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CAPÍTULO VI: ROTINA PARTE II

Beleza... o que se sucede agora é meio complicado de explicar. Quer dizer, não é tão complicado assim. Meio que passei o restante daquele dia imóvel sem fazer nada apenas parado até adormecer.

No dia seguinte, quando acordei, passei um bom tempo parado sem entender direito o que havia acabado de acontecer. Então senti fome e lembrei me do meu ofício a qual tinha que cumprir. Preparei meu café e degustei dele, mas algo estava errado, sentia o gosto da comida, mas faltava algo era como se eu comesse por comer.

Não sentia prazer ou alegria de degustar a refeição, não consegui apreciar a minha comida. Não se engane nobre leitor, minha comida não é ruim, modesta parte acho que cozinho até melhor que muitas mulheres.

Não sei qual comparação dar a essa experiência mas era como se tudo que entrasse na minha boca apenas descesse, sabe, não havia um sentimento para a minha refeição.

"Acho que..esqueci o sal", pensei. Por algum motivo senti que algo estava errado, já que meu peito parecia deveras vazio.

Além disso, a minha reacão ao incidente foi muito... calma. Normalmente as pessoas reagiriam de duas formas, ou raiva ou medo e acionariam as autoridades locais já eu não fiz nada, apenas fiquei lá com uma cara de paisagem. Provavelmente, o meu cliente era um bruxo. Os conhecedores de magia são divididos em três tipos, sendo eles os magos, os bruxos e os feiticeiros. Os bruxos são tidos como os mais perigosos e considerados criminosos em rede mundial.

Claro que nesse momento da história eu não sabia já que não ligava nem um pouco para esse mundo recheado de magia. Aprendi isso futuramente, em capítulos futuros te conto.

Então após a refeição segui para casa de Beto. Ele me saudou com aquela alegre saudação. Apenas o encarei e perguntei lhe sobre meu carro.

- O amigo está bem ? Não vê que o seu carro está na porta de casa ? Ha ha! - Disse ele gargalhando.

Olhei para trás e de fato estava lá, talvez por força do hábito fui a casa dele. Aproveitei a oportunidade e perguntei se ele receberia visitas ontem.

- Visitas ? Não. Não esperava ninguém não ontem a noite.

Refleti sobre essa resposta e tive certeza, César de fato fugia de algo e me usou para escapar. Agora por que ele me atacou ? Quais os seus objetivos ? O que queria comigo ? E por que resolveu vim logo a minha rua ?

Despedi me de Beto e segui ao carro, porém antes de partir, Beto me chamou a atenção.

- O amigo está bem ?

- Claro que estou!

- Se você precisar de qualquer coisa pode contar comigo certo! - Disse ele sorrindo.

Apenas acenei com a cabeça, mas pela reação dele de preocupação o meu rosto não estava com a melhor das facetas.

Então liguei o carro e segui para o centro da Vila. Dessa vez um velhinho entrou no meu carro pois precisava fazer compras na cidade grande. Seguimos o caminho em silêncio, acho que o velho..., digo, senhor, estava incomodado com esse silêncio pois começou a puxar conversa.

- Tudo bem com o senhor?! - Perguntou ele a mim.

- Sim, estou bem. - Respondi.

- Como vai a família?

- Bem.

E continuou fazendo perguntas e mais perguntas sobre minha vida. Respondi todas. Estranhei.., não gosto de contar a minha vida a estranhos mas por algum motivo não tive problemas. Respondi todas as perguntas do senhor e não fiquei incomodado ou com raiva.

Apenas conversei com o velho.