Fora da floresta.
Aventureiros estão indo e voltando com muita pressa, parecem que estão desesperados em retirar até a última gota de recursos que a floresta tem a oferecer.
Na área das carroças.
Muitas carroças de compra e venda estão anunciando seus produtos com o preço baixíssimo, até mesmo quem tiver uma moeda de cobre, conseguirá comprar alguma coisa agora.
Carroceiros que conseguiram vender seus recursos, fecharam as portas, e se apressam em ir embora.
Alguns aventureiros que veem essa cena, parecem confusos e não entendem o que está acontecendo.
Um aventureiro pergunta para um carroceiro.
-O que está havendo?
Carroceiro.
-Não escutou as notícias?
O aventureiro balança a cabeça não sabendo de nada.
Carroceiro.
-Parece que a floresta está sendo destruída e há indícios que têm rios de lava vindo para cá.
E o carroceiro fechou as portas e rapidamente partiu, indo embora.
Um elfo jovem caminhava com um caixote na mão.
-Poções!!!
-Olha as poções!
-De boa qualidade! (mentira).
-Baratinhas!!
-Só três moedas de prata!!!
Aventureiros esfarrapados que mal têm dinheiro para comprar materiais decentes.
-Como?
-Só três moedas de prata?!
-Garoto vem aqui!
Aventureiros desesperadamente voam até o elfo, para comprarem poções, uma multidão se aglomera quase deixando o elfo sem espaço para se mexer, está difícil até mesmo para respirar com tanta gente.
Longe do jovem elfo.
Rixas e sua equipe estão em uma mesa, perto de umas carroças que preparam comidas, eles comem calmamente enquanto conversam.
Rixas e Camila, comem seus típicos pratos favoritos, deliciosos Ramens, Maria come uma iguaria típica do reino Nova Taigram, bolinhos de peixe caramelizados, no lado dos bolinhos tem dois copinhos com molhos, um da cor vermelha e o outro da cor verde e na frente tem um prato de arroz branco, acompanhado com salada.
Ricardo também come um prato de arroz, no lado do arroz tem um bife e como sobremesa, frutas secas.
E Matheus, come seu prato favorito, um suculento pernil assado com batata.
Essas carroça é especializada em fazer pratos de todos os tipos, não há um prato em que essa carroça não conheça, claro que o preço é um pouco mais elevado, dependendo da carne e do preparo que leva, mas vale a pena comer sua comida favorita por um preço um pouco mais alto, não é?
Terminando de comer, logo retiro os papéis, apresentando meu novo planejamento para eu e minha equipe entrarmos na floresta.
Rixas retira mapas de seu anel de armazenamento, entregando para todos de seu grupo.
-Então pessoal, como já se passaram vários dias desde que chegamos até aqui, em que estamos indo e voltando para essa floresta, já temos uma grande quantidade de materiais para vendermos, sendo assim, esta será a nossa última exploração.
Após escutar as palavras de Rixas, imediatamente toda a equipe comemorou, mas eles rapidamente pararam de comemorar, desconfiados, eles olham para Rixas com seus olhares de suspeita.
Rixas.
-???
Maria.
-Rixas… O que está tramando?
Até mesmo Camila, não confia nas palavras de Rixas.
-Estas falas: "já temos uma grande quantidade de materiais para vendermos", e: "esta será a nossa última exploração", são duas frases que não estão no seu vocabulário.
Toda a equipe sabe como o seu líder age, ganancioso do jeito que Rixas é, ninguém da equipe, durante toda a carreira que trabalham juntos, escutou Rixas dizer que tem muitos materiais para vender, e por isso, iremos embora, não é o tipo de atitude que seu líder tem.
Seria o contrário, o que eles estão acostumados a escutar é tipo:
"Tem bastante recursos aqui, ficaremos mais uma semana".
Ou: "Calma pessoal, sei que querem ir embora, mas vejam! Se ficarmos mais uns dias aqui, podemos ganhar mais uma fortuna!".
Ou: "Hã?! O que?! Opá! Devo ter me enganado, eu disse que ficaríamos só um dia? Mas na verdade, vamos ficar duas semanas, devo ter me confundido nas palavras, ah!, ah!, ah!".
O único jeito para fazer Rixas se afastar de um lugar que gera lucro para ele, é arrastando-o.
A última vez que eles vieram para esta floresta, que foi a alguns anos atrás, quem teve que arrastar Rixas para sair daqui, sem que eles voltassem continuamente, foi Matheus.
Por conta disso, Matheus já está pronto para carregar Rixas, se caso for novamente necessário.
Matheus só está esperando ver as características(sinais), que indicam que a ganância começou a tomar conta.
-(Olhos estão normais, ele por enquanto não está dando desculpas para nos fazer ficar mais tempo aqui, não está nervoso ou suado, os dedos da mão não estão tremendo, sua fala não parece ríspida).
-Humm… (Por enquanto, sem sinal de sua ganância).
Matheus olha para Camila, Ricardo e Maria, ele assente balançando a cabeça, e toda a equipe fica mais aliviada.
Rixas não entende o significado deste sinal que Matheus fez.
Olha um pouco torto para sua equipe.
-(Por que sinto que estão pensando em algo ultrajante sobre mim?)
Ricardo olha para Rixas.
-Bom… mudando de assunto.
-Rixas, ontem e anteontem a gente não veio para cá, e agora você diz que vamos embora, o que está havendo?
Rixas.
-Eu já ia explicar.
Coloquei sobre a mesa um atualizado mapa da floresta.
-Gente, recentemente, coisas estranhas estão acontecendo na floresta.
-Segunda algumas informações e rumores que escutei, foi que a guilda fez uma equipe de exploração composta por mil aventureiros, mas me parece que quando esta equipe retornou, sobreviveram apenas dez.
Toda a equipe escuta atenciosamente cada palavra de Rixas.
-As informações trazidas pelos sobreviventes, foi que um monstro ifrit mutante os atacou. Descobrindo-se que a área que foram explorar era só mais um parque de vulcões.
Maria.
-Sim, entendemos Rixas, mas o porquê de irmos embora.
Rixas.
-Já ia falar sobre isto também.
-A floresta mudou novamente em alguns lugares, parece que tem rios de magma surgindo em todo canto da floresta. Estou preocupado que isto possa ser um risco para nós.
Toda a equipe vê um sinal de esperança, que finalmente Rixas está deixando sua ganância de lado, e se preocupando mais com a segurança, mas os olhos de Matheus detectam que os dedos de Rixas tremeram um pouco ao falar esta frase.
Matheus desconfia, estreitando os olhos.
-...
Ricardo.
-Isto é bem comum de acontecer, não é?
Ricardo olha para os demais da mesa, que entende o que seu olhar diz.
