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Capítulo 9 - Amigo da alcateia

A leve brisa fria passava pelas folhas, nessa noite iluminada pela lua e as estrelas.

Mas a floresta era silenciosa, nenhum monstro ousava fazer barulho.

E Nagaro está sentada em um tronco de árvore perto de um fogueira, comendo peixe assado.

-(Bom... hoje é dia sessenta, acho que é uma pergunta um pouco óbvia, mas...)

Um lobo se deita no colo de Nagaro, fazendo-o de seu travesseiro, logo em seguida, outro lobo deita nas costas de Nagaro.

Em volta de Nagaro tem vários lobos gigantes deitados, outros comendo peixe, e mais perto da fogueira, tem filhotes de lobo dormindo tranquilamente.

O líder da alcateia está deitado na terra, no outro lado da fogueira olhando para Nagaro e Nagaro evita olhar para o líder.

No lado direito do líder, está seu aparente ajudante e no esquerdo está um lobo jovial, parece ser o filho do líder.

Nagaro dá mais uma mordida no peixe assado.

-(... como eu acabei assim?)

....

... ((Trinta dias atrás... ))

..

.

Nagaro passa pela mata igual a uma flecha, correndo, saltando, pulando, desviando das árvores e pedras no caminho.

Um gato gigante de pelo amarelo corre atrás de Nagaro.

-Desculpa! Foi mal por ter pisado em sua cauda!... Foi sem querer!

Mas o gato não quis ouvir suas desculpas, furioso por esse humano está fugindo do seu destino(a barriga do gato), o gato amarelo corre ainda mais rápido com a ajuda do vento, tão rápido que está prestes a alcançá- lo.

Nagaro olha para trás vendo o gato prestes a alcançá-lo.

-(O que eu faço para despistá- lo?)

Isso é trabalhoso, não posso usar meus poderes porque agora estou enfraquecido, devido a uma batalha que tive com um dragão de escamas azuis claro.

Nagaro encontrou esse outro dragão a dois dias atrás, e foi ainda mais difícil escapar dele, tendo enfrentado esse Dragão mais os monstros que não deixam Nagaro em paz de dia e nem de noite, causando então sua falta de mana.

O gato está diminuindo a distância a cada passo, mas quando Nagaro atravessa uma área da floresta, o gato bruscamente para de segui- lo, parecendo que está com medo de algo. O gato olhou para Nagaro se distanciado e deu alguns rugidos raivosos e depois correu para o lado oposto.

Nagaro nem escutou o gato e continuou a correr.

Já bem longe, Nagaro olha para trás e vê que o gato não está mais seguindo- o.

-Ru, rum, despistei ele, eh, eh, eh.

Parei de correr e passei a mão na testa.

-Ufa!

-...

-...

-...

Nagaro friamente olha para a mata em todas as direções.

-...Hum... Suspeitosamente calmo aqui.

Olhei para uma árvore.

-Humm...(Parece ser uma árvore normal)

Aproximei da árvore e me encostei nela, um descanso para recuperar a mana e também para apreciar a natureza.

Vejo as folhas das árvores balançarem com o vento e alguns pouquíssimos raios do sol passando pelas dessas folhas.

-(Hó, essa árvore não me atacou, talvez nem tudo nessa floresta seja assim de tão ma... )

Quando me dei conta, fui perfurado pela árvore, as raízes que me perfuraram estão até pingando de veneno.

Nagaro calmamente suspira.

-(Retiro o que pensei, já deveria saber que algo desse tipo aconteceria... que burrice, eu deveria ter verificado com mais cautela se essa árvore não tinha algo assim...)

Mas Nagaro não se incomodou com seu corpo perfurando e nem com o veneno.

Nagaro só quer agora ficar parado e olhar a natureza, esse é um dos poucos momentos em que Nagaro pode ter tal luxo.

Sem que Nagaro percebesse, a árvore começou a murchar e secar, não aguentando a nocividade.

....

...

..

.

Estava de noite.

Nagaro já tinha recuperado sua mana faz tempo.

Me levantei tirando as raízes da árvore em mim e estranhamente foi fácil tirar elas, parece que estão secas essas raízes.

Olhei para a árvore.

-(Bom... se eu reparar bem, a árvore não parece muito boa, parece até quem morreu). Estranho.

