Um Gatinho Pequeno Assim?

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"Miau..."

Kate finalmente se acalmou. Após todo aquele choro, gritos e berros, ela estava calma. Ela tinha que estar. Ela também havia aceitado a situação. Não porque queria, mas porque não via outra saída.

Ela precisa pensar.

O seu corpo...

Ela só conseguia pensar em duas possibilidades. Uma, seu corpo original havia se fundido, de alguma forma, com este gato. Duas, uma troca de alma ocorreu e o pequeno gatinho então guiou seu corpo para fora da sala de aula. Ela estava mais inclinada a acreditar na primeira suposição, já que esperava que um pequeno gatinho não fosse capaz de abrir a porta sozinho.

Kate não gostava da ideia de ter que rastrear seu próprio corpo desgovernado enquanto é controlado pela alma de um gatinho. Nem um pouco.

Além disso, ela se confortava, a porta trancava automaticamente.

Entretanto... havia a chance de que alguém pudesse abrir a porta por fora. Se o gatinho realmente acabou no corpo dela, provavelmente não conseguiria falar, muito menos pedir ajuda. Mas com certeza também estava lutando para se adaptar à nova forma. Um transeunte poderia ter tentado salvá-lo.

Se isso aconteceu, seu corpo poderia simplesmente estar vagando por aí!

Kate decidiu ser otimista por enquanto e verificar o registro da porta mais tarde. Ela definitivamente não poderia fazer isso sozinha, então ela pediria ajuda.

Pedir ajuda...

Kate se forçou a se acalmar novamente. Havia pouco que ela pudesse fazer agora, exceto tentar acordar o Professor Kyle. Ele a entenderia.

Espera, ele a entenderia?

Ele é o dono deste pequeno gatinho, então ele deveria ser capaz de entendê-la, certo?

Kate estava angustiada, mas não adiantava se lamentar. Desconfortável como era, ela precisava se acostumar com esse corpo se quisesse fazer alguma coisa.

Ela tentou dar alguns passos à frente. É só caminhar! Esquerda, direita, esquerda, direita. Quão difícil poderia ser?

Thud!

Após alguns passos, Kate caiu no chão mais uma vez. Kate se sentiu realmente desesperada e desconfortável.

'Vamos lá, você consegue.'

Torcendo por si mesma, Kate tentou caminhar mais uma vez.

'Esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita...'

Thud!

Aprender a caminhar novamente foi mais difícil do que Kate esperava. Ela brevemente se perguntou se um gatinho tinha pernas menos desenvolvidas do que um gato adulto. Mover os quatro membros de uma vez era estranho, mas ela conseguiu imaginando que estava engatinhando.

Seu andar estava longe da passada rápida e elegante dos gatos, mas era melhor do que nada.

Ao menos, ela podia se mover!

A alegria de Kate não durou muito. Ela sentiu uma sensação estranha, mas estranhamente reconhecível, em seu estômago.

Fome.

Kate cambaleou em direção ao Professor Kyle e cutucou sua mão. Ele não se mexeu. Kate suspirou, ou melhor, miou.

Embora o Professor Kyle não parecesse um amante de animais, ele era definitivamente um homem responsável. Deveria haver alguma comida para o gatinho em sua bolsa, se gatinhos precisassem ser alimentados regularmente... Kate não sabia muito sobre gatos, então ela só podia esperar. Enquanto ela fazia seu caminho, lentamente e de forma instável, ao redor do corpo do Professor Kyle para alcançar sua bolsa, ela não pôde evitar de se lembrar como isso levaria apenas um único passo em seu corpo original.

A bolsa do Professor Kyle, por sorte, não estava devidamente fechada. Kate se espremeu por baixo da aba, tomando cuidado para evitar o velcro.

Na penumbra, entre livros, papéis e pastas, Kate distinguiu a forma de uma pequena mamadeira. Seus olhos brilharam, mas seu coração afundou quando viu que estava tampada.

Talvez ela pudesse procurar comida em outro lugar? Mas este gatinho ainda era muito novo, e ela não queria arriscar machucar o corpo dele comendo coisas estranhas.

Ela não tinha escolha novamente.

Usando uma pata para manter a mamadeira no lugar, Kate tentou deslizar suas garras entre a tampa e a mamadeira. Ela deu um empurrão e...

Se viu lançada para o outro lado da mamadeira. Ela havia superestimado a força deste gatinho.

Por sorte, ela conseguiu afrouxar a tampa. Levou um pouco mais de esforço para removê-la completamente.

Olhando para o bico de plástico, Kate de repente se sentiu agitada e envergonhada. A realidade de se tornar um bebê, mesmo que de outra espécie, finalmente a atingiu.

'Eu me sinto como se tivesse virado um bebê de novo...'

Kate queria chorar.

Seu desejo de sobreviver eventualmente superou sua vergonha. Ninguém, ela se disse, está olhando mesmo. Mesmo assim, ela bebeu o mais rápido possível.

Ainda havia um pouco de leite após ela ter se saciado, mas ela não se deu ao trabalho de tentar fechar a mamadeira. Este corpo era pequeno e fraco. Ela precisava conservar sua energia.

Se sentindo muito melhor do que quando acordou, Kate saiu da bolsa para observar o ambiente.

O Professor Kyle ainda estava desacordado.

E agora?

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