Princesa Shahnaz POV:
Vemos o grande Shahanshah entrar na tenda de guerra com o general e os comandantes para uma reunião.
Algum tem depois, nosso comandante informa quais são as ordens do Imperador, desejamos sorte uns aos outros, ajeitamos nossos escudos e empunhamos nossas espadas o confronto está apenas começando, dou uma última olhada para os lados e vejo Jahangir e outro guerreiro que me insulta o tempo todo, cujo nome nem me importa saber.
Olho para o céu e rogo que Ahura-Mazda me dê força para manter minha espada nas mãos, vigor para me manter em pé, vitalidade para me sustentar por toda a batalha e firmeza para não desistir dos meus sonhos.
Então o embate começa, percebo um inimigo vindo com fúria e velocidade em minha direção, corro com a espada na mão e o golpeio, me esquivo e giro, quase que outro me acerta, então decepo o braço do guerreiro, começo a tremer chocada com o que acabo de fazer.
Não tenho tempo para pensar, afinal vem outros dois em minha direção, tenho que chutar um e outro quase me acerta com sua espada, uso meu escudo para me proteger e cravo minha espada em seu peito, retirando-a em seguida e passando no pescoço do outro que está bem atrás de mim e por pouco não me atinge, acabo de assassinar dois inimigos!
— Bahadur, atrás de você! – Jahangir grita.
Viro rapidamente e tenho tempo de me defender, luto contra outro e venço, depois vários inimigos, uso meu corpo e até mesmo o punhal.
É mesmo incrível ver o vigor de Jahangir, um guerreiro valoroso, luta como poucos e ajuda outros soldados, é destemido e valente.
Nunca esquecerei o que estou vendo e vivendo neste lugar sangrento, é desesperador, uma matança sem fim, cujo único propósito e fim é o domínio de uma província e sua população, mas para isso se dizima uma infinidade de homens por horas e dias sob o fio de espadas. A quantidade de sangue derramado pelo chão, corpos e seus pedaços, pessoas que jamais retornarão para suas famílias e cujas estruturas físicas estão sendo devoradas por aves de rapina nesse exato momento.
Jahangir Azimi POV:
Nosso comandante nos instrui sobre as estratégias de guerra, nos preparamos para o confronto e percebo o quanto todos os que são novatos como eu, estão ansiosos, tento não deixar isso me abalar e faço uma breve e confiante oração para Ahura-Mazda.
— Que esse momento seja em que eu possa conquistar o mundo e o meu mundo. – olho para os céus e digo.
Preparo-me para o confronto com meu escudo e empunho a minha espada e logo começa o embate com dois inimigos, duelo com eles e os mato, sigo mais adiante e vou matando todos os que vejo em minha frente.
Olho discretamente para o lado e vejo Bahadur desempenhando bem seu papel, é um rapaz magro e novo, tem sofrido muito preconceito por parte dos demais guerreiros, mas é muito esforçado e tem vencido as adversidades, será mesmo o que seu nome diz, herói e guerreiro.
Vejo horas e dias se passando, está amanhecendo outra vez e continuamos em uma árdua batalha, os arqueiros não conseguem se achegar ao rei da Lídia, penso em pegar meu arco e tentar.
Passam-se dias inteiros de batalha, milhares de corpos espalhados pelo chão, me ofereço como arqueiro ao general, afinal muitos devem estar exaustos e finalmente consigo acertar o olho do rei, mas quando retorno, ouço um grito, que me parece feminino.
— Jahangir! – e uma lança passa zunindo em minha direção.
— Será que ele quer me matar? – corro em sua direção e lhe atinjo com a minha espada, mas estranhamente no ombro, então no mesmo instante vejo que a lança acerta um inimigo bem atrás de mim.
É nesse momento que vejo cair o véu que cobre o rosto mais lindo que já vi em toda a minha vida.
Ouvimos também uma comemoração ao fundo, vencemos a guerra contra a Lídia, a bela dama vestida de guerreiro desmaia em meus braços, pego-a ponho sobre um cavalo e a levo para a tenda dos feridos.