Mas Nagaro nunca deixou de estar em alerta, sempre olhando para os lados, como se estivesse esperando um ataque surpresa.

Nagaro estreitou os olhos um pouco.

-Hum... (Porque nenhum monstro me atacou até agora?)

Não é que eu esteja desejando ser atacado, mas é estranho, já é de noite e nada aconteceu, sei lá o porquê, mas é como se fosse aqueles tipos de filmes de terror, em que nada acontece, mas quando menos se espera, algo te dá um susto.

Um uivo alto pode ser escutado na noite sombria.

Nagaro vira seu rosto em direção ao som.

-(Ai, ai, é claro...)

Já escutei muitos desses uivos, provavelmente uma alcateia de lobos se aproxima.

Sem muita demora, os lobos me encurralaram, centenas de lobos de pelo escuro, de altura média de quase o meu tenho, fechando um círculo em volta de mim.

Em cima de um monte onde tinha uma grande pedra com uma ponta, um lobo tão escuro como a noite aparece, parecendo ser o líder da alcateia, tendo sem sombra de dúvidas uns dois metros de altura.

Logo em seguida outro lobo aparece, um lobo jovem no lado esquerdo do líder, no lado direito, um lobo menor que o líder, mas maior que o outro lobo, parecendo ser o segundo no comando.

Nagaro olha para todos os lobos em volta e depois olha para o líder e os outro dois ao lado dele, durante suas caminhadas Nagaro já enfrentou muitos lobos e outros tipos de monstros que andam em grupos, mas Nagaro nunca enfrentou este lobos, que são bem maiores do que os lobos em sua vida passado e desta floresta.

Olhei melhor o líder.

-(Ele me parecendo muito familiar...). Ah! É ele!

Reconheci quem são esses lobos, são aquela matinha de antes, daquela vez em que fui obrigado a entrar naquela floresta da paralisia.

O líder dessa alcateia, parece reconhecer Nagaro, e se enfurece dando uns rosnados baixos, parece lembrar do que aconteceu com ele e sua humilhação de ter desmaiado.

Os dois lobos ao lado do líder se olham um para o outro, porque eles nunca viram seu líder demonstrar raiva igual a agora, seus semblantes são de surpresa, mas ambos rapidamente olham para Nagaro sem demonstrar mais nada no rosto.

Vi tudo o que aconteceu com um pouco de surpresa.

-(Esperai. Eu acabei de expressar algo sem precisar focar?)

Mas não deu mais para ficar impressionado, o líder deu um latido bem alto, e todos os lobos correram em minha direção. Sem demora levanto as mãos para os lados e em um segundo depois, vapor saio de meu corpo, fazendo os lobos que estavam mais próximos voarem para bem longe.

Os demais lobos que não foram jogados, parecem impressionados com minha habilidade, exceto o líder, mesmo assim, eles avançaram sem medo, tentando me morder.

Desviei para trás e contra ataquei com vapor, outro aparece por trás de mim, rapidamente o congelei, mais lobos se aproximam, lacei lava neles que os forçam a desviar, mais outros vêm por trás, dobrei meus joelhos e vi os lobos passando por cima de mim, rapidamente soquei suas barrigas jogando- os para cima.

Levantei rapidamente, vendo os lobos correndo em minha direção.

Eu abaixei minhas mãos na terra e explodi a área afastando os lobos.

Os lobos viram as chamas queimarem a floresta, árvores caindo, pássaros voando para longe da mata e por fim, Nagaro saindo das chamas. Rapidamente os lobos com habilidades de água, apagarem as chamas, permitindo que eles se aproximem.

Nagaro se surpreende, percebendo que um lobo morde seu braço, Nagaro olha para trás e vê que o lobo está saindo da escuridão.

-Que?!

No mesmo instante o lobo sofre lesões na pata dianteira, sua ferida é igual a de Nagaro no braço, o contra dano está agindo.

Nagaro foi rápido, lançando chamas com seu outro braço, explodindo o lobo que caiu inconsciente, cheirando queimado e gemendo.

Todos os lobos viram isso, e de imediato, os lobos se enfureceram e foram todos em sua direção com sangue nos olhos e rosnado bastante.

Muitos lobos se misturavam com a escuridão da noite e outros com água em volta do corpo.

-(Óh ou...)

