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Tower of end (PT-BR) (Descartado)

Tower of End, feared by all creatures and symbol of a future of despair for an infinity of universes. A talentless man who works for the local mafia of his city is forced to enter the tower and now needs to survive the various evil creatures and various threats that inhabit the lower floor. The language of this fanfic is Brazilian Portuguese ———————————————————————————— Torre do Fim, temida por todas as criaturas e símbolo de um futuro de desespero para uma infinidade de universos. Um homem sem talento que trabalha pra máfia local de sua cidade é forçado a entrar na torre e agora precisa sobreviver a diversas criaturas malignas e diversas ameaças que habitam o andar inferior.

FVJWQIFVJWQIFVJWQI · แฟนตาซี
เรตติ้งไม่พอ
8 Chs

Capítulo 03: Mais que um irmão de sangue

No banheiro de um apartamento quase abandonado, estava um homem alto de aparência acabada, tão pálido que parecia ter visto um fantasma, ele encarava seu próprio reflexo no pequeno espelho em cima da pia enquanto se apoiava nela.

Miguel encarava sua imagem acabada com olhos injetados quando começou a falar com a voz extremamente rouca: "Olhe pra você, depois de cair 5 vezes finalmente chegou ao fundo do poço.... tão patético que chega A DAR NOJO, SEU MERDA!!!"

*CRACK*

De repente ele deu um soco no espelho o fazendo quebrar em vários pedaços, fazendo seu punho sangrar com vários cortes.

A pressão de ser obrigado a largar o emprego e vender sua casa, a tristeza dos problemas amorosos e da morte da sua mãe, a frustração ao saber que não tem talentos notáveis e o medo ao ver o que o futuro resevou para ele se acumularam pouco a pouco no coração de Miguel.

A raiva é uma emoção protetiva que surge quando a pessoa se sente ameaçada, mas uma série de sentimentos que se acumulam e não são expressados se tornam igual a uma panela de pressão defeituosa que pode explodir a qualquer momento em um emoção animalesca de ira irracional.

*BAM*

"QUE VIDA DE MERDA É ESSA, QUER ME FODER MAIS AINDA? PODE VIR!!!" Com um chute a porta frágil ela se quebrou e Miguel sai bufando com os olhos injetados derrubando tudo que acha pela frente, chando ao ponto de pegar uma cadeira e bater em tudo, da pequena mesa de madeira que ele usava para as refeições até a televisão antiga.

*BAM* *BOM* *VIDRO QUEBRANDO*

"huff... huff..." Depois de mais de 10 minutos destruindo seu apartamento ele estava ofegante finalmente parando ao jogar no chão o que restava da pobre cadeira, restando somente a pequena cama que ele dormia.

Sentando na cama ele fecha os olhos por um tempo para recuperar o fôlego.

Depois de uns minutos ele abre os olhos e percebe seu punho sangrando, fazendo uma careta ele diz: "Dessa vez me descontrolei..."

Rapidamente se levantando Miguel caminha para pequena cozinha, a qual é separada da sala(que também é seu quarto) por uma bancada, enquanto desvia dos cacos de vidro pelo chão.

"Deve estar por aqui..." murmurou baixinho enquanto procurava pelos poucos armários.

Depois de estravazar tudo que tinha para fora, tudo o que restou foi um sentimento de tristeza e solidão acompanhados de uma grande serenidade que amplificava o que ele sentia.

"Então você estava aqui." olhando pra pequena caixa de primeiros socorros ele rapidamente volta para cama.

Abrindo a caixa ele começa a desinfetar as feridas e faz o curativo com familiaridade.

'Mamãe sempre fazia isso quando eu me metia em brigas com o Kevin...' A nostalgia começou a surgir nele quando ele vê o curativo feito.

....

"Miguel! O que aconteceu contigo!" Uma mulher de aparência jovial corria com uma cara preocupada no corredor da entrada de sua casa ao ver um menino de 8 anos sujo e machucado entrar.

"Hehehe. Eu briguei com os valentões mamãe!" diz o garoto sorrindo enquanto coçava a cabeça.

"Quantas vezes já disse pra não se meter em brigas garoto!" Sentando rapidamente seu filho no sofá ela pega a caixa de primeiros socorros e limpa os pequenos cortes enquanto o menino tremia de dor fazendo careta, mas sem fazer barulhos.