Princesa Shahnaz POV:
Vejo um inimigo cercar Jahangir e está pronto para matá-lo, sem pensar duas vezes eu grito seu nome e jogo uma lança em sua direção, sem ao menos imaginar que ele pode supor que eu queira ferir ou matá-lo.
Desperto na tenda dos feridos, com algumas mulheres cuidando de mim em uma parte especial e isolada.
— Princesa, o que faz aqui? Quando o Imperador souber... – uma das servas começa a dizer.
— Nem pense em dizer nada a ele, não quero que saiba. Quem me trouxe aqui? – digo e pergunto.
— Aquele guerreiro, ele insiste em saber se Vossa Alteza está bem. – a serva aponta e diz.
— Traga o meu véu e deixe que ele se aproxime. – digo.
— Gostaria de desejar parabéns pela vitória e ficar sozinho com Vossa Alteza. – Jahangir diz.
— Ninguém sai daqui sem a minha permissão. – digo e as servas me olham.
— Está bem. – Jahangir diz e vai saindo.
— Eu disse que ninguém sai daqui sem a minha permissão... Além disso pode ser perigoso ficar sozinha com você, posso querer me vingar da sua injusta agressão. – digo.
— Tens todo o direito, afinal te devo a minha vida. – Jahangir diz.
— Enquanto nós lhe devemos a província. – digo.
— Daria a minha vida por você, Princesa. – ele diz, sinceramente.
— Parece que essa dívida tem que ser resolvida privadamente. – digo e as servas compreendem que devem sair.
— Merece elogios, Princesa, minha espada não poupou nenhum inimigo de guerra, mas de certa maneira você escapou da fúria. Acredito que sua ferida é profunda, posso ver? – ele pede.
— Uma guerreira nunca mostra seus ferimentos. – digo.
Jahangir insiste em olhar a profundidade da ferida no meu ombro, mesmo coberto pelo véu.
— Para os outros pode ser uma cicatriz de guerra, mas para mim, Vossa Alteza é a lua banhada em cor. – Jahangir diz.
Visto o meu véu e o chapéu e sigo com Jahangir para nos juntar à tropa, devemos nos apresentar ao comandante imediatamente.
Avançamos e ocupamos a Lídia no decorrer de dois dias, afinal o rei deposto é morto pelo Imperador, que agora toma posse da nova província persa e promove uma grande celebração no interior do palácio, enquanto os guerreiros estão livres para descansar e se divertir.
Quando anoitece, vou procurar um lugar calmo para refletir e logo vejo Jahangir ao meu lado.
— Por que não me disseste quem era? – Jahangir pergunta.
— Agora sabe que não sou Bahadur, o que mudou? – pergunto.
— És uma Princesa guerreira, filha do grande Imperador Shahanshah, poderia ter morrido ao meu lado na guerra ou eu poderia tê-la matado, o que seria de mim? – Jahangir se desespera.
— Jahangir, eu escolhi vir para a guerra e ser guerreira, esse é o destino que eu quero para mim, se a morte viesse seria consequência disso, não estaria em suas mãos. – digo.
— Está ferida por minha culpa, tentando me salvar da morte certa. – Jahangir diz, com lágrimas nos olhos.
Eu seguro as mãos de Jahangir, que se sente constrangido com o ato.
— Certa vez um cavalheiro perguntou o meu nome... Sou Shahnaz Akbar. – digo e ele sorri timidamente.
— "Até as folhas daqui conhecem o meu nome"... Agora entendo o motivo, Princesa Shahnaz. – Jahangir diz.
— Guardará o meu segredo? – pergunto.
— Pretende sustentá-lo por quanto tempo? – Jahangir pergunta.
— Enquanto durarem as campanhas de guerra do Imperador. – digo.
— Temo por sua segurança, Princesa. – ele diz.
— Quando eu era o Bahadur, franzino, você me apoiava, mas agora não me incentiva? – pergunto.
