webnovel

Piso em Falso

作者: AGula
历史言情
連載 · 2.4K 流覽
  • 3 章
    內容
  • 評分
  • N/A
    鼎力相助
摘要

Chapter 1Prólogo: Chuva Anômala

Mesmo com incontáveis palavras, não haveria como descrever o que havia acontecido. Ele desejava, de todo o coração, esquecer o que tinha se passado, para que sua alma pudesse encontrar algum descanso. Mas, mesmo se batesse sua cabeça com toda a força contra um muro espinhento, as memórias, restariam lá, afinal, isso deixaria uma cicatriz para relembrar.

O tempo passava com a violência de fortes chuvas e vendavais regulares, que pareciam querer varrer a cidade do mapa — esse clima já se arrastava por meses e, em dias e horários totalmente aleatórios.

Curiosamente, as pessoas da cidade não se preocupavam com a situação em que se encontravam. Nenhum acidente grave havia acontecido até o momento; ainda assim, era uma situação alarmante. Por sorte a cidade estava em um morro levemente elevado em relação ao mar, evitando alagamentos e deslizamentos.

Em um ônibus comum de características, transportava pessoas por essa chuva; certamente um motorista corajoso para dirigir sobre uma noite chuvosa. Um homem de aparência deprimente passava grande parte de seu tempo olhando pela janela, encarando as gotas atravessando vidro a baixo, o rosto completamente carregado de cansaço. Os pingos que escorriam pelo vidro refletiam a monotonia de sua existência.

"Mais uma vez, o ciclo se repetiu... O clima mais uma vez não vai me ajudar," pensou o homem, enquanto observava exausto as gotas que desciam lentamente.

— Mamãe, tá chuvendu di novu — dizia uma criança em pé apoiada na cadeira, ela ficava no assento do outro lado do homem.

— Cuidado, você vai se machucar! — informava a mãe preocupada com seu filho, agarrando sobre sua cintura.

— Oia mamãe, tamus pertu da vila! — exclamava a criança, alegando conseguir ver a vila sobre a chuva e a escuridão.

— Xi! Não chame a cidade de vila filho, eu já te falei, perto dos outros você chama a vila de cidade — alegava a mamãe, parecia haver uma razão para sua alegação.

Vendilhão Grande — assim se chamava sua vila. Uma vila que o prefeito, insistente forçava todos a chamarem de cidade, prometendo que um dia seria um grande centro urbano. Um tanto irônico, já que faz décadas que vinha dizendo isso.

Ricardo Gomes era o nome do homem cansado e deprimente. Aos 22 anos ainda solteiro e sem grandes perspectivas sobre o futuro, ele olhava para o mundo com olheiras que se estendiam além dos limites de seus pequenos olhos, evidenciando seu estado deplorável.

Tudo o que ele queria era que a chuva cessasse por um momento, acreditando que seu esgotamento emocional estivesse ligado àquele clima interminável, apenas por um instante, ele queria ver se isso era verdade. Ricardo tinha uma imaginação fértil, sempre criando cenários hipotéticos em sua mente, mas era uma triste ironia ver o quanto sua vida se distanciava dos sonhos que um dia havia cultivado.

Fisicamente, ele era magricelo, quase sem músculos — uma figura cansada e desprovida de ânimo. Não era o tipo de pessoa que se olhava no espelho com frequência, e talvez por isso se detestasse tanto. Afinal, tudo o que ele buscara na vida havia dado errado. Carreira, estudos, esportes, doutorados... Todos os seus esforços culminaram em um simples emprego como caixa de supermercado. (Sem desmerecer, é claro, o trabalho de caixa que é valioso e importante para a sociedade. Admiro quem se dedica a isso.)

Para Ricardo, era uma amarga constatação de que todo o seu empenho parecia não ter valido nada. Pondo que criaria o próprio negócio e afundaria aquele supermercado sobre a chuva, mas novamente seus sonhos eram muito distantes da realidade, embora tivesse condição de arcar com um negócio próprio, a sua sensação de inferioridade já bateria em sua porta dizendo para voltar de onde veio.

