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O demônio Kohoka - parte 5

Estavam lá os dois prestes a se beijarem, Kohoka estava deitada no chão e Berto estava em cima dela. Kohoka tenta desviar seu olhar, Berto rir de sua cara envergonhada.

-o...o que foi? - disse Kohoka corada.

-nada...é só que você esta muito envergonhada... - disse Berto que parecia confuso.

-é claro...olha a nossa situação. - Kohoka olhava diretamente para os olhos de Berto que também a encarava. Ele soltou um sorriso.

-é verdade...isso é algo muito estranho pra você? - disse Berto com um suave sorriso.

-sim... - Berto com uma expressão seria, fala:

-parece que você não quer me beijar. - Kohoka fica surpresa.

-ahm? Não é isso...eu só estou envergonhada, por essa ser a primeira vez...que faço isso. - Kohoka novamente desvia o olhar.

-ah, então é isso? - perguntou Berto que parecia feliz.

-sim, eu...só estou nervosa. - Berto solta um sorriso, ela fica envergonhada.

Berto decide beija-lá logo, ele aproxima seu lábios dos de Kohoka, ele consegue sentir sua respiração, Kohoka estava muito nervosa Berto conseguia escutar as batidas do coração de Kohoka. Ele coloca a mão no cabelo dela, e o alisa, tirando alguns fios que estavam no rosto de Kohoka e os colocando atrás de sua orelha.

Kohoka começa a ficar mais nervosa, então ela fecha seus olhos. Berto aproxima seus lábios perto dos dela, então desvia sua boca e a beija na testa. Kohoka fica surpresa.

-ahm...? Você... - Kohoka esta confusa.

-eu não consigo fazer isso. - Berto sai de cima de Kohoka. Ele se levanta e diz:

-eu não consigo engana-lá. - Kohoka não entende.

-como assim...me enganar? - Kohoka esta muito confusa. Berto solta um sorriso.

-eu acho que não consigo beijar uma amiga. - Kohoka se surpreende.

-mas... - Berto interrompe.

-nós parecemos ser bons amigos, dar pra vê olhando para seu rosto que você não quer me beijar. - Kohoka suspira de surpresa.

-você chegou à um ponto de oferecer sua boca para mim...para eu recuperar às memórias, eu acho que não há prova de amizade maior que essa. - Kohoka olha para ele um pouco irritada.

-seu idiota, isso não importa...e suas memórias, o que você vai fazer, deixa-las pra trás? pare de dizer essas besteiras. - Berto se surpreende. Kohoka se levanta, e olhando para ele com uma expressão séria, ela diz:

-não importa, se você realmente me considera uma amiga me deixe o ajudar, afinal o que é um amigo que não ajuda o outro? - Kohoka segura as mãos de Berto.

-eu sou sua amiga...você disse que ia me contar coisas muito surpreendentes...

-eu disse isso...? - perguntou o confuso, e surpreso Berto pela atitude de Kohoka.

-sim, disse que iria me contar coisas impressionantes que sabia, então eu quero que você fale para mim... - Kohoka se lembra que no passado em que seus pais morreram, um menino também morreu, esse menino era Berto.

Kohoka e ele eram grandes amigos, os dois passavam dias juntos, brincando, correndo e conversando. Mas houve um dia em que eles não podiam brincar, o lugar onde eles moravam foi atacado por alguns vampiros, e os moradores não conseguiram se defender e acabaram todos mortos, menos duas crianças que estavam próximo ao rio na hora que aconteceu, então uma dessas crianças, Berto, voltou para o vilarejo, ele estava chorando, pois teve uma briga com uma menina que estava próximo ao rio também, era Kohoka.

Quando Berto estava voltando ele se deu de frente com os vampiros que estavam atacando a o vilarejo.

Berto sabendo que se corresse de volta para onde Kohoka estava, os dois acabariam morrendo, então Berto teve uma ideia. Ele resolveu tocar um sino que tinha no vilarejo, os vampiros viram Berto correndo, mas eles riram, e deixaram Berto correr, porém os vampiros estavam atrás de Berto. Esperando Berto cair, então o jovem corajoso Berto toca l sino.

De longe Kohoka ouviu o sino tocar, e se lembrou de seu pai dizendo:

-Kohoka quando o sino tocar, não importa o que aconteça, você ira atravessar o rio, e lá terá uma casa onde você ficara segura. - disse seu pai muito sério.

-mas e vocês? - perguntou a assutada Kohoka.

-não se importe conosco, iremos estar seguros. - Kohoka abaixa seus olhos.

Então Kohoka se lembrando das palavras que seu pai havia dito, correu desesperadamente, atravessando o rio, mas ela parou no meio do caminho, e se lembrou que Berto estava lá. "Não importa o que aconteça." Ela se lembrou.

Kohoka atravessou o rio, deixando Berto para trás. Ela chorava, saia em abundância lágrimas dos olhos de Kohoka.

Berto que estava no vilarejo junto aos vampiros acabou sendo morto. Devorado pelos vampiros, que arrancaram seus membros, mas em seu rosto estava um sorriso.

