A marcha nupcial começou a ecoar. As portas da igreja foram abertas me fazendo levantar o olhar e começar a caminhar em direção ao altar, onde avistava aquele que seria meu pior pesadelo. Penso nas diversas vezes que idealizei esse momento que agora poderia ser definido como o pior dia de minha existência.
A maioria das pessoas presentes nem imaginavam o que verdadeiramente estava acontecendo, uma vez que observando ao redor, em especial as jovens damas, via em seus olhares inveja, admiração, deslumbre e até mesmo alegria pelo meu casamento. Me pergunto se eles não acharam estranho tamanha segurança, sei que um evento da família real é bem protegido, mas claramente podia-se concluir que aquilo estava muito mais que exagerado para o normal. O que de fato não era o caso. A noiva não queria casar e tinha habilidades necessárias para fugir se tivesse o interesse de fazê-lo, mas não hoje, não agora, muitas coisas estavam em risco.
Lembrei-me de tudo o que vivi nos últimos meses, de todos os aprendizados, descobertas, amizades conquistadas, aventuras vividas e o novo olhar em relação a vida que acabei adquirindo. Poderia aguentar tudo para o bem de todos, poderia seguir confiante, poderia me render às vontades do príncipe, estava confiante disso. Olhando novamente para frente vejo o príncipe sorrir vitorioso, ele tinha conseguido o que tanto queria, respiro fundo sentindo meu pai apertar meu braço carinhosamente em sinal de consolo e entrando em meu papel de noiva perfeita sorri, mas logo ouço um estrondo como de um canhão que fora disparado seguido de gritos bem conhecidos por mim…
PIRATAS…