Apoiando-se mais firmemente na barra de ferro do ônibus em que estava, Ricardo implorava mentalmente para qualquer Deus que pudesse ouvi-lo: "Faça essa chuva ir embora... E me traga um copo de café com leite." Talvez, assim, sua mente pudesse finalmente se acalmar.

"Shiss!!!". O som do ônibus freando subitamente ecoou por entre todos. O impacto foi forte o suficiente para desestabilizar vários dos passageiros, é claro que Ricardo não ficaria de fora, todos gritaram e foram sacudidos para trás. Ele se viu forçado a fechar seus olhos por receio e medo, mas por instinto agarrou com mais firmeza a barra que já segurava. Era como se ele subitamente soubesse que algo estava prestes a acontecer.

Quando o ônibus finalmente parou, a chuva, que antes estava apenas turbulenta, agora parecia pedras caindo sobre o teto, amplificando o caos. O motorista segurava a própria cabeça com as mãos, claramente em dor e frustração.

— Mas que droga! Por que essa merda tinha que acontecer logo comigo?! — gritou o motorista, levantando-se e caminhando em direção à porta do ônibus.

— O que aconteceu? Um animal na estrada? — perguntou um passageiro em dúvida.

— Espero que não tenha furado os pneus! — outro passageiro resmungou indignado.

— Será que ele bebeu de novo? — alguém murmurou, insinuando que conhecia os hábitos do motorista.

Ricardo, ainda desorientado, abriu os olhos depois dos gritos e olhou ao redor. Os passageiros estavam todos inteiros, alguns jogados no chão, outros tortos nas poltronas. Por sorte, o ônibus estava quase vazio. Ricardo pensou que, com aquela chuva, quem em sã consciência sairia de casa? Mas ele sabia que o trabalho o chamava, e mesmo nas piores condições, a empresa insistia que seus funcionários cumprissem seu papel. "Irresponsáveis," pensou ele, irritado.

Com todos aparentemente bem, embora revoltados com o acidente, Ricardo começou a se perguntar o que exatamente tinha acontecido. Diversas hipóteses passavam por sua mente enquanto caminhava até a frente do ônibus. Talvez tivesse sido um acidente com outro veículo? Carro, moto... Ou, pior ainda, com uma pessoa. Ele temia o pior — não queria ver alguém atropelado no primeiro dia da semana de trabalho.

"O que não me mata, me fortalece." A famosa frase de Nietzsche ecoou em sua mente. Embora ele a tivesse visto em um meme no celular, sabia que a mensagem era verdadeira. Se ele fugisse agora, estaria condenado a fraquejar sempre que enfrentasse algo parecido.

Chegando à frente do ônibus, respirou profundamente. Através do vidro molhado, ele conseguiu ver algo, embora ainda embaçado. Levantou sua maleta preta instintivamente, bloqueando a visão, como se tentasse se proteger do que quer que estivesse lá fora.

"Não sou um herói da vida nem um homem muito vivido! Isso já é demais para mim!" pensou Ricardo, tentando provar sua coragem, mas falhando imediatamente.

Seu medo era difícil de enfrentar, e ele carregava um complexo de inferioridade muito profundo. Em sua mente, imaginava o corpo de uma pessoa quebrado de formas brutais, e isso o aterrorizava; não havia como parar sua imaginação. Ele realmente queria ser forte, forte como seu irmão, mas tudo o que aconteceu mostrou o contrário: ele parecia ser apenas fraco, e apenas fraco ele seria.

— Se eu não acreditar em mim... quem vai acreditar? — sussurrou Ricardo para si mesmo.

Um grande orgulho e convicção transbordaram de seu coração, fazendo-o transpirar coragem. Hoje, algo diferente estava acontecendo, e Ricardo não podia perder a oportunidade de presenciar algo novo, mesmo que fosse um acidente.

No entanto, ainda tremia, mas não recuou, ele abaixou a sua maleta aos poucos, suando frio, e finalmente viu. Através do vidro, duas figuras escuras que se destacavam na tempestade. Uma delas, o motorista, gritava, pisando em uma substância negra no chão. E ao lado do ônibus, algo gigantesco e estranho estava preso ao motor. Uma forma circular, com espinhos longos e finos que desapareciam na escuridão.

