Havia se passado alguns dias do noivado, e a preparação para o casamento estava a todo vapor, mas apesar de toda correria algo me intrigava, eles estavam passando tranquilos de mais. Edward não deixaria o que aconteceu no baile passar ileso, ele normalmente faria algo para me deixar no mínimo desconfortável, mas nada tinha acontecido.
Até aquela noite pelo menos...
Era de madrugada e eu acordei assustada com alguém batendo freneticamente na porta, ainda sonolenta e com o coração acelerado, me levantei rapidamente quando ouvi a voz de minha mãe me chamar, ela parecia nervosa. Um aperto no coração veio no mesmo instante. O que Edward teria aprontado? Foi a primeira coisa que me veio a cabeça.
Ao abrir a porta vi que a mesma estava com uma expressão preocupada e sem dizer muito simplesmente me pediu para vestir um vestido simples e ir para a cozinha o mais rápido possível saindo logo em seguida como um raio me deixando para trás sem entender nada.
Ainda confusa e um pouco preocupada faço o que ela pede e vou para a cozinha. Meu coração estava apertado de ansiedade, temia que Edward tivesse feito algo muito ruim. Chegando lá vejo meus pais com algumas trouxas com mantimentos e poucas roupas, olhei para eles sem entender.
_ Vamos Kathy se aprese, não temos muito tempo _ Disse meu pai me puxando pelo braço ao ir em direção às portas do fundo junto com minha mãe.
_ O que está acontecendo? _ Perguntei enquanto era arrastada por eles.
_ Não podemos explicar agora Kathy, quando chegarmos ao porto vamos te contaremos tudo _ Minha mãe estava bem afoita.
Os passos dos meus pais eram ágeis, mas suas ações bem calculadas e pelo que observei nós estávamos evitando os guardas noturno me fazendo ter certeza que algo havia acontecido no palácio.
Assim caminhamos entre a escuridão da cidade, entre becos e pequenas brechas da patrulha chegando ao porto. Meu pai disse para que ficassemos a espera em um lugar mais discreto e foi na frente fazer não sabia o que.
_ Mãe, o que está acontecendo? Aconteceu algo com o príncipe? _ Tentei descobrir de maneira sutiu se o príncipe tinha algo haver com o ocorrido ou se pelo menos meus pais tinham ciência disso _ Por que estamos aqui? Me explica por favor, estou para surtar aqui. _ Perguntei em tom baixo.
_ Já disse que vamos explicar quando chegar a hora Kathy, aqui não é o momento _ Ela disse em tom firme e me olhando com um olhar maternal continuou _ E não querida, não aconteceu nada com o príncipe _ Respirei em parte aliviada, afinal aquela loucura toda não era aparentemente tramóia de Edward, e se por um acaso fosse minha punição pelo ocorrido no baile, ele não tinha se revelado para meus pais o significava que ainda mantinhamos o acordo.
_ Mãe... _ Chamei para tentar saber onde meu pai tinha ido enquanto olhava para onde o mesmo tinha sumido.
_ Shiii _ Ouvi e olhando em direção ao som vi minha mãe fazendo sinal para que eu mantivesse silêncio e rapidamente me ela puxou mais para trás nos escondendo nas sombras da noite. Logo alguns guardas passaram em patrulha caminhado em direção ao mercado central, acompanho-os com o meu olhar sem entender nada. Por que estávamos nos escondendo deles? Eles faziam parte do esquadrão do meu pai? Quando já estavam distantes olho para minha mãe novamente.
_ Elisabeth, Kathy? _ Meu pai nos chamou um pouco distante _ Está tudo pronto vamos _ Sinto minha mãe pegar minha mão e começar a me puxar novamente até chegarmos a um barco comerciante de estatura média. Ao entrarmos fomos recepcionados por homem peculiar que acolheu meu pai e minha mãe como verdadeiros salvadores.
_ Então essa é sua filha? Belíssima se me permitem dizer _ Comentou ele me olhando _ É um prazer conhecer a senhorita sou o capitão desse navio comercial, Carlos Winderds _ Se apresentou animado.
_ Prazer em conhecê-lo Senhor Winderds _ Comprimentei _ Sou Kethy Williams _ Me apresentei também.
_ Sim, sim. Ouvi muito falar da senhorita _ Disse por fim virando-se para meu pai _ O que aconteceu é uma lástima Willians, vocês deverão ir na cabine interior mais reservada para evitar qualquer problema, não é tão confortável, mas acredito que sirva.
_ Que é isso Carlos, sabe que não temos disso _ Meu pai disse tranquilo colocando a mão no ombro do homem _ Já estou profundamente grato por estar nos ajudando nessa situação _ Que situação eu ainda não sabia, mas esperava que me explicassem logo.
_ Não faço nada se comparado ao que fizeram por mim _ O Capitão realmente parecia grato _ Já está quase na hora de sairmos do porto então por favor podem ir para sua cabine e sintam-se em casa_ Despediu-se ele de maneira amigável.
Assim caminhamos até a cabine indicada, e quando ele disse reservada era reservada mesmo, o lugar era quase deserto. Ninguém diria que alguém escolheria viajar ali.
Ao entrarmos na cabine com meus pais vi que o que tinha de descuidada por fora era cuidada por dentro. O ambiente não poderia ser chamado de simples ou não confortável como o capitão havia dito, mas naquele momento isso não era importante, me virando para meus pais mantinha um olhar questionador. Por que afinal das contas fui acordada de madrugada, caminhei sorrateiramente metade da cidade em direção ao porto e estou em um navio mercador rumo a não sei onde?
_ Poderiam me explicar agora o que está acontecendo? _ perguntei por fim.
_ É uma Longa História Kathy Minha Filha, mas a questão é que temos que Fugir... _ Respondeu meu pai.
_ O que o senhor disse? _ perguntei ainda mais confusa.
Contínua...
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