Mesmo tendo derrubado e ferido muitos, ainda tinham centenas de lobos em pé e alguns que estavam machucados se levantaram para atacar. Vejo que a situação é um pouco séria, mas eu já tenho um plano preparado.

As mãos de Nagaro começaram a sair vapor intensamente, estendeu seus braços para os lados.

Puxou um ar, olhou as laterais.

-(3… 2… 1…)

Ondas poderosas de vapor jogaram os lobos para longe, até as árvores e a terra envolta foram jogados também.

Todos os lobos foram empurrados, restou só os três lobos em cima da pedra.

Nagaro olhou para eles.

-(Provavelmente eles devem atacar agora).

Quando o vapor se dissipou, Nagaro está no mesmo lugar olhando para o trio, e o trio olhando para Nagaro.

Os dois lobos estão surpresos e furiosos olhando para os seus companheiros que estão bem longe e machucados. Mas o líder mantém os olhos fixos em Nagaro.

A lua cheia iluminava a parte descoberta que estão.

Uma grande nuvem se aproxima da lua.

A luz da lua foi coberta e a escuridão chegou.

Sons de explosões são feitos, lasers de luz iluminam o breu, faíscas de chamas acendendo e jogadas nos lobos, que se desviam do ataque, os três lobos lançam mais raios amarelados dando um contraste com a cor de seus pêlos escuros.

Nagaro parece desviar dos raios e contra atacava.

Os lobos formam um triângulo em volta de Nagaro, atiram seus raios em sua direção, mas Nagaro se desvia dos ataques e lança lava neles.

Nagaro se surpreende, mas consegue reagir desviando de um lobo que aparece na sua frente na escuridão, mas mesmo assim, a mordida foi profunda na lateral do abdômen.

Rapidamente sua ferida foi curada, mas os outros dois lobos surgem repentinamente da escuridão, bem na frente de Nagaro, Nagaro desvia, mas sofre várias feridas de garras.

Se regenera e se afasta tomando espaço.

-Hum... (É notável que esse lobos podem de alguma forma se locomoverem nas sombras)

Uma ideia veio à mente de Nagaro.

-(Será que eu poderia fazer o mesmo com a lava ou magma de um vulcão? Ou quem sabe com as águas do oceano ou de um lago?)

Outro lobo atacou, mas Nagaro teve reação mais rápida e desviou, mas sofreu arranhões de leve no braço.

Nagaro poderia deixar ser atingido pelos ataques dos lobos para que seu contra dano agisse deixando os lobos cada vez mais feridos e cansados, mas mesmo sabendo disso decidiu não usá- lo.

....

...

..

.

A nuvem passa pela lua, e a luz da lua ilumina novamente.

Nagaro está na frente dos lobos com sua mão faiscando e os lobos com suas bocas abertas prestes a lançar outros raios de luz, uma disputa acirrada entre Nagaro e o trio.

Nagaro é mais forte que os três, mas os lobos em sua frente são inteligentes e sabem muito bem lidar com a diferença de força, mas uma coisa é certa, mesmo estando lutando, parece que ambos os lados estão se divertindo com isso.

....

...

..

.

Era meio- dia e os lobos que estavam machucados acordaram sem nenhum ferimento, mas um pouco atordoados, logo se lembraram da luta de ontem a noite, todos se aproximaram do local em que o invasor estava.

Quando se aproximaram todos só tiveram a mesma reação, que se pudessem falar diriam, "É sério isso?".

O que eles estavam vendo era o líder e os dois outros lobos dormindo junto com o invasor tranquilamente, como se fosse parte da família.

Nagaro não estava dormindo, mas fingindo dormir para não quebrar o clima.

....

… ((Momento presente... ))

..

.

-(... É isso, eu ainda não sei como nossa luta acabou assim...)

-(Ah sim! E descobri o porque aqui não tem água... descobri graças aos lobos, a água não fica na superfície da terra, mas sim embaixo dela).

Ontem quando eu estava andando com eles, vi que os lobos começaram a escavar o chão, me aproximei para entender o que estava acontecendo e eu vi água saindo do buraco junto com peixes, e agora tô aqui comendo peixe assado com os lobos.

Entre todos os monstros (exceto os dragões) que eu conheço, esses lobos são os monstros mais inteligentes desta floresta.

Nagaro não considera dragões como monstros, mas sim como uma raça que é parecida como os humanos, elfos, homens feras e etc. Nagaro não tem preconceito com as demais raças, mesmo que ele ainda não tenha visto nenhuma outra além dos dragões.