— O quê...? — Ricardo murmurou, incrédulo.

Antes que pudesse reagir ao que quer que fosse aquela coisa, uma criança curiosa atrás dele o chamou.

— Senhor, o que aconteceu? — perguntou uma criança, ela agarravava a alça do terno de Ricardo.

Ricardo olhou para o menino e respondeu de maneira seca:

— E-Eh... Desculpa, mas não sei dizer.

Encarando o garoto após sua resposta, Ricardo viu que ele tremia, claramente por medo.

— O q-que foi, garoto? — indagou Ricardo um tanto nervoso com a situação.

— S-senhor...! — gritou o menino em pânico, dando passos para trás, começando a chorar. — O-o quê... A coisa? — perguntou o garoto, com o semblante nervoso, suando frio e respirando cada vez mais rápido.

Ricardo não entendeu muito bem a que o garoto se referia. Confuso e com a mente cansada de pensar, ele permaneceu em silêncio, tentando relaxar. Mas, ao seguir o olhar do menino, ele viu. Uma forma preta e avermelhada refletia nos olhos do garoto, cobrindo toda a parte frontal do ônibus. Aquela presença se aproximava silenciosamente para dentro do veículo, e qualquer movimento a essa altura já parecia inútil. Dependendo de sua intenção, a morte de todos era inevitável, clara como o dia.

A coisa transpirava uma energia tão intensa que um calafrio percorreu a espinha de Ricardo. O garoto havia perdido completamente a fala, enquanto os outros passageiros pareciam conter a respiração, incapazes de entender o que estava diante deles. Os pensamentos de todos estavam cheios de dúvidas.

Mesmo em meio ao medo generalizado, Ricardo ousou agir. Respirou fundo e se lembrou de algo: "Eu não fiz grande realizações ou grandes conquistas, não pude encontrar uma mulher amada ou a riqueza para me alegrar. Por isso...Eu não posso morrer aqui!".

Sem excitação, Ricardo olhou rapidamente para trás, apenas desejando que fosse uma brincadeira de todos. Seu corpo inteiro tremia de forma descontrolada.

E então, ele viu... aquilo. E aquilo poderia causar uma destruição muito maior do que qualquer um imaginava. O ônibus ficou imerso em sons agudos e gritos desesperados. O que aconteceu naquele momento, naquela manhã, permaneceria para sempre na mente daqueles que sobreviveram a essa terrível experiência. Ou seja... Não haverá quaisquer resquícios daquele momento.

你也許也喜歡

Garotas fortes também choram.

