CAPÍTULO 8. O DESPERTAR

Com Aiko caída por conta do ataque mental de Anne, Yuki permanecia ao seu lado, protegendo-a com seu próprio corpo. Mas sua atenção estava voltada para o embate entre Harumi e Anne. Com os olhos fixos na cena, Yuki sentiu uma onda de calor percorrer seu corpo, seu poder interior se agitando em resposta à tensão no ar.

Enquanto isso, Anne e Harumi continuavam sua dança mortal. Cada movimento de Anne era acompanhado por relâmpagos e trovões, enquanto Harumi avançava com a graça de um predador. Sua katana cortava o ar com uma velocidade impressionante, deixando para trás rastros de energia negra.

Anne, consciente de estar em desvantagem contra Harumi, lançou uma série de ataques desesperados, seus raios de eletricidade ziguezagueando pelo ar com uma ferocidade impressionante. No entanto, Harumi, calmo e calculista, desviava de cada golpe com facilidade, sua aura negra agindo como uma barreira impenetrável contra os ataques que recebia.

Anne, recuperando-se do choque de seu ataque fracassado, recuou alguns passos, ofegante por estar sendo tão pressionada. Com uma expressão de dor e desespero, ela olhou para Harumi e disse com voz trêmula, — Não sei se sua sobrevivência foi um milagre ou uma maldição. —

Harumi, envolto em uma aura sombria que pulsava com uma intensidade assustadora, avançou impiedosamente em direção a Anne. Seus olhos brilhavam com determinação enquanto ele lançava uma série de golpes rápidos e precisos com sua katana, cada ataque capaz de ceifar a vida de Anne a qualquer momento.

Em um desses ataques, a lâmina afiada de Harumi acertou o braço de Anne, fazendo um corte profundo. Um grito de agonia escapou de seus lábios enquanto ela recuava, segurando o membro ferido.

Akaza, enfurecido com o sofrimento de Anne, investiu com toda a sua força contra Harumi, liberando uma enorme bola de fogo azul em sua direção. No entanto, quando a fumaça da explosão se dissipou, revelou-se que Harumi permanecia inabalável, sua figura imponente destacando-se contra o cenário de destruição. Seu corpo estava ileso, protegido pela escuridão que o envolvia como um escudo impenetrável.

O silêncio pairou na sala, interrompido apenas pelo som suave da respiração ofegante dos combatentes. Era evidente que a batalha estava longe de terminar, mas por enquanto, Harumi tinha emergido como o inquestionável mestre do campo de batalha.

Akaza, ofegante e visivelmente abalado após liberar uma grande quantidade de poder em seu ataque desesperado, olhou para Harumi com ódio ardente em seus olhos. — Você é uma aberração — , rosnou ele entre respirações pesadas, — devia ter sido morto naquela sala branca. —

Harumi, com uma expressão irritada e sombria, encarou Akaza com firmeza. — Eu já entendi que aparentemente você tem algum problema comigo no passado — , disse ele com calma, embora seu tom carregasse um leve desdém, — nossas desavenças você pode deixar de lado. Não quero lutar com uma cadela alterada como você. —

Akaza, enfurecido por ter sido chamado de cadela por Harumi, estava prestes a retaliar, mas foi interrompido por Anne. Ela olhou fixamente para Akaza e disse com autoridade: — Vou seguir com o Plano B, e é melhor você cumprir sua parte. —

Harumi, decidido a acabar com Anne, avançou em sua direção, mas antes que pudesse alcançá-la, ela projetou uma caixa de eletricidade ao redor deles, prendendo-os juntos. Confuso, Harumi questionou o que era aquilo.

Anne explicou calmamente: — Essa é uma caixa de eletricidade. Só se desfaz quando eu quiser ou quando eu morrer. —

Uma risada psicótica escapou dos lábios de Harumi. — Você se trancou aqui comigo? — , perguntou ele, com um brilho sinistro nos olhos.

Anne respondeu com determinação: — Eu sei que não é a escolha mais inteligente, mas se isso for necessário para cumprir o plano da doutora, então farei. —

Enquanto isso, do outro lado, Akaza se preparava para enfrentar Ryuji e Yuki, suas chamas azuis brilhando intensamente em seu corpo, pronto para o confronto iminente.