o guia até o mais próximo que fica no primeiro andar. 

Koji não diz nada, e sua reação foi de achar graça com tudo o que Quon Jin disse, ninguém tirando seu avô foi ao seu favor e ver essa atitude fez reprimir um sorriso e lembrar que o garoto podia ser mais do que ele próprio imaginava.

No banheiro, Quon Jin lava as mãos no intuito de se acalmar, ele não sentiu vontade de urinar ele só queria se acalmar, colocar as emoções no lugar.

"O que você está pensando? Prometeu se comportar e acabou discutindo com o velho? Se intrometeu na conversa alheia?" 

Pensou que se ele voltasse para a sala de jantar e Koji pedisse que fosse embora não ia pensar duas vezes ou recusar o convite para outro evento. A água escorre entre seus dedos o jovem sente que suas emoções estavam semelhantes aquela água caindo, escapando e fluida ele lembrou quando seu pai o humilhava devido suas ações até o dia que cortou seu longo cabelo e ele prometeu não sofrer ou ver alguém sentir a mesma ação. Talvez foi por isso que ele abriu sua boca, o instinto falou mais alto. 

Depois de um tempo dentro do banheiro, Quon Jin pode colocar tudo no seu lugar, estava mais calmo estava pronto para voltar para aquele clima horroroso Ma Hui Ying estava certo, o alto escalão não é algo para se admirar, tudo era a base do dinheiro se tem pode submeter quem quiser mesmo sendo do próprio sangue, e o pai de Koji só entendia essa linguagem.

Alguém bate à porta, o jovem pensa que é a empregada que o trouxe até aqui pensou que com o tempo dentro qualquer um se preocuparia. Quando abre, ele vê a figura alta em seu perfeito terno, Koji. 

"Deixa entrar." Ordenou, Quon Jin abre a porta toda mais fica na frente para o outro não entrar, o local não é pequeno mesmo sendo para um, cabia duas pessoas e sobraria espaço. 

"Eu já terminei. Se quiser entrar, estarei esperando na sala de jantar." Koji sorri e empurra Quon Jin e fecha a porta. "Maluco, o que acha que vão pensar de nós dois dentro do banheiro?" 

"Não tem ninguém,  não se preocupe." Koji encurrala Quon Jin na parede ao lado da pia, sua mão segura o queixo do outro o levantando. "Hoje vou saber…"

"O quê?" 

Os dois lábios se unem, não houve apenas um beijo seco, ficaram assim por alguns segundos, as pupilas de Quon Jin se estende por tamanha surpresa.

"Abre a boca." Diz sem paciência, Quon Jin faz o que é pedido e a língua do outro invade o céu da sua boca, e ambas as línguas se encontram formando um emaranhado, dançando e se envolvendo sensualmente. O jovem viu muitos filmes estrangeiros e pornográficos  os beijos que os atores davam um no outro, ele tinha até treinado em seu pulso para melhor assemelhar os lábios, mas nada ou  nenhum treinamento se comparava com um real, a sensação do real beijo a única coisa que lembrou foi que tinha que respirar pelo nariz de resto era inexperiente. 

Ambos saem desse pequeno mundo e olha um para cara do outro, Quon Jin vermelho e Koji presunçoso como se não acontecesse nada.

"É seu primeiro beijo né? Precisa melhorar." Diz debochando da cara do outro.

"Do que está falando? C-como se você fosse expert nisso." Na realidade aquilo era uma mentira, Quon Jin viu que habilidade de Koji é muito boa, possivelmente ele já fez isso muitas vezes. 

"Sabe… não tenho paciência com virgens eles são péssimos por natureza mas para você abro uma exceção." Diz perto do ouvido do outro, o hálito quente irradia causando um arrepio no corpo fazendo a estrutura de Quon Jin estremecer. A mão de Koji desce e para nas nádegas do jovem, os olhos de Quon Jin arregalam com a audácia de Koji. "Eu vou ensinar a se adequar a mim e nunca vai querer saber de outro de tão viciado que ficará." 

"Não." Quon Jin tira a mão de Koji é sai de sua prisão, o jovem ficou surpreso já que não é acostumado a receber não como resposta. "Vamos sair daqui, seus pais devem já estranhar que não voltamos." 

"Não precisa, vamos ir para casa, já me despedi dos meus pais." Quon Jin pensa que foi sua culpa que o jantar terminou de forma abrupta.

"Desculpa, se eu disse algo vou me retratar." 

"Não é nada disso, o clima já estava ficando insuportável, o que disse não mudou em nada." Koji tenta aliviar a culpa do outro, ambos saem do banheiro e vão para porta da frente, o carro junto com os dois seguranças estava em frente à casa apenas o esperando. Quon Jin deu uma última olhada para a enorme casa e lamenta que terminou de um jeito que não queria que terminasse, mas o que incomodava era o fato se Koji ia mudar de colégio, será que o tempo que ficou fora o pai conseguiu convencer o filho a decisão final? Disso não sabia, só notaria quando o amanhã chegar e não encontrar o familiar carro o esperando para irem junto a instituição. 

Na volta ninguém diz nada, a cidade nobre continua iluminada e algumas lojas abertas mas Quon Jin já não olha com o mesmo olhar que mais cedo, quando chega ao subúrbio perto de sua casa o menino nota que a noite terminou que era hora de voltar ao seu pequeno mundo, a essa hora sua mãe já estaria em casa vendo sua novela e ele se trancaria em seu quarto e veria algumas coisas na internet, preparar sua roupa para amanhã e organizar o kit de maquiagem que deixou espalhado na cama. 

Quando chega em frente à sua casa as luzes estavam acesas, ao abrir a porta do carro sua mão é bloqueada envolvida por outra, Quon Jin respira fundo juntando o máximo de paciência que havia em si. 

"O que você quer agora?" Diz ríspido, mas antes de qualquer reação ele é puxado de forma desengonçada para o colo de Koji que imediatamente o beija, um beijo bruto e áspero insinuando um cala a boca quando termina Quon Jin ver através do olhar de Koji o quão ávido está, a verdadeira natureza cruel do jovem o que faz ele tremer, nunca viu alguém com tamanho perigo a sua volta.

"Minha boca, acabou de machucar minha língua…"

"Escute bem Quon Jin, costumo ser muito egoísta quando algo é meu então se vê você se envolvendo com qualquer outra pessoa que desconheça não serei misericordioso."

"Do que você está dizendo?" 

"Não seja idiota sabe do que estou dizendo, só digo que não estou para brincadeira."

Quon Jin sai do carro com aquela ameaça na mente, na hora sentiu um arrepio mas não levou as palavras de Koji a sério, ele não pertencia a ninguém era alguém livre e caso surgisse a pessoa certa em sua vida a primeira pessoa que saberia seria esse homem.