Camila.
-(Tem algo errada, pai não é pessoa de perder lucro).
Maria.
-(Rixas, Rixas, queria poder acreditar mais em suas palavras, mas algo em mim diz que você está mentindo em alguma coisa).
Rixas olhou para trás sentindo aquele mal olhar.
-(Por que sinto olhares de desconfiança? Será que alguém tem algo contra mim?... deve ser só impressão mesmo).
Mas logo volta a explicar para meu grupo o que mudou, apontando o dedo, mostrando uma área.
-Então, olhem aqui.
Maria.
-Sim, esta é a área de vulcões não é.
Rixas olha para Maria.
-Correto, graças a esses súbitos rios de magma, que vieram da profundeza da floresta, esta área de vulcões aumentaram quase o dobro de tamanho, e está descendo para cá.
Matheus.
-Mas este não é o novo pântano que até pouco tempo atrás estávamos indo?
Rixas.
-Exato, dias atrás nada tinha mudado, mas anteontem repentinamente lava desceu da floresta, agora graças aos rios de magma, o pântano e mais algumas áreas estão sendo modificadas, se continuar assim…
Apontando o dedo para uma das rotas mais comuns que os aventureiros tomam.
-Esta área toda será tomada por rios de lava.
Todos se entreolham, preocupados, porque essa mudança é totalmente incomum de se acontecer, bom, este lugar sofre diversas modificações com o decorrer do tempo, mas esta agora é diferente.
Nas áreas que os aventureiros costumam passar, as mudanças de clima e terra acontecem lentamente, antes que aconteça uma nova mudança, sempre há sinais claros que irá acontecer, permitindo que tanto os aventureiros como as guildas se preparem para enfrentar as novas mudanças.
Rixas.
-Mas como vocês sabem, são só as profundezas da floresta que sofrem mudanças bruscas deste jeito, então esses rios de lava descendo repentinamente e em grande quantidade, vão destruir tudo, se continuar desse jeito, não será mais possível andar na floresta, consequentemente, não poderemos mais recolher materiais.
-E se isto realmente acontecer, haverá mais um desequilíbrio financeiro.
Maria.
-(Não basta só a cidade Wiley ter sido destruída, agora a floresta também?)
Ricardo se recostando na cadeira, olha em volta.
-Aaah.
-É por isso que tem tantos aventureiros e carroceiros correndo para lá e pra cá?
Rixas.
-É.
-Estas pessoas estão desesperadas em retirar até o último recurso que tem, antes que não possam mais entrar na floresta.
Camila.
-Mas pai, tem alguma explicação do porquê disso?
Rixa.
-Infelizmente não, mas escutei que provavelmente algum vulcão astronomicamente grande dentro da floresta esteja ativo por alguma razão, um monstro que tenha atingido-o ou quem sabe um terremoto que o provocou.
-Mas o que eu acho a mais verídica, é a que está tendo uma luta entre o ifrit mutante contra outro monstro tão aterrorizante quanto ele.
-É muita coincidência, que tudo isso está acontecendo, após a expedição feita pela guilda, que ocasionou a descoberta de uma nova calamidade, e agora, a floresta começou a mudar.
Rixas olha em volta e depois para seus colegas.
-Mas tudo isto que eu estou dizendo, são só possibilidades e boatos que não se dá para confiar, ninguém sabe realmente o que está acontecendo com a floresta.
Matheus.
-(Isso é preocupante, se todas as rotas seguras para entrar na floresta forem destruídas será quase impossível achar outras maneiras de entrar, e mesmo que achem, vai demorar anos para que possa ser considerada minimamente segura).
Maria.
-Mas é certeza que está lava está chegando até aqui?
Rixas.
-Sim, se ela continuar a desse daquele lugar para cá e com essa velocidade, não vai demorar para chegar aqui, mas não se preocupem, escutei que as guildas estão organizando grupos para deter os rios de magma.
-Parece que desta vez, vão vir aventureiros verdadeiramente fortes da sede da guilda.
Ricardo.
-Ah, que bom. (Então Rixas realmente está preocupado conosco...)
Matheus.
-(Talvez não haja precisão em carregar Rixas à força).
Rixas.
-Mas agora voltando para os planos, a gente vai entrar no pântano, ele ainda não foi totalmente destruído, então ainda dá para recolher alguns materiais.
Rixas apontou o dedo para as multidões correndo desesperadas.
-Como você pode ver, muitos aventureiros estão fazendo o mesmo.
-Se formos rápidos, a gente recolhe ainda uma boa quantidade de ervas, não fomos ontem ou anteontem porque eu não sabia corretamente que o lugar tinha sofrido tanto, se fossemos, haveria um risco de termos gastado dinheiro desnecessário sem termos um retorno.
Ricardo e Matheus quase tombam da cadeira.
Ricardo.
-(Maldito!)
-(Estava aqui pensando que está preocupado com a nossa segurança, mas na verdade está preocupado com o que teríamos gastado a mais?)
Todo grupo caiu em desilusão, mas se reconforta lembrando que vida de aventureiro é mais ou menos assim.
Matheus suspirando desanimado.
-Mas então como vamos ir para lá?
Rixas.
-A rota que leva até o pântano foi bloqueada pelo magma, então a gente vai dar a volta por este lugar.
Maria olhou para onde Rixa aponta no mapa, vendo que é um lugar onde eles nunca tinham passado, só ouviram falar.
-Rixas, vai ser realmente uma boa ideia irmos para um caminho que nós nunca fomos?
Rixas.
-Sim, vai dar tudo certo.
Maria.
-Rixas, ainda acho que não deveríamos nos arriscar assim, pense bem.
Rixas.
-Não, tudo bem, não vai acontecer nada de ruim conosco, nada aconteceu com agente nos últimos dias, não será hoje que algo terrível vá. Somos uma equipe forte e bastante planejada, ainda mais tendo você conosco, a mais forte e leal aventureira que conheço.
Se Maria não conhecesse Rixas, estas palavras serviriam com um elogio sincero e uma demonstração de que sua presença faz diferença na equipe, mas como Maria já sabe quem é seu líder, ela tem ainda mais certeza de que não devem ir.
Maria cruzou os braços recusando ir, mas Rixas com sua lábia obtida através de ano de barganha, conseguiu convencê-la.
Maria suspirou.
-Está bem! Eu vou também, mas saiba que se der errado eu vou dá um tapa em sua cara, Rixas!
Rixas sorridente em ter convencido Maria.
-Claro, claro.
Toda a equipe sabe que não é uma boa ideia, mas como eles não tiveram nenhuma perda, e não sofreram com nenhuma ferida grave, todos estão concordando com o que seu líder propõe.