Essa é a história de Lorena, uma jovem mulher que ao longo sua adolescência sofre uma série de mudanças em sua vida, umas boas e outras ruins. Após sofrer um acidente de carro com seus pais, sua infância é totalmente alterada pelas marcas que essa tragédia deixa em sua vida. Ela acorda uns dias depois em uma cama de hospital, e não sabe o que será de sua vida, só sabe apenas que terá que morar com seus avós. Sua avó à ama muito, mas seu avô é um homem preconceituoso e muito ríspido, ela praticamente não os via, então, se adaptar a morar com eles será um grande desafio, porém são a única família que ela tem, mas que deixaram de vê-la quando ela era apenas um bebê, graças ao caso que sua mãe Laura teve com o primo Pedro aos 14 anos, resultando em seu nascimento. Laura era apaixonada pelo pai de Lorena, mas ele, por algum motivo que ela desconhecia, desapareceu sem deixar rastros. Assim, logo depois do abandono, Laura foi embora do Morro Grande, onde nasceu, sendo criada até sua adolescência. Laura conheceu então Roberto, ele era mais velho que ela, mas se apaixonou pelo seu jeitinho de menina, ela estava sem emprego, longe de casa, ele lhe ofereceu abrigo e trabalho, era um homem sozinho e precisava de companhia. Ele acabou se apaixonando por ela de verdade e pediu para que ela ficasse com ele, mas como sua esposa, ela relutou, mas, em pouco tempo acabou aceitando-o e eles tiveram um curto romance, até que se casaram. Roberto era apaixonado pela menina, ele escolheu seu nome e deu tudo de si como pai para ela. Os primeiros 10 anos de sua vida, ela se lembra de ser muito feliz, até que sua mãe engravidou quando tinha 13 anos, mas, não durou muito tempo, pois Laura perdeu o bebê aos 6 meses de gestação, sofrendo muito e tornando a adolescência de Lorena muito difícil, ela, sendo uma menina magrinha, pequena, mas, com muita inteligência, não costumava fazer muitas amizades, seus dias eram difíceis, até ela conhecer sua melhor amiga, Gabi, ela era linda e esperta e ajudava Lorena em tudo o que podia, com os meninos, as meninas que faziam bullying com ela, era sua única e melhor amiga, irmã e amor, até o dia fatídico do acidente. Elas se separaram ainda na adolescência depois do acidente. Logo depois do acidente, Lorena voltou para a casa de seus avós, mas lá não está tão fácil, queria que estivesse, durante sua adolescência acabou caindo em uma vida errada, trabalhando nas noites, fazendo coisas que a vida impôs em seu caminho, o que ela esperava que seria uma vida fácil, que teria apoio incondicional, acabou se tornando mais complicada do que viver com seus avós preconceituosos, mas pelo menos ela tinha sua “liberdade”. Mas, há que custo ela teria que viver a vida de liberdade que escolheu? Há que ponto terá que chegar para vencer os dogmas de uma sociedade moralista e hipócrita e viver sua vida e suas escolhas? Um encontro inesperado pode mudar seu destino, mas, há que ponto ela poderá chegar para sair do inferno que acabou entrando?

Mell_Ribeiro · 历史言情
分數不夠
10 Chs

A Garota Sortuda da Fazenda

Depois de morrer inesperadamente, ela renasceu como uma garotinha de dez anos em uma antiga família de agricultores, com poucos cômodos em sua casa e ainda menos hectares de terra, sem contar uma casa cheia de idosos, fracos, doentes e deficientes. Felizmente, os mais velhos da família eram bondosos e honestos, seus irmãos amorosos e bem-naturezados, e os vizinhos harmoniosos e amigáveis. Para Yang Mengchen, que havia sofrido o tormento de seus parentes e suportado todo tipo de zombaria e reprimenda desde jovem, isso foi verdadeiramente uma bênção do céu. Para sustentar a família que amava, ela assumiu resolutamente a pesada responsabilidade de prover para eles. Se ela, uma CEO corporativa moderna que já havia dominado o mundo dos negócios, não pudesse alimentar uma família, então quem poderia? Receitas farmacêuticas, construção de estufas, abertura de lojas... Não só sua família começou a viver uma vida confortável e próspera, mas ela também liderou as aldeias ao redor na criação de uma magnífica cena pastoral! Com dinheiro e fama, conforme cresceu, Yang Mengchen decidiu que era hora de escolher um marido, e assim, jovens talentos de todo o mundo começaram a afluir para ela. Quem diria que um deus da morte de rosto sombrio estaria bloqueando a entrada da Casa da Família Yang? "Você é alto demais, você é baixo demais, você é gordo demais, você é magro demais, você é escuro demais, você é pálido demais, você é ignorante, você é enganoso e astuto... Todos eliminados!" Num instante, a entrada estava vazia, e Yang Mengchen ficou instantaneamente furiosa, "Príncipe, você afugentou todos. Como vou escolher um marido agora?" "Quero ver quem ousa casar com você. Não me importaria em enviá-lo ao Submundo como um noivo!" Yang Mengchen... Um certo Príncipe contava seus méritos nos dedos: "Tenho poder, prestígio e substância, sem concubinas, sem amores secretos, sem devaneios — Eu incorporo os padrões das três obediências e quatro virtudes de um marido... Em resumo, só eu, este homem bom sem igual, sou digno de você!" Os guardas: Ó sábio e valente Príncipe, é realmente bom ser tão deficiente em seu papel de marido?

Lan Shao · 历史言情
分數不夠
370 Chs