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Capítulo 6

— Faça o que tiver que fazer, mas não deixe de fechar negócio com o grupo holandês, entendeu?

Bryce encontrava-se mais uma vez impacientemente com um dos seus diretores.

Dez anos separava o grande homem de negócios, Bryce Grant, do seu início no ramo hoteleiro.

Sendo que em tempos mais recentes, ele se tornou o CEO mais respeitado e admirado do país inteiro.

Mas se na área dos negócios, o bilionário só havia crescido, na área amorosa, a sua vida havia se tornado um completo desastre.

Não que ele se importasse tanto com questões de sentimentos. Mas pelo menos, o homem esperava o que grande parte dos homens esperavam da vida conjugal, ter filhos.

Bryce estava casado com uma bela mulher há quase dez anos, mas ainda não tinha filhos.

Por comodidade e temendo qualquer escândalo, o bilionário continua casado.

Trata-se de um casamento de fachada. Com várias traições da parte do bilionário.

Bryce esperava que a mulher se cansasse dele e pedisse logo o divórcio. Pois já passava da hora dele ter um herdeiro, para no futuro tomar a frente dos negócios.

Nos últimos dias, o CEO estava um pouco mais agitado.

O maior negócio já feito por ele, estava prestes a ser fechado, e Bryce não cogitava a possibilidade do negócio não ser concretizado.

— Senhora Dorothy, a reunião com o representante das empresas Millman já foi confirmada? — perguntou o CEO para a sua secretária.

— Foi sim, senhor Grant. É amanhã, às dez horas da manhã.

— Ótimo! Espero que a sala de reuniões esteja impecável. Que não falte absolutamente nada.

— Não se preocupe com isso, senhor. Cuidarei para que a reunião com representante internacional ocorra perfeitamente.

Após o trabalho na empresa, Bryce foi para casa.

Já em casa, no seu quarto, começou a se despir.

Primeiro tirou as calças e depois começou a desabotoar a camisa. Mas quando estava prestes a retirá-la, sentiu mãos femininas deslizando sobre o seu peito.

O dia agitado no trabalho acabou deixando o homem tenso. Daí, só para relaxar um pouco, ele cedeu às investidas da mulher e fez amor com ela.

Após a transa, Bryce foi para o banheiro tomar banho.

Seguindo os passos do homem, a mulher tentou acompanhá-lo no banho.

Mas Bryce se negou a tomar banho em dupla, fechando o box e virando de costas para a parceira.

— Não gostei nem um pouco da sua atitude, Bryce —, disse a mulher, assim que o bilionário saiu do banheiro.

— Da minha atitude? Qual atitude, Marie? Mas do que você está falando?

— Ora! De você não querer tomar banho comigo, depois do amor que fizemos.

— Sem sentimentalismo, Marie. Você não encontrou o que queria? Não sentiu prazer até dizer chega? Pois então não me cobre mais do que isso. Você também me deu bastante prazer, eu admito. Mas é somente isso e pronto… No dia que tentar transar comigo, e eu estiver com vontade, eu transo com você. No entanto, não vá achando que isso significa que estamos nos reconciliando.

— Você é a pessoa mais insensível que conheço, Bryce —, Marie falou com raiva. — A Aisha não sabe a sorte que teve ao se livrar de você, sabia? Bryce teve uma estranha reação ao ouvir o nome da ex-esposa, entretanto não falou nada.

Marie, por sua vez, continuou se queixando:

— Tudo isso porque não te dei um filho? Será que é por isso?… Mas isso já não importa, agora — declarou Marie tal frase sem sentido. — Mas, algo importante que quero que saiba, Bryce. É que não vou facilitar coisa nenhuma, o nosso divórcio. Se quiser se ver livre de mim, vai ter que abrir mão da metade de tudo que tem, querido… Pois apenas assim, para evitar um escândalo, da minha parte.

Enquanto a mulher desabafava, o homem, sem dar muita atenção a ela, se trocou e deixou o quarto.

Bryce saiu outra vez de casa. Ele preferia ir jantar sozinho, fora, do que ter que aguentar os queixumes da esposa.

Dez anos atrás, após o golpe de mestre contra Aisha, Bryce se casou com a própria "cunhada".

A moça estava mancomunada com o jovem bilionário, sem que ninguém soubesse.

Os dois dissimulados eram amantes e, pelas costas de Aisha e Eva, tramaram tudo.

Bryce e Marie se conheceram bem antes do pai de Aisha falecer.

Se identificaram e logo começaram a se relacionar amorosamente.

Não demorou e Bryce mostrou ser um empresário extremamente ambicioso. Sendo que Marie não sentiu receio algum, ao apresentar a proposta ao então parceiro, para que ele seduzisse a sua meia-irmã, casasse com ela e em seguida se apossasse da herança da jovem.

Bryce não pensou duas vezes em seguir o plano. Pois isso era o que faltava para que ele alcançasse o topo do mercado hoteleiro. 

Mas o castigo veio com o tempo para os dois patifes. Sendo que Marie, além de não conseguir ser amada pelo homem que ela amava, não conseguiu dar o que ele mais queria, um herdeiro.

Bryce, por sua vez, se deu conta que Aisha foi a única mulher que ele amou na vida. Porém, agora, tal descoberta não adiantava de nada. E se caso, eles voltassem a se encontrar, Aisha o desprezaria de todas as formas.

Ao terminar de jantar, Bryce se preparou para ir embora.

A noite agitada da cidade estava apenas começando. E o movimento nas ruas era intenso.

Enquanto esperava pelo manobrista que foi buscar seu carro, uma mulher em frente ao restaurante do outro lado, chamou a atenção do bilionário.

Bryce apenas a viu de costas, entretanto, o porte e trejeitos da mulher o impressionaram.

— Aisha? — pensou Bryce. — Não… Impossível! A insuportável da Marie falou tanto da Aisha, que passei a enxergá-la por onde passo.

Antes que desse tempo da mulher se virar e Bryce conseguir ver seu rosto, o manobrista chegou com o seu carro.

O bilionário pegou a chave da mão do manobrista e entrou no automóvel.

Bryce tornou a olhar na direção do restaurante à frente. Mas a mulher não se encontrava mais lá.

Sendo ou não sendo a Aisha, Bryce não parou de pensar nela.

Depois do golpe cometido contra a herdeira, Bryce tentou não pensar nela. De modo que Bryce teve de deixar os escrúpulos de lado e se impor diante dos novos subordinados.

Ou era assim ou era bem capaz dele fraquejar e botar o seu plano a perder de uma vez por todas.

Rapidamente o bilionário conseguiu a confiança e o respeito, à frente das empresas que outrora pertenceram à Aisha. E o mais importante de tudo, é que as empresas, em suas mãos, cresceram de maneira admirável.