— Vossa Alteza está certa, continuarei apoiando e hei de protegê-la. – Jahangir diz.
— Não quero que corra riscos, Jahangir. Sua vida é preciosa... – começo a dizer.
Encerramos nossa conversa porque alguns guerreiros vêm nos chamar para comermos e depois dormimos.
É verdade que estar convivendo com Jahangir tem despertado sensações que eu desconheço, como vontade de ficar observando-o, em especial sua maneira gentil de lidar com as pessoas, sempre tão alegre e bem-disposto. Na guerra o vigor e empenho empregados em cada embate, sua disposição de ajudar as tropas a vencer e o trabalho incansável com arqueiro, acertando enfim o olho do rei, colocando-o à disposição do Imperador.
Ele ter descoberto a minha verdadeira identidade apenas nos aproxima ainda mais, nos fazendo partilhar e carregar o mesmo segredo.
O Narrador:
Avançam com todas as suas forças sobre a Lídia e a atacam de tal maneira que seus inimigos conseguem resistir apenas por alguns dias e nada mais, milhares de corpos estão espalhados pelo chão e um mar de sangue pode ser visto ao longe, mas novamente a vitória é do Imperador Shahanshah.
Todos observam o Imperador assassinar o rei, então invadem e tomam a Lídia, que agora é uma província persa. Proclama uma festa e todos se alegram e festejam o grande Shahanshah e sua conquista.
Dá aos guerreiros quatro dias de descanso e boa alimentação, então marcharão novamente, desta vez para Frígia.
Vashti se impacienta ao notar que há quase duas luas o soldado está para entregar a mensagem ao Imperador, mas até agora nenhum retorno, o que terá acontecido com ele?
Infelizmente um soldado sozinho a percorrer tamanha distância e perigos, acaba sendo atacado e morto por salteadores, deixando sua mensagem em vão.
Sirdar Kansbar e Sirdar Asha estão cuidando bem das questões do império e segurança, sem tomar qualquer medida que seja injusta ou que o Shahanshah julgará inapropriada, afinal ambos querem o bem da família, não exatamente o mesmo que Sinbad e Omid, que sempre tentam envenenar seus ouvidos contra o Imperador.
— Não considere isso uma ofensa à Vossa Alteza, mas o Imperador sempre o tratou e a sua família como menor em posição, quando comparados a ele e a família imperial, mas quando precisa de um regente sempre recorre ao Sirdar. Não considera injusto? – Sinbad diz a Kansbar.
— Veja que injustiça é praticada contra Vossa Alteza, vir aqui para ser responsável apenas pela segurança do forte, ou seja, ser menos ainda do que um general, quando se é um Sirdar? Isso é mesmo uma afronta! – Omid diz para Asha.
Ambos refletem sobre essas questões e conversam com suas esposas.
Mas no harém também continuam os jogos de poder, desta vez entre as esposas e convidadas. Atefeh se aproxima de Bibiana e pergunta o motivo pelo qual seu marido Sirdar Asha se sujeita a permanecer aqui apenas como um mero ajudante nas questões de segurança do império, sendo ele um governante em Hircânia.
— Tendo sido um pedido do Imperador, jamais recusaríamos. – Bibiana diz, se sentindo ridícula por essa explicação, precisa falar com seu marido sobre isso.
— Nossos nobres podem se responsabilizar por isso e até mesmo nossos filhos. – Atefeh diz, ardilosamente e a mulher concorda.
Enquanto isso, Azar, a concubina, está conversando com Etty e lhe fazendo massagens, pergunta o motivo pelo qual seu marido e filhos não são considerados Príncipes e Princesa, se são irmão e sobrinhos do Imperador.
— É porque são filhos do segundo casamento, recebem títulos de Sirdar apenas. – Etty responde envergonhada.
Vashti chega ao harém e as convidadas ficam satisfeitas por sair do constrangimento, perguntam quando a Princesa Shahnaz retornará, mas ela diz que não tem retorno algum de sua mensagem ao Imperador.