Berto estava morto, mas ele estava feliz, por ter salvado Kohoka. Que depois de um tempo voltou ao vilarejo, e viu todos mortos no chão, uma grande poça de sangue estava marcando o lugar que cada um tinha sido morto. Kohoka entra em desespero, ela solta um grande grito de tristeza, ela começa a chorar e a procurar sua mãe. Ela entra em sua casa, mas seus pais estão mortos, e a se deparar com tal cena, Kohoka cai, ela se ajoelha e chora mais do que nunca.

Um dos vampiros que ainda estava por perto escuta Kohoka chorar, e com um sorriso maligno no rosto, ele segue esse som. Ele chega no lugar onde tinha escutado o barulho, e ver uma garotinha encolhida e chorando no chão. A felicidade do vampiro aumenta, ele se aproxima de Kohoka.

-oi...garotinha... - Kohoka arregala seus olhos de medo. Ela vira seu rosto lentamente, e ver o vampiro com um sorriso no rosto. Kohoka se assusta, e vai se movendo lentamente para trás.

O vampiro se aproxima dela, ele agarra o pescoço de Kohoka, deixando ela incapacitada de respirar normalmente. O vampiro está prestes a mata-lá, Kohoka fecha seus olhos, pois pensa que sua hora chegou.

Mas a cabeça do vampira é cortada, e preenche todo rosto de Kohoka, que vai abrindo seus olhos lentamente. Kohoka cai no chão junto ao vampiro, ela olha para cima e ver um homem. Ele possuía uma armadura vermelha, com uma capa branca nas suas costas, ele estava segurando uma espada, a mesma que tonha salvado Kohoka.

Kohoka percebe que ele não ira machuca-lá, então ela corre para abraçar aquele homem. Que se ajoelha e limpa o rosto de Kohoka com sua capa. Os olhos de Kohoka estão cheios de lágrimas, então aquele homem a abraça, dando o acolho que Kohoka precisava.

-tudo bem garotinha, agora vai ficar tudo bem. - diz aquele homem.

-não, não vai não, minha mãe e meu pai foram mortos por vampiros. Não vai ficar nada bem. - diz Kohoka chorando.

-você tem razão, sua vida nunca mais vai ser como antes, mas venha comigo...eu darei uma vida um pouco melhor para você. - diz o homem que abraçava cada vez mais forte.

-qual é seu nome, garota? - Kohoka olha para os olhos daquele homem, e ver um sorriso em seu rosto. Então ela abaixa seu rosto, e diz:

-meu nome é Kohoka. - disse ela um pouco mais calma.

-Kohoka é? bom, meu nome é Fujima.

Depois daquilo, Fujima levou Kohoka para a cidade, lá, ele começou treina-lá, também dando comida, roupas e uma casa para ela. Depois 4 anos Kohoka iria entrar no departamento de segurança. Logo, Kohoka iria se tornar uma assassina de elite, uma Anti-parasita.

Depois de Kohoka, por um tempo, ter suas memorias relembradas, ela olha para Berto que estava preocupado com seu estado. Kohoka estava chorando. Berto se aproxima mais de Kohoka.

-ei, tudo bem Kohoka? - perguntou Berto com seu rosto que transmitia uma pequena sensação de preocupação.

-não é nada...é só que...eu me lembrei de algo muito importante. - disse Kohoka enquanto enxaugava suas lagrimas.

-o que foi, o que foi que você se lembrou que chegou a um ponto de você chorar?

-uma...ah...deixa pra lá. - Kohoka desviava seus olhos do rosto de Berto.

-eu não vou deixar, você realmente acha isso, que pode chorar sem algum motivo em minha frente e não dizer nada? - Berto encarava Kohoka, mas ela desviava seu olhar.

-por que você esta tão curioso sobre isso?

-bom, você é minha unica amiga, não? - Berto soltou um leve e suave sorriso.

-mas amigos nem contam tudo um pro outro, então acho que não tem problema em eu contar, né?

-verdade, mas isso vale só para amigos que não possuem uma forte intimidade.

-por isso mesmo, eu conheci você faz dois dias.

-mas nós compartilhamos varias coisas, não é mesmo? - Kohoka solta um curto suspiro de surpresa, e fica envergonhada.

-ah, é mesmo...você se lembra de ter visto uma calcinha hoje? - Berto fica confuso.

-o que...?

-sim, uma cal..cinha. - Kohoka desvia seu olhar.

-não...espera eu vi alguma calcinha? - Berto fica entusiasmado.

-que...? não, por que você acha isso?

-Kohoka isso não esta fazendo sentido...

-er...você tem razão foi uma pergunta muito... - começa a chover. Berto que estava encarando Kohoka agora tem sua atenção roubada pela água da chuva.

-esta chovendo, é...? - falou Berto olhando para o céu, depois encara Kohoka com uma expressão de alguém curioso.

-e então...? - Kohoka desvia o seu olhar novamente.

-"então?" o que...?

-você não vai falar nada sobre a calcinha? - Kohoka solta um suspiro. Ela encara profundamente os olhos de Berto, ao ver Kohoka o encarando muito seria, ele fica envergonhado.

-o que...foi? - Berto, agora, é quem esta desviando o olhar.

-eu...há alguns minutos atras... - Berto esta com uma expressão de que suas expectativas podem ser atingidas.

-o que você fez há alguns minutos atras...? - Berto engole um pouco de sua saliva.

-eu fiquei totalmente nua em sua frente. - Berto fica surpreso, e logo em seguida tem seu rosto preenchido por um suave tom de "vermelho-vergonha".