"Tá vendo?! Você não sentiria dor se não brigasse!" A mãe depois de limpar, ainda puxa a orelha do filho com força enquanto grita no ouvido.

"Ai ai desculpa! eu não vou fazer mais!" o menino diz com os olhos lacrimejantes.

"Você disse a mesma coisa semana passada."

*suspiro* A mulher larga a orelha com um suspiro enquanto balança a cabeça.

"Qual o motivo da briga?" Voltando a fazer o curativo ela pergunta.

"Dois garotos mais velhos estavam maltratando uma dupla de gêmeas só porque são gordinhas, eu não aguentei ver isso e fui ensinar uma lição pra eles com o Kevin, não gosto desse tipo de pessoa." O menino diz com uma voz triste enquanto limpa as lágrimas e esfregava a orelha para aliviar a dor.

Ela para novamente de fazer o curativo e olha nos olhos do filho enquanto diz: "A violência nunca é uma boa opção meu filho na maioria das vezes só traz mais dor para todos... Mas... a mamãe fica orgulhosa de você estar se tornando um bom rapaz, mesmo que briguento, o que eu não aprovo. Na próxima vez veja se existe outra opção ao invés de sair brigando, tá?"

"Certo" O filho acena a cabeça com firmeza.

A mãe sorri vendo isso e bagunça o cabelo do filho, depois abaixa a cabeça terminando o curativo com uma pergunta. "Mas então, você pelo menos ganhou deles, certo?"

Vendo sua mãe terminar ele responde com entusiasmo e um sorriso brilhante: "Uma surra que as mães deles não vão nem reconhecê-los."

"Hahaha! Então pra comemorar a vitória do nosso pequeno herói, que tal pizza?" Ela carrega seu filho e da um giro com ele.

"Sério? SIM, EBAAAA HAHAHA!!!" *SMACK* o garoto da um beijo em sua mãe e a dupla ri feliz.

"Sorte sua ter ganhado, se não ia apanhar na rua e depois ia apanhar em casa hehehe!" A mãe diz sorrindo enquanto deixa o filho no chão, que teve um arrepio na espinha, enquanto veste uma das sandálias que misteriosamente já não estava em seu pé.

...

"Hahaha! Essa era uma motivação e tanto pra ganhar as brigas." De repente lembrando dessas cenas calorosas Miguel ri pela primeira vez em semanas.

Ele sorri se sentindo renovado com isso e sentindo também que seu medo, raiva e frustração agora estão sob seu controle novamente.

Levantando seu travesseiro ele pega seu celular e cuidadosamente pega um pingente porta retrato de prata em forma de coração que continha uma grande esmeralda brilhante incrustada.

Abrindo com o máximo de cuidado ele se depara com uma pequena foto de sua infância com sua mãe, os dois exibindo grandes sorrisos felizes.

Lágrimas começam a cair em sua calça enquanto ele contemplava essa foto junto com as memórias que acabara de relembrar com um grande sorriso.

"A senhora não imagina quanta saudade estou sentindo, mãe." Sua voz sai trêmula ao dizer isso.

Fechando o pingente e o colocando em seu lado e respira fundo limpando as lágrimas.

*TAPA* Duas marcas vermelhas de mão apareceram em seu rosto.

"Vamos Miguel, nesse momento que você precisa ter um coração forte e inabalável, você não pode decepcionar sua mãe." Lembrando das cenas brutais, ele controla sua vontade de vomitar e começa a pensar.

"Aquele lugar é cruel, preciso ficar mais forte para pelo menos pensar em como sobreviver." Ele olhou para as palavras flutuantes que pareciam falar o básico sobre a torre.

*Suspiro* Após alguns minutos de leitura o homem suspirou e pegou o celular, achando o contato de seu amigo ele hesitou um segundo antes de apertar para ligar.

*tuuuut* *tuuuut**tuuuut* "Alô! Miguel quanto tempo meu amigo, você tá bem? Sinto muito pelo que aconteceu com a tia, uma pessoa boa como ela vai fazer falta no mundo.... Que tal vir tomar umas bebidas e conversar comigo? Seu sumiço me deixou preocupado!" Após chamar 3 vezes a chamada é atendida e a voz preocupada de um homem entusiasmado começa a sair sem parar.