Vendo que todos concordaram comigo para fazermos nossa última exploração, prosseguir dizendo como iremos para o pântano, seguida a rota que disse.
Eu confesso que vai ser difícil seguirmos este caminho, já que nunca fomos por estas bandas, mas a gente não encontrou nenhum monstro monstruosamente perigoso nestes últimos dias, acho que tivemos muita sorte nesses dias, sei que não é boa ideia abusar dela, mas já que é o nosso último dia, vamos contar com ela.
Rixas então se levantou da cadeira.
-Agente vai entrar daqui a pouco, quando o dia entardecer, vai ser rápido, a gente só vai entrar pegar o que parece ser valioso e ir embora.
Pagamos a conta do restaurante, e quando estávamos prestes a sair da mesa, vimos aquele elfo jovem (discípulo do vigarista) vendendo poções.
Elfo.
-Ei senhor, querem poções?
-Só três moedas de prat…
Camila.
-Eí!
-É você!
Maria.
-Seu pestinha!
Não demorou para Maria se levantar da cadeira e puxar a orelha do elfo.
-Aí! aí! aí! Pare sua velha!
A palavra "velha" ecoa no ar (mesmo que não tenha obstáculos para fazer eco).
Na cara de Maria, várias veias saltaram de fúria, mas a voz permanecia "mansa".
-Quem você está chamando de velha?
O elfo olha para Maria, percebendo o erro que cometeu, só percebendo quando a orelha foi puxada com mais força.
-Por favooo… me-me solta…
Rixas e Ricardo.
-AH! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah! ah!
Rixas parou de rir tirando aquela gota de lágrimas dos olhos.
-Mas então Eldarion, como está aquele velho?
-Continua enganando as pessoas?
Matheus chega por trás de Maria encostando as mãos em seus ombros.
-Calma Maria, solta ele.
Maria ficou levemente corada, mas em instantes manteve a compostura.
-...
Olhou para Eldarion.
-Rum!
E Maria soltou Eldarion, que logo massageava a orelha pontuda, colocou a caixa no chão.
-Aah, Rixas, a quanto tempo não te vejo.
-Aquele velho?
-Thalion continua o mesmo.
-Ontem mesmo estávamos fugindo de uma multidão furiosa de aventureiros que não gostaram de descobrir que a "água milagrosa" não realiza milagres.
Eldarion dá um sorriso sem graça enquanto conta suas "aventuras", que ele passou junto com aquele velho ladrão. Enquanto ele conversa (desabafa), eu e minha equipe notamos ao longe uma velha carroça com um cavalo velho, a carroça velha está bem próximo da floresta, mas não é isto que chama a atenção, e sim, o velho elfo de dentro da carroça, que está de binóculos, olhando para cá.
Rixas.
-(Pelo visto Thalion está pior do que antes, agora está até vigiando o garoto?)
Avisamos Eldarion que seu pai, avó, tio, chefe ou seja lá que relação eles tenham, está o observando. Assim que o avisamos Eldarion, ele rapidamente pegou o caixote no chão e foi em outra direção vendendo as poções.
Eldarion.
-(Velho! O que há com você agora? Acha que eu não conseguirei vender todas essas poções antes de anoitecer?)
Olhou para o caixote que mesmo vendendo muito, ainda tem muitas poções para vender.
-...
-(Talvez eu deva me apressar).
Mas antes de ir, Rixas o chama.
-Eí! Que poções você tem? E quanto custa?
Eldarion.
-Tenho três tipos: Recuperação de mana comum, recuperação de força física comum e a de cura comum.
-Cada uma custa três moedas de prata.
Rixas.
-Me dê poções de cura.
Rixas joga as doze moedas de prata, em instantes, enquanto as moedas estavam no ar, o elfo as pega rapidamente, colocando-as no bolso, ele então pega quatro poções no caixote e as joga em Rixas.
Rixas facilmente pegar os quatro frascos.
-Bons reflexos e boa velocidade em?
Eldarion meio sem jeito ao escutar elogios.
-Reh, reh.
-Sabe como é, tem que ser rápido em nosso ramo.
Assim que eu peguei as poções, logo ele sai alegremente, vendendo as poções com um largo sorriso no rosto.
Olhei as poções em minha mão e fui guardando-as no anel de armazenamento.
Camila.
-Pai, você sabe que essas poções de cura estão fora da validade, não é?
Rixas olho para Ricardo, Matheus e Maria, que também entendem o que Rixas fez.
-Sim, eu sei.
Bom, minha filha é inexperiente, quando ela for mais velha e for ganhando mais experiência, ela entenderá os detalhes, mas tenho certeza que Ricardo, Matheus e Maria viram o mesmo que eu vi.
A maneira como Eldarion pegou as moedas, eu joguei propositalmente para o alto, mesmo que não tenham voado em direções diferentes, ainda sim, seria difícil alguém pegar todas elas sem deixar pelo menos algumas caírem no chão.
Rixas e sua equipe mantiveram seus olhos no elfo.
Matheus.
-Poderia se tornar um aventureiro.
Ricardo.
-Vai ser bom, se ele quiser pode se juntar a nós, gostaria que houvesse mais um mago aqui, se esta for a especialidade dele.
Camila escuta Ricardo e Matheus, olha na mesma direção que os demais.
Vendo que eles olham para o elfo, mas não vê nada de mais.
-???
Rixas.
-Sinto que ele tem muito potencial.
-(Além do mais é um elfo, então deve saber magias, seria um ótimo aventureiro se ele quiser).
Rixas lembra da elfa que é sua companheira de aventura, lembrando como ela é, podíamos vê levemente à sua forma, mas sua silhueta parece uma montanha de músculos.
-...
-(...Bom… vamos retirar este "deve saber magias", mas com certeza ele deve saber fazer alguma coisa).
Rixas olha Eldarion vendendo uma poção, que com certeza está fora da validade.
-(Porque será que ele e Thalion, vivem nessas condições?)
Mesmo que minha equipe tenha uma elfa como membro, pessoalmente eu não sei muito sobre os elfos, o que eu sei sobre esta raça, é só conversa de bar, mesmo que eu tenha visto aventureiros elfos por aí, se eu for por no papel todos os elfos que conheço, são menos de sete.
Mas o pouco que eu conheço sobre os elfos, e o que eu sei, for verdade, tenho certeza que tanto Eldarion quanto Thalion, têm capacidades mais que o suficiente de sair deste estado de miséria. Mesmo que eles não queiram ser aventureiros, eles podem procurar outro tipo de carreira, tenho certeza que para os elfos, deve ter um monte de gente os procurando. Mas por alguma razão esses dois permanecem assim, mentindo, enganando pessoas e fugindo.