O dia amanheceu e a matilha já se locomovia, eles levantam cedo e começam a migrar para os seus territórios mais internos da floresta.

Nagaro estava atrás deles andando bem devagar, tomando espaço entre os lobos.

Até que parou de andar, todos os lobos perceberam isso e olharam para trás, vendo Nagaro dando um sorriso torto, mas é um sorriso, e se despede balançando a mão direita, os lobos parecem perceber que ele está se despedindo, claro que os lobos ficaram tristes, mas o líder apenas deu um latido e começou a andar seguindo seu rumo, os dois ao seu lado o acompanham e em seguida os demais lobos os seguem.

Nagaro se virou para trás e começou a caminhar.

Os momentos que passei com eles foram inesquecíveis, mas eu não quero ficar para sempre nesta floresta, meu desejo é explorar esse mundo.

Antes de desaparecerem, Nagaro vira seu rosto e o líder também de maneira sutil, ele se entreolharam.

Nagaro levanta sua mão e manda um polegar para cima e o lobo apenas dá um pequeno sorriso e vira sua cabeça para frente.

Ambos correm em lados opostos, sumindo de nossa visão.

Será que se encontraram de novo em outra oportunidade?

Só o tempo dirá.

....

...

..

.

Enquanto isso.

Um homem humano de meia idade, de cabelos loiros, vestindo uma armadura aparentemente pesada com um espada grande nas costas e na cintura duas espadas menores com as pontas curvas.

Ele está descarregando o resto da bagagem.

-Isso é tudo Rixas?

Rixas olha para o carroceiro.

-Sim e obrigado.

O carroceiro sorri e foi embora com sua carroça deixando Rixas.

-Ei Rixas!

Uma mulher que deve estar entre os quatorze e dezesseis anos, aparência fofa de cabelos também loiros, vestindo uma roupas brancas com bordas douradas com detalhes de vermelho gritava enquanto corria na direção de Rixas.

Me virei na direção do som, reconhecendo essa voz.

-Filha!

A mulher então pula e dá um abraço no seu pai, mas logo em seguida ela se solta.

Rixas.

-Filha, como você está? Não está machucada em nenhum lugar né? Você se alimentou direito? Não houve nada de mal com você, correto? Você não falou com estranhos não é? Por que você sabe como é a vida de aventureiro, não se pode confiar nas pessoas tão facilmen...

Mas ela interrompe Rixas.

-Sim pai, eu sei. Estou bem e não, eu não me machuquei, e não falei e nem confiei nos estranhos. Rixas não se preocupe, eu posso me cuidar sozinha tá.

Rixas.

-Sim, eu sei, eu sei, mas sabe filha, faz uns cinco meses que eu não te encontro, desde o ocorrido da cidade Wiley.

Filha.

-Sim Rixas, foi complicado mesmo.

Durante a invasão de Silencioso a cidade Wiley, muitos grupos durante a evacuação, tiveram seus grupos e times separados, como foi o caso dos grupo de Rixas, fazendo- os adiar sua viagem para a floresta do sul por um bom tempo, mas depois que tudo foi apaziguado, Rixas procurava seu grupo, e seus membros do grupo também o procuravam.

Após muita procura e pesquisa, ficamos sabendo que estávamos em reinos diferentes, com isso, mandei uns pergaminhos de teleporte avisando que a viagem ainda iria acontecer, mandei que nos encontraremos aqui nessa floresta.

Filha.

-Mas Rixas quem mais chegou?

Rixas.

-Depois de mim, foi Maria e Ricardo quase que ao mesmo tempo e agora você minha filha.

Filha.

-Ah, sim, e Rixas... me chame de Camila tá.

Rixas sorrindo.

-Também filha.

Camila se vira para o pai um pouco irritada.

-Me chame de Camila...

Rixas manter o sorriso.

-Sim minha querida filha.

Camila fica meio vermelha de vergonha.

-Tá fazendo de propósito não é?

Rixas colocando sua mão no peito com cara de surpresa.

-Minha pessoa? Jamais figudinha (Filha + gordinha).

Rixas.

-Ah, ah, ah, ah.

Camila se lembra da época em que ela era um pouco mais volumosa na barriga.

-Aaah. Pai!

-Eae, finalmente chegou Camila.