Princesa Shahnaz POV:
Durante os dias de descanso, dividimos os trabalhos no acampamento e ajudamos da reconstrução da Lídia, segundo as ordens do Imperador, nada muito pesado.
Sempre vejo Jahangir ajudando a carregar objetos pesados como armamentos e sacos de mantimentos e está sempre sorrindo para as pessoas, ajudando os feridos. Sempre que me vê, seus olhos parecem presos em mim, talvez eu o olhe assim também.
Em uma noite enluarada, estamos nós dois sozinhos.
— Vossa Alteza me permite uma pergunta pessoal? – Jahangir pergunta.
— Sim. – respondo.
— Por que as vezes seus olhos são tão tristes? – ele me questiona.
— Eles ainda são, Jahangir? – faço questão de olhar em seus olhos e perguntar.
— Estão reluzentes nesse momento, parece que encontrou o que desejava. – ele sorri e diz.
— Me permite uma pergunta pessoal, cavalheiro? – pergunto com o olhar perdido na escuridão.
— Sim. – ele diz, olhando para mim.
— Qual é o motivo do brilho em seus olhos? – pergunto.
— Vocês não vêm dormir? Estão perguntando pelos dois. – um guerreiro nos interrompe, levantamos e seguimos com ele.
Passam-se os quatro dias de descanso que o Imperador nos dá, estamos todos prontos para uma nova guerra, preparamos tudo para a saída noturna.
Encilhamos nossos cavalos e marchamos para Frígia, desta vez é bem mais rápido, chegamos e logo avistamos nossos inimigos.
Vemos o Imperador, o general e comandantes irem para a tenda de guerra e algum tempo depois recebemos as instruções dos nossos comandantes, será basicamente a mesma estratégia de avanço e ataque.
— Teve sorte da última vez, franzino, vamos ver se terá agora. – o guerreiro arrogante diz.
— Se a sorte estiver escrita no meu destino, eu terei, senão morrerei com meu orgulho, melhor do que morrer com arrogância. – digo e Jahangir ri.
— Podia ter combatido sem essa. Boa sorte, Bahadur. – Jahangir diz.
— Sucesso, vigor e coragem, Jahangir. – digo.
Nossos inimigos avançam para cima de nós e corremos em sua direção e iniciamos o embate, as espadas zunem e tilintam, logo se vê sangue jorrando e os primeiros corpos e pedaços sendo espalhados, tenho sorte de ter o escudo que me ajuda por muitas vezes e também a armadura ou terei ferimentos graves, vez por outra sou atingida pela espada em lugar não letal e coberto.
Jahangir e eu lutamos perto um do outro e nos ajudamos sempre que possível, por isso estamos razoavelmente seguros, em certo momento eu levo um golpe e caio, fico tonta, ele vem desesperado em minha direção.
— Você está bem? – ele grita.
— Bahadur? – Jahangir grita.
Ele continua combatendo ao meu redor e me chamando, eu escuto bem longe a sua voz e não consigo responder.
— Alteza? – Jahangir diminui o tom de voz.
— Princesa Shahnaz? – ele se curva diante de mim e diz.
— Por favor, acorda, se alguma coisa acontecer a você, eu morrerei... – ainda curvado diante de mim, Jahangir diz.
Eu vejo um inimigo vindo e vai cravar uma espada nas costas dele.
— Você morrer? Nunca! Eu não poderia viver... – o faço rolar para o lado, levanto e finco a minha espada no peito do inimigo.
Continuamos a guerrear, vemos o arrogante perecer sob a espada do inimigo e nada podemos fazer, enquanto ele está morrendo, olha para mim e eu tiro o véu para que ele veja quem eu sou, percebo que fica chocado e murmura um pedido de perdão.
Durante quatro noites e cinco dias, este é o tempo que dura essa guerra, mas novamente saímos vitoriosos dela e mais uma vez devemos ao bom trabalho dos arqueiros e dentre eles está Jahangir, que chama para si mais uma responsabilidade.
