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CAPÍTULO IV: O CLIENTE

Depois que peguei o meu carro, parti para o centro da vila. Aguardei umas horas na esperança de encontrar algum cliente, dessa vez não veio ninguém, geralmente tem alguma alma penada que busca meu serviço para ir a cidade grande.

Então liguei meu carro e segui para a metrópole, chamada Rômula, como qualquer cidade grande é uma realidade totalmente diferente de uma mera vila, trata se de um ambiente extremamente barulhento. Não importa a rua que eu seguisse ou a avenida que encontrasse, tinha o barulho de um carro, caminhão, moto, lojas, enfim de tudo.

Também é um lugar bem movimentado, a cada rua tem-se pelo menos uma fila de pessoas atravessando de uma calçada para outra. Admito que gosto da minha vila, nunca moraria em um lugar como esse, cheio de barulho, além de que as pessoas daqui vivem apressadas quase sem tempo para comer ou dormir.

Além disso, ainda tem essas tecnologias misteriosas que penetram o ambiente, há pontes flutuantes, sem nada as erguendo, carros que voam, mesmo tendo rodas, e claro...magia. Essa cidade é recheada de magia, as pessoas daqui utilizam feitiços e equipamentos mágicos para facilitar a vida. Criam balões, dão vida a seres inanimados, entre outras coisas. Não sei quem foi o criador da magia, mas acho que esse camarada desperdiçou talento.

No fim cheguei ao centro da cidade onde acharia algum cliente, de fato é difícil trabalhar nesse ramo, muito por culpa dessa maldita magia e dessa maldita tecnologia, que tornaram as pessoas menos dependentes dos meios automobilísticos. Esperei por pelo menos duas horas até aparecer algum cliente..sempre fico frustrado quando isso acontece. No fim, lá para umas dezoito horas da noite ouvi um estrondo.

Era alguma explosão talvez, não deu para dar muita atenção, estava muito barulhento cheio de buzinas de carros e pessoas andando para lá e para cá. No fim apareceu me um cliente, estava cansado, aparentemente havia corrido como se estivesse fugindo de algo ou alguém.

- O senhor pode dirigir uma corrida para mim ? - Perguntou o cliente.

- Claro meu Senhor, entre! - Respondi com um sorriso.

De fato, fiquei bem feliz com a vinda daquele estranho, pelo menos não será um dia perdido, pensei. Ao entrar no carro ele me deu um bilhete dizendo ser o endereço de destino. Quando olhei era exatamente na rua que eu morava. Naquele momento achei estranho, pois contando com a minha casa naquela rua só há três residências, sendo a minha, a de Beto e uma casa abandonada deixada por uma senhora que morreu anos atrás.

"Talvez seja conhecido de Beto.", pensei, apesar da estranheza fiquei bem contente pois assim já voltava para casa de imediato e ainda ganhava algo por levar o cliente ao destino, logo mataria dois coelhos numa cajadada só.

Mal sabia eu que fora uma uma escolha terrível.