logo eu termino de se arrumar, estou vestida como uma bonequinha com uma linda saia rosa e uma sandália de veludo marrom. Uma coisa que aprendi com minha mãe é como se vestir com elegância, em qualquer ocasião que seja, até mesmo para ficar em casa. Minha campainha toca e quando a abro Nicolas está parado com um lindo buquê de lírio rosas. —Uau, olhar você é a melhor visão que alguém pode ter, você está linda, minha Rapunzel.
— Obrigada, não sabia o que vestir já que você quer fazer suspense.
— Um buquê de flores para uma linda flor, não se preocupe essa roupa está perfeita. —Ele me entrega o buquê.
— Que flores lindas, antes de ir vou colocá-las em um vaso. —Eu o beijo, entro para dentro colocar as flores no vaso e depois saio para meu misterioso encontro.
— Pode me dizer agora aonde vamos? Por que estamos indo em um avião de volta para Califórnia?
— Rapunzel, você deveria estar acostumada, sabe que não conto nada até chegarmos ao lugar.
— Ok já deveria saber, não vou fazer mais nem uma pergunta. —Eu o olho com a cara emborrada.
— Adoro ver essa carinha brava, quando não pode estar no comando.
— Ei isso não é verdade, eu não estou brava, apenas curiosa, mas acredito que nunca vou me acostumar com esses encontros misteriosos.
— Por que não?
— Sei lá, não gosto de não saber aonde vamos me mata de curiosidade.
— Eu falei você sempre quer estar no comando, e eu amo quando não pode estar. Não se preocupe já estamos chegando.
Quando o avião aterrissa Nicolas me coloca no carro, e em menos de 15 minutos chegamos ao lugar. —Espera aí, nós viemos ao clube?
— Isso mesmo Rapunzel, você nunca ouviu essa frase. "As coisas mais simples da vida são as mais extraordinárias."
— Isso é verdade, até quando saímos para tomar sorvete, é maravilhoso.
— Me segue a surpresa é por aqui.
Ele pega em minha mão e me leva até embaixo de uma árvore aonde está preparado um maravilhoso piquenique, com uma linda cesta com flores do campo e um clima super romântico.
— Você merece tudo isso e muito mais, vamos comer. Ele pega duas taças e as enche de e vinho, em seguida me entrega uma e se aproxima. Eu imediatamente encosto minha cabeça no ombro dele, tudo está calmo e perfeito para uma tarde de outono. Nós estamos conversando e comendo, como um casal feliz. —É sério, a Stacy deu de achar que o nosso novo professor de filosofia, está dando em cima dela.
—E por que ela está achando isso?
—Por causa que ela estava quase reprovando, nessa matéria por não ter entregue um trabalho que valia metade da nota do trimestre.
—E por que ela não entregou?
—Esse não é o ponto, mas vou contar. Ela saiu com uns amigos do Mario e acabou bebendo além da conta, no outro dia ela não pode ir para a aula e acabou não entregando o trabalho.
—Por que você não entregou?
—Até tentei, porém não sabia onde estava. Aí, no outro dia que era para ter aula com ele, já não estava mais na faculdade e ele só deu nota para quem entregou no dia.
—Pode ir direto ao ponto.
—Amor, você queria saber a história inteira agora que eu conto quer que eu vá direto ao ponto. Pois bem, ela não entregou o trabalho e quando esse novo professor chegou, não parava de olhar para ela. Alguns dias depois ele chegou e perguntou por que ela estava com nota baixa só na matéria dele, ela explicou e ele acabou aceitando o trabalho dela.
—Só falta me dizer que a Stacy tirou nota máxima.
—Quase. —Eu rio. —O trabalho valia 50, a Stacy tirou 45.
—Sim amor, ela está certa. Esse professor está afim dela, é melhor o Mario tomar cuidado.
—O Mario não precisa se preocupar ela o ama, sem contar que esse professor tem 45 anos.
—Ué, ele pode ser um chugardeli. Professores de universidades ganham muito bem.
—Sim, ele é bem rio, se ela não o quiser vou pensar nesse caso. Um chugardeli pode ser a minha solução. —Nos dois rimos. —Adorei o nosso piquinique, só não entendi por que ser aqui, tão longe. Você sabe que em Nova York tem parquês, não é?
—É que a surpresa ainda não acabou, pode me seguir?
Eu fico toda entusiasmada. —Ainda tem mais?
— Você não acreditou que a surpresa seria só isso, achou?
— Claro que achei, e já estava de bom tamanho, sabe que aprecio os pequenos gestos.
— Para não estragar a surpresa, vou ter que venda-la.
— Ai que suspense. —Falo enquanto ele me venda.
Com calma e Delicadeza ele me leva para a próxima surpresa. — Chegamos, mas não tire a venda ainda, lembra do nosso primeiro encontro?
— Como ia esquecer.
— Eu gosto de voltar no tempo e lembrar como foi muito esquisito, nós nem sabíamos o que conversar e fomos logo jogar tênis, quem é que faz isso no primeiro encontro, mas tudo bem. Eu também me lembro de não querer ir, porém, quando a vi percebi que tinha algo de especial. Realmente estava certo, foi daquele dia em diante que aprendi que o amor está nos pequenos gestos, aprendi que temos que confiar no destino. Se não tivesse aceitado o destino não estaria 4 anos depois de volta ao mesmo lugar, porém, agora não mais como estranhos perdidos e sim como com casal feliz.
—Amor, que lindo. —Meu coração enche de gratidão, por tudo o que já vivemos juntos.
—Lembra da pergunta que fiz a alguns anos, o que imagina da vida depois de se formar.
— Isso faz algum tempo, se não me engano disse, não importa o futuro só espero estar feliz.
— Agora vou fazer outra pergunta, que talvez responde a sua, pode tirar a venda.
Eu retiro a venda, e Nicolas está de joelhos na quadra de tênis. — O que eu quero dizer é, nesse mesmo lugar a 4 anos atrás nos conhecemos, e hoje tenho a maior felicidade de perguntar Emma Silva Miller. Faria de mim o homem mais feliz desse mundo, aceita se casar comigo?