Um pouco sem palavras pelo comportamento de seu amigo ele começa a falar: "Calma Kevin, eu tô bem. Obrigado... ela pelo menos partiu em paz, na verdade eu liguei pra te encontrar mesmo."

"Pelo menos… Mas é sério? Que bom, já tava pensando em invadir esse teu ninho podre hahaha!" Kevin diz com uma voz zombeteira.

"Não é como se eu quisesse morar aqui em primeiro lugar, idiota!" Miguel diz ficando irritado o tom de seu amigo que gosta de zombar de tudo.

"Porra retardado! Eu te disse que poderia te ajudar com dinheiro do tratamento da tia e até ofereci minha casa pra você morar!" Kevin diz bravo, irritado com as escolhas do seu amigo.

"...*suspiro*... Tá bom, é um erro meu você sabe que não consigo largar meu próprio orgulho até ser a última opção. Desculpe-me por isso." Miguel suspira depois de alguns segundos e pede desculpa sabendo que estava errado.

Depois de alguns segundos de silêncio a voz dee Kevin soa do telefone mais calma.

"Relaxa cara já te conheço a um tempão, erro meu também em insistir demais, mas você deveria se apoiar mais nos ombros amigos cara, te considero mais importante que um irmão de sangue."

"Eu também, me desculpa tô realmente tentando melhorar… Mas voltando ao assunto principal, sabe aqueles favores que tu diz me dever por te salvar?"

"Ham? Sim, nunca vou esquecer deles irmão!Finalmente surgiu a oportunidade de eu pagar por tudo?! Então finalmente nosso orgulhoso leão vai abrir mão de seu grande orgulho Hahahaha!" Kevin quase pula da cama ao ouvir a pergunta do amigo de infância entusiasmado, mas nunca esquecendo de tirar sarro.

Sua família sempre o ensinou a pagar os favores que deve desde criança, então ele considera isso muito importante.

"Infelizmente sim, estou em uma situação... meio... complicada e agora estou em uma situação que minha vida depende desses favores e do quanto você pode me ajudar meu amigo." Miguel aperta o telefone com força ao dizer essas palavras com uma voz extremamente séria e até um pouco trêmula.

Após alguns segundos de silêncio a voz do Kevin soou novamente e não tinha mais o tom de brincadeira.

"... de 0 a 10 qual o tamanho do problema que tu se meteu?" Kevin pergunta seriamente sobre o nível de perigo da escala que eles criaram quando crianças e que já usaram diversas vezes ao longo dos anos.

"Cara.... pega nossa escala no dez e multiplica por mil. É o suficiente para entender em que eu me meti?"

*ESTRONDO* Um barulho alto soa do celular, provavelmente caindo da mão do seu amigo.

Pegando o celular com preça o Kevin diz: "Porra Miguel, me diz que tu tá me zoando!"

"Não." Uma simples resposta seca, mas que pelo tom já dizia muito, fazendo a mão de Kevin tremer.

Seu amigo geralmente fazia brincadeiras, mas eles tinham um acordo tácito entre eles de nunca brincar sobre correr risco de vida, devido a natureza única da família do Kelvin.

"Vou mandar um carro te pegar imediatamente, vamos conversar logo sobre isso quando você chegar." Kevin nem esperou uma resposta quando desligou pulando da sua cama vestindo um roupão roxo e correndo para porta do seu quarto luxuoso.

Abrindo a porta com força, ele assustou seus dois guarda-costas que quase sacaram suas armas.

"RÁPIDO VOCÊS DOIS BUSQUEM MIGUEL IMEDIATAMENTE!!! QUERO UMA COMITIVA FORTEMENTE ARMADA PRA QUALQUER POSSÍVEL PROBLEMA QUE POSSA SURGIR!!!" Kevin gritou para eles, que sem demora ou questionamentos saíram correndo imediatamente pela mansão gritando ordens pelos seus rádios de comunicação.

... No apartamento surrado ....

*tut,tut,tut,tut* Escutando a ligação desligada, Miguel fica sem palavras e começa a massagear a testa preocupado.

"Espero que o Kevin não exagere..."

Mais um capítulo publicado com sucesso!

Espero que tenham gostado da leitura, se puderem apoiar a obra eu agradeceria muito!

Seu apoio é minha motivação. ;p

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