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Anti-parasitas - parte 6

Então depois que Fujima tinha parado de se debater no chão nós conversamos por um tempo.

-ei, Fujima o que esta acontecendo? - perguntei a ele

-o...o que você quer saber, eu não vou dizer...- disse ele se levantando do chão.

-você parece muito mal, se nós dois fomos nos enfrentar eu ficaria com vantagem. - eu disse tentando o convencer.

- não, nós viemos aqui para decidir quem é o mais forte...seu eu desistir...eu não posso ser considerado membro dos Anti-parasitas.- falou Fujima enquanto puxava sua espada que logo apontou para mim.

-certo, eu acho que podemos lutar, mas se eu ganhar você me diz o que esta acontecendo...

-muito bem...mas se eu ganhar você...morre. - respondeu Fujima.

Encaramos um ao outro, então Fujima faz seu primeiro movimento, ele avança para perto de mim usando vários movimentos com sua espada tentando me cortar, mas nenhum de seus ataques pega em min por eu estar desviando de todos eles. Então eu soco sua barriga fazendo ele recuar para longe e avanço correndo para perto dele e o chuto para cima fazendo ele cuspir sangue, enquanto ele estava no ar, eu salto preste a soca-lo, mas ele se defende e corta um dos meus braços, e me chuta para o chão, quando ele caiu dos céus ele cravou sua espada em minha barriga, quase perto do meu coração, mesmo muito ferido eu o chuto para o lado fazendo com que ele rolasse no chão, levantado uma grande cortina de areia

-ahm...ahm...faltou pouco para eu acertar seu coração...vampiro - disse Fujima ajoelhado. Então eu ofegante digo:

-tem razão...vou ter mais cuidado da próxima vez. - falo isso enquanto avanço para cima dele.

Chuto seu rosto em direção ao chão...ele se levanta e me soca...eu o soco...ele corta uma das minhas pernas...eu dou um forte chute em seu abdômen, continuamos assim lutando até chegar perto de o sol surgir.

-hahaha...podemos ser fortes o suficiente para um empate...mas você perdeu. - disse Fujima com grande confiança.

-ahm...serio? você vai utilizar aquela magia de novo? -estava cansado, então ele responde - hum...estou muito cansado para isso...mas você deve saber do que eu estou falando.

- você deve estar muito convencido de algo, mas sabe, eu não faço ideia do que isso seja.- Ele me responde, enquanto ele vem em minha direção :

-ah...pare de bancar o inocente...quando o sol surgir, você vai queimar até a morte.

-bom, vamos ver. - falei enquanto dava um sorriso sarcástico

-você não parece muito preocupado, né? - ele olhava para mim seriamente.

Então o sol nasce iluminando tudo por ali, enquanto esse evento ocorria Fujima olhava para min rindo. O sol estava me iluminando, mas eu não desaparecia, eu não morri, continuei ileso. E Fujima que estava surpreso com eu não ter morrido, diz:

- mas...mas o que é isso? como você...não morreu? - perguntou para min, Fujima que estava assustado.

-bom, eu tenho algo que me protege da luz do sol, algo que sempre esteve comigo, eu acho.

- "esteve com você"? não...você pediu a um "Jinns" , não é? o que ele pediu, seus membros? - perguntou Fujima que estava com seu orgulho abalado.

- não, mesmo se eu pedisse, o meu desejo não se realizaria, provavelmente outros vampiros pediram isso, e um mesmo desejo só pode ser atendido uma vez para todo mundo, não é?

- então como...como você não morreu? como você esta vivo?

- não sei, eu simplesmente sou imune a luz do sol, mesmo sendo um vampiro e mesmo se eu não fosse, eu não morreria...eu seria desintegrado em vários pedacinhos, que depois de um longo período de tempo eu me regeneraria.

-hahaha...hahaha - "ele esta rindo?", pensei - você é mesmo diferente dos outros vampiros, sendo assim você poderia me matar, você estava se segurando, né? eu percebi...mas não quis falar, eu fui completamente derrotado por um vampiro - "mais uma vez", Fujima pensa - você venceu.

- agora você vai me dizer...o que foi aquilo? - perguntei para Fujima preocupado.

Depois ele me contou toda a historia sobre Haaki e o que aconteceu com ele depois daquilo, e por que ele ficou daquele jeito, basicamente, Fujima uns 10 anos depois da morte de Haaki, pediu a um Jinn, um ser que realiza desejo, para esquecer sobre Haaki e quem ele era, e o Jinn o concedeu esse desejo, mas não foi como Fujima pediu, toda vez que Fujima lembrasse de Haaki ele sentiria uma dor inimaginável em sua cabeça, sendo incapaz de se mover, por isso Fujima ficou daquele jeito. Foi isso que ele disse a mim, mas achei que podia ter mais coisa nessa historia que ele não quis falar, deixei assim mesmo, depois nós fomos para aquele vilarejo que havia sido destruído, e sentamos perto de uma arvore e ficamos em silencio sem falar nada, sem nenhum contato visual com o outro , parecia isso que ele queria, simplesmente ficar em um eterno silencio.

Depois de um tempo sem dizer nada...

- ei, vampiro... - falou Fujima com uma voz calma

-oi? - respondi a ele enquanto observava as areias daquele deserto.

- por que você não mata humanos, e sim vampiros? - perguntou ele, ainda sem me olhar.

- não sei...

-como assim não sabe. - ele olha para mim

- eu simplesmente mato os vampiros, porque parece que era isso que eu fazia... - Fujima faz cara de duvida.

- você "parece que fazia isso"? - disse Fujima, que logo se deitou.

- não sei, mas...um dia Há cinquenta anos atras...eu acordei em uma floresta com meu corpo cheio de ferimentos...sem me lembrar de nada, ai eu me levantei e comecei a andar sem saber aonde eu estava indo, ou como eu fui parar naquela floresta, as únicas coisas que eu sabia era sobre eu ser um vampiro e sobre duas pessoas... depois de andar tanto eu cai e percebi que tinha uma especie de colar com uma folha um pouco rasgada, que dizia : "MATE TODOS OS VAMPIROS, ESSE É SEU DEVER.". Desde então eu faço isso...

- que historia mal contada...mas então você não mata porque eles são uns parasitas e sim porque uma carta ti mandou fazer isso? - eu fiquei em silencio. - essa ai foi...inesperada.

-não...mas eu também mato porque eles causam desgraça a humanidade. - aumentei meu tom de voz.

-mas...você não é um humano, não é?

-sim, mas...deve haver um outro motivo...afinal o que era aquele pedaço de papel então?

- você esta certo...vamos voltar para a cidade -"o Ai deve estar muito preocupado comigo...", pensou Fujima - e também dizer que um vampiro me derrotou...depois eu acho que minha posição no grupo ira cair.- falou ele olhando para o chão, logo depois de se levantar.

- não você pode levar minha cabeça...depois eu me regenero. - eu propus isso a ele, mas...

- não, isso seria uma grande mentira...por que você não entra em nosso grupo? já que você mata vampiros... talvez deixem você ent...- eu o interrompi

-Não...não iriam aceitar um vampiro em um grupo de humanos.

-bom, você que sabe, mas poderia ter uma grande ajuda se nós trabalhássemos juntos.

-eu sei...mas eu não quero causar uma imagem ruim para você. - ele da um leve sorriso -.

Então eu segui Fujima ate a cidade, pare poder ver como ele é pela primeira vez, mas não entrei, fiquei observando de fora, e disse para Fujima que já estava longe de mim:

-Ate mais...Fujima - gritei para ele ouvir, e ele virou o seu rosto e deu um sorriso para mim.