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Capítulo 12 : Apenas uma criança em Knockturn Alley Parte 2

Aviso de Gatilho: Conteúdo Sensível

Caro leitor,

Este capítulo contém cenas um pouco pesadas. Nele, apresentamos o coprotagonista, uma criança, que sofreu abusos físicos e mentais ao longo de sua vida. 

As descrições a seguir poderão ser angustiantes para algumas pessoas. citarei atos brutais cometidos contra o coprotagonista, bem como a subsequente vingança que ele busca contra seus abusadores. Se você é sensível a temas de violência, abuso ou sofrimento, recomendo que pule este capítulo. Sua saúde mental é importante, e nem todos desejam se expor a conteúdos intensos.

Para aqueles que continuarem a ler, Esperamos que você possa me acompanhar nessa jornada.

Atenciosamente, um grifo leão com asas. 

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Já era por volta das 9:00 da manhã, Dante estava em um dos andares subterrâneos de sua torre logo abaixo da casa em Privet Drive, number 12 a sua frente em uma nada confortável cama de hospital dormia um pequeno garoto de cabelos extremamente negros, a crianca estava palida muito provavelmente devido a perca de sangue ou a infeccao decorente do enorme ferimento ao seu ombro. Na noite anterior o menino caiu quase morto aos pés de Dante. 

Dante prestou os primeiros socorros no local estabilizando o menino, e estava preste a aparatar o garoto para o hospital mágico quando seus olhos mostraram algo que o fez mudar de ideia e levá-lo para sua casa, em seu olhar mágico que revelava a verdadeira natureza das coisas e pessoas a figura do menino estava acorrentada a de um animal, o lobo mordia e dilacerava o menino enquanto o menino por sua vez socava e chutava o lobo, a cada marca de garra infringida ao garoto uma igual e muitas vezes mais profunda aparecia na besta o'que a deixava mais irritada, o mesmo acontecia com os chutes e socos do garoto que o infringiram cortes e hematomas nos mesmos locais onde havia acertado a criatura. 

A revelação de que o lobisomem que amedrontava os moradores do famoso bairros mágicos era na verdade uma criança de aproximadamente 8 anos fez Dante ficar pasmo por um segundo, antes de tomar a decisão de tratá-lo ele mesmo. 

Dante nao tinha até então dado muita importância a questão dos lobisomem, lupin era sem dúvida um de seus personagens favoritos da obra e talvez por isso não tinha má vontade com os que sofrem dessa condição, muitas vezes sendo o único curandeiro que se voluntariava para tratá los, o'que com o tempo fez com que muitos lobisomens feridos ou doentes o procurassem, em parte pela descrição era muito fácil para um curandeiro identificar um lobisomem, principalmente após a criação do novo ramo da magia de Dante (Prometheus), para os estudiosos da força vital um simples toque podia identificar um lobisomem, sua força vital era embaralhada e entrelaçada com outra, muito diferente de todas as outras criaturas e seres mágicos, embora relativamente próxima a de um animago, apenas mais caótica e desordenada. 

A questão era que naquele ano Dolores Umbridge havia proclamado uma normativa que obrigava os lobisomens a se registrarem no ministério da magia, o'que na prática era o mesmo que tornar público sua condição, fazendo com que a busca por um emprego se tornasse quase impossível, assim como a aceitação em qualquer sociedade bruxa, os curandeiros eram obrigados pelo novo decreto a denunciar e registrar os lobisomens, política a qual Dante foi fortemente contra, chegando a ponto recusava ensinar curandeiros que nao faziam com ele um juramento inquebrável de sigilo prometendo jamais revelar a natureza de seus pacientes, feitiço semelhante embora muito mais fraco foi colocada em cada um dos seus livros, quase como um juramento de hipócrates, Dante planejava criar seu próprio juramento mais condizente com o mundo mágico, mas quem tem tempo para isso, e mesmo com todo esforço de Dante as informações às vezes vazavam . 

Dante saiu de seus pensamentos quando percebeu que a criança começou a se mexer na cama dando sinais de que iria acordar, aos poucos a criança a frente de Dante abriu os olhos, piscou 2 ou 3 vezes de forma fraca e embora acabasse de acordar sua exaustão era clara, ela levantou lentamente a mão cujo ombro não estava destruído tampando a luz por um momento antes de tocar o lado do corpo onde deveria haver um ombro, rapidamente tirando a mão e gemendo fracamente de dor, aos poucos começando a chorar lentamente e de forma silenciosa. 