Rixas vira a cabeça, olha agora para Thalion na carroça, que continua a vigiar Eldarion.
-(E isto me deixa curioso).
-...
-Bom!
-Quanto mais cedo formos, mais cedo voltaremos.
-(Mesmo que eu esteja curioso, não é assunto para eu me meter).
Olho para minha equipe.
-Então pessoal, vamos?
Como todos já estão prontos e preparados, fomos em direção à floresta.
….
…
..
.
Nas profundezas da floresta.
A guerra infernal entre ifrits e orcs continua.
Ambos os lados não pararão de guerrear até que um dos seus líderes (campeões) caia, muitos já estão cansados de lutar, o número de orcs caiu significativamente. Na situação normal, o número de ifrits seria muito maior, já estariam trucidando os orcs, mas graças a intervenção de Nagaro, ambos os lados estão em equilíbrio.
Todo o lugar que olhe está cheio de crateras, e das crateras, lava e magma constantemente escorrendo para fora do território, indo para a floresta.
Os barulhos de explosões também diminuíram muito, antes, onde quer que olhasse, veria explosões constantes de fogo e eletricidade, mas agora, estão drasticamente reduzidas, tanto os orcs como os ifrits em sua maioria, estão tendo lutas corpo a corpo, valendo somente a força bruta que cada indivíduo tem.
Mesmo os que estão gravemente feridos se levantam para lutar, nenhum lado se entregará até que um deles seja derrotado.
Não muito longe, estrondosos sons de explosões fazem a terra tremer.
Nagaro e o líder ifrit, voaram em direções opostas. Mas no mesmo instante que tocam no chão, ambos se levantam e correm um na direção do outro.
Os dois colidem, e Nagaro levanta um soco contra o rosto de ifrit, o ifrit treme de dor, mas nada disso o impede de contra atacar, o soco do ifrit cobre todo o corpo de Nagaro arremessando-o para longe.
Nagaro rola no chão, mas se levanta, ficando de pé, mas assim que se levanta, ele vê vários pedregulhos voarem em sua direção. As mãos de Nagaro borbulham de fogo e logo a lava é liberada contra os pedregulhos, explodindo-os no caminho.
Algumas pedras conseguiram transpassar seu ataque, mas nenhuma delas o acertou.
Nagaro segura um enorme pedregulho que vinha na sua direção, e o arremessa contra o líder ifrit.
Líder ifrit vê o pedregulho chegar até ele, em rápidos movimentos o pedregulho se transforma em terra. E com mais alguns movimentos de mãos, a areia é jogada contra Nagaro e mais pedras são arremessadas em direção a Nagaro.
Nagaro aperta os punhos e os flexionam para perto do corpo, assim que vê as pedras e terra voarem em sua direção, ondas de vapor são liberadas. Jogando-as em direções diferentes.
O ifrit vê Nagaro se mexendo, mas a velocidade foi surreal, que o fez perdê-lo de vista, no outro instante Nagaro colide seus punhos contra o corpo do ifrit.
O líder ifrit voou longe, mas Nagaro não parou por aí, enquanto o líder ifrit era arremessado, vários canhões de águas são lançados, acertando todos no ifrit.
Lancei mais um ataque de água, acertando o líder ifrit.
-...
Mas no meio da fumaça(vapor gerado), vi o ifrit se levantando, ele grunhiu baixo, e correu em minha direção. Assim que chegou perto de mim, desviei para o lado, mas em instantes, ele ficou mais rápido, acertando um golpe forte em meu corpo, logo mais outros golpes poderosos são acertado em mim, fazendo-me cuspi um pouco de sangue, o último golpe arrasta-me a metros de distância, mas eu estou firme e de pé.
Meus olhos viam ele se aproximando de mim, mas no outro instante, ele sofreu golpes semelhantes ao que eu sofri, é minha habilidade mágica contra dano agindo, sendo arrastado a metros de distância, ele ainda se manteve de pé, mas eu avanço e ataco como água, explodindo-o, logo ele se ajoelha, mas não demora muito para ficar de pé.
Avançando, ele se levanta e balança os braços para atacar, mas eu cruzei meus braços, defendi do golpe, ganhando espaço, corri para trás, e em minhas mãos, criei duas bolas de vapor condensadas.
O líder ifrit ruge e avança em minha direção.
Vejo que ele estende os braços, no lado direito, as pedras são arrancadas do solo, e do esquerdo, as poças derretidas magma se levantam, ambos os elementos o seguem, obedecendo os seus comandos.
Nagaro corre de costas, e mantém as esferas de vapor nas mãos.
-(Como ele faz?)
Isto é algo que já venho percebendo ao longo de todo meu percurso, existem criaturas aqui, que conseguem controlar os elementos da natureza como se fossem seus.
Nagaro vê as pedras voarem bem na frente, mas desvia sem muita dificuldade. Nagaro ainda corre de costa, mantendo uma larga distância entre ele e o líder ifrit, mas ele olha para trás, vendo que aparece uma parede de pedra repentinamente, rapidamente desvia, mas ao desviar, espinhos da terra surgem do solo. Arranhando o rosto de Nagaro, que consegue desviar dando um enorme salto.
Ao saltar, uma pedra me acerta.
Cuspir um pouco de sangue.
-(Parece até que fui acertado por uma bola de ferro).
Vejo também um rio de magma vindo à minha direita e esquerda e o líder ifrit avançando de frente.
Assim que meus pés tocaram no chão, percebi que a terra prende meus pés.
-???
Nagaro sem querer, desviou a atenção, mas foi um erro.
-Droga!
Nagaro foi acertado pelo soco do ifrit e logo em seguida explodido pelos rios de magma, mas em questões de segundos, o líder ifrit sofre do mesmo soco que tinha acertado Nagaro.
E Nagaro no mesmo instante, libera suas esferas de vapor condensado.
As duas esferas acertam em cheio a cabeça e o estômago do ifrit.
O líder ifrit ruge de dor.
Linhas de sangue escorrem na boca de Nagaro e algumas escamas do ifrit voam no ar.
Tanto Nagaro, quanto o líder ifrit, voam em direções opostas, mas o líder ifrit conseguiu firma os pés no solo, já Nagaro, continua a voar, saindo do território de vulcões.
….
…
..
.
Nagaro rodopia no ar, e usando as chamas em suas mãos, impulsiona-se para baixo, fazendo-o pousar no chão.
Se viu a milhas de distância.
-É… soco forte este.
Nagaro percebe que perto dele, tem algumas escamas vermelhas no chão.
-Parece que finalmente meus golpes estão causando efeito nele.
Olho para o céu, mas mesmo já estando a quilômetros de distância da floresta de vulcões, a fumaça preta ainda cobre o céu.