Até mesmo eu arrisco estar entre os arqueiros por recomendação do Jahangir, que me elogia pelas boas flechadas, claro que temos a segurança dos soldados ao nosso redor.
Todos comemoram a campanha vitoriosa e instintivamente Jahangir e eu nos abraçamos, nos soltamos logo em seguida timidamente e saímos de perto um do outro.
Jahangir Azimi POV:
Mais uma guerra tem início, desta vez na Frígia, batalhamos por dias e seguimos firmes, mesmo com uma baixa de milhares de guerreiros em ambos os exércitos, felizmente nada acontece à Princesa Shahnaz, sempre lutamos lado a lado e eu juro de todo o meu coração e com todas as minhas forças protegê-la e não hei de falhar em minha missão ou não regressarei.
Após mais uma vitória nessa campanha, o rei deposto é assassinado pelo Imperador e avançamos sobre a Frígia para dominá-la e tomar posse de todo o território, estabelecendo-a sob o governo persa.
Mais uma vez o grande Shahanshah faz uma grande celebração e oferece descanso de uma semana para seus guerreiros.
Tenho estado cada vez mais próximo da Princesa Shahnaz e não sei como lhe dizer tudo o que estou sentindo, talvez seja bobagem de um plebeu encantado com a alteza, ou de um homem verdadeiramente deslumbrado por uma mulher, mas o fato é que ela não sai dos meus pensamentos nem por um só momento e eu estou sorrindo feito um tolo.
Vejo na Princesa não apenas a sua beleza perfeita, mas seu destemor, sua energia, seu vigor, sua insubmissão, sua personalidade marcante, hoje o meu desejo é conhecer seus sonhos para realizá-los.
Quero trocar seu sorriso ou olhar triste, por um de felicidade, se eu for capaz.
Ora, quem eu estou pensando que sou... Um nada!
Como declararei sentimentos à Princesa Shahnaz sendo apenas e tão somente um guerreiro de terceira classe?
Princesa Shahnaz POV:
Seguimos por uma semana realizando os trabalhos de reconstrução da Frígia, a população já nos aceita e vê com algum respeito e consideração.
Penso em como estão a Imperatriz, Mojgan e Mirza nesse momento, será que sentem a minha falta? Será que minhas damas receberam punição por minha vinda para a guerra?
Posso dizer que estou feliz e adaptada com minha nova vida, bem mais pesada é verdade, mas certamente mais livre e feliz. O que o Imperador dirá se descobrir?
O general Faridoon se aproxima de mim de repente e me assusta.
— Alteza, está na hora de se revelar ao Imperador, ele deve saber pela Princesa de todo o seu intento, antes que eu mesmo revele e posso perder o meu cargo por isso. – ele ameaça.
— Não me importa o que você acha, general, não é o momento de o Imperador saber. Não sei se ele vai regressar ou continuar sua campanha vitoriosa ou qual será a sua reação assim que souber. Preciso e devo aproveitar a minha liberdade. Espero que possa contar com a sua lealdade. – digo.
— Sim, Alteza, não direi nada ao Imperador, se não é o seu desejo. – general Faridoon diz e sai.
Espero por Jahangir o dia todo e não o vejo, o que será que está havendo com ele?
Cumpro todos os meus deveres tanto na província quanto no acampamento, vou me lavar e me alimentar, então sigo para o nosso local secreto, onde normalmente vamos quando queremos conversar a sós e fico esperando por ele, mas não aparece.
De repente sinto uma lâmina no meu pescoço e sequer tenho minha espada para me defender, apenas um punhal em minha perna, mas não consigo alcançá-lo nesse momento.
— Como ninguém sentiu que na verdade esse guerreiro é uma mulher? Agora vai me satisfazer.
— Não por favor, me largue, me deixe ir. – começo a me debater e o homem me derruba e prende minhas mãos para o alto, me deixando mais desesperada.
Por que você me abandonou, Jahangir?