A visão daquela criança cheia de cicatrizes magra e frágil chorando em silêncio como se estivesse com medo até mesmo de chorar fez o coração de Dante doer, seja como médico ou como órfão ele tinha uma ideia de quão cruel o mundo poderia ser, Dante não se moveu nem falou nada apenas ficou ali parado em pé ao lado da cama até a criança parar de chorar e se acalmar, então Dante se aproximou e se apresentou em um tom suave e calmo "ola, eu sou Prometheus Esposito, você está na minha casa por assim dizer, encontrei o ferido a noite de ontem, e devido a sua condição peluda resolvi nao leva lo para o hospital ", a criança arregalou os olhos e se encolheu na cama ao ouvir as últimas palavras de Dante como se a palavra "condição peluda" fosse algum tipo de sentença de morte, ela olhou para Dante com olhos vazios olhos que nenhuma criança deveria ter, aquele olhar distante de quem sobreviveu a um guerra ou trauma mas deixou uma parte de si para trás, olhos que revelavam uma lesão tão profunda que nem a magia podia curar. " não se preocupe, não vou machucá-lo você tem minha palavra, sei que é um lobisomem e não me importo" Dante disse enquanto colocava a mão no peito em um gesto universal de juramento, a pequena criança que mais parecia um elfo doméstico de tão magra relaxou um um pouco, nao muito mas era o suficiente por hora.

 " Al, poderia trazer um pouco de comida para nosso convidado" ao terminar de falar aparentemente para o nada um pequeno elfo orelhudo apareceu ao pés de Dante e ao lado do menino, o elfo doméstico Aldar se curvou para Dante e para a criança antes de estalar os dedos e fazer surgir uma bandeja cheia de torradas e uma bela sopa leitosa de vegetais e frango, seu cheiro estava tão agradável que até o estômago de Dante resmungou, " Al, acho que vou querer uma também se não for um incomodo" os olhos do elfo brilharam com o pedido como se ao invés de uma pedido Dante estivesse o coroando ou dando a ele algum tipo de prêmio estranho, no segundo seguinte uma bandeja de sopa estava um uma pequena mesa de hospital ao lado da cama da criança, por alguns momentos os 2 humanos naquela sala apenas comeram, Dante comeu lentamente sua sopa, estava perfeita grossa e saborosa, aquecia muito bem o frio daquela manhã, o garoto por outro lado comia como se a qualquer momento alguém fosse roubar dele o prato a cada mordida ele olhava com cautela para os lados quase uma paranoia, no tempo em que Dante levou para comer 1 prato de sopa e algumas torradas o garoto já estava na 3 bandeja, e exigia feitiços para desengasgar a cada poucos minutos e embora Dante tivesse pedido constantemente para o garoto comer lentamente só começou a realmente saborear a comida e sentir seu gosto após o segundo prato. 

"Bom, agora que estamos satisfeitos e mais calmos, poderia me dizer seu nome ?" Dante falou enquanto tirava a pilha de bandejas de comida e as entregava ao elfo doméstico, a criança por sua vez se ajeitou na cama e um pouco envergonhada agradeceu a Dante e ao elfo Al antes de começar a falar " as pessoas normalmente me chamam apenas de garoto, ou coisas piores… " a criança olhou para o chão envergonhada como se sua presença ou sua voz de alguma forma sujasse o chão imaculado do quarto, Dante se aproximou querendo encostar a mão no ombro do garoto para lhe dar algum tipo de conforto. 

A reação do pequeno menino ao toque de Dante ficaria gravado em sua mente para sempre, quase em uma velocidade inumana a criança deu um tapa na mão de Dante que se aproximava e em um pulo se encolheu gritando no canto oposto da sala segurando uma colher que havia usado para comer como se fosse uma faca " NAO ME TOQUE !!!, SAI DE PERTO DE MIM, NÃO ME TOQUE, NAO ME TOQUE,OU EU VOU TE MATAR ".

 O pior de tudo eram os olhos do menino a frente de Dante, a primeira vista eles queimavam de raiva e ódio, Dante já havia testemunhado aquele olhar, pela primeira vez no orfanato, e muitas outras trabalhando na emergência durante sua graduação,ele viu esse olhar em mulheres, em garotas, em homens e agora via em um garotinho, olhos queimando com raiva queimando para esconder um medo abissal olhos tentando queimar a dor até ficarem vazios, olhos corrompidos pelo pior lado da humanidade. Dante com calma se aproximou do garoto ficando a apenas alguns passos dele, então se sentou e tirou a máscara de prata e com ela o disfarce de Prometheus Esposito, " vamos começar de novo, olha meu nome é Dante Esposito, sou um experimento quimérico de um bruxo antigo e tenho aproximadamente sua idade, embora tenha lembranças da minha vida passada". 

A colher na mão da criança caiu no chão e por o'que pareceu aos 2 homens um longo tempo somente o barulho de metal caindo podia ser ouvido, "vamos sentence, prometi nao lhe fazer mal algum, e nunca quebro uma promessa feita a uma criança" Dante disse agora olhando nos olhos da criança, que não sabendo se pelo choque ou vontade própria se sentou no chão encarando Dante ainda com choque mas com menos medo e ódio.