-(Não sei por quanto tempo estamos guerreando, mas tenho certeza que eu e ele já estamos lutando por dias).
Nagaro olha para o solo.
-(Ele é forte, mas sua vantagem maior é poder controlar o ambiente ao seu favor).
Como eu tinha dito, eu já vinha percebendo que existem criaturas aqui que conseguem controlar os elementos da natureza, mas nenhuma delas demonstrou um controle tão grande como o líder ifrit.
-Bom.. isto entrará para mais uma das curiosidades que tenho, e que pretendo descobrir.
Nagaro olha para frente.
-Mas agora!
-Vamos primeiro derrotar o ifrit.
Chamas saem de seus pés, e Nagaro é impulsionado pelo fogo.
Ele começa a voar baixo, cruzando a floresta em altíssima velocidade.
….
…
..
.
Na floresta de vulcões.
O líder ifrit se mantém de pé, mas veio uma fraqueza repentina, forçando-o a se ajoelhar, sua expressão se mantém de choque, não acreditando que aquele anão de jardim é tão forte assim.
O líder ifrit percebe que Nagaro voou a metros de distância, saindo de seu campo de visão.
Mas o líder ifrit sabe muito bem, que se é aquele anão de jardim, só um soco não será o suficiente.
Ele se levanta, mas logo percebe que suas escamas, do rosto e estômago estão começando a rachar. Para ele isto é algo inédito, nenhuma criatura, desde o dia que ele acordou e se viu com esta escamas vermelhas, nunca tinha sequer arranhado, mas agora, estão até rachando.
Mas a atenção do ifrit é voltada para o turbilhão de fogo que se aproxima.
Nagaro voa em direção ao líder ifrit.
Líder ifrit expressa enorme fúria, levanta as mãos, e pedras saem do solo e voam em direção a Nagaro.
Nagaro fechou o olho direito. E logo, enxerga o fluxo de mana de tudo ao seu redor.
-(Vamos ver se a mana tem alguma resposta, para eu descobrir como ele faz isto).
Logo percebi que uma parte da mana saiu do corpo do ifrit e foi para o solo e com a movimentação de sua mão, o solo lhe obedece.
-Então é assim!
Nagaro vê onde a mana do ifrit está indo, logo, espinhos e magma brotam do solo e vão em sua direção, mas Nagaro libera muitas chamas, voando ainda mais rápido, se esquivando de qualquer ataque.
Líder ifrit vê Nagaro se aproximando, e trata de atacar com suas garras, mas assim que desceu as mãos, Nagaro fez curva no ar, surpreendendo o ifrit.
Nagaro está na lateral do ifrit.
Levantei uma de minhas mãos.
Rapidamente, lancei um ataque pesado de água.
Parecia que um oceano havia acabado de nascer, a água carregava o ifrit longe. Mas Nagaro fez a água congelar toda, prendendo o ifrit nela.
No gelo, o líder ifrit faz a água em sua volta borbulhar e em instantes se liberta, despedaçando o gelo.
Ele vira o rosto na direção que Nagaro foi, mas assim que ele olha, Nagaro não está mais lá.
No mesmo instante, Nagaro surge atingindo um soco na cara dele.
Líder ifrit rola no chão, se levanta, rugindo furiosamente, mas seus olhos veem Nagaro voando em sua direção, logo espinhos de pedra e rios de magma são lançados em Nagaro.
Nagaro se esquiva de todos os ataques. Logo levanta suas mãos com água e bolas de vapor, e as joga no líder ifrit, que por sua vez, bate o pé no chão e uma parede de pedra bloqueia as águas.
Mas as águas de Nagaro curvaram-se e passaram em volta da parede que o ifrit invocou, atingindo-o de qualquer jeito.
Quando a água atinge o ifrit, congela-o no mesmo instante, mas sua alta temperar descongelar a água, permitindo-o que volte a atacar, mas logo ele vê duas bolas de vapor surgirem bem nas suas laterais, acertando-o e o mandando longe.
O líder ifrit rola no chão, caindo em uma poça de magma.
No mesmo instante que ele caiu no magma, tratei de invocar água para esfriar o magma.
Nagaro pousa no chão.
-(Ele é alguém que tem alta resistência, mas consigo causar mais danos nele como minhas habilidades de água e vapor).
Ele se liberta do magma resfriado, rugindo para mim, mas eu fui rápido e invoco vários golpes de gelo, acertando seu corpo, vejo que ele se mantém de braços cruzados e avança em minha direção. Por isso tratei de invocar mais gelo que se prendem em seu corpo.
Líder ifrit fica cada vez mais enfurecido ao ver que está sendo encurralado pelo anão de jardim. Ele tenta fazer um movimento de terra, mas por alguma razão aquele anão consegue se esquivar com facilidade, até mesmo de seus ataques surpresas.
Para ele, é como se o Nagaro estivesse prevendo seus movimentos.
Quando se deu conta, arregalou os olhos quando viu uma esfera de vapor contornar seus braços, prestes a acertar sua cabeça, rapidamente descruza os braços, e levanta a mão segurando a esfera de vapor, que explode em sua mão.
A força do vapor arrasta-o a alguns metros, ele permanece de pé, mas no próximo momento, Nagaro encurta a distância.
Rapidamente o líder ifrit levanta a mão para o ataque, Nagaro esquiva abaixando o corpo, e depois salta, Nagaro levanta uma de suas pernas, acertando o pescoço do ifrit.
A força do chute incomoda o ifrit, em resposta, ele desce sua garra em Nagaro.
Assim que os pés de Nagaro encosta no chão, ele levanta seu braço, defendendo dá patada do ifrit.
Nagaro treme um pouco, mas permanece firme.
Olha para as escamas do ifrit, vendo os pontos onde estão quebradas, já traçou sua sequência de golpes.
-(Vamos acabar com isto!)
Um pouco das veias de Nagaro saltam, e o líder ifrit só ver uma enxurrada de socos, Vários golpes fortes caem em seu corpo, e ele não consegue reagir.
Cada golpe danifica significativamente as suas escamas, deixando-o mais vulnerável. O ifrit arregala os olhos e ataca, mas Nagaro socou o braço do ifrit repelindo-o.
A surpresa do ifrit é evidente em seu rosto, para não cair, ele teve que dar vários passos para trás, para poder manter o equilíbrio, mas isto fez ele perder de vista Nagaro.
Novamente soco sua barriga, ele treme de dor, e grune para mim, mas vejo que levantou o braço para atacar, esquivei, meu olho fechado nota que a mana dele se esgueira debaixo dos meus pés, por isso pulei antes dele atacar, dando-lhe uma joelhada no rosto. Logo em seguida, minhas mãos invocam vapor condensado, e a arremessei na cara do ifrit.
