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Capítulo 2: Entre Dois Mundos

Um grito agudo ecoou no silêncio, rompendo a paz da escuridão. Rogério despertou abruptamente, a dor pulsante em sua cabeça o envolvendo como uma cortina densa. Com uma expressão de angústia, ele ergueu as mãos para a cabeça, buscando alívio para a agonia que se dissipava lentamente.

Ao abrir os olhos, a visão embaçada começou a clarear, revelando um cenário completamente desconhecido. Diante de Rogério, estendia-se um vasto e deslumbrante vale cercado por majestosas montanhas. O ar fresco e nítido soprava suavemente, carregando consigo fragrâncias desconhecidas.

Aos pés de Rogério, a grama verde estendia-se como um tapete ondulante, e flores selvagens dançavam suavemente com a brisa. À distância, uma vila pitoresca aparecia, suas estruturas modestas destacando-se contra o cenário imponente das montanhas.

Rogério se levantou, ainda envolto em perplexidade, contemplando a beleza serena do lugar. As montanhas erguiam-se majestosas, como guardiãs silenciosas do vale. O sol, em seu esplendor, lançava tons dourados sobre a paisagem, criando uma atmosfera de calma e serenidade.

A dor em sua cabeça começava a se dissolver completamente, dando lugar à curiosidade diante do cenário deslumbrante diante dele. Uma sensação de maravilha e incerteza preenchia seu ser enquanto ele contemplava o desconhecido que agora se estendia à sua frente, indagando se isso era realidade ou um sonho extraordinário.

Com a perplexidade ainda refletida em seus olhos, Rogério começou a tomar consciência de sua própria existência. Observou-se, percebendo que sua estatura não era imponente, mas sim a de um menino de 6 anos. Vestia uma camisa branca adornada com o desenho vibrante de um dragão vermelho, cujas escamas pareciam dançar com a brisa imaginária. Seu jeans azul e tênis preto completavam o traje casual, enquanto uma mochila preta repousava descontraidamente em suas costas.

Um boné vermelho adornava sua cabeça, adicionando um toque de cor à sua aparência juvenil. Intrigado com sua própria imagem, Rogério decidiu se aproximar de uma poça d'água próxima, cuja superfície refletia com fidelidade os contornos do seu rosto infantil.

Ao se inclinar para observar seu reflexo, um rosto redondo com sobrancelhas finas e um nariz pequeno o encarava, revelando a inocência típica da infância. Uma cicatriz marcava a bochecha esquerda, um testemunho silencioso de alguma travessura ou aventura infantil. Seus olhos, cheios de curiosidade e talvez um toque de apreensão, fixaram-se no próprio reflexo, como se buscasse respostas naqueles traços familiares.

A mochila, agora percebida como um pouco grande para um menino tão pequeno, permanecia levemente ajustada em suas costas, um enigma em si mesma sobre o que poderia conter. Rogério, ainda não totalmente consciente de que estava no corpo de um menino, começou a se perguntar sobre a origem deste cenário e o que aguardava nas terras além das montanhas e da vila distante.

(Kaori)"Você está aí, Reji? Por que se distanciou tanto de mim?"

Uma voz alerta, fazendo com que Rogério direcione seu olhar para a fonte. Ele percebe uma jovem mulher se aproximando, sua expressão revelando preocupação. Seus cabelos longos e negros caem sobre os ombros, enquanto uma bandana com o símbolo da folha indica sua afiliação à Vila Oculta da Folha. Com olhos castanhos e um sorriso gentil, ela veste uma blusa laranja e preta, complementada por um colete verde. Uma calça preta e sandálias ninjas completam seu traje, destacando sua presença ninja.

À medida que ela se aproxima para alisar a cabeça de Rogério, uma estranha familiaridade toma conta de sua mente. Ele a observa atentamente, tentando entender a conexão que parece escapar à sua compreensão. Quando ela pergunta preocupada sobre seu rosto, surge a revelação: essa mulher é sua mãe. A sensação de intimidade e conforto toma conta de Rogério.

(Kaori)"O que houve, filho? Algo está estranho no meu rosto?"

Ela toca seu próprio rosto com dúvida, enquanto a fala confirma para Rogério a identidade materna.

(Kaori) "Eu estava me imaginando como um ninja e me perdi um pouco, mãe."

Reji responde, tentando reproduzir a inocência de uma criança. Observando a bandana de Konoha, ele rapidamente conecta os pontos e inventa uma desculpa típica de crianças em Konoha que sonham em se tornar ninjas.

Mãe de Reji, ao entender o motivo do distanciamento de seu filho, oferece um sorriso tranquilizador, abaixando-se para ficar no mesmo nível de seu olhar. Com palavras carinhosas, ela busca confortar seu amado filho.

(Kaori)"Não se preocupe por agora, Reji. Mais um ano e você estará entrando na academia ninja, tenho certeza de que vai nos orgulhar, a mim e seu pai."

Reji, influenciado pelas emoções deste novo corpo ou talvez por finalmente sentir um verdadeiro amor familiar, responde de maneira quase instintiva. Ele se aproxima de sua mãe para um abraço, contendo as lágrimas que ameaçam brotar.

(Kaori)"Com certeza irei orgulhar a você e papai, não importa o que aconteça!"

As palavras firmes de Reji surpreendem sua mãe, mas logo ela retribui o abraço com força, retomando seu sorriso gentil e dando tapinhas reconfortantes nas costas de seu filho. Após alguns minutos dessa troca emocional, ela se levanta e sugere a Reji:

(Kaori) "Vamos, filho. Hoje é um dia especial, seu pai está voltando de viagem da sua última missão."

Ela levanta e pega a pequena mão de Reji, começando a conduzi-lo de volta para a vila. À medida que mãe e filho retornam para casa, Reji observa ao redor, visivelmente impressionado com tudo o que está acontecendo. Ainda sem entender completamente como ele chegou ao mundo de Naruto, ele fica maravilhado com a presença de ninjas ao seu redor e com a atmosfera única que até então só conseguia experimentar através de uma tela.

Após caminharem por cerca de 300 metros até o portão da vila, um ninja, posicionado em um pilar ao lado do portão, assume a postura de Ninja de Entrada. Com uma bandana de Konoha, uma jaqueta e calça shinobi, e uma luva dos shinobi, ele emite um olhar sério, demonstrando vigilância ativa. Conforme o par de mãe e filho se aproxima, o foco do ninja em guarda muda do horizonte para os dois.

(Ninja de Guarda) "Oi, Kaori! Tudo tranquilo por aqui?"

(Kaori) "Oh, sim! O dia foi ótimo. Espero que sua guarda tenha sido tranquila também."

(Ninja de Guarda) "Sempre é, quando você está por perto. Até logo, Kaori!"

(Kaori) "Até logo! Cuide-se!"

Ele brinca de maneira amigável, revelando um conhecimento íntimo sobre ambos. Essa interação indica para Reji que não estão exilados dos outros pela familiaridade com um ninja de alto escalão e que, além disso, não parece haver isolamento social de outros civis.

Ao ouvir as palavras do ninja, Reji observa atentamente, absorvendo cada detalhe. A revelação do nome de sua mãe é uma confirmação vital, e a familiaridade do ninja com eles traz uma sensação de segurança. Enquanto continuam a avançar pela vila, a curiosidade de Reji se mistura com uma crescente compreensão de que este mundo é mais do que uma mera fantasia, e que ele tem um papel a desempenhar nessa narrativa.