A voz distante chama atenção de Rixas e Camila.

Quem se aproxima é Ricardo e ao lado dele está Maria.

Maria com sarcasmo.

-Claro que não, damm.

Ricardo olha para Maria apontando um dedo para ela.

-Rá, eu não falei com você.

Maria levanta o punho e sorri forçadamente.

-Como é que é?

Ricardo começa a suar frio, seus olhos viram o murro de Maria se aproximar do alto formando uma sobra em seu rosto.

-(Ai não...) C- calma Mariazinha, não me bate nãoo!

Mas era tarde demais para Ricardo escapar, vi Maria espancando Ricardo, como de costume. Tento esconder a risada, mas não deu muito, não sabia que sentia tanta saudades deles.

Logo os dois se aproximaram ficando bem na nossa frente.

Ricardo passando uma poção nos hematomas e galos na cabeça.

Maria.

-Então Rixas só falta Matheus?

Rixas.

-Sim.

Começamos a conversar, dizendo o que passamos durante esses meses que ficamos separadas, e o tempo passou, mas Matheus ainda não chegava.

Ricardo fala casualmente.

-Nós já não podemos ir? Já adiantando algumas coisas e tal.

Mas Maria então responde dizendo que esta floresta é extremamente perigosa.

Camila então complemente dizendo.

-Já esqueceu os perigos que ela tem?

-Esta floresta é conhecida pelo mundo como a floresta dos pesadelos ou a floresta dos mil monstros.

Maria diz.

-Exatamente, há diversos perigos e monstros que ainda não são nem sequer conhecidos e têm rumores dizendo que um novo monstro foi visto, escutei falar que esse monstros tem o corpo coberto de cabelos envenenados.

Rixas.

-Mas nós estamos aqui para pegar alguns recursos para vender, o que ela tem de perigosa, também tem materiais preciosos, então para que não aconteça de sairmos feridos, devemos esperar por Matheus.

Ricardo entediado olha para Maria.

-Sim, eu já sei, mas...

Maria.

-Sem mais, não se esqueça que ninguém que entrou nesta floresta consegue sobreviver por três dias.

Ricardo.

-Sim, entendo, entendo o que vocês disseram.

Nós voltamos a conversar sobre o que passamos durante nossa jornada até aqui, mas Matheus ainda não chegou. Nós nos sentamos na grama.

Ricardo respira entediado.

-Mas quando ele vai chegar?

Maria um pouco irritada.

-Não sei, mas se for preciso passamos uma noite aqui, temos barracas e comida suficiente para podermos esperar por Matheus, o tempo que for necessário.

Rixas olha em volta.

-(É. Outros aventureiros parecem fazer o mesmo)

Ricardo parece sorridente

-Humm, "o tempo que for necessário" em? Mariazinha, não sei o porquê, mas acho que você está querendo esperar por Matheus com outras intenções...

Maria treme um pouco.

-O- Oque!?

Ricardo ri bem baixinho.

-(Bingo!!) Rum, rum.

Ricardo olha para Camila e Camila parece entender aonde Ricardo quer chegar.

Camila chama a atenção de Maria.

-É mesmo, tinha até esquecido, que você ama Math...

Maria levemente envergonhada.

-N- Não...

Camila aponta o dedo.

-Rah, sabia! Admita de uma vez o que você sente.

E elas duas voltaram a brigar como de costume também, até nisso senti saudade, e Ricardo parece também ter sentido.

O tempo passou e as duas continuam a brigar, Maria já parece um pimentão de vergonha e raiva. Enquanto eu e Ricardo conversávamos sobre nossa vida de eternos solteiros, mas nos mudamos de assunto antes que entrássemos em depressão.

Rixas.

-Graças ao acontecimento da cidade Wiley muita coisa mudou, e principalmente a economia.

Ricardo.

-É, mas eu fiquei sabendo que estão reconstruindo a cidade.

Rixas

-Sim, mas vai demorar muito tempo, eu ouvi dizer que não está de pé nem sequer os muros da cidade, a guerra lá foi feia.

Ricardo.

-É. Também fiquei sabendo disso.

Ricardo olha para o sol se pondo.

-Não vai ser hoje que Matheus chegará.

Rixas.

-Sim, mas vamos esperar mais um pouco.

Ricardo suspira.

-Bom... é o jeito né?

....

...

..

.

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