O líder ifrit voa metros de distância, um pouco desorientado, não compreendendo como esse anão de jardim está tão bruscamente forte, logo recobre a plena consciência, quando vê Nagaro correndo na sua direção, o líder ifrit força seu corpo a avançar.
Nagaro invoca a maior quantidade de vapor possível, e o ifrit cria magma em seu corpo e terra o acompanha logo atrás.
Os dois correm e colidem, a onda de choque varre a terra, até mesmo os ifrits e orcs que batalham, foram alavancados para mais longe ainda.
O líder ifrit cospe muito sangue, mas quando abriu os olhos, viu Nagaro desferir uma voadora em seu peito, despedaçado-o mais escamas, mas Nagaro não parou por aí, logo seus pés criam água, congelando-a no corpo do ifrit, formando uma montanha de gelo, com o líder ifrit no meio.
De dentro do gelo, o ifrit emana um calor escaldante, despedaçando rapidamente o gelo, mas Nagaro já tinha prontamente criado mais água, logo quando o ifrit se libertou do gelo, Nagaro levanta a mão e congela-o de novo.
Novamente o líder ifrit se liberta, mas antes que fizesse um movimento, Nagaro socou com toda a força a cara dele, até mesmo criou uma forte onda de ar com este golpe, o ifrit rolou no chão, mas forçou-se a levantar, assim que se levantou, foi recebido por três esferas de vapor, duas acertaram os joelhos e a outro acerta o estômago.
Sem muita força no corpo, o líder ifrit foi forçado a se ajoelhar e em sua boca, linhas de sangue escorrem sem fim.
Líder ifrit balança a cabeça, mas assim que abre os olhos, ele vê no chão, suas preciosas escamas caído e esfarelando, mesmo não vendo seu rosto, ele sente que suas escamas do rosto não estão mais lá, não só do rosto, quase todas as suas lindas escamas estão destruídas.
Sua respiração está cada vez mais descontrolada, seu ódio crescia sem fim, por sofrer esta humilhação, mas assim que ele levanta a cabeça, Nagaro já está bem na sua frente, e na mão dele, tem uma esfera de vapor do tamanho de uma roda de carroça.
Nagaro mira a esfera no estômago do líder ifrit.
-...
Mas no último segundo, Nagaro direciona sua esfera no peito do ifrit, onda as escamas estão mais resistentes, liberou o vapor condensado.
A onda de vapor fez a terra tremer, abrir fendas na floresta de vulcões, todo este vapor levantou nuvem no céu, que se misturavam com a fumaça e fuligem, gerando assim chuvas ácidas.
Rapidamente a floresta envolta começou a murchar com a chuva, os ifrits e orcs correm da chuva ácida.
Todo vapor restante é dispersado, e podemos ver Nagaro de pé, sem se importar com a chuva, seus olhos se mantinham fixos no lugar em que o ifrit caiu.
-...
Mas logo, Nagaro vê com os dois olhos que o ifrit se levanta.
-...
-(Mesmo após ser congelado tantas vezes e ser acertado com várias esferas de vapor condensadas, ele consegue estar de pé?)
Nagaro voltou a fechar seu olho direito, e vê também a movimentação de mana do líder Ifrit surgir no solo.
-(Mas a mana dele no solo está parada).
Vejo também que mesmo após lutarmos tanto, sua mana não deu indício de estar acabado, pelo contrário, parece que se mantém do mesmo jeito. Vejo que o líder ifrit se move, mas assim que começou a caminhar, ele ajoelha no chão.
-(Parece que finalmente acabamos?)
Mas mesmo assim, Nagaro se mantém cauteloso.
A chuva ácida termina, permitindo que orcs e ifrits voltassem a guerra, mas assim que voltam para o campo de batalha, eles vêem que Nagaro está de pé enquanto que o líder ifrit está no chão.
A boca do líder ifrit escorre muito sangue, suas feridas estão péssimas, suas escamas caídas. Ele está furioso, mas seu ódio só piora quando ele percebe que esse anão de jardim, teve a maldita coragem de poupá-lo.
Ele viu muito bem que Nagaro redirecionou o último ataque no seu peito, se ele não tivesse redirecionado o ataque onde suas escamas eram resistentes, ele estaria morto agora.
Se o ifrit tivesse uma linha de raciocínio mais polida, ele estaria pensando: "Porque?! Porque não me matou?! Porque?! Teve pena de mim?!
Os olhos do líder ifrit veem Nagaro se aproximando.
Sua raiva é indescritível, mas por alguma razão ele está sentindo outra coisa, algo que ele não tinha, desde do dia que acordou com estas escamas, muita coisa mudou nele, muito além do que só mera força.
E agora ele sente que esta sensação faz seu sangue ferver.
Tudo isto graças a este anão de jardim.
O líder ifrit abria a boca e magma(sua saliva) escorria.
Seus sentidos ficaram turvos, mas nada disso o impediu de se levantar mais uma vez.
A cor dos olhos de um ifrit costuma ser da cor preta, mas a do líder ifrit sofreu uma mudança, o formato de suas pupilas ficaram verticais e a cor de olho se tornou vermelha.
O coração batia fortemente, seu corpo crescia um pouco.
O líder ifrit finalmente percebe o que está havendo.
Um largo sorriso aparece em sua cara.
-Rénh! Rénh! Rénh! Rénh! Rénh! Rénh! Rénh! Rénh! Rénh! Rénh!
Ele entendeu que sentimento é este, durante toda sua vida, ele nunca sentiu nada como isto antes.
Ele está feliz!
Está animado em poder sentir uma doce e sangrenta batalha até a morte, desde o dia que cresceu escamas em seu corpo, nada e nem ninguém o tinha deixado neste estado patético, uma mistura de fúria e felicidade que cresciam sem fim.
A aura vermelha do ifrit surgia e seu sorriso ficava maior.
Nagaro olha o líder ifrit rindo.
Mas o que mais chama atenção de Nagaro é ver que tanto orcs como ifrits estão correndo. Todos eles estão fugindo sem nem se importar com a luta que estavam travando. Até mesmo os caídos se esforçam para se arrastar para longe.
A aura do ifrit não incomoda Nagaro, mas ele sabe bem que algo grande está vindo.
O líder ifrit emana uma aura vermelha intensa, esta aura transmite uma sensação intimidante, mas para Nagaro isto é bem recorrente.
-(Seja o que for, não vou deixar ele fazer nada!)
Avancei rapidamente em direção ao ifrit, mas parei, quando meu olho fechado percebe a massiva quantidade de mana do líder ifrit, a mana dele se estende para todas as direções.
O líder ifrit ruge e gera uma onda de choque, cruzei os braços defendendo-me do impacto.
-(Tarde demais).
Vejo que seus olhos mudaram para pupilas verticais, e todo o ambiente à nossa volta começa a tremer. Vulcões e montanhas surgem sem fim, lava, magma e espinhos de terra voam em minha direção, vindas por todos os lados.
Gero forte onda de lava e pulverizei todos os ataques, a mana do líder ifrit invadir o chão, por isso pulei, assim que eu pulei, ondas de terra se abrem querendo me devorar, mas eu libero vapor, afastando a terra.
Líder ifrit corre em direção a Nagaro e o soca. Nagaro foi arremessado a quilômetros de distância, uma leve linha de sangue escorreu de sua boca.
Nagaro continua a voar.
-(Ficou mais rápido e mais forte).
Aproveitando este impulso, libero chamas em meus pés, me distanciando rapidamente do terreno. Já bem no alto, vejo que a mana dele se estendeu para todo canto.
-(Ele já dominou todo o ambiente em nossa volta).
Mas seu domínio continua a crescer.
-Inacreditável, sua mana já se estendeu por toda a floresta de vulcões.
-(Eu já vi várias dessas criaturas ficarem mais fortes repentinamente, como os minotauros, mas nenhum deles tinha sofrido um aumento de atributos tão grande assim).
-(Ele está liberando tanta mana que até parece um rio infinito).
Rachaduras na terra se formam e das rachaduras saem magma, vejo ao longe a floresta de árvores sendo modificada, montanhas e vulcões se formam nela.
Repentinamente vejo uma enorme sombra sobre mim, olhei para o céu.
-(Quando foi que você trouxe isto?)
Nagaro vê uma enorme montanha se aproximando, a montanha acerta-o, Nagaro rapidamente libera lava, explodindo a montanha, logo espinhos de pedras voam em sua direção.
Nagaro esquiva, voa com o intuito de ganhar distância, mas foi acertado por uma outra montanha, olha para trás e um vulcão é arrancado do chão e voa em sua direção.
O vulcão acerta suas costas, e tanto a montanha quanto o vulcão explodem no céu.
Todas as montanhas e vulcões do solo voam e acertam Nagaro, fortes ondas de vapor e fogo são liberadas por Nagaro e destrói todas as montanhas e vulcões que estão no céu, tornando-as só pedras.
Nagaro sente que alguns de seus ossos foram quebrados, mas se regenera sem muitos problemas.
-!!!
Meus olhos veem o líder ifrit sair do meio das pedras, suas garras se aproximam, cruzei os braços, defendendo do golpe, mas sou lançado para baixo, vejo que ele quer me mandar em direção ao solo, onde ele tem maior controle. Todas as pedras que estão no céu são lançadas em minha direção, libero lava, as carbonizando de uma vez.
Logo me estabeleço, libero lava para ganhar voo e velocidade, antes que eu chegasse no solo, voei para o céu.
Mas fui acertado pelas garras do ifrit, afundado-me no chão, rapidamente me levantei, mas assim que levanto, meus pés foram presos no solo, o ifrit desce violentamente suas garras em meu corpo, rasgando minha pele, e logo recebi um soco, e voei contra a minha vontade, vejo o líder ifrit em cima de mim querendo me acertar com suas garras novamente, mas ele foi empurrado na direção oposta a minha, já que é o meu contra dano agindo.
Ele está cheio de feridas, e agora ganhou mais machucados, vejo que os mesmos machucados de garras que ele me deu, estão aparecendo em seu corpo.
Já os meus machucados estão desaparecendo, me deixando sem ferimentos.
-(As escamas dele foram quebradas, então minha habilidade mágica contra dano está sendo bem mais efetiva).
Por incrível que pareça, suas escamas são bem duras, mais duras do que as dos lizards, das cobras e a do que qualquer outra criatura semelhante.
-(Acho que só perde para os dragões).
Durante nossa batalha percebi que ele é bem diferente dos seus semelhantes (ifrits), não só na aparência, mas também na atitude, os "seres mal compreendidos" no geral são muito espertos e inteligentes, mas o ifrit a minha frente, me parece que tem algo a mais.
-(Não sei dizer ao certo, mas sinto que ele não está chegando tão longe por causa do ambiente em que mora).
Abandonei meus pensamentos e volto para a ação, pois placas de terra surgiram bem na minha frente, liberei vapor e as destruí. Dei uma cambalhota no ar, pousando em pé, mas vejo o ifrit avançando frontalmente, rapidamente liberei esferas de vapor, vejo que ele invoca a terra para defender.
Ele está evitando ao máximo ser atingido pelos meus ataques, mas durante nossa luta, percebi que ele não sabe bem como esquivar.
-(Vou aproveitar isto e fazer uma movimentação diferente).
Os ataques de Nagaro e líder ifrit explodem, Nagaro cria e lança mais esfera de vapor, o líder ifrit intercepta todos as esferas com pedregulhos e paredes de terra, ele sabe muito bem que estas esfera esquisitas são poderosas, foram elas as responsáveis por terem danificado fortemente suas escamas.
Mas ele arregala os olhos quando vê, uma esfera de vapor se transforma em água bem na sua frente e agora a esfera de água contorna os pedregulhos, acertando a cabeça dele, congelando sua cara.
Rapidamente quebra o gelo preso em seu rosto, mas isto o fez perder o anão de vista, quando percebeu, ele sente que foi acertado no estômago, ele treme de dor, mas quando olha, o anão de jardim pula e acerta um chute em seu queixo, e uma esfera de vapor acertar o rosto.
Antes que o ifrit reagisse, Nagaro congelou seu corpo em uma montanha de gelo.
Mas surpreendentemente rápido, o líder ifrit conseguiu agarrar a cabeça de Nagaro com uma de suas mãos, sua garra começou a perfurar a cabeça dele.
Mas ao mesmo tempo, o líder ifrit começa a sofrer do mesmo problema.
Ele sente que sua cabeça está sendo amassada, de dentro do gelo ele grunhi, não compreendendo o porquê sente tanto dor repentinamente, mesmo após sua nova transformação e ter ficado muito mais forte, o anão a sua frente se mostra inabalável.
Os olhos de Nagaro estão calmos e calmamente movimenta a mão, pegando no braço do ifrit. Em um instante Nagaro arranca o ifrit de dentro do gelo e o levanta para o alto, e amassa-o na terra.
Líder ifrit levanta, mas seu corpo treme quase não se sustentando e suas feridas saem muito sangue. Rapidamente acerta Nagaro, mas ele não foi perturbado por um golpe desse.
Os olhos de ifrit se alargam quando percebe que não conseguiu arremessar o anão de jardim como ele tinha planejado.
Líder ifrit continua a golpear Nagaro e usar o ambiente ao seu favor, mas Nagaro consegue destruir qualquer tentativa de ataque.
A cara do ifrit transmite pânico e desgosto, não tem mais nenhum resquício de felicidade, ele grunhiu de raiva e ataca novamente, mas Nagaro lupa e acerta a cara do ifrit com um soca, fazendo-o se ajoelhar.
Nagaro olha para o ifrit.
-Você é esperto, não é?
-Creio que já sabe que agora não tem mais chance.
O líder ifrit ruge na cara de Nagaro, Nagaro quase consegue entender alguma coisa no meios desses grunhidos, parece que ele quer dizer: "Você não sabe de nada seu anão de jardim!". "Tenho muita força para continuar lutando!!".
E desceu às garras no anão de jardim, mas o anão de jardim sumiu de sua vista, lider ifrit olhou para trás, e viu Nagaro invocar uma gigantesca onda de vapor.
O corpo do ifrit tremeu, temendo por aquele enorme poder se aproximando, ele queria fugir não importa como, mas seus pés se recusam a correr, seu sangue ferve, se recusando a sentir coisas inúteis como medo.
Um súbito sentimento surge, que o faz perceber, que se ele fugir, estará causando vergonha e humilhação para si mesmo, prefere morrer agora do que ser um covarde!
Por isto, juntou cada particular de sua força para atacar, um forte canhão de magma é lançado contra Nagaro, que por sua vez, compacta o vapor em uma esfera, lançando-o.
A terra passou por um último tremor, e tanto vapor quando o magma permanece no ambiente, deixando avista um enorme buraco na terra.
Passaram-se algumas horas, e os orcs e ifrits que conseguiram sobreviver e os que fugiram retornaram para o campo de batalha, todos eles olharam para a onda de vapor que rapidamente se dispersa.
A onda de vapor se dissipou por completo, e vemos Nagaro em pé e a metros de distância, está o líder ifrit caído no chão sem conseguir se mexer.
Os orcs levantaram sorrisos e saltaram de alegria, já os ifrits se ajoelharam na terra, sabendo da derrota.
Olho em volta vendo os orcs comemorando e os ifrits ajoelhados.
-(Deve ser o sinal que eles fazem quando admitem a derrota).
Ainda mantenho um dos meus olhos fechados, observei a terra em volta de mim, e mesmo depois de derrotado, a mana do ifrit continua interagindo com a terra.
Mas vejo que a mana extra está sumindo e seu físico está diminuindo ligeiramente, retornando para o estado de antes.
Mesmo após enfraquecer, sua mana continua massiva.
-...
-(Parece que o corpo não consegue acompanhar a força que tem).
-(Se ele tivesse um fator regenerativo semelhante ao meu, talvez o resultado seria diferente).
Nagaro abriu o olho direito, voltando a enxergar normalmente.
-(Mas bem, ele não consegue mais lutar).
O líder ifrit se mexe, e vejo que ele abriu os olhos, seus olhos continuam a ser pupilas verticais, parece que a transformação do olho é permanente.
Saltei da cratera e segui em frente, me aproximando do líder ifrit.
Ao longe, o ifrit vê Nagaro se aproximando, tenta se levantar para continuar a lutar, mas infelizmente ele está machucado demais, só podendo ver o anão de jardim andando até ele.
Já estando bem perto, ele olha para mim com bastante hostilidade.
-(Mesmo caído, ele quer continuar lutando?)
Ele está com raiva, mas ele só podia olhar para o rosto frio do anão de jardim.
Nagaro olha para o líder ifrit.
-...
Líder ifrit olha para Nagaro.
-...
Nagaro.
-...
Líder ifrit.
-...
Nagaro levantou a mão para dar o golpe final.
O ifrit mesmo não gostando, agora sabe que não é o mais forte, então apenas solenemente fechou os olhos aceitando a derrota.
-...
-...
-...
O ifrit não entende porque a demora, então ele decide abrir os olhos, e viu Nagaro com a mão estendida e em seu rosto, com um ligeiro semblante de felicidade.
Líder ifrit.
-...
Nagaro balança a mão um pouco, foi aí que o ifrit caiu na real, entendendo o que Nagaro queria dizer com a mão levantada. O líder ifrit então puxou um ar de desânimo, já que ele perdeu, não tem muito o que fazer agora.
Mesmo que queira lutar até a morte, mas já que o anão de jardim lhe deu esta proposta, é melhor aceitar a misericórdia por enquanto.
Líder ifrit se esforça para se levantar, ao se levantar, olha para a mão do anão, ele então aperta a mão de Nagaro, aceitando a misericórdia(rendição).
Os orcs olham sem entender o porquê seu salvador poupou a vida do líder ifrit, a mesma dúvida está também com os ifrits que veem o anão de jardim poupá-lo.
Mas isto não importa para os orcs, Nagaro o derrotou, e agora eles podem retornar para suas terras, portanto os orcs olharam para os ifrits ajoelhados, prontos para executar cada um deles.
Os ifrits veem os orcs se aproximando, já sabendo o que vai acontecer, como o seu líder já está derrotado, e ele não consegue fugir, consequentemente os ifrits, sendo fiéis e leais ao seu líder, não agiram em fugir.
Eles estão prontos para aceitarem a morte.
Mas logo os orcs pararam de agir, quando Nagaro olhou para eles friamente, impedindo-os de fazer qualquer coisa precipitadamente.
Nagaro.
-Já chega de derramamento de sangue.
-Vamos terminar isso de outra maneira.
Nagaro chama atenção deles para sua mão e a do líder ifrit.
-Vamos fazer isto aqui ó.
Nagaro e o líder ifrit balançam as mãos.
O líder ifrit entendeu o que isto provavelmente significa, mas os ifrits e orcs olham sem entender nenhuma palavra e ação de Nagaro, quase dá para ver uma interrogação surgir na cabeça deles.
Olhei os orcs e ifrits, parece que não entenderam minhas palavras, olhei para o líder ifrit, vejo que ele ainda transmite intenção de matar, isto se reflete com seu aperto de mão muito forte, parecendo que quer quebrar minha mão.
Nagaro, aperta a mão do ifrit, forçando-o a ajoelhar.
-...
Suspirou de desânimo.
-Vai dar trabalho.
Ao longe, o líder orc desperta, quando ele vê seu salvador carregando a vitória, se alegrou muito, pois eles voltarão a morar em suas terras.
Mas ele olha para as terras, que é justamente a floresta de vulcões aqui.
Líder orc.
-...
Olha para a direita, só vê crateras.
-...
Olha a esquerda, sumiu os vulcões e no lugar deles, só tem poças de lava e magma.
-...
Paralisado, quase teve um infarto, sua moradia praticamente virou um lugar ermo.
….
…
..
.
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